Carta aos porquês!
Por que querer encontrar no mais perfeito, defeitos antes nem notados diante de catástrofes de imperfeições?
Por que achar no ótimo, raízes mal feitas, quanto o ruim já foi excelência...
Por que me limitar a esdrúxulas e mimadas manias quando acho nos pequenos e raros vazios, respostas que nem eu mesma sei explicar...
Por que mandar embora presentes divinos e pedir desilusões futuras, que talvez, só me tragam sofrimentos?
Por que achar que em um erro vivenciado, me faz inapta à felicidade?
Seria, esse, ponte e revide de tantos porquês?
Seria, então, o elo de inúmeras interrogações?
Então porque não consigo está feliz?
Mais, porque não consigo fazer ninguém feliz?
Pois, a vocês grandes devaneadores...
Tenho a realidade explicita e tatuada na minha vivencia...
De que nem sempre o melhor é o suficiente...
Pois o está feliz não te faz belo...
E a harmonia é sinônima de decadência... Quando o coração não consegue entender o que te faz infeliz diante de tanta fartura, doçura...
Seria incapaz de entender ou achar que tenho uma segunda chance que não me condena mais pelo que já foi derramado?
Seria medo de me aprisionar a um passado que deixou o maior dos meus traumas?
Talvez estivesse em mim à vontade de não querer compartilhar com a culminância tamanha contrariedade, que lhe faz viciosa, enquanto muitas outras estão a sua procura... E me desfaço de sua suavidade...
Não entendo, por quê?
Estaria eu aprovada a um caminho hipócrita...
Encontrando a felicidade nas mentiras contadas, nas traições cometidas...
Por que me vejo assim...
Parece que o fim chegou antes do começo, e que nenhum passo consigo dá...
Estou presa a pensar em todos esses por quês?
Resposta obvia, mas vazia, pois sua fundamentação é incógnita maldita que só me leva ao caminho da solidão...
Enquanto, você está ai, a cada dia, menos a disposição dos meus delírios ignorantes...