Malícia

Foto de Carmen Lúcia

Se não for amor...

Se não for amor
qual outra definição
a esse enlevo que me enleva
e me leva a toda hora
para onde tu estás?
Ainda que meu corpo fique
minh’alma sempre vai.

Se não for amor
que nome então se dará
a esse fogo que acende,
incendeia sutilmente
aquecendo sem queimar...
Que me ruboriza a face,
rouba todos meus disfarces
e revela o meu pensar?

Se não for amor
por que esse ardor em nós persiste
na entrega às carícias,
à doçura dos momentos
de emoção e de malícia
e ainda quer prevalecer
na mais bela forma de querer?

Se não for amor...
Por que o brilho em nosso olhar
confundindo o luar
a beirar nossa janela,
prateando nossos corpos
entrelaçados, enamorados
em graciosa trama de calor?
Só pode se chamar Amor!

_Carmen Lúcia_

Foto de Edson Passos oliveira

"Só Eu Amei"

Amei como amei
E esqueci de mim
Tão tolo fui
Bebi suas palavras
Como em taças de vinho

Bebi seu beijo, seu corpo...
E me embriaguei sem perceber...
E depois da realidade
Só eu amei e sonhei
Que bobo fui

Você era tão linda
O tom de voz
Suave como um
Som de um violino
E eu me enfeiticei

Eu me apaixonei
Por sua doçura e malícia
E fui me entregando sem perceber
Pouco a pouco me perdia
Que bobo fui

Fui cair na sua mão...
Depois de tantas noites juntos
De tantas juras e promessas
Você virou pra mim e disse:
Que foi muito bom, todo esse tempo

Mas, precisava ir
Eu perguntei por quê
Você olhou pra mim e disse:
Que estava vivendo era muito bonito
Que tinha medo de acabar sozinha

Então, se foi com lágrimas nos olhos
Eu quase implorando pra que
Você ficasse junto a mim
Você virou pra mim e disse:
Foi muito te conhecer

E agora, quem estar sozinho, sou eu
E pde pra você ficar, sou eu
Venha trazer de volta, minha alegria
O meu sorriso que se perdeu
Quando você partiu.

Edson Dias

29/08/2009

21:22hs

Foto de Jessik Vlinder

Pequenos versos, grandes aspirações

Imagino cada suspiro
Cada brincadeira, cada conversa
Cada lágrima, cada sorriso
Cada situação inversa
A harmonia que reinará
Partindo de cada gesto
O decifrar de cada olhar
Que mistérios os possuirão imersos
Imagino a doçura
De cada toque, cada carícia
Tuas mãos que cheias de fissura
Levarão amor em cada malícia
Teu beijo que fará arder
Não só minha boca, mas meu corpo inteiro
Nas chamas rosas vão florecer
Um espetáculo de paixão e desejo
Imagino a minha vida
Totalmente dependente de você
Porque a tua existência
É a vontade do meu querer
É a resposta do meu porquê
É a direção do meu saber
É a razão do meu viver...

Jéssica Gomes

Foto de Bernardo Almeida

Retorno

Na sombra ensurdecedora
De um quarto de cabaré
Meia noite é a hora dos anjos libertinos
Das camélias e das mudanças de destino
É a hora do alerta
É a hora da vida
As prostitutas esperam por dinheiro
Esperamos pelo retorno das nossas vidas
O que a rotina não dá e o amor esconde
O puteiro aponta
Sem pudor, sem vergonha
Nossas carnes, nosso sexo
Puro e simples
Manda quem pode
Obedece quem tem juízo
Ou dá ou desce
Nesse jogo de andarilhos
O zelo vem do gozo
Do prazer e da luxúria
A lascívia e a malícia
Ela grita e grita
Mesmo em farsa
O que há muito sentia-se morto, agora reanima

Bernardo Almeida (www.bernardoalmeida.jor.br)

Foto de Jessik Vlinder

A tua falta

A carência do calor do teu corpo congela a volúpia da minha pele
A falta da umidade da tua boca insaceia a malícia do meu beijo
A indiferença da paixão dos teus olhos cega o sarcasmo do meu olhar
A necessidade do sussurro da tua voz emudece os desejos do meu inconsciente
A lembrança do teu perfume faz murchar as rosas do meu prazer
A saudade do teu vigor exausta minha disposição
A sensação da audácia da tua mão inocenta as fantasias do meu atrevimento
A fuga da liberdade dos teus movimentos eterniza a continência da minha sincronia

“A tua ausência me condena à prisão dos desejos insaciáveis, me subordinando à eternidade da espera de um passado letargicamente imortal, porque o meu medo vive pela tua segurança, minha solidão pela tua presença, minha tristeza pelo teu sorriso, meu frio pelo teu abraço, minha sede pelo teu beijo e meu prazer pelo teu sexo, porque ele só se satisfaz com o teu desejo...”

Estou morrendo dentro da ilusão das lembranças!

Jéssica Gomes Andrade

Foto de Osmar Fernandes

Seu veneno é seu fim...

Seu veneno é seu fim...

Você é o veneno da mentira.
Se acha esperta, vitoriosa.
Mas não passa de uma maldita.
Sua atitude é vergonhosa.
Não tem freios na língua.
Por onde passa, espalha o ódio.
Vive sozinha à míngua.
Seu orgulho vai virar pó.
Não sabe o que diz.
Só carrega malícia.
Não tem mais raiz.
Seu desejo é cobiça.
Tem inveja da felicidade alheia.
Sua vida é vazia.
Sua linguagem não tem letra.
É azeda e só anda com azia.
Assim é sua imagem no espelho.
Briga com todo mundo à-toa.
Seu sangue não é vermelho...
Sua alma vive sem roupa.
Você é asim!
Por onde passa é pavor, confusão.
Não tem Deus no coração.
Seu veneno é seu fim.

Foto de Osmar Fernandes

O professor de iTU

O professor de Itu

Tudo começou com o requerimento do professor Bosco, que solicitou aposentadoria por tempo de serviço. Analisado pelo departamento pessoal, foi deferido pelo chefe imediatamente.
Dessa forma, foi aberta uma vaga na disciplina de História. O diretor da escola, depois de analisar alguns currículos, optou pelo professor Beto, de Itu. Solicitou à secretária que entrasse em contato com ele e o convidasse para uma entrevista.
A notícia espalhou-se rapidamente pelo colégio, ganhando, inclusive, manchete de destaque no jornalzinho dos estudantes. Todo mundo estava curioso. Afinal, a fama de Itu é grande. Do servente ao diretor, não se falava em outra coisa. O assunto corria solto e malicioso de boca a boca.
Dois dias depois, o diretor perguntou à secretária Beth:
— Você já falou com o professor Beto?
— Telefonei e deixei o recado na secretária eletrônica, mas até agora ele não me retornou a ligação.
— Então tente outra vez.
Beth telefonou novamente para o professor. Dessa vez teve mais sorte e foi atendida por ele.
— Alô, quem fala?
— Aqui é o professor Beto.
— Oi, professor, tudo bem?
— Tudo bem, graças a Deus.
— Aqui é a secretária Beth, da Escola Padrão da cidade de Crocal. Nosso diretor, o senhor Pedro, está lhe convidando para uma entrevista, pois o nosso professor de História se aposentou e estamos precisando urgente de um substituto.
O professor respondeu que iria na segunda-feira. Chegaria às quinze horas. A secretária ficou deslumbrada com o vozeirão do professor. Chegou na sala de reuniões tremendo, tomou um copo d’água e exclamou:
— Nossa!
A professora Dayane espantou-se:
— O que foi, menina?!
— Que voz grossa e linda ele tem!
— Ele, quem?
— O professor de Itu.
A aluna Almerinda, que ouvia tudo, saiu de fininho e foi logo contar a novidade para os colegas. Era intervalo, e no corredor o papo foi um só:
— Gente! Vocês não sabem da maior: o professor de Itu chegará na segunda-feira, às quinze horas. A Dona Beth falou com ele no telefone e chegou a passar mal só de ouvi-lo. Se a voz a fez tremer, imaginem como deve ser o resto...
A malícia ganhou corpo pelos corredores. Já havia aluno com ciúmes do professor. As meninas não comentavam outra coisa: “Este professor deve ser uma loucura...”
Pisquila, o “bichinha”, ficou enlouquecida com a notícia. Desmunhecou o tempo todo, fantasiando loucuras com o novo professor. O clima era, no mínimo, estranho para um colégio particular de classe média...
Um colega dele desavisado perguntou-lhe:
— Por que há tanto falatório sobre o novo professor?
— Porque ele é de Itu, meu bem! Uma cidade linda do interior de São Paulo.
— E o que isso tem a ver?
— Você não sabe, queridinho? Lá, tudo é grande!
Missada ficou sem entender. Envergonhado, não quis prosseguir o diálogo e saiu discretamente.
A professora Carlota era “viciada” em homem, mas na escola passava a imagem de santa, de virgem adormecida... Chata, moralista, dava lição em qualquer um que se atrevesse a comentar maliciosamente sobre o professor de Itu. Passando pelo corredor, ouviu uma aluna cochichar:
— Esse professor deve ser mesmo um gostosão! Deve ter tudo bem grande, ENOOORME!!!
A professora, por alguns segundos, “viajou na maionese” e imaginou o professor de Itu fazendo “strip-tease” exclusivamente para ela. Em sua fértil imaginação, o homem era um fenômeno sexual, um gigante carnal...
Arrepiada, saiu correndo para a sua casa. Chegando lá, foi direto para o banheiro tomar uma ducha fria.
Era segunda-feira, quinze horas. Na frente da escola estava reunido um comitê de recepção. Tinha mais de quinhentas pessoas aguardando a chegada do mais novo e esperado professor do colégio. De repente, parou um táxi. No banco traseiro estava sentado um passageiro exótico... Todos ficaram pasmados, o espanto foi generalizado. Desceu do carro e disse:
— Boa tarde! — Sorridente e feliz ao ver tanta gente a sua espera, perguntou: — Quem é o diretor da escola?
O diretor, meio sem graça, respondeu baixinho:
— Sou eu. E o senhor, quem é?
— Sou o professor Beto, de Itu.
Nesse instante, Pisquila, o “bichinha”, de supetão gritou escandalosamente:
— Meu Deus! Que é isso!! — E desmaiou.
Foi imediatamente socorrido pelos amigos e professores. Não foi nada grave. Socorreram o aluno e as pessoas foram esvaziando o local rapidamente.
O diretor, extasiado, convidou o professor Beto para ir ao seu gabinete. Fez a entrevista e ficou entusiasmado, contratando o novo mestre. Mas, intrigado com o episódio do aluno, o professor Beto perguntou:
— O que houve com aquele garoto?
— Bem... O senhor deve imaginar a reação das pessoas quando se comenta que alguém é de Itu.
O professor discretamente sorriu, não entrou em detalhes e começou a lecionar.
Decorrido seis meses, o professor conquistou o seu espaço na escola. O seu sucesso era reconhecido pelos alunos, pelos pais de alunos, pelos funcionários, pelos demais mestres, e principalmente pelo diretor. Sua sabedoria era descomunal... A Escola Padrão não era mais a mesma. Passou a ser um exemplo de ensino, de conhecimento, de disciplina e respeito na região de Crocal.
No dia 7 de setembro, em frente ao Paço Municipal, estavam reunidas todas as autoridades e todas as escolas da cidade, e o professor de Itu, em seu discurso, disse:
— A grandeza do homem está dentro dele. Temos que DIVIDIR A RESPONSABILIDADE, SUBTRAIR A DESORGANIZAÇÃO, MULTIPLICAR O CONHECIMENTO para podermos vencer os grandes obstáculos da vida... Pequenos ou grandes, o tamanho não importa. O importante mesmo é ser capaz de conquistar o seu próprio sonho, e ser feliz fisicamente, como você é. Eu sou ANÃO, mas sou um homem realizado. Há muito tempo dizia o sábio pensador:

“NEM TUDO QUE É GRANDE É BOM, MAS TUDO O QUE É BOM É GRANDE”. Obrigado!

Foto de Mariana-eu

Mulher

Felina agressiva
força da luta hostil
Na incerteza de vencer
Sabiamente recuar nunca fugir...

Altiva e feroz
quando violentada, desafiada
Usa a malícia a audácia
A perspicácia
Fere com suas garras cortantes
Matar ou morrer

Corre nos campos
Sentido o cheiro da liberdade
Ritmo cadenciado
Com graça e beleza
Leveza de bailarina
Nobre rainha

Pantera misteriosa
Mansa menina
O suave toque do amor
Desarma a selvagem felina

Foto de ANACAROLINALOIRAMAR

" MEU CORPO "

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Meu corpo necessita dos seus toques.
Do seu amor sempre um retoque.

Meu corpo precisa de seus beijos,
Dos banhos regados em desejos.

Meu corpo precisa das suas carícias,
Sem preguiça, com malícia.

Meu corpo precisa se aquecer em seus braços.
Sem embaraço, envolto em laços.
Junto tudo de nós os pedaços.
E faço um só amasso.

Meu corpo precisa do seu,
É o espelho que me reflete.
Reflexo do amor que não envelhece.

Meu corpo precisa embriagar do seu.
Cálice da minha embriagues.
Bebida forte me desorienta.

Meu corpo precisa matar a sede.
Sede de teu corpo molhado.
Onde a fonte me sacia.
Contagia-me.

Perco-me nessa escultura monumental
Que é o seu corpo no meu febril,
Febre de vontades e desejos.
Dance suas mãos em meu corpo
E mata meus desejos.

Meu corpo precisa do seu!

*-* A FLOR DE LIS.

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http://recantodasletras.uol.com.br/autor.php?id=39704

Foto de Sirlei Passolongo

Sem Laços e Babados

Ela brincava de boneca
Com inocência e graça
Cantava canções de ninar
Vestia laços e babados.

Sonhava ser bailarina
Usar sapatilhas brancas
Com vestido de tule fina.

Um dia ela se fez mulher
Uma rosa linda, apaixonante
A boneca num canto largou
Nada era como antes...

Perdeu a velha inocência
E se cobriu de malícia
As canções de outrora
Estão todas fora de moda.

Não sonha vestido de tule
Nem sapatilhas de bailarina
Veste micro-saias e saltos finos
Gosta de dançar funk na balada

Mas a boneca que hoje embala
É uma linda menina que chora.

Uma nova história
Talvez a mesma sina.

(Sirlei L. Passolongo)

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