Quem sou eu afinal,
Já que vós vos interrogais, se não serei filho do mal?!!
Eis aqui vos digo, quem sou,
E quem a vós me enviou.
Meu nome é filho do vento,
E também do tempo.
Ficai sabendo, vós gentes do alto,
Que por ambos a vós fui enviado!
De longes terras vim,
Em altas e baixas, nasci.
Depois me levaram para outras mais perto,
Era pequeno, mal me lembro.
Agora uma coisa sei,
Numas e noutras infeliz fui, até que o vento encontrei,
E ele me disse:
Posso te dar a felicidade,
Ao soprar, te darei a liberdade e a verdade.
De filho do tempo,
Passei a ser também filho do vento.
Nessas terras ainda soube o que era a paz,
Nos tempos finais, achei-me então capaz.
Pois no meu interior, do além sinais foram gravados,
Depois por tempo e vento, por ambos,
Fui ao alto subindo
E até vós fui vindo!
Fui mais dirigido pelo vento,
Do que pelo tempo.
Pois pelo poder do primeiro,
Alcancei, terras mais altas, que as vossas, por inteiro!
Ficai pois, vós humana gente, sabendo,
Que ests Terras, estão no além então,
Para mui longe das vossas terras e da vossa razão,
Mais para além, de vós, do espaço e do tempo!!!
HELDER DUARTE