Quando me veio a certeza,
Tive o acerto de esperar,
E forte, seguro e distante,
Fiz a expressão de meu semblante.
Não carreguei em minha vida,
Metade de tudo que me pertenceu ,
À ti e a outros, entreguei meu maior tesouro...
Porém usaram-me de todas as formas...
Tão frágil criança, em forma de adulto,
Acusas à quem te faz sofrer,
Sofres por não saber defender-se,
E horrores surgem em muitas formas,
Há fome, miséria, desespero...
Por quê insistes em chorar lágrimas alheias?
Por quê lamentas sofrimentos que não te pertencem?
És tu por acaso pai de todo o mal?
Errastes tanto no que fizestes?
Pois se não te cansas,
De abrir teu interior,
E declaras de imediato, toda sua verdade,
Expondo-se ao risco, de ser consumido,
Mil e uma vezes, e mais e mais...
Pois se não consegues entender,
Que não há quem o entenda,
Que a sorte ou a morte,
Caminham ao teu lado,
Que entre dois pontos, existe distância,
O que há por trás de tamanha ignorância?
Se entregas a tua sorte, ao que te destrói,
E lamentas o que passou,
Não mudas o teu pensar,
Cala, aceita, consente,
Que de ti façam o que desejam...
Não mudas teu coração,
Porém és envenenado por ele,
Caminhas então, para teu fim,
Porém não aceitas que te digam não...