Mal

Foto de poetisando

Solidão III

Sou feliz a viver na minha solidão
Com ela falo de tudo o que sinto
Só ela me compreende e ouve
Só ela me presta atenção
Viajo pela praia meditando
Como me sinto bem assim
Sem ninguém
A acompanhar-me
Sem com quem possa falar
Falar o que? E de que?
Se eu na solidão é que me sinto
Não tendo que ouvir
Também
Não tenho do que falar
Deixem me viver assim
Nesta paz que eu sinto
Não se incomodem
Se me mal ou bem eu me sinto

De António Candeias

Foto de Carmen Lúcia

Valores adquiridos (e absorvidos)

Não quero me perder
dos valores que assimilei,
deixar a mágoa vir à tona
alagando o que sonhei.
Tomar o comando das rédeas,
se prevalecer...
Não fecharei os olhos
e deixar acontecer
simplesmente, covardemente.

Permitir sentimentos mesquinhos
me transformarem em outro ser.

Não!Não foi por isso que lutei,
bravamente, incansavelmente.
Engoli dores, sufoquei prantos, pisei pedras...
Seguindo em frente, sempre,
acreditando, sonhando, amando...

Varei sóis e luas, tropecei calçadas, quedas duras,
amanheci noites mal dormidas,
entardeci antes do entardecer
sem ver o sol morrer,
a esperar a lua que não vinha, não via...
Nem a corrosão da dor mais contundente
se interpôs, fazendo-me esmorecer.

Plantei flores sobre rochas
e regadas a suor as vi florescer;
cicatrizei profundas feridas
que me fizeram crescer.
Agora que cheguei onde cheguei
seguindo os dogmas que a mim criei,
tentam destruir o castelo que arquitetei...

Não, de meus valores eu não abro mão.
Junto fortemente os dedos e não deixo vãos;
impeço escorrerem entre eles
os sonhos que me sustentaram...
Não, nada há de vir que me abale.
Calo minha voz e deixo que o silêncio fale...

_Carmen Lúcia_

Foto de Leidiane de Jesus Santos

Coração em Dor

Noites mal dormidas
A maior indisposição
Feridas abertas
Maltratando o coração.
Como eu queria você por perto
Aliviando assim essa dor
Levando embora a saudade
Devolvendo o amor.
Distancia maldita
Que atormenta a vida
Atirando no abismo
Todos os planos e sonhos.
Fecho os olhos
Tentando te encontrar
E entre lembranças finjo
Que aqui você está.
Entregue a ilusão
Peso a Deus que me guarde
Com esperança de que um dia
Eu possa me salvar.
Com seus beijos amargos
Me envenenou
Correndo em minhas veias
Só magoa e rancor.
Espero que o tempo passe
E te faça perceber
Que eu fui de verdade
A única para você.

Foto de Miguel Duarte

Upgrade ao site - Sugestões de Melhoria?

Olá a todos!

Estou a planear fazer um upgrade significativo ao site, com possível introdução de novas funcionalidades. Gostaria de receber, por parte dos utilizadores, sugestões de melhorias.

Que novas funcionalidades gostariam de ver no site? O que está mal e poderia ser melhorado?

Miguel

Foto de carlosmustang

SÚPER ESPECIAL

Tome la alegría en la vida parece mal
Voluntad de ganar es anormal
Querer ser alguien abismal
Tiene esposa, hijos y excepcionales

El beber es bueno, termina la vida
Chapar mensaje coco sorbido
Vivir en paz, diamante
Mi amigo dice que no es necesario

Lucha tener, algo, tienen una
Mujer no es insoportable
La mujer nos fortalece

Hipócrita celebración de serpiente
Obstaculiza la emoción del deseo
Cierre todas las puertas con un beso

Foto de carlosmustang

'EU NÃO SEI FAZER POESIA'

Ter alegria de viver parece mal
Vontade de vencer é anormal
Querer ser alguém, abismal
Ter esposa, filhos, excepcional

Beber é bom, acaba com a vida
Chapar coco, mensagem sorvida
Viver em paz, diamante
Diz amigo meu, não é necessário

Luto pra ter, algo, ter uma
Fêmea, não é prepotente
Mulher fortalece a gente

Hipócrita prende a serpente
Tolhe a emoção do desejo
Fecha todas portas com um beijo

Foto de Carmen Lúcia

Jeitinho brasileiro

Co-autoras: Fátima Cerqueira e Carmen Lúcia

Parece que vai dar errado
mas eis que na hora H,
basta um jogo de cintura
e pelo gongo é salvo...
aquele jeitinho improvisado
chega de mansinho e envolve
e o que ia “pras cucunhas”, resolve.

De repente, sai de cena,
deixando ao salvador da pátria
o mérito de todos os créditos,
toda a lábia que encena,
ao ser milagroso e inédito...

E os jeitinhos que por aí vivem,
por mais que se duvidem,
usam seu jeito teatral
até de maneira formal,
tanto para o bem, como para o mal.

Cada um quer seu quinhão:
correr atrás do prejuízo,
Cruzar a linha de chegada,
estar por cima da carne seca,
ser o rei da cocada preta,
mesmo que o fruto seja maculado.

Os meios justificam os fins.
E se respingos de lama sujam a honra,
o tempo é borracha.
É ficar ausente, atravessar o mar,
e voltar na surdina da noite.

Há exceções...
Basta abrir a janela de casa
e perceber que somos jeitosos,
quando nos solidarizamos na dor,
superamos nossas misérias,
e simplificamos as burocracias da vida.
O “jeitinho” pode ser também criativo,
solidário e benevolente.

Tudo parece normal
nesse país continental,
onde cada um age de acordo
com seu traço regional
ou com o que lhe é primordial.
Matar um leão por dia
só pra quem tem muita raça,
quem traz no peito registrada
Jeitinho Brasileiro, a marca.

(Carmen Lúcia)

Carmen Lúcia Carvalho de Souza
15/08/2008

Foto de Joaninhavoa

Mulheres

***
**
*
«Mulheres de todas
as cores
seja bem vindo este dia
com alegria

Mulheres de todas
as formas
anjo arcanjo diaba
águia serpente ou baleia
rosa caipim rouxinol
amante amada rejeitada
ou mal amada
que haja "beija flor"
em todas as rosadas
inteiras ou quebradas».

Helena Farias
(Joaninhavoa)
em 08/03/2013

Brindemos em harmonia

Foto de William Contraponto

À Espera de Você

Toda forma de pergunta,
Toda fonte de resposta
Estão bem a sua frente
Esperando você duvidar

Questão aberta; Questão levantada
Agora a direção incerta
Espera uma opinião lapidada

Entregue-se a tal poder
E na página inicial
O que esteve em branco
Passa a ser escrito ao natural

Toda forma de atitude
Toda fonte de ação
Ficam ali a frente
Esperando você realizar

E já não há desculpa
Pra deixar quieto o problema
A culpa também pode ser sua
Quando sabes do mal
E em nada intervem

Entregue-se a fazer o bem
E nas páginas da existência
O que ficará em branco
É o que deve ficar

Foto de Alexandre Montalvan

Amor em overdose

Pingos de ouro sobre a escura terra
Resplandecem vibrando delicados
Escorrem lentos desengonçados
Como o sangue que escorre na guerra
Em todos os lugares.

Tal tormenta em lágrimas aflitivas, gritos.
Alma virgem viaja ao encontro do destino
Espasmos, soluços vibram no infinito.
Cintilam na aurora como espelhos cristalinos

Trêmula a escura terra abre fecunda
Para abraçar tão desolado coração
Pela guerra, que é na terra profunda.
Diluída como lama pelo chão

Flor do mal é tanto que morras
Torva é tua vida, obscura emoção.
Tanta é a dor em tuas entranhas
Há amor na mais profunda escuridão?

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