Medo

Foto de raziasantos

A Última Carta!

Há ultima carta.

Entre mil novecentos e trinta nove, quando estoura a segunda guerra mundial:
Estávamos com nosso casamento marcado, por opção de meu noivo com seu patriotismo, resolveu alista-se para a grande batalha, não sei se sabia o que o esperava...
Seus pais como eu tentamos persuadi-lo a desistir, de lutar, mesmo porque se abreviássemos nosso casamento ele não seria convocado.
Mas quando amamos verdadeiramente não podemos podar os sonhos de quem amamos seria como se quebrássemos as asas de um pássaro.
As famílias dos pracinhas reuniam-se para despedida:
Da cidade onde morávamos eles eram transportados por trens, para um destino que nem eles sabiam onde seria.

Marcos este empolgado e orgulhoso em sua farda engomada, e bem passada.
Marcha sorridentes em direção á estação, onde eu e seus pais já o esperávamos, juntamente com outras famílias.
Eu usava um vestido de organza florido, meu cabelo dourados solto:
Estava ali ansiosa e aflita me orgulhava de meu amor, mas sabia que nosso destino agora era incerto, neste momento Marcos perdia a solidez da família e nosso calor, mas ganhava os aplausos e solidariedade de todos como também
Os demais soldados.

A me ver Marcos corre ao meu encontro tira sua boina e coloca no bolso, me abraça forte depois me toma em seus braços, me levanta como seu fosse uma pena, tão forte vigoroso.
Estávamos apaixonados, e nosso coração confirmava nosso amor.
Beijamos-nos longamente um beijo com sabor de despedida, mas cheio de desejos.
Ao som do hino nacional os soldados embarcam em busca da vitoria.
Como crianças inocentes estão eufóricas, como quem se espera um presente cheio de surpresas.
O trem fecha as portas e os sonhadores, exibem suas boinas nas janelas do aglomerado trem:
Entre os apitos, e fumaça desaparecem nas curvas das montanhas.
Marcos prometeu-me que me escreveria todo mês que para mim seria uma eternidade.
Quando o barulho do tem cessa, meu coração também se silencia.
Ainda sinto em meus lábios o sabor de sua boca, mas jê é grande a saudade.

Os dias passam lentamente, e para minha alegria recebo a primeira carta.
Marcos me escreve, com entusiasmo, e positivismos, diz estar tudo ótimo

Diz minha amada não se preocupe estou bem instalado em uma humilde hospedaria, mas tenho lençóis, limpos e comida quente, a guerra não é tão mal como se dizem.
Ele só se torna melancólico ao falar do nosso amor da saudade que sente do desejo que arde em querer me abraçar, me beijar, estar ao meu lado.
Neste instante eu o vejo sorrindo ao nos despedirmos, mas apesar da tristeza de sua ausência, fico feliz ao saber que ele esta sob um teto limpo com comida quente.
Começo há contar os dias para receber a segunda carta.
Assim meus dias passam mais rápido.

Por doze meses recebia suas belas cartas, a cada trinta dias eu já esperava o carteiro, com um copo de refresco ou uma xícara de café.
Sentia meu coração disparar quando o carteiro gritava meu nome ele já estava habituado, a todo mês me entregar à carta tomava seu refrescou ou café e assobiava acenado feliz por me dar boas noticias.

Eu me sentava ao lado da cachoeira nos fundos de minha casa, e com os pés na água espumante eu lia e relia todas as cartas.

Ardia em meu peito à dor da saudade e uma longa e intensa espera.

Mas as cartas tão cheias de incentivos e positivismos me deixavam, mais animada por saber que me amado Marcos estava bem.
Na pequena cidade que morávamos nunca recebíamos jornal.
E eu não tinha radio.
Meu coração por vezes apertava e sentia meu amor em perigo
Às vezes sonhava com ele sujo, e chorando...
Um amigo de Marcos volta para casa mutilado, depois que seu acampamento foi torpedeando.
Com a chegada de Mauricio entendi a dor de meu coração e razoes de meus sonhos, Marcos mentiu para mim, por todos esses meses, não tinha hospedagem com lençóis limpos, nem comida quente, tudo era sujeira e rastro de destruição, sobrevier não era uma opção, mas sorte.
Marcos não sabia que Mauricio tinha voltado, e continuava a falar coisas boas sem nunca deixar de me declarar seu imenso amor.
Meu coração agora é só dor, e medo, de perder meu grande amor.
A espera de suas cartas já não me deixa feliz, pois sei que ele mente.
Meus dias passaram a ser eternos, pois nunca via o tempo passar.
Todos os dias eu orava por todos que lutavam nesta guerra sem propósito.

Depois de onze meses as cartas cessaram!
E o silencio-me fez adoecer de amor, a saudade e incerteza tomaram conta do meu viver.
No dia vinte e dois de março de mil novecentos e quarenta e dois depois de mais de um ano no silencio, ouço novamente chamar meu nome, corro para abrir o portão, mas sei pela voz que não é carteiro, logo que abro o portão vejo um carro oficial militar parado em frente á minha casa um comandante tira a boina e faz continência me cumprimentado meu corpo estremece algo dentro de mim me diz que vou ter a pior noticia de minha vida, mas por outro lado eu rejeito esse pensamento e penso__ ele meu amor esta dentro do carro esta é a surpresa, o comandante olha em meu olhos um olhar distante e frio, com voz tremulas me diz meus pêsames senhorita, estou aqui para lhe entregar estas duas cartas,em uma eu reconheci imediatamente a letra do meu amor,mas no momento não tive coragem de abrir.
A segunda abriu diante dos olhos do comandante era uma medalha de honra á um herói morto.
Senti um vazio tão grande seguido de grande revolta, pois me lembrei de Marcos entrando naquele trem cheio de esperanças, e orgulho, por ir lutar por seus pais.
Olhei para o comandante que insensível a minha dor começou a detalhar a morte de Marcos.
Sem me despedir do comandante fui para nossa cachoeira ali eu li minha última carta.

Minha querida hoje te escreve para te dizer que estou indo com uns amigos para um novo lar, ainda não sei como será viver neste lar, mas sei que para sempre irei te amar, jamais se esqueça que nasci pra te amar.
Quando a saudade te sufocar lembre-se estarei entre as nuvens, e por todo firmamento a te olhar.
Lembre-se minha ama da nossa cachoeira, como as águas espumantes estão sempre, a nos abraçar, amo-te amor, amo-te
Adeus meu grande amor.
Assinado Seu unicamente Marcos.

E assim eu recebi sua última carta!

Foto de giogomes

A Rosa e o Tigre XVII - Em cena

Após do Tigre se separar
a Rosa decidiu a vida continuar.

Estava reconstruindo a sua vida,
de uma maneira que pudesse ser vivida.

Estava ao lado do Jardineiro
e não mais do Tigre guerreiro.

Tinha dúvidas e ia contra o seu sentimento.
Teria escolhido o melhor caminho e momento ?

Pelo menos o Jardineiro,
poderia ser seu por inteiro.

Ainda tinha medo da solidão,
um medo mais forte que toda a razão.

Quando descobriu que estava mudando
e dela uma nova vida se formando.

No mesmo tempo que acidentalmente,
voltou a falar com o Tigre freqüentemente.

Ele queria tornar-se seu amigo,
para o que passou não ficasse perdido.

Não sabia como ele iria se comportar,
quando desse a notícia do seu caminhar.

Decidiu dar pistas de sua condição
e avaliar a sua reação.

O Tigre entendeu de imediato
e juntou todos os fatos.

Fez críticas com sentimento,
apenas perguntando se foi no melhor momento.

A Rosa recebeu com muita alegria,
quando o Tigre respondeu que a apoiaria.

Tudo se encaminharia sem nenhum problema,
se uma desconhecido não entrasse em cena.

Foto de LillyAraujo

Dorme Peito

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Dorme Peito
Dorme.
Dorme peito.
Dorme um pouco para descansar
os olhos meus.

Dorme.
Porque a noite já vai alta
e estás ainda revolto e bravio como as ondas
que rebentam nas encostas.
Acalma-te!

Dorme.
Ficas tranqüilo e esperançoso do amanhã.
Que amanhã será melhor,
menos frio, menos vazio,
menos lágrimas, menos despedidas.

Dorme.
Dorme e sonha meu peito.
E deixa que os sonhos se descortinem
e revelem o dourado das relvas
os azuis do céu e mar,
e a paz de gaivotas a voar.

Dorme.
Dorme peito, que logo passa a tempestade.
Breve cessa os estrondos dos trovões,
e o medo da solidão.

Dorme.
Dorme em paz peito
Amanhã será um novo dia.
Amanhã...

© Por Lilly Araújo-Direitos Autorais Reservados.

Foto de Ana Vasques

Inverno na alma

Inverno na alma

Quando algo que fazia sentido
Por algum motivo deixou de existir
O que achava por entendido, de repente
Se faz confusão total

Ai vem o medo
Que domina todas as suas forças interiores
A angustia
Aquela que te faz perder a fome
O desejo reprimido
Que te faz ter os pensamentos mais insanos, daquilo que se quer e que não se pode ter

Inverno na alma
Tão frio que faz seu coração virar pedra, gelo
Seus olhos endurecerem até com as mais belas imagens
Seu corpo, bem, esse não responde a nenhum dos seus instintos naturais

Achando que somos super herões
E que podemos ter o dominio de nossas emoções
Quando caimos em si, percebemos que o universo já as dominou
E que não se tem mais nada a fazer senão, esperar e esperar

Esperar...
Porque o inverno não dura para sempre
Depois dele vem a primavera trazendo suas cores
E por fim o verão, que derrete todo aquele gelo que te consumiu
Devolvendo todos os seus sentidos e trazendo de volta suas verdades

Inverno na alma
Não deseje pra ninguem
Trás com ele uma dor mais insuportavel que fratura exposta
Mas nos mostra que estamos vivos, temos sentimentos reais
E nos faz mais fortes para enfentar os proximos invernos

Foto de Comandos

A força do Amor

No Amor verdadeirio quando os amantes se cruzam é como se um embate acontecesse em tais corações.
A candura e obscenidade transborda sobre seus olhares e o medo os toma de conta e o desejo de fugir vem atona mais nada mais adianta.
Seus corpos são uinificados tranportando-se para o mundo de OZ um mundo de fantasia e numa tese obscura ambos percebem que nada mais podem fazer a não entregar-se a essa loucura.

Foto de Jessik Vlinder

Versão de Poeta - Uma das Metades

De que é feito um poeta
Senão de angústia e dor
Melancolia e vazio
Desprezo e rancor?

De que é feito um poeta
Senão de medo e solidão
Decepção e tragédia
Ressentimento e frustração?

De que é feito um poeta
Senão de aflição e sofrimento
De exageros necessários
De dramas e tormentos?

Esta é a sentença do poeta
Dos extremos sobreviver
E fazer dos seus excessos
O doce e alheio prazer...

Jéssica Andrade

Foto de BIENVENUTI

A batalha...

*
*
*

Estava a lhe esperar,
comigo somente o desejo,
pois o medo,
este estava devorado...
mais uma vez, eu era,
o seu namorado...

Você chegou com sede,
o desejo muito presente,
eu caido em sua rede....
de uma maneira diferente...

Com suas armas carregadas,
não esbocei reação...
me deixei ser atacado,
totalmente em suas mãos...

Te deixei dominar,
lhe permiti açoitar,
mas no fundo, tinha certeza,
que embora aparente,
preso em sua armadilha,
Era voce quem estava,
paralisada, presa em minha mira...

Foto de giogomes

A Rosa e o Tigre XVI - Jardineiro

Mesmo decidindo separar,
voltou com o Tigre falar.

Este sentimento é complicado.
Estava feliz com o Tigre ao seu lado.

Parecia uma bela amizade.
Pouco, mas matava a saudade.

A Rosa ainda o admirava e amava,
mas estava trilhando outra estrada.

Tinha guardado um segredo,
que era do Tigre, seu maior medo.

Tinha voltado para o Jardineiro
e queria contar a ele primeiro.

Mas não sabia como falar.
Tinha certeza de que não iria aceitar.

Não era ao Jardineiro que amava,
mas continuar com este amor, não dava.

Iria seguir uma nova vida
e esta, seria a partida.

Mas a cada novo encontro,
o assunto entrava em desencontro.

E tinha a cobrança dos dois lados,
do Jardineiro e do Tigre amado.

Então tomou coragem
e mandou ao Tigre uma mensagem.

“- Tenho algo para te contar,
mas não é a hora e nem o lugar !”

A resposta dele foi imediata
e a Rosa percebeu algo, depois de confirmá-la.

Que o amor que os levava à altura,
para o Tigre não passou de uma aventura.

Foto de jessebarbosadeoliveira27

A GRAVIDADE EM COMA

Preciso despressurizar a mente em pânico:
Fazê-la viajar sem medo
Pelos mares-veraneio do remanso benfazejo, tônico, atlântico!

Preciso despressurizar a mente em pânico:
Exorcizar os fantasmas nefandos,
Absorvendo as verdades quais me acossam
E seus longevos danos.

Preciso despressurizar a mente em pânico:
Quero reverter o processo
De atrofia e necrose dos meus neurônios
Para pôr minha vida novamente no prumo.

Preciso despressurizar a mente em pânico:
Saber que viver é um carro desgovernado
Continuamente em trânsito.

JESSÉ BARBOSA DE OLIVEIRA

Foto de P.H.Rodrigues

Dizer

escrever ja não é mais tão facil
cada frase que te lembra
uma lagrima escorre do coração
eu estou perdendo a inspiração

minhas palavras se tornaram cruas
sem tempero, sem rimar
elas te procuram, querem o amor verdadeiro
querem te amar

mais eu luto, tento continuar
eu sinto que ao escrever
mesmo com letras trister
eu posso te sentir e alcançar

é o que me conforta
eu queria o tempo voltar
mais o relogio só o mostra
e para ele não existe nenhuma porta

me cerco de perguntas
me sinto aflito
em guerra comigo mesmo

logo ja não sei o que penso
o que estou a dizer
logo meus pensamentos são preenchidos por vocÊ
e ao mesmo tempo de dor

dor de saber que perdi o seu amor
dor de saber que não te faço mais feliz
machuca não estar ao teu lado
não ser mais o seu perfeito namorado

são feridas que não encontro um remedio
e que nem o tempo vai curar
somente você, pode me fazer parar de sangrar
a unica que pode me confortar

é como o mar
um dia tudo estava bem
no outro ja se navegava sem saber onde chegar
com ondas desviando nossas rotas, nos fazendo naufragar

paramos juntos em algumas ilhas
o mar se acalmou
mais do nada o tempo se fechou
e a onda gigante nos separou

quando abri os olhos vi que não estava mais ao seu lado
vi que a onda tinha nos separado
a unica reação, foi ficar desesperado
sem saber o que fazer

buscando meios e formas de da li sair
de voltar pra junto de ti
e voltar a sonhar, voltar a planejar
e assim noites viraram

e a cada dia o peito apertava mais e mais,
a saudade me consome
o medo toma conta de mim
eu não quero olhar pra tras

mais nessa ilha não vou ficar
não longe de quem eu escolhi amar
vou lutar, mesmo que uma jangada vou construir
e se o mar se revoltar ...

contra sua ira eu ei de lutar
não vou deixar o mar,
nem ninguem de mim te tirar
pelo seu amor, eu vou seguir, vou continuar
até te olhar nos olhos
com os olhos brilhando
e dizer te beijando
coisas que até agora estive esperando
coisas que foram crescendo e querem sair,
aquela coisa, que somente a você eu posso dizer
sim, " eu amo você "

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