Mestres

Foto de Chuva Heavy

Textos Medíocres (Parte I )

Vaga minha alma
por entre as paredes gélidas
de minha utopia
longe das angélicas
fantasias
onde tudo é doce como o mel.
aqui não há contos de fadas
pois elas são apenas fachadas
como este arco-íris que desenha o céu.
coberta de véu e grinalda
surge minha alma
onde na sociedade alta
sua identidade some.
e entre risos e gargalhadas
deboches e patuscadas
em angústia se consome.

Minh'alma não percebes?
tu és contra!
tu e este corpo que lhe reveste
e a ninguém apetece
e que tu mesma não conhece...
sua forma é uma afronta.

...Entre risos e gargalhadas
deboches e patuscadas
minha alma em angústia
se consome.

E quando passares e sentires
algo de estranho no ar,
não se assuste,apenas passe minh'alma
trata-se da sociedade alta
e sua capacidade de inebriar;
ora com idéias
ora com ações
são mestres em suas retóricas.
agindo que forma lépida
suas padronizações
ganham importância histórica.

...Aqui não há contos de fadas
pois elas são apenas... fachadas
como este arco-íris que desenha o céu.
lá vai o príncipe encantado
em seu cavalo alado
regado em esbeltez.
rosto risonho e rosado
seus cabelos loiros,lindos de lado
uma postura nobre e cortês.
mas ai...ai daqueles que não são adequados
nos padrões pelos grandes estipulados
hão de ser tratados com estupidez.

...Vague minha alma
por entre as paredes gélidas
de minha utopia
tangencie com calma
pois as coisas mais pérfidas
a sociedade evidencia
longe das angélicas...
fantasias.

Chuva Heavy
04/03/2007

Foto de Lou Poulit

Os Instantes do Poeta

Torpes versos que de mim me tocam
Enfocam imersos momentos nossos,
Torpes, trágicos, tacanhos troços
Que fizemos ao sabor do instante.

O meu desafio é escrevê-los
Como novelos arrumadinhos,
Tantos os embaraços do zelo
De crer que viver valeu o instante.

Poesia... Ah, por que não me suplica
Uma relíquia, lembrança boa
No vácuo que de mim se apessoa,
Como um pálio desça ao fim do poço,
Onde cravo essas unhas mestiças
Feitas de uma sucessão de ancestres,
Mestres meus que me vêem tão moço:
Não vejo a luz imensa desse instante!

É nas mais frias noites sombrias
Que, ausentes a lua e os seus amores,
Mais ouvimos os nossos tambores
E mais cintilam brilhantes instantes.

Acuda-me, minha poesia
Com sua manhã, seu gume de luz!
Antes que me percam os instantes nus,
Que me prendem no altar dos instantes.

Porque somos amantes nossos,
Nas fogueiras das próprias cavernas,
Bastará o viço das nossas pernas,
Soberbas, aos rumos dos instantes.
Mas quando me aposso dos meus ossos
Que as manhãs não puderam roer...
Minhas pernas a tantos lugares
Não iriam nem por um instante!

Ah, poesia... Que não me suplica!
Ensurdece o promíscuo suplício
De ser assim um poeta de mim,
De versos íngremes, desde o início,
Tortuosos como os meus instantes...
Então, poesia lhe suplico eu:
Se meus versos têm que ser tanto assim
Cajado do meu próprio levante...

Diga a ela que sobre os seus ombros
E no seu dorso, crespo do nosso amor,
Me levaria... E aos meus escombros...
Antes lhe poupo dos meus instantes.

Diga a minha amada que não a esqueço,
Que apenas pago o preço das manhãs.
Que a rosa range pétalas sãs,
Mas sobre os meus ombros... Julga o instante!

Foto de Zedio Alvarez

Poesia é amor

A autoria dos meus versos é da minha imaginação
Minha paixão pela poesia tem contra-partida
Meus dias poéticos tem autenticidade
Nela defendo a minha sobre-vida

Minha poesia foi lapidada pelo amor
Dependeu muito da minha mente aguçante
Conheci o meu amor num rio de versos
Atendendo às mensagens das correntezas do instante

Leio tudo com cheiro de poesia
Obra de grandes mestres
Dos companheiros leio com alegria

A construção dos meus versos vem da alma
Temos a espontaneidade de um amante
E de um poeta, que vive em sonhos brilhantes

Foto de Zedio Alvarez

Sarau dos Poetas

Chamaram-me para uma festa
Onde só tinha figuras ilustres
Fui a todos, apresentado
Fiquei feliz por ter sido convidado

Castro Alves me chamou para ir ao cais
Bradou!: “Navios Negreiros” ainda existe e vai chegar
Monteiro Lobato me fez um convite:
Vá ao "Sítio" me visitar

Vi José de Alencar
Com sua linda “Índia Poty”
Ele pediu a Carlos Gomes
Para entoar “O Guarany”

Machado de Assis, falou: Alvarez!
Vamos jogar uma partida de xadrez
Cecília Meireles perguntou:
Porque escreves tanto sobre amor?

Julio Ribeiro se explicou
Da realidade da “Carne”
Vinicius de Moraes, me interpelou
Itapoan ainda tem tarde?

Gonçalves Dias trouxe um vídeo
Mostrando uma floresta com palmeiras.
Ouvindo os cantos dos sabiás
Há! que saudades dos tempos de lá

Encontrei-me com Cora Coralina
Ela sempre sorridente
Ficou muito emocianada quando confidenciei
Que era filho de Petrolina

Olavo Bilac, dando autógrafos, recitou:
“Não se mostre na fábrica o suplício
Do mestre. E, natural, o efeito agrade,
Sem lembrar os andaimes do edifício”

Quando terminou o sarau
Todos vieram me cumprimentar
Falaram que já iam voltar para o além
Convidaram-me para ir também

Subitamente acordei,,,
Conectei “Poemas de Amor”
Na página principal tinha uma mensagem
Dos nossos mestres Junior e Fernanda , que dizia:
“Continue entre nós falando da arte do amor”

Foto de Carlos Magno

Palavras

Se as palavras tivessem ao menos
a metade da força que julgamos que possuem,
não haveria no mundo mestres na arte de escrever,
e sim, deuses.
Não teríamos arquitetos de casa ou catedrais,
mas sim, paisagistas do Éden.
Nem tão pouco conheceríamos o sol e a lua,
pois ambos se difundiriam, nos confundiriam...
Se as palavras fossem armas,
o amor traria não a paz,
mas a maravilha de se ter uma rosa nos lábios...
Se sexo fosse tão somente uma palavra,
o quarto não precisaria de paredes,
e sim, dicionários;
pois a paixão se traduziria muito além
de gozo e prazer,
se traduziria em vida.
E todas as palavras que tocassem um coração
se imortalizaria não só na mente como também no corpo feito tatuagem,
e assim seríamos marcados para sempre pelas palavras de amor que o destino nos presenteia.
Se a dor que um peito carrega pelo fim de um romance fosse unicamente uma palavra,
não teríamos um mero poema.
mas sim a maior de todas as tragédias Shaekesperianas.
Se o amor que tenho comigo pudesse ser descrito em meras palavras,
poderia descrevê-lo como "vida",
mas como descreveria a vida se meu êxtase é estar morto aos teu pés?
Palavras vãs, palavras ardentes;
palavras puras,palavras inconseqüentes...
seriam palavras que te diria agora e sempre...
E a maior de toda as palavras te diria no silêncio de um gritante beijo,
e na voz perdida em teus lábios,
sei que também me diria " te amo"

Foto de Carlos Magno

Insâno delírio

No labirinto de teus lábios deixe-me envolver pela dança serpentinosa de tua língua;
na cintilação negra de teus olhos
tornei-me cego para tudo que não fosse convergência do prazer;
e no toque eruptivo de teus dedos sobre meu sexo, entendi os vulcões como mestres na bela arte do amor.

Por: Carlos Magno

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