Medo

Foto de Carmen Lúcia

Entre as miragens

Transformei em doce saudade
o seu amor, essa ausência sem fim
e tudo o que me lembra distância,
trazendo-o para perto de mim..

Nem mais solidão eu sinto
quando a saudade entra pela janela
que aberta fica quando pressinto
a dor trazendo seu sinal de alerta.

Então me acerco das lembranças
que retêm meu pranto e me fazem sorrir,
crer que tudo ficou como era antes
sem o medo de um dia vê-lo partir.

Perco-me em fantasias, faço-o ressurgir
entre as miragens que me vêm encontrar
e me pego a dançar ao som da melodia
vinda das estrelas , tema de nosso sonhar.

_ Carmen Lúcia_

Foto de KAUE DUARTE

Passos da fé

A coragem nada mais é
Do que o medo na ousadia da fé
É fazer sem entender
É aprender com o próprio feito
É se deixar conduzir pelo inesplicável
Humanamente falando
É caminhar de olhos fechados
Dentre um covil de pesonhentos
Sabendo que nossos passos não são nossos
São do senhor.

Kaue Jessé
17.06.2011 //*

Foto de Lucas Cândido Valadão

Me desculpe

Me desculpe por ser tão moleque
ée não saber amar
me Desculpe por ser alguem tão idiota
Q não saiba perdoar
Me desculpe por ter sentimentos tão intensos
e neles ter medo de confiar

Lucas Cândido Valadão

Foto de Emerson PS

Triste Amor História Real: A Procura

Como lutar contra o que não se pode vencer?
Hoje em mais um dia frio e cinzento, de trabalho e labuta... mas agora estou em casa, mas não queria estar!
Todos os dias passo pelo mesmo processo, e todas as noites são realmente solitários, mas o que torna as noites tão duras é o fato de você não estar mais aqui.
Como pude te deixar partir? Como você conseguiu me deixar mesmo me amando?
Seu amor é tão grande quanto o meu.
Em muito reflito sobre tudo que passamos, o quanto aprendi, o quanto amei, o quanto fui feliz... Infelizmente também vi como o “imprevisto sobrevêm a todos” na pratica... você ficar doente e por isso se afastar de mim.
Desse dia em diante não sei mais o que é viver...!
Deus, Por quê?
Ah algum tempo não sei o que é dormir, também não me alimento bem, na realidade não acho que essas coisas sejam essenciais para minha vida... aliás parece que estou deixando de viver...
Deus, Por quê?
Sei que Deus não traz sofrimento assim, mas as vezes penso que sou alguém de tão pouco valor, que Ele à afastou de mim por não merecer tamanha benção... um verdadeiro amor... um alguém que valha apena fazer de tudo para vê-la feliz... um alguém que agora está tão longe e levou o meu coração...
Como posso eu viver sem meu coração?
Não sinto mais meu coração pulsar, não sinto minha mente trabalhando... pensando sempre em algo que à surpreendesse, que à deixasse sorridente e esplendidamente linda... deve ser por estes mesmos motivos que não me sinto vivo...
Agora entendo...
Eu não existo longe de você...!
O que devo fazer?
Deixar que o grande amor da minha vida se vá porque existe a possibilidade dela partir antes do que se denomina natural na vida, ou ir em busca dela e talvez presenciar a triste partida?
“Faz um tempo eu quis fazer uma canção pra você viver mais...”
Deus me ajude, por favor... EU À AMO!
Não posso ficar aqui definhando , sucumbindo, esperando apenas e sofrendo... afinal “o que o sofrimento para mim que estou jurado a morrer de amor...”
SE SEI QUE MORREREI SE NÃO A TIVER, ENTAO VOU DAR A MINHA VIDA PARA ESTAR COM ELA...
Se não sou bom o bastante, então vou dar o meu melhor para tê-la, se você se afastou com medo de me ver sofrer... então vou arriscar ter que sofrer, porque não existe sofrimento maior do que o que estou sentindo agora...
Finalmente percebo o que devo fazer!
É lutando que se vence... é buscando que se alcança... é amando que se é amado...
Obrigado Deus, e que o senhor me abençoe pelo caminho que escolhi, pois vou percorrer o mundo para encontrá-la, vou andar por lugares desconhecidos por mim ate achá-la, e quando este dia chegar vou olhar em seus olhos e dizer: EU TE AMO! Quero viver com você... Quero morrer por você... Quero te ter e para sempre te amar!!!

Foto de João Victor Tavares Sampaio

O Orfanato

- O Orfanato

No orfanato
Toda linhagem de enjeitado
Toma a forma de legião

Todo o povo da região
Passa-nos com o ego apontado
Acusando nossa rejeição

E a sombra que aqui relato
Desnuda a treva em ebulição
Sonho irrealizado

Presente desembrulhado
Futuro em suspensão
A humilhação em seu recato
Frio, destrato

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O Sol é falso, losango angular.

Umas poucas crianças cantam.

Outras tantas crianças gritam.

A volta da escola é lenta e singular,
Pois não há ninguém há esperar.

O vento espalhar seu vento, e a folhagem.

Uma nuvem nos faz pajem.

Nosso ritmo é policial e folhetinesco.

Reside o medo do grotesco.

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Os moleques do orfanato são feios e não têm receio em admiti-lo, já que no verso de sua condição morava o adverso, o ridículo dos corações partidos, a brevidade de sua relevância.

Um deles riu-se automaticamente:
- Somos completos desgraçados!

Esta frase correu sem gírias ou incorreções.

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Os moleques
Sabendo serem desgarrados
Destravavam seus breques
Em serem desencontrados

Faltava-lhes o saber da identidade
Descobri-se em um passado plausível
Ver-se na evolução da mocidade
Em um lar compreensível

Mas não lhes foi dada explicação
Nem sentido da clemência
Nem pedido, nem razão
Para sua permanência

Viviam por viver
Por invencionice
Viviam por nascer
Sem que alguém os permitisse

Abandonados
No porão de um orfanato
Sendo assim desfigurados
No humano e seu retrato

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Os moleques eram órfãos
E eu estava no meio deles sem me envergonhar!
Minha vida é curta
Dura, diante dos comerciais contrários!
Meu cárcere é espesso, grosseiro, não derrete nem sob mil graus!
Subo mil degraus e não encontro o final da escada
E a realidade é tão séria como o circo ao incêndio dos palhaços,
Pois nem meu hip-hop consola mais a sombra da minha insignificância
E nem toda a ostentação suporta o peso da veracidade

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O mundo me usa
Ao agrado parnasiano
E me recusa
O verso camoniano
Não tenho honra nem musa
Não tenho templo nem plano
A vida é pouca e Severina
Louca e madrasta carnificina

Solidão
No meu retiro na multidão

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Somos uma falange
Outrora negada pelo sistema
Zunido como abelhas de um enxame
Invadindo os isolamentos propositais;
Nação sem cara
Homericamente mostrando seu rosto
Olhando a palidez da polidez
Sendo enfim mortos de fome.

Sendo enfim cheios de vida!
O braço que nos impede a pedir banha-nos com seu sangue;
Nós somos encharcados
Havendo assim a benção que ignoraram em prestar
A afirmativa de um futuro inevitável;
Matamos e nutrimos
O pavor que nos atira para a vida;
Somos assim não só uma falange como uma visão intransponível.

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Em esperar ter condições
Só restaria estacionar
Ao choro das lamentações

E logo quando o meu lugar
For definido às lotações
Na margem sem quem se importar

Ou mantenho insurreições
Ou vou me colocar
Abaixo das aspirações

Se calar minhas intenções
Alguém vai me sacanear
E se buscar santas missões
Cair no desenganar

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Estamos descontrolados!

- Foi ele, tia, eu vi!
- Não, eu não fiz nada!

- Cala a boca molecada!
Ou vai entrar na porrada
Cambada de desajustados!

Nem suas mães os quiseram
Desde o dia que vieram
E ainda bem que não nasci
No mesmo mal em que estiveram

Enquanto existir distração
Restrito será seu contato:
Problemas não chamam a atenção
Ao veio da escuridão
Silêncio do assassinato

Eu me calo e penso então
Em como o mundo é ingrato
Por sobras ajoelhadas
Firmo-me em concubinato
Em estruturas niveladas
Para minha exploração

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A noite chega aos esquecidos
E com ela sonhos contidos
De um sono forçado

Sinto-me encarcerado
No meu instinto debelado
Pelo pânico dos inibidos

E os olhares entristecidos
Cerram-se em luto fechado
Da morte sem celibato

Estamos envelhecidos
Tão jovens e tão cansados
Estamos aprisionados
Na cela de um orfanato

Foto de betimartins

Prantos da minha alma

Prantos da minha alma

Viajei na melancolia
Trouxe comigo a saudade
De vidas belas que vivi
Do amor que recebi
Muitas almas por mim passaram
Muitas histórias, vivi e recordei
Algumas de grande beleza
Outras mal resolvidas
Mas nos meus caminhos
Cruzei sempre com a amizade
A tão falada amizade, adquirida
Onde podemos libertar a alma
Tornar seres melhores e realizados
Eu plantei sementes de pura amizade
Pelas vidas que já vivi hoje eu, colho
Lindas flores delicadas e perfumadas
Nos encontros das almas
Que ficaram espalhadas
Pelos séculos e eternidades do tempo
Talvez sejam anjos nos nossos caminhos
Quem sabe se não o fomos também
Para algumas almas que se cruzaram
Em nossos caminhos de amor
Por isso a minha alma, esta em prantos
Sedenta de amor universal, sem medo
Buscando a luz de cada uma delas
Renovando o amor, acordando a fraternidade
Jamais deixarei de estar em belos prantos
Minha alma, no amor a ti, meu belo irmão

Betimartins

Foto de thatazinha25

Por que te amo tanto?

Não sei explicar de onde vem tanto amor
Queria tanto entender!
Corrói o peito,
Corrói a alma,
Uma dor que dá no coração
Vontade de te ver,
Vontade de ter,
Vontade de te querer cada vez mais,
De onde vem tanta dor?
De onde vem tanto emoção?
Como meu coração consegue sentir?
Por que não sabe explicar?
Que sentimentos são esses?
Devastador?
Seria a palavra?
Mas será que amor tem explicação?
Quantas indagações!
Como obterei às respostas?
Se nem meu coração sabe explicar!
Ele só sente.
Mas minha mente procura uma explicação racional
Procura,
Procura,
E não acha
Como posso te amar tanto?
E por quê?
Por que te amo tanto?
Por quê?
Por quê?
Não encontro a resposta!
Será que um dia deixarei de te amar?
Não sei!
Não encontro respostas!
Nem a ciência consegue explicar!
Como vou encontrar a resposta então?
Por que meu coração ao te ver bate tão aceleradamente?
Será que esse amor poderá ter uma explicação?
Será?
Procuro sempre respostas!
Mais não consigo encontrar!
Que desespero!
O que faço?
Meu coração está entregue a você!
Ele está sem saídas!
Minha mente tenta te esquecer
Mais meu coração sempre lembra você!
Que coração teimoso!
Esse amor me faz sofrer?
Ou me faz feliz?
Devo me entregar?
Ou devo fugir?
Devo te amar?
Ou devo te esquecer?
Só tenho certeza que quero muito você!
Quero- te tanto!
Mas tanto,
Que não posso ficar longe de você!
Mesmo venha a querer
Laçaste meu coração!
Desisto não encontro resposta!
Entrego-me,
Rendo-me,
Todas as saídas se esgotaram
Nem respostas
Nem saídas
Estou entregue
Ao coração
Razão?
Foi-se!
Explicação não tenho
Só me resta te amar
Esperar-te,
E amá-lo
E Por que te amo tanto?!
Por quê?
Por que será?
Por que será?
Já disse a você mente
Não há respostas
Não se preocupe!
Apenas ame!
Siga seu coração!
Você tem medo de sofrer?
Não sofra!
Não se precipite!
Apenas ame!
Será que vai valer à pena?
Se valer ou não
Tente
Apenas tente
E só saberás
Se vai valer a pena ou não
Se tentar
Então tente!
Coisas do coração não têm explicação
Apaixone-se,
Ame
Se vai doer
Se vai machucar isso não importa
O coração é um mistério
É uma caixinha de surpresas
Se não tentar
Nunca saberás
Não tenha medo
Siga o seu coração
Se não valer a pena
Siga em frente
Esqueça o que passou
E ame,
Ame novamente
Se não encontrar o amor
Mais valerá a pena!
Por que nunca deixou de tentar!
Qual o segredo do amor?
Qual a formula do amor?
Não existe segredo
Não existe formula
Existem apenas riscos
Você não decide amar!
Ou deixar de amar!
Se entregue
De corpo e alma
Esqueça o medo
Pense menos
E se entregue mais!
Por quê?
Por que no amor não há explicação
E nem razão!.

Foto de cnicolau

Sem ressentimentos

Pela segunda vez, depois do fim, retorno ao Lar.

Um lugar que uma vez pude chamar de Meu Lar.

Um lugar pra ter Paz, carinho, atenção,
AMOR.

Por um tempo foi exatamente assim que
vivi, porém, as intempéries do
relacionamento não maduro, o desfez...

Duas pessoas que juravam amores uma a outra,

pouco a pouco,

começaram a não jurá-lo mais,
e sim, dize-lo, da boca pra fora.

Foi-se indo,
Foi-se tocando,
Foi-se levando...

O tempo. Ele não perdoa...

Aos poucos a rotina foi tornando-se
o dia-a-dia.
As semanas, um fardo.
Os fins de semana, uma obrigação...

Meu coração, por muitos dias sofreu em
silêncio, sofreu calado, sofreu angustiado...

Minha mente queria a conversa, porém o
medo costurava minha boca...

Meu coração a desejava, porém meu corpo
a repelia...

E em pouco tempo, o que era pra ser uma
linda história de amor,

FINDOU-SE

Desentendimentos, discussões, palavras mal
pronunciadas uns contra os outros,
cobranças, etc...

O Amor já havia acabado,
O costume havia adentrado a porta da
frente de nossa casa, NOSSO LAR...

O fogo da paixão, tornara-se uma
centelha de fósforo, prestes a queimar
a ponta de nossos dedos(vidas)...

Até que, em um dia triste qualquer,
o que estava se arrastando,

TERMINOU

Obrigado Senhor,

Por tê-la colocado em meu caminho,
Por ter feito eu e ela aprendermos
muito ainda sobre a vida, sobre como
a devemos levar, como a devemos seguir...

Obrigado...

Sem ressentimentos,

Cleverson Luiz Nicolau
10/06/2011

Foto de João Victor Tavares Sampaio

O Desapaixonado

Existem pessoas no mundo que passam a vida inteira sem ter uma paixão sequer. Se este for seu caso, vá procurar coisa melhor que se faça, ou caso contrário vai se entediar com a história que contarei agora. Citado aqui como homem, masculinamente, o Desapaixonado sempre fazia questão de gabar-se dessa condição. Era assim o modo com que se relacionava com as pessoas a sua volta, ou o imaginava.

O Desapaixonado vivia emoções fortes, gostava delas, talvez pelo fato de nunca tido experimentado uma paixão de verdade, fosse por gente, coisa, ou animal. Gostava de encarar riscos. Não era do tipo sentimental. Mesmo assim tinha lá os seus momentos de alguma fraqueza. Um dia, um tanto distraído, pensou até em chorar. Em outro, mais deprimente ainda, até em sorrir.

- Eu tenho coisa melhor pra fazer! – pensou alto, já entretido por um desses afazeres mundanos que se esquecem rápido.

O Desapaixonado era heterossexual no sentido sexual da palavra. Ele achava que mulher tinha um gosto bom, que era um produto liso e macio. Quem sabe, poderia amar uma por usucapião. Gostava também da sua família, que nunca havia lhe deixado passar por necessidades, ou, pelo menos, nunca o deixara tomar-se conta do mesmo. A perda dos pais doía por ser desvantajosa no sentido financeiro da palavra. Mas por outro lado, o Desapaixonado tinha bom discernimento, sentindo algumas vezes saudades daqueles velhos ingênuos, babacas. Até que não tinham sido tão ruins para dois pobres coitados. Os outros parentes, irmãos, tios, primos, já não o interessavam, como parte de um passado inglório que devia ser esquecido.

Mas, como era de se esperar, certa vez o Desapaixonado passou por um grande apuro. Quase morreu, mas diriam os mais íntimos que vaso ruim não quebra. O homem, então seguro das suas certezas, viu-se estremecido pelas veias que carregam seu sangue pelo corpo que tinha ganhado ao nascer. Sentia-se enfim vulnerável. Sentia-se enfim vivo! O medo que antes atrapalhava seus planos, agora os atormentava, os colocava em choque com sua liberdade. As amarras eram seu motivo para buscar a redenção. Então veio o arrependimento.

O Desapaixonado, na sua razão solitária, nunca havia enxergado de verdade o que se tem de bom nas suas limitações, que esses seriam os cordões da sua catapulta, arremesso ao real, que é triste sim, mas mordaz. Viu que se não amassem aqueles no seu entorno, não os considerasse, tudo o que havia feito na sua existência não teria sentido. E, com a vertigem de um grego, pulou no precipício de se alcançar a felicidade. Desnecessário dizer que quebrou a cara no chão, mas com um sorriso provocador de quem sabe o porquê dos sacrifícios.

Foto de nuzy

Amor inibido

Eu preciso tanto te dizer...
Mas palavras me faltam
Coragem também
Nossa amizade é tão importante para mim
Tenho medo de perde-la caso revele este segredo
Prefiro permanecer com essa nobre amizade
Que revelar-te o que realmente sinto por ti
Eu preciso tanto te dizer
Mas o silencio sufoca as palavras
Não sei o que você diria
Nem tão pouco como reagiria
Ao saber que amigo pra mim
Você foi um dia
Hoje confesso quando te vejo
Me dar um desejo...
Desejo de te dar um beijo...
Beijo em tua doce boca
Receio tua atitude
Inibo mais uma vez este sentimento
Que me corrói por dentro, me deixa louca
Eu preciso tanto te dizer
Que descobrir que amo você!

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