Momentos

Quero despojar-me de meus bens...
Não os materiais, não os carnais,
mas os que fazem bem...
Não os que o tempo devora,
e não devolve jamais...
Os meus bens mais preciosos
que enaltecem minh’alma,
não quando piso em falso,
a remoer meu fracasso.
Não o pior, mas o melhor de mim.
Todos os sentimentos nobres
de meus dias melhores
encobrindo os ruins...

À mais exímia bailarina
esse dom que me domina,
acrescendo à ela , ainda mais.
A alegria que predomina
quando a noite dá passagem
a um novo amanhecer...
Para quem está prestes a descrer.
A tristeza que é só minha...
Que choro quando estou sozinha,
Pra quem não sabe chorar,
e a alma lavar.

O desejo incrustado em mim
das lembranças do passado...
Momentos que tiveram fim.
Recordar é viver, enfim.
O equilíbrio:razão e emoção
pra quem só é coração
e se perde com a ilusão.
A dor pra quem não sabe sofrer
e que faz parte da vida...
O sofrimento lapida,
deixa a alma evoluída.

Devolvo essa saudade
que meu peito invade
pra quem se foi e a deixou
Leva-a, pois ainda não vou.
Todo amor que ainda sinto,
despejarei em jardins
para sentir seu perfume
exalado de dentro de mim.

E por fim, a minha inspiração,
ao poeta que faz da pedra, flor...
Que salve meus melhores versos
e derrame por todo universo
...O amor!...

Carmen Lúcia

Às Vezes.

Às vezes penso que seria melhor
Não termos nos conhecidos
Às vezes sinto falta da sua voz
Ás vezes queria voltar no tempo
Só pra te ver sorrir.

Ás vezes queria saber entender
Por que você me faz tanta falta
Ás vezes penso que seria melhor
Se você estivesse aqui comigo
Seu jeito tão menina de contar
Seus medos

E nesses sinceros versos
Eu, mais que tudo,
Necessito de você, necessito da
Sua voz, do seu rosto,
Necessito de você.

Ás vezes sinto como se eu estivesse
Na mais profunda ilusão de ter você
Do meu lado.
Ás vezes penso estar sonhando acordado,
Ás vezes tenho o vislumbre de poder mudar o
Passado, corrigir meus erros....

Mas sei que isso é somente ilusão
Mas sei também que a ilusão me faz
Lembrar de ti.
Lembrar de todos os momentos do qual eu
Passei ao seu lado e não me arrependo
De nada.

Ás vezes a ilusão de ti ter ao meu lado
Me ajuda a sobreviver...
Ás vezes penso que sou imortal ao seu lado
Ás vezes sinto que isso não passa de uma besteira
E ter novamente a desilusão de estar sonhando
Acordado.

Desculpe se não consegui fazer de você a pessoa
Mais feliz desse mundo...
Mas que digam pelo menos que tentei
Que muitas vezes em meus sonhos acreditava
Que isso tudo um dia seria realidade.

Mas não consegui...
Não consegui fazer você feliz
Tenho em mente a sua imagem
De um anjo amado...
Ás vezes queria morrer
Pra ter a sensação de estar ao seu
Lado novamente.

De estar perto de ti pra dizer
O quanto eu realmente a amo
Pra poder sentir sua respiração
Pra poder estar perto de ti novamente...

Ás vezes é muito mais do que imaginamos
Ás vezes é preciso saber a hora de parar
E ás vezes é preciso dizer que eu ainda TI AMO.

Desculpe-me pelas atitudes impensadas neste dia, tão lindo céu azul. Eu sei que o feri pelas minhas conclusões precipitadas. Perdi tempo teimando com meu coração. Hoje, sei que te amo, e você sabe de meus reais sentimentos. Desculpe-me por todos os momentos que te fiz chorar. Como posso dizer que não foi proposital? Neste instante, apenas minhas humildes desculpas... Reconheço minhas falhas. Saiba que eu estarei sempre a te esperar.

25.02.2007

Escrito por Graciele Gessner.

* Se copiar, favor divulgar a autoria. Obrigada!

De repente, estremeço.
Um arrepio me rouba os sentidos.
Tira-me o chão, em transe permaneço.
Reflexos tomam conta de meus movimentos.
De meus atrevimentos...
O êxtase amplia tais momentos.

Um toque, um forte arrepio... Enlevo total!
Um vôo descomunal...
No ar, gemidos ofegantes, delirantes,
Encontro do sublime com o insano,
Choque do sagrado com o profano,
O arrojo e a fraqueza.
A entrega e a sutileza.
A dúvida e a certeza.
A força do desejo e a submissão.
A confirmação!

A paixão a rondar pelos cantos...
Doidivanas, semeando enganos...
Mentiras sutis, sentimentos vis,
Disfarce imprescindível à nossa carne,
Imbuído, incrustado, penetrado...
Uma fraqueza.Sim! A mais austera!
Uma mentira.Talvez!A mais sincera!
A alma dilacera, o corpo engabela.
E lá fora, em confronto com a paixão,
O amor correndo livre, sem direção.

(Carmen Lúcia)