Medo

Já faz tanto tempo que não amo ninguém.
Meu amor me deixou e foi morar com Deus.
Nunca mais me interessei por alguém.
Meu mundo é solidão, é breu.

Vivo do luto de amor.
Morro sem poder morrer...
Vivo apenas por viver.
Meu sonho é incolor.

Preciso me despir deste luto.
Preciso me envolver de novo.
Este desespero não pode ser absoluto.
Tenho que vencer este medo tolo.

Meu luto não tem mais sentido.
Estou perdendo o juízo.
Não posso viver morto assim.
Preciso dar fim neste fim.

As luzes da cidade se apagaram
A penumbra tomou conta de tudo
O frio o medo enfraqueceu o coração
É triste a situação

Estamos de luto
Por causa de um atentado que nos chocou
Muitas vitimas... “Crianças”
Morreram ali

Não havia socorro
Não tinham como correr
Não puderam fugir dali

Foram vitimas de um louco
Que sem um mínimo pudor atirou
E em nenhum momento hesitou
Apenas matou

Tirou deste mundo inocentes
Silenciou o Brasil
Feriu o coração de pais
Que ele nunca viu

Hoje o Brasil não dormiu
Apenas velou e chorou
Pelas almas que daqui partiu.

Poema as Bruxas

Pálida ali estava quando a conheci,
Tinha brilho em seu olhar, eu logo percebi,
Sua pele embelezada como o Jasmim,
Como flor que se destaca em qualquer jardim.

Sua cor morena e um belo de um sorriso,
Muito me encantava e a sua simpatia,
Não sabia, mas estava em meio ao Paraíso,
Em pouco tempo descobri que era a sua companhia.

Pistas ela me deixava em todos os cantos,
Percebia em meu olhar todo o meu encanto,
Eu com medo de errar, estar me enganando,
Não reparei que ela estava se apaixonando.

Mas chegou o dia e a tal hora marcada,
Uma peça, o futuro logo nos pregava,
E no momento certo, o destino juntava,
Duas almas descobrindo o amor que lá jorrava!