Medo

Foto de giogomes

Angústia

Sonhos, sonhos, onde estão meus sonhos ?
Sua ausência é preenchida por pesadelos medonhos.

Medo, medo, o medo de perder.
Perder aquilo que nem sequer pôde acontecer.

Tristeza, tristeza e lágrimas a cair.
Caindo por alguém que pode um dia partir.

Lágrimas que caem pelo medo,
medo do pesadelo de não sonhar,
tristeza do sonho que ainda é cedo,
perdendo todo o significado do amar.

Estou só nesta triste cruzada.
Só nessa vida andando na estrada.

Com medo infantil da escuridão,
triste e isolado pela solidão.

Sonhando com o quase impossível dia,
de meu sonho se realizar um dia.

Mesmo rodeado em multidões,
com amigos e todos que me dão alegria,
me sinto sozinho em meus pensamentos e ilusões,
torcendo para que acabe logo o dia.

Clamo silenciosamente de forma doentia,
esperando que cesse o que me angustia.

Que o desejo para minha alegria,
possa sair desta mera fantasia.

Para que eu possa amá-la plenamente,
para que me complete e nos faça felizes para sempre.

Foto de giogomes

A Rosa e o Tigre XXXVI - Novamente

Finalmente ele tinha voltado,
o seu Tigre havia chegado.

Estava claramente contente,
pela oportunidade de vê-lo novamente.

Sabia que deveria conter a felicidade.
Não vivia mais em uma fantasia, e sim na realidade.

Afinal, muita coisa havia mudado.
Por que então pressentia, que algo estava errado ?

No tempo em que o Tigre esteve ausente,
sentiu tristeza por não tê-lo presente.

Pensou que deveria ser normal tudo isso,
pois ainda eram grandes amigos.

Este grande vazio que sentia,
deveria ser ansiedade pelo que viria.

Sua semente em pouco tempo,
estaria em seus braços em um eterno momento.

Havia sim, um pequeno medo a despontar.
Tinha temor de que ele, pudesse não mais se importar.

Não queria pensar mais em nada.
Olharia para aquela longa estrada.

O seu Tigre esperaria,
para recebê-lo com muita alegria.

Ao chegar, o recebeu com ternura e carinho.
Esperava que tivesse achado o seu caminho.

Disse que na floresta, nada mais tinha graça,
quando ele ali não estava.

Percebeu que retornou indiferente.
Algo em seu semblante estava diferente.

Tigre: "- Não quero viver esta história novamente,
pois nada mais será como antigamente !"

Foto de Leidiane de Jesus Santos

Nosso Amor

Não sei que felicidade é essa que me dominou
Que me tirou o sossego,
Não sei se vem do seu olhar
Ou é do seu amor.

Só sei que eu estou muito feliz
E todos já andam comentando
O quanto radiante estou
O quanto mudei meu humor.

Você surgiu como rosa em botão
De supresa e inundou meu coração
Não consigo desfarçar
O bem que você me faz.

Como é bom não mais chorar
Como é bom não mais sentir medo
O quando é bom ter a quem se ama
Assim tão perto do peito.

Tô flutuando nas nuvens
Hoje eu durmo tranquila
Pois sei que você
Pra mim não é mais um sonho.

Como é bom acordar
Sem ter a incerteza de que me ama
Como é bom sentir de novo essa paz
Que só você me traz.

Não vejo a hora de estarmos juntos
E reviver tudo que fomos
Sabendo hoje o que podemos ser
Dois em um, um para o outro.

Sei que a chama antiga se fez
Tão presenti e não mais disperça
Acordando o que nunca nos deixou
E que sempre estave ali nos esperando.

Hoje podemos ver o quanto
Linda se tornou a nossa história
O quanto vale a pena não mais fugir dela
Pois esse amor é raro, maduro e eterno.

Peço a Deus que nos guie
Mas sei que foi ele quem nos colocou
Frente a frente com o nosso amor
Para vive-lo plenamente e verdadeiramente ser feliz.

Foto de betimartins

Caminhos sem paz

Na laje do pátio do meu vizinho
Esta apenas dormindo o sem abrigo
No jardim da bela igreja vejo
Homens consumindo drogas
Acendo a TV e vejo as notícias
Mais cenas de cruel brutalidade
Mulheres submissas e expostas
A violência do homem maldito
Outras foram violentadas
E as que escaparam da morte
Hoje eu sinto que estou presa
Dentro da minha própria casa
Tenho até medo de sair
Para as minhas tarefas fazer
Vejo mortes premeditadas
Mortes apenas por vontades
Jovens que escolheram armas
Em vez de jogos de bolas
E nos convívios e brincadeiras
Todos buscam a forma mais fácil
De ganhar dinheiro sem nada fazer
A custa das nossas vidas humanas
Estamos apagar o nosso mundo
O preço esta sendo caro a todos
Pela falta de educação dos filhos
Ninguém quer perder minutos na vida
E a vida se vai num segundo
É urgente mudar nossos hábitos
De ser submissos ao terror
Meu mundo eu não quero mais assim
Apenas quero que seja de paz
E a paz começa apenas dentro de ti
Senão vivemos na guerra do dia a dia
È urgente trazer a tua paz aqui
Ao mundo que esta em lamentações
Precisando da verdadeira paz...

Foto de betimartins

Fantasmas!

Fantasmas!

Caminhos por muitos sofridos, caminhos que foram de amor incompreendido
Apenas o silêncio impera na minha alma, na quietude do tempo que aflora
Escuto a madruga a chegar, entre os vultos que assombram nossa alma imortal
Apenas fico a mastigar dentro de mim, o que tanto eu fiz de errado para senti-los
E a escuridão atola meus pensamentos em grandes pânicos, quero caminhar, mas não consigo...
Abro meus olhos no negro do meu quarto, nada vejo a ser os meus fantasmas do que me perseguem do meu passado.
Tateio apenas a parede aos encontrões aos que encontro, quase que eu caio em tralhas que por ali andam ao descaso.
Quero respirar e não consigo, sinto o sufoco como asfixia só quer apenas sair dali e ligar a luz do meu quarto.
O ar está pesado e completamente abafado, caminho entre poeiras e pilhas de livros para a janela do meu quarto.
Sinto minhas pernas fraquejarem ao toque de algo quente e fofo, que arrepia grito sem saber o que posso eu fazer...
Apenas recobro a minha força para ir abrir a minha janela, abro e logo sinto o ar fresco entrar no meu quarto.
Entre a luz da lua e das estrelas eu olho para dentro e vejo aqueles olhos brilhantes, olhando-me, apenas...
Respiro de alivio, pois era meu gato que estava apenas fazendo companhia no meu quarto.
Espantei todos os meus fantasmas, desamarrando-os do meu passado, sinto apenas alivio e liberdade no momento.
Eu era livre de arrumar as minhas idéias e minha mente, apenas sorri, caminhou para a porta do meu quarto.
Acendi a luz da minha vida sem ter mais medo do meu passado, libertei as correntes que amarravam e doía na minha mente.
Enfim! Aconteceu de novo? Aquele sonho voltou da casa que não conheço e do quarto que nunca vi...
Afinal eu estava a sonhar.

Foto de Fernanda Queiroz

Lágrimas

Suave e calma,
descem pelo meu rosto,
acalenta o tormento.
Deixe-se cair,
é este o momento.
Onde a dor impera
o que o tempo não supera.
Perguntas sem respostas,
ou respostas cortantes,
Que viva o silêncio
onde esconde indagações,
Que viva o pensamento,
sem a lâmina a talhar.
Encante-me deslumbramento,
não me deixe acordar
Bate terno coração
Sem barulho ecoar
Lágrimas,
delicada e serena,
deslize
corra pela face morena
morra nos lábios
calados, encobertos
discretos.
Que sufoca o soluço
abafa palavras,
reprime o som,
emudece segredos.
Submete-se ao medo
na história, no enredo,
onde passado e presente
mistura na mente
Não me leva de volta
nem abre a porta
apenas as pálpebras
e te deixa passar..

Fernanda Queiroz
Direitos Autorais Reservados

Foto de Marilene Anacleto

Cercado de Anjos - Para meu Pai

*
*
*
*
*

Cercado de Anjos,
Sorriso na face,
De flores, ornado,
Foi na vida coragem.

Suportou dores,
Com amor sem medida.
Venceu sobremaneira,
Condução da família.

Doente que estava,
Sentado na cama,
Rezava a Deus
E à Maria, que o ama.

Com a gaita de boca,
Ou seja, harmônica,
O som sertanejo
Despertava a dança.

O cavaquinho chorava
Com as quadras de cordel.
O violão recheava
As histórias do plantel.

Os causos antigos
Tornavam-se piadas,
Dos tempos da guerra
Sem armas, com enxadas.

Cirandas de pássaros
E o Anjo, de braços,
Elevem-no à dimensão do espírito.
Que se restabeleça a alma,
Expulse o medo e a tristeza
E volte a pulsar
Com o Coração Divino.

Que o amor dos filhos
Seja a coroa de bênçãos,
A dança das violetas
A exalar muitos mimos.
E o amor da esposa,
O broche relicário,
Preso ao coração amoroso,
Unido ao Coração Divino.

As preces da vizinhança
Dancem ao som do universo
E depois, em sagrados versos,
Toque a alma do meu pai,
E retornem aos amados amigos
Para socorrê-los nos seus ais.

Vai-se a tristeza,
Fica a saudade.
Ao redor da mesa
Histórias engraçadas.

As velas e as rezas
Perpetuam no espaço
Jamais, perderemos
Esse tão sagrado laço.

Marilene Anacleto
27/03/2011

Foto de Carmen Vervloet

A VOZ DO TEMPO

A pena do tempo
Que conta a história
Perdeu-se ao vento
Descorou a memória

O tempo sem tempo
Não olhou para trás
E o homem em tempo
Arriscou-se atrás.

Subiu íngreme rochedo
Buscou o tempo sem medo
E sobre a noite veio à voz

Deixe que eu te leve
Sê... grande e breve
Ou gire sem face, a sós...

Carmen Vervloet

Foto de William Contraponto

Ao Vento do Absurdo

Por todas ruas que passei
Em todas as calçadas que andei
O vento me levava
Sem precisar imaginar
O que me esperava

Basta sentir a nuvem
Ou a fumaça que passa
Por cima de qualquer rastro
Arrasando tudo a sua frente
Ontem foi a lua quem pairou
Sob o mesmo telhado
Iluminando o caminho passado.

Sinais, barreiras ou olheiras
Fazem parte do medo
Quando tenta se esconder
Os feitos realizados
Num entardecer alucinado

Nas praças, nas calçadas
Becos ou estações
Todos seguem pilhados
Tentando acreditar em soluções
Mas vão ser nas ruas os aprendizados
Para todas as velhas questões.

Não se iluda com o lógico
Ele não sabe inventar
É só no absurdo
Que o vento vai tocar
E assim nos levar
Ao mais verdadeiro mundo
Onde viajar nunca será demais

Basta sentir a nuvem
Ou a fumaça que passa
Por cima de qualquer rastro
Arrasando tudo a sua frente
Ontem foi a lua quem pairou
Sob o mesmo telhado
Iluminando aquele caminho passado

Foto de giogomes

Eu e ela em quatro estações

Vivia acuado em meu mundo acomodado.
Parado.

Com a vida passando junto aos carros das grandes avenidas.
Em ambas as pistas

Algemado a uma rotina sem rumo ou sentido, cíclico.
Um pássaro ferido, amargurado, impedido.

Quando a encontrei pela primeira vez,
foi quando o meu mundo se refez.

Entrou em minha vida como brisa de primavera.
Fria, mas com promessa de acalentar a quem espera.

Por algum tempo manteve-se a parte.
Como se observasse tudo do alto de um estandarte.

Aos poucos conheci suas grandezas de menina,
que espera uma mão acolhedora para cruzar a esquina

Mas ela cresceu, mudou os rumos de sua vida.
E, me disse que estava de partida.

Como a adolescente que tem medo, mas enfrenta a sua vez,
nesse momento o meu mundo novamente se desfez.

Ela se foi, mas não por muito tempo,
pois algo maior mudou a direção do vento

Ao encontrar seus olhos, vi que algo tinha mudado.
Só não entendia a intensidade do que tinha enxergado.

E ao encontrar toda aquela altivez,
disse adeus ao velho mundo e um novo se fez.

Com a primeira manhã de verão,
acordamos cedo para aproveitar toda a estação.

Vivemos o melhor possível tudo isso,
mas não mencionei a quem lê, que era um amor bandido ?

Tudo era farra, alegria e nada comedido.
Afinal, não é gostoso tudo o que é proibido ?

Por um tempo, tivemos tudo o que precisamos.
Amor, carinho, cumplicidade e até planos.

Aprendemos muito e rimos um com outro.
Mas ela começou a se questionar, se isso não era pouco.

Nossa relação oscilava entre o calor e o frio do abandono.
Então, ao fim do verão, entramos no outono.

Ela percebeu que não é só o amor que mantém,
e sim as provas de amor que se obtém.

O que eu podia provar já não era suficiente,
pois a maior de todas , era totalmente inconseqüente.

Minha adolescente, finalmente cresceu,
e com a fase adulta, a dor das escolhas apareceu

Ela não podia viver desse jeito.
Vida de concubina não era algo perfeito.

Ela resolveu por um fim da "sua" melhor maneira possível,
e o resultado foi dor a ambos, de maneira indescritível.

Ela disse o que não podia ser dito.
E eu respondi o que não podia ser respondido.

O estrago estava feito.
Conhecemos o lado negro do amor que parecia perfeito.

A primeira bonança, minha vez de ser humano,
cometi o erro de mentir e ser desumano.

Esquecemos tudo o que tínhamos dito.
Finalmente descobrimos o fim de um amor bandido.

E ao fim do que parecia eterno,
finalmente chegamos ao inverno.

Após ânimos contidos, tentamos ser amigos, pois restava emoção.
O único dia quente desta fria estação.

No começo foi bonito.
Um vínculo assim, não podia ser partido.

Mas ela tinha outros planos, queria outras emoções,
viver novamente a sua vida, sem se lembrar das outras estações.

A cada encontro, ela tomava mais decisões.
Infelizmente, não era levado em conta minhas emoções.

Minha vida tinha se tornado um lugar tórrido, sofrido.
O quê mais em nossa relação seria restrito ?

Não poderíamos fingir amizade,
se o que desejávamos era nos possuir de verdade

Finalmente o inverno tinha se firmado.
O vento frio, desta vez não tinha como ser enfrentado.

Até a última vez, ao tomar sua última decisão de dor.
Tomei coragem, e pela primeira vez disse não ao amor.

Estava sofrendo muito, totalmente corroído.
Sentindo as dores dos anjos caídos.

Pensei comigo , "Se esse é o preço que tenho que pagar",
"Infelizmente não estou mais disposto a lutar".

Já haviam sido ditos vários "Adeus",
mas dessa vez foi com a convicção dos ateus.

"O que ela sentiu ? O que fez ? Aceitou o fim ?"
Sinceramente, creio que sim.

"E as outras duas perguntas estreitas ?"
Não procurei saber as respostas feitas.

"Ela ficará bem ? é o fim ?"
Acredito de coração que sim.

Ela é uma mulher corajosa.
Qualquer homem desejaria sua pele de rosa.

E o cheiro dela que sentia em mim tão profundo,
se esvai a cada minuto, segundo.

E agora, com toda esta convicção e a vida que me espera,
aguardarei uma nova primavera.

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