Falei há algum tempo sobre felicidade,
e duvidei de sua simples veracidade.
Não a encontrava, minto. A tinha perdido.
Para sobreviver, fingi que tinha esquecido.
A reencontrei em um Sábado ensolarado e quente.
Veio linda, feminina, deslumbrante como sempre.
Cheirosa como uma Rosa deve ser.
Defensiva como os espinhos a devem manter.
Conversamos como não fazíamos há tempos,
aproveitamos cada segundo daquele momento.
Eu com o meus trinta e poucos anos.
Ela mais madura com os seus vinte e poucos anos.
Ao ver seu sorriso enquanto dobramos a esquina,
observei que ainda tinha muito daquela menina.
Como fálavamos ! Éramos dois tagarelas !
Para falarem conosco, entravam na espera.
Almoçamos gostoso, dividimos um petit gateau.
Éramos só nós dois, ninguém nos incomodou.
A minha meta neste ensolarado dia,
era preenchê-la de muita alegria.
Meu coração ficou em ritmo acelerado,
quando tiramos fotos, com o rosto colado.
Eu tinha medo de me aproximar muito dela,
e acabar com aquela cena tão bela.
Minha vida estava novamente preenchida,
era ela que me faltava nessa vida.
Naquele momento eu não tinha dor, nem sofrimento.
Tinha apenas sonhos, cumplicidade e sentimento.
Tenho certeza de que foi muito especial para ela,
pois todo aquele dia, não era algo que se espera.
Aproveitamos os minutos,que rapidamente iam embora.
Não queríamos que o tempo passasse naquela hora.
Ao se despedir de mim, ambos nos redemos aos sentidos.
Ela me disse com muito afinco, que nada tinha acontecido;
A felicidade finalmente se estabeleceu,
em algo que para nós dois, simplesmente não aconteceu.