Morte

Foto de @iram

Surreal

Noites escuras caem sobre mim...
Noites sem estrelas,
noites sem fim...
Grito ao horizonte
já sem saber o que digo.
Onde está a minha fonte?
Onde fica o meu abrigo?
Nascem dias todos diferentes,
todos iguais;
que sem sentido
não dizem nada de mais.
Na nostalgia dos minutos que passam
o relógio na parede geme:
Tic tac, tic tac, tic tac...
E memórias seguem-se
densas, uniformes...
Os livros na prateleira
continuam por ler
e a caneta está cansada de escrever,
de se repetir
a dizer sem sentir...
É surreal o pensamento do poeta;
que mente no que sente
e sente no que não mente.
Surreal,
desleal;
o amante da morte certa.

27-02-06 Lídia de Sousa

Foto de Joca

De repente

De repente, assim
Nem dou conta
Penso nela...enfim
Meu coração só apronta!

Desobediente, indisciplinado
Por mais que eu tente
Continua apaixonado
Por ela, perdidamente

Assim vou morrer!
Uma morte sofrida!
O verbo arrepender

Conjugado até ao fim da vida!
Quem recusa o Amor
Casa-se com a dor...

Joca

Foto de Joca

Ferida

De todas as dores
A maior é dos amores
Perdidos, ao longo da Vida
Não há maior ferida!

Esta linha escrevo em tal agonia
Sem rumo e sem norte
De quem amo, só ironia...
Prefiro antes a morte!

E então? Onde está meu futuro?
Foi-se! No sorriso dela...
Pergunto-me: que procuro?

A resposta? Por ela!
Idiota, tonto e burro!
Assim vou e me torturo...

Foto de @iram

Pregão do pudor

Se a música subir
E quiser ficar;
Cantarei, ficarei;
Danço a dança do teu olhar.
Renasce,
Não morre.
O amor sabe cantar.

És uma flor eterna
Com cheiro a vida; a morte!
És um pregão do pudor;
Sem sabor...
Só porque és amor.
Desejo amado e não negado.

Lídia de Sousa 07-05-2004

Foto de Marcelo Souza

Onde não temerei mal algum

Passos dados rumo a perdição
Mais ela não estaria só num papel, e sim bem próxima e real.
Como o precipício de braços abertos esperando por tal presente
Como o vento que te empurra rumo a tormenta
Como um nada em meio a todo sofrimento, tudo em meio a nada, que traz você.

Pedras ou rochas quem as dirá?
Espinhos e laços quem as dirá?
Sendo vida mero prêmio aos bondosos, ou parte indesejada da vitória dos que têm em suas vidas traços do mal.
Palavras entre tantas sombras e sombras de um tudo
Versos negros escritos com gotas de sangue sem sua cor escarlate
Feitos em meio à dor da solidão
Trevas que precedem a morte em meio a tudo isso
E tudo que me leva ou me levará
Tudo que se pode mencionar, um tudo que se resume em você.
Ao posto que era da irmã alegria, o que te devo doce tristeza, que cobrança tens com meu nome para tanto bater em minha porta. Que peça tão preciosa tua roubei para que tanto me visites, no que julgo ser tentativas de resgate. Que mar tão grosseiro, naveguei e deixei rastros de um tesouro amaldiçoado, para que tua cobiça te traga tantas vezes a mim. Dor ignóbil e dilacerante, tantas mazelas em meu coração, traços de morte anunciada, podes então me tragar, irmã morte, tomarei mesmo sem querer tua mão como minha noiva, pois quem desejo não terei tal sorte, não terei tamanhas chances em vida, de em vida transforma-la em realidade e não mais ser apenas um sonho, que sonhei.

Foto de Coyotte Ribeiro

Calado

Te amei calado
Me vi fechado
Me tornei insuportável
E não me dei conta do indesejável

Momento de angústia
Vivendo em pura tristeza
Que transladou meu coração
Sem nenhuma gota de paixão

Vivi sem emoção
E agora sem compaixão
Sofro essa solidão
Que não acaba em gratidão

Apenas sei que te amei
Te desejei e não te agarrei
Permaneci calado
Com os olhos vendados

Com flecha de cupido
Fui marcado, fui ferido
Não morri em pranto, mas vivo em conflito
Por mais um dia não engrandecido
Passou por mim um grande abismo

Te amei calado
Sofri de coração apertado
Desejei a morte, mas não tive sorte
De me dilacerar e não ser encontrado

Mas fui arrancado de minha terra
Onde nada mais nascia em nova era
Com cratera de minha alma
Me derreti em doce calma

Não me achei suficiente
Não me coloquei a frente
Calado fiquei
Calado te amei

Silêncio é absoluto
É suave como vento
Implacável como o gelo
É desejado por meu medo

Calado fiquei
por que te amei
Calado estarei e
Para sempre cumprirei

Um juramento..

Calado serei
Calado farei
Calado viverei
Calado te amarei

Por MJPA o coração de um coyotte

Foto de Rolizey

Abandono

Exilada de sua esfera, minha alma tornou-se triste e fria, aprisionada a tanto tempo, fecunda a morte reprimindo seus desejos de amor, e entre chuvas e trovoadas segue passiva, então, deita-se no leito da morte e apenas sonha com dias vindouros de extrema ventura, e permanece entregue a sua sorte, ao se levantar cansada do leito disforme de vida, se depara com a realidade nua e crua, e desconsolada, chora o choro dos fracos e oprimidos, a opressão lhe oprime o seio caído e triste, e lágrimas sentidas lhe banham a face murcha e cansada pela dor do dissabor, a causa do grande mal estar, nunca fora desvendada, mas, sabe-se que ama esta alma, e ama com nítida perfeição, ama na forma mais profunda que pode um ser vivente sentir, e vivendo amasiada ao desamor chora num riso largo de dor, e sem alternativa se entrega a despedida, privada de um grande amor.

Foto de Logan Apaixonado

Amor Cruel

Esteja certa, que minha sede é tamanha...
Sinto nas entranhas, saudades suas...
Minha triste lembrança, do que me foi forte...
Nem agora, nem na morte...
Esquecerei do teu rosto...
Tão belo quanto a lua...
Na mais perfeita loucura...
Mora em meu peito...
Amor sem preconceito...
Tenha certeza que posso...
Ter sempre resposta...
Aos beijos teus...
Me pesa na alma, tristeza farta...
Dor intolerável, existente, precisa...
Atinge-me de morte...
Me fere na fronte...
Teu orgulho maldito, não escuta meu grito...
Chamando teu nome...

Foto de alessandrapp

Estranha vaidade

Frio...
Apegando-se um pouco a tudo e inteiramente a nada
Na cruel satisfaçao de nao sentir,ia o poeta vivendo.
Cantou em versos a sua solidao,falou em desejos,amor,ansiedade
Vagou pelo mundo sozinho,sem nada,sem ninguem...
Mentiu!Dizia;enganando-se que amava o belo
Fingia sorrir,desejando chorar.
E o tempo passou
-Um dia sorriu e ao mesmo tempo que uma lagrima de seus olhos descia
Encontrará finalmente a felicidade
Encontrará o amor,a beleza
Encontrará na morte a sua poesia

Foto de Maria Paula

Vida cruel

A minha alma sofre,
Nesse mundo cruel,
Onde a dor é mais forte,
Quando o amor é infiel.

Choro a má sorte,
De ter caído do céu,
E provar desse cálice,
Com gosto de fel.

Provaria o dissabor da morte,
Para não provar o dissabor do amor.
Faltam-me a alma, a vida e a calma.
Como suportar a dor?

Vida, vida cruel.
A esse mundo não pertenço,
Mas nesse mundo permaneço,
Sem alma, sem vida e sem calma.

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