Momentos

Foto de Teresa Cordioli

MAIS QUE UM SIMPLES OLHAR

Mais que um simples Olhar...

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Senhor, dono destes olhos verdes...
Desvia de mim, este olhar perturbador
Que me tira o fôlego! Sinto no rosto o rubor.
Me levas à loucura... Assim queres ver-me?

Troque este olhar por caridade, amor!,
Peço-te sempre, nos melhores momentos.
Afaste-o de mim, ele lê meus pensamentos,
Desvendando assim meu coração amador.

Nosso tempo, nosso passado volta à tona.
Meus segredos ficam expostos, a cada olhar.
Mostrando-os ao mundo, luto, e vou à lona.

Sou algo que te pertence? Me digas "sim", apenas.
És o único dono de meu corpo, de minh’alma,
Que por ti não é pequena... nem frágil... mas serena!

Foto de Edson Milton Ribeiro Paes

"QUEBROU...."

“QUEBROU........”

Meu coração...
Quando dispôs dele e não o cuidou!!!

Minha esperança...
Quando a arrancou do meu peito!!!

Minha juventude...
Quando me fez acreditar que já era velho!!!

Minha saúde...
Quando tirou a crença da minha mente!!!

Minha inocência...
Quando me fez desistir dos sonhos!!!

Minha liberdade...
Quando me prendeu a ti!!!

Meu sorriso...
Quando entristeceu meus momentos!!!

Minha individualidade...
Quando me condicionou a teus caprichos!!!

Minha seriedade...
Quando me obrigou a mentir!!!

E por fim....
Minha tristeza...
Quando fostes embora!!!

Minha doença...
Quando mudei de hábitos!!!

Minha solidão...
Quando não me senti mais só!!!

Minha velhice...
Quando descobri que tudo ainda posso!!!

Minha prisão...
Quando descobri que posso voar!!!

Minhas lagrimas...
Quando me descobri sorrindo!!!

Meu desamor...
Quando me senti bastante amado!!!

Foto de all_nites

qual o sentido de tudo isto???

Qual o sentido de tudo isto?
Acordei esta manhã com este estranho pensamento. Abri os olhos a pensar em algo que torturava a minha cabeça ao longo dos tempos. Essa pergunta impertinente não me largava e tudo o que eu queria fazer, era despachar-me para ir para escola. Tanto ela me chateava que decidi, por fim, sentar-me na cama desarrumada e pensar sobre o assunto.
Tudo o que estava a pensar tinha a ver com o sonho que tinha tido. As imagens e os filmes do meu subconsciente passavam rapidamente na minha cabeça e sem problemas, consegui finalmente, perceber a base de tudo isto. Como é que tudo se formou?
É claro que segundo a ciência, a vida formou-se na Terra, devido a condições favoráveis, ou seja, os quatro elementos criaram uma situação estável de forma a permitir a formação de aglomerados moleculares, células e por fim seres vivos.
Mas a minha pergunta não ia para tão perto, ela ia ainda mais para longe. Os animais formaram-se através das células, as células formaram-se a partir de moléculas, as moléculas provêm dos átomos e então, “DE ONDE VÊM OS ÁTOMOS?”.
Finalmente! Tinha conseguido achar a pergunta. Mas faltava o mais importante, a resposta. Ninguém sabia a resposta. Desde daquele tipo de pessoas fúteis, que não se interessam por nada e só querem viver as suas vidas segundo o padrão social, até aqueles grandes cientistas e filósofos, mentes brilhantes que atravessam a vida pelos caminhos mais difíceis e mais sabedores, como Platão, Newton ou Da Vinci, não têm uma resposta certa quanto a essa resposta.
Bem, o certo é que, depois de tudo isto, tive que me despachar a vestir e a comer para não chegar tarde à escola.
O dia foi interessante. Era uma Quarta-feira e por isso as únicas disciplinas que tinha eram Educação Física, Filosofia e Matemática.
Em Educação Física, a minha turma teve a jogar Softbol (parecido com o basebol mas com uma bola de ginásio) e consegui fazer um Home-run.
Em Filosofia, teve-se a falar da ciência, um tema porreiro quanto a mim, e o professor deu-nos um trabalho para fazer ao longo do terceiro periodo. O que nós tinhamos de fazer era criar um texto em que se falasse dos limites da ciência, segundo a nossa opinião e não com ideias retiradas de outros lugares.
Eu já tinha um tema acerca do trabalho.
Durante as férias da Páscoa, eu surgi com uma teoria acerca da viagem inter-espacial. Falei com os meus amigos, João Jalé e Rui Gamboa e todos concordámos em realizar essa experiência. Essa ideia consistia em comparar a massa e a carga de um átomo de modo a construir um modelo semelhante a essa partícula, mas em tamanho real.
Toda a experiência foi projectada. O modelo foi desenhado e os objectos eram de fácil acesso mas, o pior foi os cálculos. Segundo um átomo de hidrogénio (que é o mais leve de todos os elementos), para construir um sistema de massa 5g a energia necessária para fazer a carica viajar no espaço, não era nem mais nem menos, do que 2 x 1013 volts. Bem isso era um bocado díficil de atingir e por isso esquecemos essa ideia.
Mas agora podia falar dela no trabalho.
Cheguei a casa, coloquei-me em frente ao monitor e fui buscar toda a informação que possuia da experiência. Retirei os textos que explicavam a actividade, os gráficos e esboços do projecto e comecei a escrever um texto, a expôr a minha ideia.
Demorei pouco tempo a fazer o trabalho pois já tinha muita informação.

O período passou num instante. Faltava poucas semanas para terminar as aulas e o prazo de entregas dos trabalhos para Filosofia era hoje. Apesar de ter uma semana para entregar, só me tinha lembrado de trazer o trabalho para a escola no último dia.
Entreguei o trabalho ao professor assim como os outros alunos e expliquei ao Jalé e ao Rui o que tinha escrito. Eles disseram que segui um bom exemplo para o trabalho e que era boa propaganda da ideia.
Tocou para saída, arrumei o material e juntamente com os meus colegas saímos da sala em direcção ao átrio da escola. Encontrei a Diana, a minha namorada e cumprimentei-a com um beijo doce.
O intervalo era de quinze minutos e por isso não valeu a pena sair da escola. Quando estava quase a tocar para a entrada, um certo indivíduo colocou-se à minha frente era o meu professor de Filosofia.
- Podes vir comigo ali fora para eu te apresentar uma pessoa? – perguntou-me ele apontando para a saída.
- Claro, tudo bem. Diana, já vai tocar, podias ir já para a aula.
- Está bem. – respondeu ela dirigindo-se para as escadas que levavam às salas de aula.
Acompanhei o professor até à saída da escola e junto ao passeio, estava a estacionar, um Mercedes SLK 600. Um senhor de fato saiu do carro e dirigiu-se a nós.
- Bom tarde, doutor.
Apertaram as mãos após o senhor também cumprimentar o professor.
- Doutor, este é o Bruno. – começou ele. – Tiago, este é o Doutor José Cunha, ele é o responsável por um laboratório situado perto daqui.
- Olá. – disse eu apertando a mão ao Dr. José.
- Olá. Então és tu o génio que deu asas a esta ideia? – perguntou ele.
- Qual ideia?
- Teoria Atómica da Mudança de Espaço.
- Hã... Sim fui eu. – disse eu embaraçado.
- Estou espantado! Onde arranjaste tal ideia?
- O meu pai tem um livro antigo e nesse livro está a falar de um experiência Top Secret, que não se sabe se existiu ou não, chamada Philadelphia Experiment, a Experiência do Filadélfia.
Então eu lá falei durante minutos sobre a tal experiência que a marinha norte-americana tinha feito durante a segunda guerra mundial, eles tinham conseguido, sem se saber como, fazer desaparecer um navio em alto-mar e fazê-lo aparecer numa baía. A marinha negou tudo mas houve muitas testemunhas. Após ler aquilo fiquei curioso e pus-me a pensar sobre o assunto. Tanto pensei que, por fim, veio-me à cabeça uma ideia: qual é uma das únicas coisas instantâneas no mundo? A passagem de nível electrónico dos electrões para a camada seguinte. Segundo a química, quando um átomo recebe demasiada energia, os electrões ficam excitados e por isso passam instantaneamente para uma camada electrónica superior. Fiquei com esta ideia na cabeça mas foi logo substituída por outra, e se desse para criar um modelo com as semelhanças de um átomo mas numa escala real. Pensei mesmo muito nisso, fiz textos sobre isso, desenhei projectos, fiz tudo, inclusive os cálculos que estragaram tudo, pois era preciso uma carga de 2 x 1013 volts para o objecto de 5 g passar para o nível seguinte e viajar no espaço, e por isso desisti do projecto porque com uma energia dessas, mesmo que fosse possível criar, poderia fazer estragos com tamanha carga, como no caso dos trovões.
Acabei de explicar tudo e reparei que ambos olhavam para mim fixamente.
- Espectáculo! – disse o doutor. – Há anos que tento arranjar alguma forma de viajar no espaço e tu conseguiste primeiro que eu. Queres juntar- -te à minha equipa?
- Uau! Seria um prazer. Quando?
- Sei lá, talvez nas férias.

Falámos por mais uns momentos, mas já eram três e meia e tinha que apanhar o autocarro. Dei o meu contacto ao Dr. Cunha e despedi-me.
Ia a caminho de casa, no passeio junto à estrada e uma criança ia à minha frente a andar também, mas mais devagar. Acelerei o passo para a passar ao lado da menina e quando passei por ela, uma voz fina dirigiu-se a mim.
- Não o faças! – disse a menina com um ar triste. – Por favor, não estragues o mundo!
- Não faço o quê? – disse eu espantado pela reacção da criança.
- Teoria Atómica da Mudança de Espaço. – disse a menina levantando a cabeça e mostrando os seus olhos azuis brilhantes.
Fiquei paralizado, como é que ela podia saber? Não contei a ninguém, a não ser ao Jalé, ao Rui, à Diana, ao professor e ao doutor. Eles não iam espalhar isso por aí e mesmo assim, como é que uma miudinha conseguia perceber isso?
A criança virou-se e começou a caminhar para o lado contrário.
- Espera aí! Como te chamas? – perguntei eu acompanhando, por momentos, a menina.
- Gabriela do Paço Castanheira Esguedelhado. – disse ela olhando de relance para mim. – E não me sigas. Adeus pa....
- Adeus quê? – disse eu gritando para ela já ao longe.
Ela não respondeu. Começou a correu e virou para uma rua escondida. Durante minutos fiquei ali parado espantado pela situação.
Cheguei a casa lentamente a pensar sobre este estranho episódio. Entrei em casa, abri a porta para os cães irem à rua, abri os estores da sala e deitei-me no sofá. Estava muito cansado e custava manter os olhos abertos. Tudo se escureceu e por fim adormeci.

Acordei agitadamente, saltando do sofá violentamente e caindo para o chão. Olhei para o telemóvel, eram seis e vinte e tinha uma chamada da minha mãe.
Sentei-me no sofá e levei as mãos à cabeça, tinha tido um sonho horrível, o fim do mundo. Tinha sonhado que a terceira guerra mundial tinha rebentado devido a uma associação criminosa que usava a minha teoria para tudo o que era mau. Roubar, infiltrar e até matar. Parecia tudo tão real.
Finalmente tinha compreendido o que queria dizer a rapariga sobre o estragar do mundo. Finalmente tinha percebido que, se calhar a minha teoria não era assim tão boa como tinha pensado. Possivelmente era mais negativa do que positiva. Era boa como transporte rápido de pessoas e mercadorias mas era mau devido aos assaltantes e associações criminosas que eram facilitados no seu trabalho devido a esse transporte.
Estava decidido! Ia esquecer tudo. Era difícil mas era o melhor. Tinha que pôr tudo nas costas. Tinha que dizer ao Rui e ao Jalé o que se tinha passado e explicar ao meu professor e ao doutor a minha opinião.

Na sexta-feira, dirigi-me ao professor de filosofia que estava na sala dos professores e expliquei-lhe tudo certinho e o mais directo possível. Após acabar a explicação, o professor com uma cara de desânimo virou-se para mim.
- Tens razão. – disse ele. – Também já tinha pensado nisso.
- Então quer dizer que o professor me apoia nessa escolha.
- Claro que te apoio. Foste tu que criaste isto e és tu que tens a escolha de desistir do projecto. – disse ele pondo o braço a minha volta. – O Dr José é que vai ficar muito desiludido.

O professor voltou a chamar o doutor e eu expliquei a situação toda outra vez.
- Tens a certeza que queres fazer isso? – perguntou o doutor.
- Tenho, muita certeza.
- Que pena! Era uma grande oportunidade para seres famoso. Pelos vistos afinal vou ser só eu o famoso.
- O que quer dizer com isso? – perguntou o professor.
- Bem, já que ele não quer levar o projecto avante e como já tenho conhecimento acerca da teoria, levo eu isto para a frente.
- Não pode fazer isso! A ideia é minha e para além disso você vai provocar muita alteração no mundo. – gritei irritado com a atitude.
- Está bem! Quando me mostrares o Pai Natal, eu acredito no teu sonho.
Ele dirigiu-se para o carro e foi-se embora em grande velocidade.
- O que se pode fazer para evitar? – perguntei ao professor.
- Nada! Tu não patentiaste a ideia logo ele pode usá-la à vontade.
- Onde fica o laboratório dele?
- Fica no Bombarral. – disse o professor.
- O professor tem carro? – perguntei insistindo numa hipótese.
- Tenho.
- Então vamos fazer-lhe uma visitinha. – disse olhando para ele à espera de resposta.
O professor pensou durante momentos, até que por fim concordou comigo. Entrámos dentro do carro dele e fomos rapidamente até ao Bombarral.

Quando chegámos ao laboratório, este não era nem mais nem menos do que uma fábrica velha de tijolo.
- É aqui? – perguntei.
- É. – disse o professor. – Ele usa o laboratório debaixo da fábrica.
Entrámos dentro da fábrica e fomos dar a uma porta que necessitava de uma palavra-chave. O professor digitou uma combinação de números, a porta abriu-se e um elevador levou-nos para baixo.
Descemos poucos metros e quando a porta se abriu fiquei paralizado de novo. Já estava tudo pronto para a experiência. Os meus projectos já estavam todos construidos à minha frente e uma contagem decrescente de três minutos tinha-se iniciado.
O laboratório tinha aproximadamente três andares e no último estava, dentro de uma sala apenas com uma janela, o Dr Cunha. Ele viu-nos e rapidamente começou a descer as escadas. Ouvia-se da sua boca as palavras “Continuem a contagem”. Após descer os três andares e aproximou-se de nós com um passo rápido.
- Então gostam da minha experiência? – disse ele ironicamente.
- Pára já com isto! – disse eu directamente olhando bem para os olhos dele.
- Não sabes o que estás a fazer! – disse o professor.
- Claro que sei!
“Um minuto e meio para actividade.”
- Com essa potência, toda a população desta vila vai morrer electrocutada. – disse eu.
- Não vai não! Estão a ver estas paredes todas à volta. – disse o doutor apontando para elas. – São feitas de um material que isola grandes cargas eléctricas.
- Cala-se! – disse eu. – Voçê vai provocar muitos estragos mundiais e eu vou evitar.
- Como? A fazer birra? – deu uma gargalhada seca.
“Trinta segundos”
Comecei a correr em direcção ao projecto. Poderia fazer qualquer coisa para evitar. Estragar a experiência, rouba o objecto, qualquer coisa.
O doutor seguiu-me e quando cheguei perto do projecto, ele agarrou-me fortemente.
- Não me vais estragar tudo! – disse ele com um tom de voz irritado. – A experiência é minha.
- Não! É dele! – olhei para trás e vi o professor a dar com uma cadeira no Dr. Cunha deixando-o inconciente sobre o projecto.
- Obrigado. – disse eu.
“Dez...nove...”
- Temos que sair daqui! – disse ele.
- Mas e o doutor?
- Não dá tempo! – disse o professor agarrando-me na mão e puxando-me até ao compartimento, de onde saiu o doutor, atrás das paredes isolantes.
Um forte clarão se deu durante segundos e após ouvir-se um estalo intenso tudo se normalizou. Esperámos uns segundos e por fim volt´mos à sala. Tinha desaparecido! O doutor e o objecto tinham desaparecido totalmente. Não havia sinal deles.

Com toda esta confusão, após fechar-se o laboratório e isolar-se os acontecimentos, eu quis voltar para casa. Não podia contar isto a ninguém, não convinha. Poderia acontecer tudo novamente.
Sentia a mente aliviada enquanto ia no carro com o professor. Eu e ele não tinhamos falado mais sobre o assunto. Simplesmente agradeci-lhe por tudo.
Cheguei a casa. Já o carro se tinha ido embora e ia eu abrir a porta quando um “Obrigado” surgiu de uma voz fina. Olhei para trás e vi a menina do outro dia. Agora ela já estava feliz e despreocupada. Eu tinha tantas perguntas para fazer mas limitei-me a dizer:
- Gabriela do Paço Castanheira Eguedelhado né? Não me vou esquecer desse nome. Obrigado eu por tudo.
- Não vai ser preciso lembraste. – disse ela sorrindo e voltando a correr, afastando-se de mim.

Era Sábado e por isso estava com a Diana. Contei-lhe a situação do laboratório, ela era de confiança apesar de ter sido difícil fazê-la acreditar.
Falei-lhe da rapariga mas não sei porquê, não me lembrava do nome dela.
- Diana, se tu tivesses uma filha, que nome lhe davas? – disse eu tentando-me lembrar do nome dela.
- O meu nome favorito é Gabriela e, se neste caso, tu fosses o pai ela chamava-se Gabriela do Paço Castanheira Esguedelhado.
Voltei a paralizar. Será possível? Será que aquela rapariga era de facto, minha filha?

Fim

Foto de Edson Milton Ribeiro Paes

"LIMITES"

LIMITES

Na fronteira da lógica encontramos subsídios técnicos para aumentar a curiosidade sobre a aparição do homem na terra,
Somos humanos ou humanóides?
Exercemos domínio sobre nossas vidas ou somos teleguiados?
Em momentos extremos encontramos soluções, por quê?
Quem nos ajuda?
No limite da lógica encontramos rastros do criador e recuamos,
Temos medo da verdade, será ela frustrante?
O que carregará de tão diferente em seu conteúdo?
Precisamos ousar e seguir em frente
Acreditar no inimaginável e prosseguir.

No limite da sanidade encontramos as respostas
No limite das forças somos atingidos com o êxito
No limite da crença nos deparamos com a lógica
E no limite da lógica nos encontramos com DEUS.

Foto de LaDy SaRa

Morte vs. Amor

Uma só vez amei,
aquele que nunca esquecerei!
A morte o levou
e nesse dia o meu coração desesperou.
Não quero lembrar o que sofri
quando soube que ele já não estava aqui!
Mas, o seu nome não quero dizer...
Hoje tenho a certeza que posso afirmar que sei, melhor que ninguém o que é sofrer!

Sou muito nova para dizer que já amei de verdade
mas, tenho certeza que o vou amar por toda a eternidade.

Ele não me amava
mas, para mim, vê-lo bastava!
Ele era um querido,
isto não devia ter acontecido,
não foi merecido.

Um nome para ele?...Defeito!!!
Mas, para mim ele era perfeito!
Podia ter todos os defeito que existem
mas, era como se não exixtissem!

Passámos momentos bons e maus
porém, agora a minha vida tornou-se um caos!

Não ligo,
ele era o meu porto de abrigo!

Sei que há pessoas que querem o meu bem
e que me querem ver divertir...
mas, sabem melhor que ninguém,
que só uma pessoa me conseguia fazer sorrir!
Nunca ninguém irá preencher o vazio que há em mim,
mas, se ele não tivesse morrido, eu não estaria assim!

Mais não vou dizer,
poque não tenho palavras para descrever o que estou a sofrer!

Foto de LaDy SaRa

És tudo para mim

O que sou eu sem ti?
Nada.
O que faço eu sem ti?
Nada.
Porque te amo tanto?
Não sei.
Porque faço tudo que queres?
Porque, simplesmente és tudo para mim.

Em vez de te esquecer
cada vez te amo mais.
És o meu perder,
és tu que me dás os momentos essenciais.
Porque te amo tanto?

Andei tão bem sem ti,
porque é que este sentimento teve de voltar?
Talvez pelos momentos que contigo, vivi
ou talvez, por estar cega de tanto te amar.

És o meu Sol, és a minha Lua
e, eu serei sempre tua!

Porque me mentes?
Porque não me queres?
Porque não sentes...?
Porque não sentes o mesmo que eu?
Será que me odeias?
Só sei que o meu coração é teu
e tu, só colhes o que semeias.

Semeas-te em mim,
um sentimento que não queria sentir.
E, este parece que ñão tem fim,
talvez acabe quando par´res de me mentir.

Amo-te e odeio-te,
desejo-te e desprezo-te.
Não consigo ter um meio termo contigo,
é impossível.
Adorava que ficasses comigo,
mas, por outro lado, tu és imprevisível.

Mesmo que ficássemos juntos,
mesmo que me quisesses,
nunca ias ser só meu.
Isso, é um defeito teu.

Mas mesmo assim,
és e sempre serás, tudo para mim!

Foto de pardal

Sempre

Os dias vem
Os dias vão
Mente confusa
Tantas coisas aconteceram
Creio eu ser conspiração
Dos sorrisos,
Dos olhares,
Do carinho
Só me resta as fotos
Sua doce voz serena
Só vive agora na lembrança
Uma vez você me disse
Sempre...
E eu concordei
Hoje o sempre
Deixou de existir
Só me sobrou a angustia
E as migalhas do que um dia foi
O vento sopra
No campo as flores sempre estará a florir
Sempre...
O vento sempre soprara
Trazendo sua face
Momentos que vem
Momentos que vão
Nunca pensei sentir
Falta da minha melhor amiga
Eu aprendi a amar
De outra maneira
Será que amizade tem validade?
Acho que tem
Quando umas das partes
Não quer mais a amizade
E quer algo mais
Ela foi minha grande amiga
Ela foi meu grande amor
Uma vez você me disse sempre seremos amigos
Para todo o sempre estaremos juntos
E agora?
O que o sempre se tornou?
Sinto sua falta
E sempre sentirei
Sempre...

Foto de angela lugo

Com carinho para meu namorado

Um doce cravo a sorrir para mim
Um anjo branco como o jasmim
Sempre me oferece seu odor
Assim vai inebriando minh’alma
Penetrando no meu coração seu calor
Em explosão como magma de um vulcão
Espalhando pelo meu corpo seu amor
Doce tão doce como o néctar da flor
É seus beijos meu amor
Nosso dia, nossa melodia está tocando
Lá no céu por anjos puros
Aqui escutamos e agrademos este amor
Que nos uniu em nossa vida
Te amo, te amarei para sempre
Se não houver para sempre
Haverá os nossos momentos
Para recordar em um dia do futuro
Seja onde for que estivermos presentes

 


Foto de Prudêncio

Caminho da Vida

Procurando a felicidade
Muitos caminhos trilhei,
Momentos felizes eu tive,
Mas a felicidade não encontrei.

Todos os esforços que fiz
Foram em vão,
Mesmo entre tanta gente
Me sinto na solidão.

Amores vem e vão.
O amor eterno sonhado,
Pura ilusão.

Mas parar de sonhar jamais.
Mesmo que seja mera fantasia.
Que sentido teria a vida,
Se não tivesse utopia?

J. Prudêncio
02 de Janeiro de 2005.

Foto de Izaura N. Soares

O Silêncio da Existêcia (Soneto)

O silêncio da Existência

Há momentos que o silêncio confunde,
Com o vazio da eterna existência,
Sem que nos dê conta do mal que funde,
Os nossos corações em abstinência.

Descansando o dorso, o prazer do encontro,
Com o sol a esquentar a doce vida,
Na magia inspirada pelo reencontro,
Da eterna poesia citada e acolhida.

Não temo o sentimento silencioso,
Só temo o imenso vazio afrontoso,
Num corpo tão cansado de si mesmo.

Nesse louco amor que difere os demais,
No firmamento dos sonhos florais,
A paixão delirante vive a esmo.

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