Maioria

Foto de Paulo Gondim

Louvo minha mãe

LOUVO MINHA MÃE
Paulo Gondim

Não vou escrever como a maioria escreve
Versos de lamento, de desculpas
Pela perda da mãe.
Já escrevei, não escrevo mais

Hoje, escrevo versos de louvor
De agradecimento, de ternura
De reconhecimento, de amor
Por quem nesta vida, se fez vida
Não dispensou aventura
Na defesa da cria indefesa
Como fortaleza, nua e crua.

Por isso louvo essa criatura
Corajosa, forte, destemida
Que divide com Deus
A continuidade da vida
Ela pare, Ele (Deus) cria
Dizem os pobres na sua crença fria
Mas é a ela que buscamos
Nas horas de agonia

Por isso não choro a perda,
Já chorei, não choro mais!
Tenho boa lembrança
De amor, de esperança
Daquela mulher franzina
Miúda, mas de muita coragem!
Que guiou meus passos
Me deu muitas surras
Pra me fazer homem
E estava certa: me fez..

Por isso, agradeço e sorrio
Quando me lembro dela
E me sinto feliz
Porque sou na vida
Pelo menos parte
Do que ela sempre quis!

Foto de Martorano Bathke

Por quê?

Por quê?
Por que me fascinas tanto ó Luz?
Ao amanhecer rasgando a aurora? Não sei, eu acordo tarde. Ao anoitecer se escondendo na escuridão? Sinto-me como o espião que espia pelo buraco da fechadura e a Luz esta apagada.
Quando mergulho em águas cristalinas e te olho de baixo e te vejo marulhada? Se te olho de cima a refletir nestas águas, só Tyndall, explica. Para ver as confusões que fazes no interior das estrelas tenho que ter o longo olho de Galileu.
Por que se sabe tão pouco sobre o Rei Salomão? Uns dizem que Deus te concedeu o dom da sabedoria e do conhecimento. Outros te chamam de extraterrestre. Os que tentaram subir no teu trono os teus leões e águias, feitos de uma liga de metais ou minerais que os alquimistas perderam a fórmula, trituraram a perna do Rei Manco. Mas só a Rainha de Sabá, sabe, ela é quem te viu sem roupa.
Por que tantos ficam querendo explicar como os egípcios ergueram blocos tão pesados tão altos? E poucos dizem que foram moldados in locu, com areia calcário e mais uma pitada do outro alquimista que o Faraó jogou dentro do caldeirão da feiticeira.
Se Freud explicou eu não consegui entender.
Por que você tem que pagar para o médico te introduzir aparatos metálicos e escancarar a tua vagina, ou enfiar o dedo no teu ânus, e você, sai rindo e lhe puxando o saco? Dos outros dois não vou falar, mas vocês sabem quem é. A versão da Santíssima Trindade terrena. É porque tenho que ter cuidado, sou pirilampo, a minha Luz é pequena. Nuno Cobra falou do tripé da castração humana. Mas este é outro.
Muitos pagam o Fisco, eternamente desde que o mundo é mundo, para poucos se esbaldarem na “Festa das Mil e Uma Noites”. Deve ser porque eu e vocês meus amigos que somos maioria, de nós ó Luz tu te escondes, sem você não temos conhecimento, dinheiro e poder. Mas se conforme pirilampo não tem caviar para todos, o que tínhamos de graça e em abundância a água, defecamos nela. A Rainha é uma só e para poderes fornicar com ela, tens que ser tratado com geléia real.
Ó Luz estas aqui e não te vejo, é porque estás dentro e eu olho para fora? Ou é porque só a matemática consegue condicionar um evento a outro? Pois na vida real, quando condiciono um evento ao outro inibo os dois!
Marorano Bathke
e-mail: ronald@ps5.com.br

Foto de ANACAROLINALOIRAMAR

.. O CORAÇÃO TAMBÉM SE ENGANA....O TEMPO E A PACIÊNCIA É O SEGREDO

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NÃO É UM POEMA, APENAS UM TEXTO UMA REFLEXÃO:

O tempo, e a paciência são nossos melhores conselheiros,
Aprendemos com eles que em matéria de amor,
Para alcançarmos nossa felicidade o primeiro passo
É não depender exclusivamente da pessoa amada, e sim viver em sintonia com ela.Às vezes Estamos sendo exigentes demais,é quando nos damos conta que a pessoa que a gente ama, Ou pensamos que amamos , ela nos engana, e não é a aquele alguém da nossa vida.Temos Que cuidar mais de nós, e aprender essa arte.
Não ficar correndo atrás do que já é nosso. O que é nosso virá em nossas mãos.E não Se Precipitar, esse é o segredo,
Não cairmos em falsas promessas falsos amores.
Quando menos esperamos esbarramos, encontramos com alguém que também esteja a Procura da gente....nada melhor que o tempo e a paciência para encontrarmos aquela pessoa Para juntos vivermos.
E tornar muito cuidado ter cautela, com as falsas bocas que dizem..Eu te amo...da boca pra Fora...e não "Eu te amo! com o coração , com a alma.

'Esse não é um poema, e sim uma pequena reflexão sobre falsos amores que deslumbram as Pessoas com falsas promessas amorosas,
Brincando com o de mais sagrado que temos nosso coração.
E nós na maioria das vezes temos um pouco de culpa porque não temos paciência de Esperar o tempo para o verdadeiro amor chegar.
E por mais que se ame, não depender do outro, um outro erro, grave que a maioria de nós Cometemos.cada um de nós temos quer seguir nossos caminhos com nossas próprias pernas, “ E ISSO NÃO NOS IM PEDE DE AMAR, APENAS AMAR A QUEM NOS MERECE.”
"É COMPLICADO E DELICADO FALAR CERTAS COISAS SOBRE O AMOR"

A FLOR DE LIS *-*

Foto de Amadeo Santos

Comentário / Carta Aberta

MFN, espero que esteja tudo bem consigo!
Inicio este comentário (carta aberta) alertando que vou ser longo e directo, tal como o senhor costumava ser!
Devo informar que sempre fui unicamente visitante assíduo do site poemas de amor à muito muito tempo, sem nunca me ter inscrito. Fi-lo agora para poder intervir aqui nesta sua despedida. Acredito pessoalmente que os seus dados pessoais são verdadeiros e assim sendo, digo-lhe que tenho uns anitos a mais do que os seus. Sou já um reformado profissional e um activo na vida.
Como já falei, leio o poemas à muito tempo e reconheço aqui muitos bons valores da escrita, mas quando o descobri a si deu para notar de repente que se tratava de alguém muito especial e diferente. Foi ai que fui ver a sua ficha de identidade aqui no poemas e reparei muito atento no seu perfil e entendi perfeitamente a sua sinceridade e postura de vida. A sua frase de apresentação é duma sensibilidade incrível e os seus escritores preferidos são daqueles que interrogam profundamente o ser humano. Confesso que Augusto Cury não conhecia e fui descobri-lo porque entendi que sendo um dos seus preferidos só poderia ser interessante e não me enganei.
Deixe-me olhar para você com olhos de um velho homem apaixonado pela vida como o senhor provou ser, e de um jovem de espírito mas sem já a força física de outros tempos.
Você não é fácil de ler. Não sei se devo falar assim, quero dizer você obriga a reflectir demasiado cada palavra, cada frase, cada linha e cada pensamento. Você é diferente sabe? Sabe que o leio hoje e amanhã ao reler de novo uma reflexão sua ou poema, leio já de forma um pouco distinta? E não sou eu que mudo ou o meu estado de espírito, emocional ou psíquico, são os seus escritos que lendo-os com mais atenção eles me levam para outros pensamentos e descobertas de caminhos. São autênticas missivas de conhecimentos interpelantes.
Que me desculpem os moderadores do poemas de amor, mas é uma grande perda a sua saída sem querer menosprezar o valor dos outros. Você interpelava com os seus pensamentos, eles eram atrevidos, duros e directos. Demonstram uma sustentação de experiência não calculada à sua idade (a ser verdade a informação do seu perfil e que acredito que seja).
MFN o tempo como você diz foi pouco mas o que me transmitiu foi muito. Você tem poemas e reflexões pesadíssimos de saber. Creio que não serão capazes todos de os entender à primeira assim como eu. Assumo que não os apanho logo à primeira vez que os leio e nem tenho a certeza de chego onde você quer que eu chegue. São muito enigmáticos, pragmáticos e de uma objectividade inconfundível como confundível.
Tem uma reflexão (poema) seu que quando comecei a ler ia ficando com uma ideia mas fui-me habituando a que a qualquer altura e rapidamente você me iria confundir, porque o seguimento da reflexão parecia tão fácil de entender que desconfiei e na verdade estava certo, eu lia o evidente mas o que o senhor queria dizer não era o que eu lia assim tão evidente, era mais do que isso. Aprendi que não podia le-lo tão rápido, cada palavra tem o seu peso e encaixe e quando me apercebia que o julgava estar a entender logo pensava devo estar a perceber errado. Relia e concluía que era verdade, estava a falhar. Lendo rápido o senhor, fico com uma ideia depois ela é outra quando o tenho com mais atenção e serenidade.
Você escreve sempre em várias direcções, chegou até a fazer chamadas de atenção aqui ao site do poemas, fez também reparos a sua forma de ser, deu indirectas a alguns comportamentos e tudo se manteve. Acho que as suas observações passaram despercebidas a muitos, e que até muitos não o liam porque o que escrevia era sério de mais para o que muita gente está habituada a ler. E os que entenderam as vezes que se insurgiu contra entre aspas algo, preferiram manter-se calados, pois são muito mais aqueles que gostam do facilitismo e do deixa andar do que aqueles que preferem colocar o dedo na ferida para a tratar como deve ser. Reparei que fazia poucos comentários, e argumentava falta de tempo, acredito sinceramente que sim, e reparei também que só alguns o comentavam e não seria por falta de tempo, porque comentavam outros. Mas você escreveu também sobre isso de outra forma inteligente. Li um poema que falava de um polvo duro, e percebi onde quis chegar. Você falou tanto e tanta coisa em tão pouco tempo neste site e para este site directamente. Acho que sei quem você gostava de ler, e eram muito poucos e diferentes.
A sua despedida em vídeo, com um tema tão lindo e ao mesmo tempo tão triste, faz perceber que você sai descontente deste espaço. Talvez sentindo-se um incompreendido pela maioria. A ideia de colocar a sua voz no vídeo para que pudéssemos conhecer uma voz real, triste e melancólica, não foi só para a despedida do seu amigo, foi talvez para que pudéssemos perceber e entender a tristeza com que abandonava o site. Deixou em voz viva aqui e para sempre um rosto e as suas pegadas de passagem.
A sua passagem por este site, marcou mesmo. Repare que neste ultimo escrito seu, houve um comentário de um participante que nunca o tinha feito antes, acho que percebi perfeitamente a sua intenção e acho também que foi um comentário tão falso e tão verdadeiro de infelicidade. O comentário só lhe ocorreu na hora de saída e talvez por se sentir mais à vontade com o facto de ter comunicado de que não iria responder, e também, pela sua saída o deixar com menos sombra e mais visibilidade para quem gosta dela. A atitude do comentário é de facto uma das evidências negativas com que você algumas vezes se insurgiu aqui no poemas. Você no último vídeo diz que o seu amigo era “único”. Deixe-me que lhe diga, aqui no poemas tem bons escritos, mas os seus são tão únicos. Você é um dos únicos.
A sua entrada aqui no poemas criou alguns embaraços e amuos, você cortava a relva muito baixa e em todas as direcções e isso perturbava os mimaditos da casa, aqueles que gostam da popularidade, das palmadinhas nas costas, dos beijinhos, dos pontinhos e das vitórias sem suor e sem justiça. Podia continuar a escrever mais até porque sendo a primeira vez e só porque não me podia esquivar de deixar este escrito de justiça, tristeza e apreço à sua passagem por cá. Mas vou terminar desejando-lhe a maior sorte do mundo e sei que você vai consegui-la. Você deixou perceber que conhece os seus caminhos e como muitas vezes escreveu os seus momentos e tempos.
Aqui no poemas, vou resignarmos novamente à minha postura de visitante até que apareça algo a tocar-me profundamente como o MFN o fez. Mas confesso que leio muito aqui e gosto de ler outros escritos para além dos do MFN, mas os seus eram de longe os meus favoritos.
Despeço-me com respeito.
Amadeu Vargas

Foto de Rosinéri

APOSTILA DO COREL DRAW

SUMÁRIO

Introdução 1
Tela de Apresentação 1
Criando Figuras Simples 2
Linhas Curvas 3
Figuras Geométricas 4
Ferramenta Seleção 4
Desfazer e Repetir 5
Colorindo os Objetos 5
Ferramenta Zoom 6
Gravando, Fechando e Abrindo um Documento 6
Salvando o Trabalho 6
Fechando e Abrindo um Documento 7
Configurando e Imprimindo Páginas 8
Configurando Páginas 8
Imprimindo Páginas 9
Desenhando 11
Usando a Ferramenta Forma 11
Preenchimentos e Contornos 13
Preenchimentos Especiais 13
Contornando os Preenchimentos 15
Efeitos Sobre o Objeto 16
Girando e Inclinando Objetos 16
Espelhando Objetos 17
Agrupando e Desagrupando Objetos 18
Duplicar e Clonar 19
Alinhando e Distribuindo 20
Ordenando Objetos 20
Combinando Objetos 21
Editando Texto 22
Ferramenta Texto 22
Comando Editar Texto 23
Correção Ortográfica 24
Efeitos com a Ferramenta Forma 25
Linhas Guia e Configuração da Régua 26
Formas para o Texto Artístico 28
Efeitos Especiais 30
Efeito Contorno 30
Efeito Envelope 30
Efeito Extrusão 31
Efeito Lente 33
Efeito Misturar 34
Efeito PowerClip 35
Adicionar Perspectiva 35
Combinação de Efeitos 36
Esfera 36
Graduações Entre Duas Figuras 37
Sombra no Texto 37
Texto Tridimensional em Perspectiva 38
Figuras e Símbolos 39
Importando Figuras 39
INSERINDO SÍMBOLOS 40
INTRODUÇÃO

Considerado como o software de computação gráfica mais popular para PC's, o CorelDraw 6 é sem dúvida um estúdio artístico completo. Apesar do pacote compreender 13 programas, vamos voltar toda nossa atenção ao programa central - suficiente para criarmos ilustrações precisas, desenhar trabalhos artísticos de forma livre, desenhos técnicos envolvidos em projetos de engenharia, em fim, qualquer coisa que sua imaginação permitir e muito mais.

TELA DE APRESENTAÇÃO

Ao carregar o CorelDraw pela primeira vez, você verá a tela de boas-vindas que poderá ser oculta em um novo carregamento, bastando para isto, desativar a caixa de verificação Exibir esta Tela de Boas Vindas no início, em seguida, clique sobre o botão Iniciar um Novo Gráfico CorelDraw, para conhecermos o nosso estúdio artístico.

CRIANDO FIGURAS SIMPLES

Se alguém lhe pedisse para fazer um desenho, com lápis e papel em mãos, qual seria a sua dificuldade? Bem, se existe alguma, ela continuará no CorelDraw. Mas tirando os desenhos de formas livre, encontramos diversos recursos que estão ao alcance de todos.
Abaixo encontramos a barra de ferramentas para desenhos com diversos botões e suas respectivas funções. Em seguida, utilizaremos algumas ferramentas para criarmos figuras simples.

Selecione a Ferramenta Mão Livre - dê um clique sobre o botão. Agora, arraste o ponteiro sobre a página para traçar uma linha, em seguida, solte o botão. Para obter linhas retas, dê um clique na posição inicial, logo após, leve o ponteiro até a posição final e dê outro clique. Faça algumas linhas retas e curvas para se familiarizar mais com esta ferramenta.

Podemos rapidamente apagar um ou mais desenhos usando a Ferramenta Seleção. Dê um clique sobre esta ferramenta, em seguida, clique sobre a linha de um determinado desenho para selecioná-lo, logo após, pressione a tecla Delete. Para apagar vários desenhos ao mesmo tempo, arraste o ponteiro de forma a envolver todas as linhas para selecioná-las, em seguida, pressione a tecla Delete.
Ainda falando sobre a Ferramenta Mão Livre, verifique que o botão, que representa a ferramenta, exibe um pequeno triângulo no canto inferior direito. Ao dar um clique sobre este triângulo, é exibido uma outra barra com outras ferramentas, esta barra é conhecida como menu adjunto
LINHAS CURVAS
No menu adjunto da ferramenta Mão Livre, selecione a ferramenta Bézier, específica para criação de linhas curvas, e dê um clique em algum ponto da página para marcar o início da linha, clique em outro ponto mas não solte o botão do mouse, neste momento é traçado uma linha, arraste o ponteiro do mouse ao redor deste ponto e verifique a curvatura da linha - quanto mais você afasta o ponteiro do ponto, maior será a curva.

Depois de encontrar a curvatura desejada, solte o botão; clique em outro ponto e verifique que é mantida a seqüência da curvatura. Para interromper, clique sobre qualquer outra ferramenta.

FIGURAS GEOMÉTRICAS

Na barra de ferramentas para desenhos, encontramos três botões específicos para a criação de retângulos, elipses e polígonos. Selecione o botão Retângulos, posicione o ponteiro do mouse sobre a página e arraste-o para criarmos o retângulo - mantenha a tecla Ctrl pressionada para obter quadrados.
Realize os mesmos procedimentos para a criação de Elipses e, mantenha a tecla Ctrl pressionada para obter círculos.
A ferramenta Polígono tem três formas pré-definidas que são exibidas através do menu adjunto (clique no triângulo localizado no canto inferior direito da ferramenta). Use estas formas para criar um polígono, espiral e uma grade.
FERRAMENTA SELEÇÃO

Vimos que a ferramenta Seleção permite selecionar um ou mais objetos, mas através desta ferramenta também poderemos arrastar o objeto para determinada posição e redimensioná-lo. Para movimentar o objeto, basta selecioná-lo e arrastá-lo para a posição desejada. Para redimensionar, posicione o ponteiro sobre um dos quadradinhos indicadores de seleção e, arraste para o interior (diminui) ou exterior (aumenta) do objeto.
Outra forma de selecionar vários objetos, mas de forma aleatória, é selecionando cada objeto desejado mantendo a tecla Shift pressionada.
DESFAZER E REPETIR
Estas duas opções do menu Editar, estão disponíveis em diversos programas, tendo as mesmas funções, isto é, a opção Desfazer volta a última ação e a opção Repetir refaz a última ação desfeita. Como exemplo, selecione um objeto e, em seguida, pressione a tecla Delete para apaga-lo. Através da opção Desfazer, recupere o objeto excluído.

COLORINDO OS OBJETOS
Vamos agora aprender como colorir os objetos. Crie um desenho usando as ferramentas já estudadas, em seguida, selecione o objeto a ser colorido. Dê um clique sobre a cor desejada, na Paleta de Cores (parte inferior da tela), com o botão esquerdo para selecionar a cor de preenchimento, e com o botão direito para selecionar a cor de contorno.
As linhas são coloridas através do botão direito do mouse sobre a cor desejada.
FERRAMENTA ZOOM
A maioria das figuras que criamos foram relativamente grandes, considerando o fato de terem sido feitas sobre a página que é exibida em tamanho reduzido. Nós poderemos ampliar a visão e desenhar ou editar, sobre uma parte selecionada da página. Para obter a ampliação de uma determinada parte da página, basta arrastar o ponteiro sobre a região após selecionar a ferramenta Zoom.

Com esta ferramenta selecionada, o ponteiro passa para o formato de uma lupa. Um clique no botão esquerdo amplia, também, a visão na posição do ponteiro; com o botão direito, reduz a exibição da página.
GRAVANDO, FECHANDO E ABRINDO UM DOCUMENT
SALVANDO O TRABALHO
Para gravar todo o trabalho feito, basta selecionar a opção Gravar do menu Arquivo. No quadro exibido, entre como o nome do arquivo e, em seguida, selecione o botão Salvar. Você também poderá salvar o seu trabalho através do botão Gravar da barra de ferramentas. O quadro de diálogo Gravar Desenho foi exibido porque o arquivo estava sendo salvo pela primeira vez, isto é, se você selecionar outra vez a opção gravar, o arquivo será salvo com as alterações feitas ou não, e nenhum quadro de diálogo será exibido.

Fechando e Abrindo um Documento

Para fechar um arquivo que já foi salvo, isto é, já tem um nome, basta selecionar a opção Fechar do menu Arquivo. Ao usar esta opção, a página com os objetos desaparece e resta praticamente apenas duas opções para continuar a usar o programa. Se você selecionar o botão Novo da barra de ferramentas, uma nova página em branco é exibida para o início de um novo trabalho.
A outra opção é abrir um arquivo que já foi salvo em disco. Para isto, você deverá selecionar a opção Abrir do menu Arquivo ou dar um clique sobre o botão Abrir da barra de ferramentas. Será exibido o quadro de diálogo Abrir Desenho, onde deverá selecionar o arquivo a ser aberto e, em seguida, dar um clique sobre o botão Abrir
CONFIGURANDO E IMPRIMINDO PÁGINAS
CONFIGURANDO PÁGINAS

Quando carregamos o CorelDraw 6, é exibido uma página em branco possuindo layout padrão, isto é, basicamente as dimensões e orientação da página com valores pré-definidos. Este layout pode ser mudado facilmente, e estas modificações serão aplicadas a todas as páginas do documento.
Selecione a opção Configurar Página do menu Layout para termos acesso ao quadro de diálogo Configuração de Página. Neste quadro encontramos opções para o tamanho da página, cor do papel e outros recursos.
Através do menu Layout, você poderá acrescentar outras páginas, que terão o mesmo layout, ou apagar qualquer página, com exceção da página 1.
Para inserir uma ou mais páginas, selecione a opção Inserir Página do menu Layout. No quadro de diálogo exibido, entre com a quantidade a inserir e a posição - antes ou após a página atual.

Você também poderá inserir páginas através dos botões de controle de página. Veja na figura a seguir, outras opções sobre o controle de páginas

Para excluir uma ou mais páginas, use a opção Excluir Página do menu Layout. Após selecione esta opção, será exibido o quadro de diálogo Excluir Página solicitando o intervalo de páginas a serem excluídas.

Quando uma página é excluída, todos os objetos pertencentes a esta página também serão excluídos, mas se desejar apagar uma determinada página e manter um ou mais objetos, basta move-los para fora dos limites da página, isto é, para a área de trabalho. Objetos localizados nesta área pertencem ao documento e podem ser transferidos para outras páginas, simplesmente arrastando-os.
IMPRIMINDO PÁGINAS
Como a maioria dos programas, o CorelDraw permite a impressão dos trabalhos em qualquer impressora instalada em seu sistema. Para imprimir o documento, selecione a opção Imprimir do menu Arquivo ou, o botão Imprimir da barra de ferramentas, ambas exibirão o quadro de diálogo Imprimir, escolha a impressora e a faixa de impressão e, em seguida, clique sobre o botão OK para iniciar a impressão.
Para alterar algumas características da impressão, selecione o botão Opções do quadro de diálogo Imprimir. Ao acionar este botão, será exibido o quadro de diálogo Opções de Impressão para podermos centralizar os objetos na página, inserir número de página, nome do arquivo, data e hora atual. A caixa Pré-visualizar Imagem quando selecionada, exibe os objetos pertencentes a página. Caso exista mais de uma página, os botões de rolagem estarão disponíveis.
DESENHANDO
Em estudos anteriores, vimos como criar figuras geométricas e traçar linhas de forma simples, nestas figuras acrescentamos preenchimento e contorno com as diversas cores disponíveis na Paleta de Cores. Agora, vamos avançar um pouco mais sobre este assunto e conhecer diversos recursos aplicados aos desenhos.
USANDO A FERRAMENTA FORMA
A ferramenta Forma, a segunda de cima para baixo da barra de ferramentas para desenhos, permite modificar a aparência das figuras, bastando para isto, arrastar o ponteiro quando estiver sobre um dos nós exibidos no contorno da figura

Faça um retângulo usando a ferramenta apropriada, logo após, selecione a ferramenta Forma e arraste um dos nós do retângulo em direção ao centro da figura, como resultado, teremos os cantos arredondados na mesma proporção.

Com a ferramenta Elipse, poderemos obter Fatias arrastando o ponteiro para o interior do círculo, após selecionar o nó. Para criar Arcos, arraste o ponteiro na parte exterior do círculo após selecionar o nó.

Aplicando os recursos da ferramenta Forma sobre um polígono, obteremos uma impressionante quantidade de formas. Arraste um dos nós para o interior, exterior e ao redor da figura para ver o resultado.

Com relação ainda aos polígonos, nós podemos mudar as propriedades dando um duplo clique sobre a ferramenta Polígono. No quadro de diálogo Propriedades da Ferramenta, escolha o número de pontos, tipo e diferenciação para o novo padrão de polígonos, isto é, após estas modificações, todo polígono que for criado terá as características definidas no quadro Propriedades
A seguir, temos três polígonos com o mesmo número de pontos mas com tipos diferenciados.
PREENCHIMENTOS E CONTORNOS
PREENCHIMENTOS ESPECIAIS
No início de nossos estudos verificamos que uma figura selecionada poderá apresentar preenchimento e cor de contorno dando um clique sobre uma das cores da Paleta de Cores. Mas além destas cores sólidas, o CorelDraw oferece diferentes tipos de texturas e espessuras de linhas.

Faça um quadrado (ferramenta retângulo com a tecla Ctrl pressionada) sobre a página para usarmos como exemplo, da aplicação destes novos recursos.

Verifique que a ferramenta Preenchimento (último botão de cima para baixo da barra de ferramentas para desenhos) tem um triângulo indicador de menu adjunto, selecione-o após ter criado o quadrado.

- Selecione este botão para acrescentar preenchimento preto ao desenho selecionado.

- Clique sobre este botão para remover o preenchimento do desenho.

- Com esta ferramenta, você preenche o desenho com a cor branco. Você não perceberá a diferença se a cor da página também for branco.
- Ao selecionar esta ferramenta, será exibido o quadro de diálogo Preenchimento Gradiente com diversas opções para o preenchimento progressivo de cores pré-definidas. Selecione algumas opções e, em seguida, clique sobre o botão OK para ver o resultado.

- O Padrão Bitmap de Duas Cores preenche o desenho com elementos geométricos de duas cores que você poderá escolher. Selecione este botão e escolha o padrão e as cores disponíveis no quadro de diálogo exibido.

- O Padrão de Vetor preenche o desenho com elementos vetoriais coloridos, os procedimentos para a seleção do padrão são os mesmos do padrão bitmap.

- As texturas são um show a parte, você irá se surpreender com os diversos tipos de texturas, que poderão ter suas características alteradas gerando uma combinação imensa de estilos. Basta selecionar a biblioteca de texturas e um dos vários tipos listados abaixo. Caso altere alguma das características do estilo escolhido, clique sobre o botão Pré-visualizar para ver o resultado, em seguida, clique sobre o botão OK para o desenho ser preenchido.
CONTORNANDO OS PREENCHIMENTOS

Vimos que, para mudar a cor dos contornos, era preciso escolher a cor desejada na Paleta de Cores com o botão direito do mouse - estando o desenho selecionado. Agora, vamos conhecer as várias formas de contornos oferecidos pela ferramenta Contorno. Faça um retângulo e, em seguida, selecione o menu adjunto desta ferramenta - clique no triângulo indicador do menu.

No menu adjunto, alterne entre as espessuras oferecidas para ver o resultado. Dê um clique sobre o botão Caneta Contorno para termos acesso ao quadro de diálogo Caneta Contorno. Neste quadro, poderemos alterar a cor do contorno, escolher um novo estilo para o contorno e um dos três tipos de cantos. No caso de uma linha, poderemos escolher o tipo de extremidade e acrescentar setas.
EFEITOS SOBRE O OBJETO

Os objetos que podem ser desenhos feitos a mão-livre, figuras incorporadas ou qualquer desenho geométrico, poderão ter as aparências modificadas com uma simples rotação ou distorção realizada com mouse. Neste tópico, também aprenderemos como duplicar os objetos e organizá-los na página.Girando e Inclinando Objetos
Com apenas um duplo clique sobre o objeto não selecionado, ou um clique no objeto já selecionado, encontraremos as alças para rotacionar e distorcer os desenhos, dando um efeito muito interessante. Abra um arquivo que contenha um desenho ou, crie um, utilizando as ferramentas já estudadas, em seguida, dê um duplo clique (o primeiro clique seleciona, o segundo exibe as alças) sobre o desenho para conhecermos estas alças.
Para rotacionar o objeto, basta posicionar o ponteiro sobre uma das alças de rotação (ponteiro fica no formato de uma cruz) e arrastar ao redor do centro de rotação, este centro de rotação poderá ser movido para qualquer ponto do objeto.
O procedimento de distorção é parecido com o de rotação, posicione o ponteiro sobre uma das alças de distorção e mova no sentido indicado pelas próprias alças, isto é, no sentido horizontal ou vertical.

ESPELHANDO OBJETOS
O recurso de espelhamento inverte a orientação de um objeto, e está disponível através da opção Transformar... Escala e Espelho do menu Organizar. Ao escolher esta opção após ter selecionado o objeto, será exibido o quadro de diálogo Escala & Espelho, praticamente temos duas opções: Espelhamento horizontal e vertical, aplique estes recursos ao objeto e veja o resultado.

AGRUPANDO E DESAGRUPANDO OBJETOS
Os desenhos que você cria com o CorelDraw ou os arquivos com extensão CRD ou CMX - nativos do programa, estão no formato vetorial, isto é, elementos gráficos que podem ser editados e modificados. Uma figura no formato vetorial quando desagrupada, exibe vários nós para edição. Nestas condições, você poderia separar as partes da figura, bastando para isto, arrastar a parte selecionada.

Na figura anterior, o nosso coleguinha poderia ficar careca num piscar de olhos, isto mostra que as figuras vetoriais são compostas por pequenos objetos organizados. Abra o arquivo de nosso desenho exemplo e separe algumas partes, em seguida, desfaça o procedimento movendo as partes para o local de origem ou, selecione a opção Desfazer do menu Editar, tantas vezes necessário.
Agora, vamos selecionar todos os objetos e, logo após, dar um clique sobre o botão Agrupar/Desagrupar da barra de ferramentas ou, escolha a opção Agrupar do menu Organizar. Pronto, todos os objetos passam a fazer parte de um único bloco. Verifique que é impossível selecionar apenas uma parte do desenho.Para desagrupar os objetos, clique no mesmo botão na barra de ferramentas ou, selecione a opção Desagrupar do menu Organizar, este comando só estará disponível se o objeto estiver agrupado.
DUPLICAR E CLONAR
Duplicar um objeto não é novidade pois, com os comandos Copiar e Colar conseguiria obter este resultado que por sinal, são velhos conhecidos de outros programas. Mas este procedimento no CorelDraw, não é nada prático, por isto existem outros recursos bem mais rápidos para a duplicação dos objetos.

Para duplicar um ou mais objetos, basta selecioná-los e, em seguida, pressionar as teclas Ctrl+D ou, escolher a opção Duplicado do menu Editar. Após este procedimento, o CorelDraw cria uma cópia exata de todos os objetos selecionados e os desloca para cima e a direita. Caso o desenho seja composto por vários objetos desagrupados, é recomendado que os agrupe antes de duplicá-los.

A outra forma de duplicar objetos é através da opção Clone do menu Editar. Este recurso exibe a cópia da mesma maneira que o comando Duplicado, mas com a seguinte diferença: a cópia fica vinculada ao objeto original, isto é, qualquer mudança no objeto original, afeta também o clone.
ALINHANDO E DISTRIBUINDO
O CorelDraw permite mover os objetos de forma controlada nos sentidos horizontal e vertical e distribui-los sobre a área selecionada ou na página inteira.

Para alinhar e distribuir dois ou mais objetos, basta selecioná-los e escolher a opção Alinhar e Distribuir do menu Organizar. No quadro de diálogo exibido, você poderá escolher um ou mais botões de alinhamento ou distribuição, logo após, clique sobre o botão Aplicar para ver o resultado. Combine alguns botões para conhecer melhor este recurso de movimentação controlada.
ORDENANDO OBJETOS

A sobreposição de objetos em uma página é muito comum, diante desta situação o CorelDraw oferece recursos para avançar e recuar objetos que estão um sobre o outro.

Crie três desenhos coloridos sobrepostos, conforme figura a seguir, e use os comandos Para a Frente, Para Trás, Avançar Um e Recuar Um do menu Organizar, sobre os objetos, isto é, após desenhar as figuras geométricas uma sobre a outra, use a ferramenta Seleção para selecionar o objeto que sofrerá a ação do comando. As opções Para a Frente e Para Trás estão disponíveis em botões de mesmo nome na barra de ferramentas.
COMBINANDO OBJETOS
A combinação de objetos gera um objeto composto de dois ou mais objetos selecionados - sobrepostos ou não. O objeto combinado terá cor de preenchimento e contorno igual ao último objeto selecionado. Usando as mesmas figuras exemplo, do assunto anterior, selecione-as e escolha a opção Combinar do menu Organizar.
VOCÊ PODERÁ SEPARAR OS OBJETOS ATRAVÉS DA OPÇÃO SEPARAR DO MENU ORGANIZAR, MAS AS CORES DE PREENCHIMENTO E CONTORNO PERMANECERÃO AS MESMAS DO OBJETO COMBINADO.
EDITANDO TEXTO
Como qualquer programa de editoração eletrônica, o CorelDraw permite a criação e edição de textos, aplicar recursos de formatação e alinhamentos, e recursos especiais como arrastar letras independentes uma das outras e criar textos combinados com figuras geométricas.

FERRAMENTA TEXTO

O CorelDraw permite dois tipos de entrada de texto no documento: Texto Artístico e Texto Parágrafo, as duas formas estão disponíveis na barra de ferramentas para desenhos.

O botão identificado como Ferramenta Texto e que exibe o triângulo indicador do menu adjunto, é a própria ferramenta Texto Artístico, caso selecione a ferramenta Texto Parágrafo, esta ficará exibida na barra de ferramentas para desenhos.

O texto artístico é um pequeno trecho de texto que requer tratamento especial. Para a entrada deste tipo de texto no documento, basta selecionar a ferramenta apropriada e dar um clique no ponto inicial desejado. O cursor é exibido para você dar início a digitação do texto. Após a digitação, se desejar, poderá selecionar a ferramenta Seleção para expandir ou esticar o texto digitado.

A ferramenta Texto Parágrafo serve para textos mais longos, como frases inteiras e parágrafos. Para a entrada deste tipo de texto no documento, basta selecionar a ferramenta apropriada e arrastar o ponteiro sobre a página para especificar o tamanho do bloco de texto. Ao soltar o botão do mouse, o cursor é exibido para você digitar o texto, tendo como limite as dimensões do quadro tracejado, estas dimensões poderão ser alteradas com a ferramenta Seleção. Um duplo clique sobre o bloco de texto provocará a exibição das alças de rotação e distorção para a aplicação de tais recursos

Para alterar o texto diretamente onde está posicionado, basta selecionar uma das duas ferramentas de texto e dar um clique sobre o bloco de texto artístico ou parágrafo.

Um texto parágrafo poderá ser convertido em texto artístico, e vice-versa, através do comando Converter do menu Texto. Esta operação requer um bloco de texto selecionado com a ferramenta Seleção.
COMANDO EDITAR TEXTO
Vimos que existem duas formas de edição de texto, agora aprenderemos como formatá-los. A formatação dos caracteres e parágrafos estarão disponíveis através de um único comando.

Selecione um bloco de texto artístico com a Ferramenta de Texto ou Seleção, logo após, escolha a opção Editar Texto do menu Texto. O quadro de diálogo Editar Texto será exibido com alguns botões de formatação que poderão ser aplicados ao texto, desde que esteja previamente selecionado. Altere as características do texto artístico e clique o botão OK para ver o resultado

Repita os mesmos procedimentos para o texto parágrafo, e alterne entre os tipos de alinhamento
CORREÇÃO ORTOGRÁFICA

A correção ortográfica é muito comum nos processadores de textos, mas o CorelDraw possui recursos de correção que, sem dúvida, não deixam a desejar.

Para iniciar a correção ortográfica de seu documento, basta selecionar a opção Revisão... Ortografia do menu Texto. O CorelDraw começa a conferir as palavras e, ao encontrar a primeira palavra estranha à relação gravada no sistema, apresenta o quadro de diálogo Revisão Ortográfica. Para cada palavra estranha, você poderá corrigir, ignorar ou acrescentar ao seu dicionário. Ao concluir a revisão de todo o documento, será exibido um quadro para informá-lo do encerramento.

EFEITOS COM A FERRAMENTA FORMA

O uso da ferramenta Forma sobre os desenhos permite modificações na aparência das figuras. No texto artístico ou parágrafo, poderemos utilizá-la para arrastar letras independentes uma das outras, resultando num efeito muito interessante. Será possível também, aumentarmos os espaçamentos entre os caracteres, palavras e linhas.

Selecione um texto artístico ou parágrafo com a ferramenta Forma, basta dar um clique sobre o bloco de texto. Vamos mover algumas letras.

Quando um texto é selecionado com a ferramenta Forma, são exibidos os nós de texto e as alças de espaçamento. Dê um clique sobre alguns nós de forma alternada - mantenha a tecla Shift pressionada enquanto seleciona os nós. Agora, arraste para cima - como exemplo, qualquer um dos nós selecionados para movimentar as letras.

A alça de espaçamento horizontal, quando arrastada com a tecla Ctrl pressionada, aumenta os espaços entre as palavras; sem a tecla Ctrl pressionada, o espaçamento ocorrerá entre os caracteres.

A alça de espaçamento vertical, quando arrastada com a tecla Ctrl pressionada, aumenta os espaços entre os parágrafos; sem a tecla Ctrl pressionada, o espaçamento ocorrerá entre as linha
LINHAS GUIA E CONFIGURAÇÃO DA RÉGUA

Ao longo do curso aprendemos a criar desenhos e textos sobre a página, mas não nos preocupamos com o posicionamento e alinhamento destes objetos. Agora chegou a hora de disciplinarmos o nosso ambiente com as Réguas e as Linhas Guia, que permitirão o alinhamento e nos mostrarão o tamanho exato dos objetos e a distância entre eles.

As linhas guia são linhas horizontais, verticais e inclinadas que permitem alinhar as extremidades dos objetos de forma controlada. Para estas linhas existe o recurso Alinhar pelas Linhas da Grade que está disponível na barra de ferramentas. Este recurso faz com que as extremidades dos objetos sejam atraídas para estas linhas

Faça alguns objetos (texto, figuras geométricas) sobre a página e, em seguida, crie duas linhas guia - uma vertical e outra horizontal da seguinte forma: posicione o ponteiro do mouse na régua horizontal e arraste o ponteiro para baixo até a posição desejada. Para a linha guia vertical, faça o mesmo procedimento posicionando o ponteiro na régua vertical.

Agora, ative a ferramenta Alinhar pelas Linhas da Grade e arraste os objetos de forma a alinhá-los por estas guias. Use a ferramenta Seleção para mover os objetos.

As linhas guia podem ser movidas simplesmente arrastando-as para fora da área de trabalho. Para remover todas as linhas guia ao mesmo tempo, dê um duplo clique sobre qualquer uma das linhas guia e, em seguida, selecione o botão Limpar Tudo e OK, do quadro de diálogo exibido.

Com relação as réguas, nós podemos mudar o sistema de medida - de milímetros para centímetros, como exemplo - da seguinte forma: dê um duplo clique sobre a régua para exibir o quadro de diálogo Configuração da Grade e da Régua, na guia Régua escolha as unidades para horizontal e vertical, em seguida, clique sobre o botão OK.

Outro recurso disponível na Régua, é a possibilidade de movermos o ponto de origem, desta forma a posição zero passa para um novo ponto do qual todas as medidas serão feitas. Para mover o ponto de origem, basta arrastá-lo para a posição desejada.
FORMAS PARA O TEXTO ARTÍSTICO

O texto artístico combinado com figuras geométricas ou linhas curvas, resulta em formas bem interessantes. Esta combinação é possível através do comando Ajustar Texto no Caminho, que irá acomodar o texto sobre o contorno da figura.

Crie um texto artístico simples e, logo abaixo, faça um círculo. Agora, selecione o texto e a figura com a ferramenta Seleção. Com os objetos selecionados, escolha a opção Ajustar Texto no Caminho do menu Texto, o quadro de diálogo de mesmo nome é exibido com algumas opções disponíveis. Clique sobre o botão Aplicar para ver o resultado; a cada mudança realizada nas opções oferecidas, volte a dar o clique sobre o botão Aplicar.

Se desejar remover a figura e ficar apenas com o texto formatado, basta dar um clique, com a tecla Ctrl pressionada, sobre o contorno da figura para selecioná-la e, logo após, pressione a tecla Delete.

O uso deste recurso sobre uma linha curva, apresentará o mesmo resultado, mas no quadro de diálogo encontraremos a opção de Alinhamento horizontal.

EFEITOS ESPECIAIS

Se os efeitos de transformação não fizessem parte do CorelDraw, sem dúvida estaria incompleto. Através de recursos especiais, conseguiremos criar figuras tridimensionais, dar profundidade às figuras, tornar os objetos transparentes e muito mais. Todos estes comandos estão disponíveis no menu Efeitos.
EFEITO CONTORNO
Este efeito permite criar graduações que sigam o contorno do objeto, esta orientação poderá ser para dentro, interior ou exterior, e também será permitido definir o esquema de cores para os contornos.

Para aplicar este efeito, basta criar a figura e, em seguida, selecionar a opção Contornar do menu Efeitos. No quadro de diálogo Contorno, escolha a orientação e o esquema de cores, o resultado é obtido dando um clique no botão Aplicar.
EFEITO ENVELOPE
Envelopar um objeto (figura ou texto), é distorcê-lo ou forçá-lo apresentar a forma que desejarmos. Vamos aplicar este recurso sobre um texto e uma figura para conhecermos melhor esta ferramenta.

Crie um texto artístico qualquer e, logo após, selecione a opção Envelope do menu Efeitos ou, caso o quadro de diálogo Efeitos esteja aberto, clique sobre o seu nome na lista de efeitos. Nas opções disponíveis, escolha uma forma pré-definida e clique sobre o botão Aplicar. Caso tenha escolhido uma forma que distorceu tanto o texto ou figura, ao ponto de não identificar o objeto, é só selecionar a opção Desfazer (Ctrl+Z) do menu Editar, e tentar uma outra forma.

Este recurso também se aplica as figuras, e os procedimentos para obter o efeito, são os mesmos utilizados no texto. Se na lista de formas pré-definidas você não encontrar uma que lhe agrade, escolha a forma mais parecida com a que deseja, e use a ferramenta Forma sobre as alças para criar novas distorções.

EFEITO EXTRUSÃO
O efeito extrusão é um dos mais interessantes. Através deste recurso poderemos criar efeito tridimensional no objeto selecionado, escolhendo uma das formas pré-definidas ou, combinar uma ou mais opções para obter um efeito personalizado.
Crie um texto artístico simples ou faça uma figura (estrela, quadro, círculo), logo após, selecione a opção Extrusão do menu Efeitos, clique sobre a guia Predefinições 3-D e escolha um dos efeitos pré-definidos. Caso o botão Aplicar não esteja disponível, selecione a opção Converte em Curvas do menu Organizar. Esta é a forma mais prática para obter um efeito 3-D.

Para obter um efeito 3-D personalizado, realize os seguintes procedimentos:

• Crie a figura desejada e selecione a opção Extrusão do menu Efeitos;

• Clique sobre a guia Profundidade (figura a seguir), caso não esteja selecionada, e selecione o botão Editar para exibir o Contorno de Extrusão e o Ponto de Fuga;

• Arraste o ponto de fuga lentamente ao redor do objeto e escolha uma posição, em seguida, selecione o botão Aplicar;

• Se desejar, poderá rotacionar o objeto em espaço 3-D, selecionando a guia de Rotação, e arrastando a figura no formato de um C. Use a guia Cor do Objeto para definir cor de preenchimento e sombra. Ao terminar, selecione o botão Aplicar para ver o resultado

EFEITO LENTE
O efeito Lente altera as características do objeto usando outro como lente, isto é, você cria uma figura geométrica sobre um desenho, e esta figura para a exibir, em seu interior, novas características do desenho dependendo do tipo escolhido.

Para obter este efeito, abra um arquivo que contenha um desenho, logo após, desenhe um círculo, ou outra figura, e arraste-o sobre uma parte do desenho. Selecione a opção Lente do menu Efeitos e escolha uma das opções referente a característica da Lente, ao concluir, clique sobre o botão Aplicar para ver o resultado. Se desejar, poderá arrastar a figura geométrica para outras partes do desenho.

EFEITO MISTURAR

O efeito Misturar cria figuras intermediárias entre dois objetos selecionados. Como exemplo, faça um círculo e acrescente cor de preenchimento, em seguida, faça uma estrela - a uma certa distância do círculo, e também aplique cor de preenchimento. Agora, selecione os dois objetos e escolha a opção Misturar do menu Efeitos.

No quadro de diálogo Misturar, escolha a quantidade de figuras intermediárias e/ou número de graus para rotação, logo após, selecione o botão Aplicar para ver o resultado. Caso você arraste a primeira ou a última figura para uma nova posição, será refeito a distribuição das figuras.
EFEITO POWERCLIP

A aplicação do efeito PowerClip é muito simples, apesar de gerar um objeto altamente complexo. O que ele faz praticamente é colocar um objeto (figura tipo BMP, figura com preenchimento ou textura) dentro de outro objeto.

Como exemplo, abra um arquivo que contenha um desenho, em seguida, faça uma figura geométrica e selecione o desenho - vamos colocá-lo dentro da figura. Escolha a opção PowerClip... Colocar no Recipiente do menu Efeitos, neste momento surgirá uma grande seta, posicione a ponta desta seta sobre o contorno da figura ou no interior de algum texto, e dê um clique para obter o resultado. Se desejar separar os objetos, use a opção PowerClip... Extrair Conteúdo do menu Efeitos, após selecionar o objeto composto.
ADICIONAR PERSPECTIVA

Perspectiva, segundo o Dr. Aurélio, "é o aspecto dos objetos vistos de certa distância", em nosso caso, teremos a ilusão de profundidade (3-D) de um desenho 2-D.
Vamos distorcer uma figura dando a ilusão de perspectiva, usando o comando Adicionar Perspectiva do menu Efeitos. Selecione uma figura e ative este comando, logo após, arraste uma das alças exibida sobre a linha pontilhada que circunda o objeto, para criar o efeito.

Para alterar as distorções de um objeto com perspectiva, basta usar a ferramenta Forma da barra de ferramentas para desenhos.
COMBINAÇÃO DE EFEITOS
Os efeitos que acabamos de estudar, podem ser combinados com outros efeitos resultando num trabalho incrível. Veja a seguir, os procedimentos para criar efeitos que parecem ser difíceis.
ESFERA
• Faça um círculo através da ferramenta Elipse - mantenha a tecla Ctrl pressionada a medida que arrasta o ponteiro. Escolha o preenchimento Gradiente da Ferramenta Preenchimento.
• Em tipo de preenchimento, escolha Radial, selecione duas cores e no quadro de visualização, arraste o ponto central para o canto superior direito, agora, clique em OK.
• Em Opções, do quadro de diálogo Preenchimento Gradiente, você poderá alterar o percentual de preenchimento da superfície.
GRADUAÇÕES ENTRE DUAS FIGURAS

• Faça um quadrado relativamente grande usando a ferramenta Retângulo - mantenha a tecla Ctrl pressionada a medida que arrasta o ponteiro).
• No meio do quadrado (use as linhas guia) faça um círculo pequeno e acrescente preenchimento na cor branca e remova a cor de contorno.
• Selecione apenas o quadrado, e acrescente preenchimento na cor preto e remova a cor de contorno.
• Selecione os dois objetos e escolha a opção Misturar do menu Efeitos.
• No quadro de diálogo Misturar, informe o número trinta e cinco, ou outro a sua escolha, para graduações e clique o botão Aplicar para ver o resultado.
SOMBRA NO TEXTO
• Crie um texto simples em maiúsculo com a ferramenta Texto Artístico, em seguida, mude a fonte, de preferência larga, e aumente o tamanho. Para isto, basta um duplo clique sobre a Ferramenta Texto Artístico, com o texto selecionado, para ter acesso ao quadro de diálogo Editar Texto.
• Agora, escolha a opção Transformar... Escala e Espelho do menu Organizar.
• No quadro de diálogo exibido, selecione Espelho Vertical e, logo após, clique sobre o botão Aplicar A Duplicado.
• O texto é duplicado de forma invertida; use as setas do teclado para mover o bloco de texto duplicado, até a posição logo abaixo das letras do bloco de texto original.
• Mude a cor do bloco de texto invertido para cinza claro e dê um clique sobre o bloco, para ser exibido as alças de rotação e distorção.
• Arraste para a direita a alça de distorção inferior, para inclinarmos um pouco o bloco de texto invertido.

TEXTO TRIDIMENSIONAL EM PERSPECTIVA

• Crie um texto artístico e adicione perspectiva através da opção Adicionar Perspectiva do menu Efeitos.
• Arraste as alças até obter a ilusão de profundidade, logo após, clique em alguma cor na Paleta de Cores, para preencher o texto.
• Com o texto selecionado, escolha a opção Extrusão do menu Efeitos.
• Arraste o ponto de fuga para uma determinada posição e utilize algumas opções das guias Predefinições-3D, Rotação, Profundidade e Cores, logo após, selecione o botão Aplicar, e sente-se confortalmente a espera do resultado.
FIGURAS E SÍMBOLOS
Um estúdio artístico eletrônico sem uma biblioteca de figuras e símbolos ficaria a desejar. Quanto a isto, o CorelDraw 6 esbanja, são 25.000 imagens contidas em CD-ROM, divididos em categorias como mapas, transportes, pessoas e outros. Com relação aos símbolos, figuras mais simples, também existem diversas categorias.
IMPORTANDO FIGURAS
As figuras contidas no CD-ROM estão no formato nativo do CorelDraw, isto é, CMX ou CDR, estes formatos vetoriais podem ser modificados usando os recursos já estudados. Mas nada impede que você importe para seu documento, figuras de terceiros e que possuam outros formatos como: TIF, BMP, PCX e outros.

Para importar uma figura para seu documento, basta selecionar a opção Importar do menu Arquivo. No quadro de diálogo Importar, selecione o diretório que contém as figuras, clique sobre o arquivo desejado, logo após, escolha o botão Importar. A figura é inserida em seu documento, e através da ferramenta Seleção, poderemos arrastá-la para qualquer posição e até redimensioná-la.

Você também poderá utilizar o botão Importar, da barra de ferramentas, para ter acesso ao quadro de diálogo Importar.
INSERINDO SÍMBOLOS
Os símbolos são figuras simples que podem ser utilizados para realçar um desenho ou, simplesmente para ilustrar o documento. Estes símbolos, que praticamente são elementos de fontes, estão disponíveis através do comando Símbolos do menu Ferramentas ou, através do botão Cortina Símbolos da barra de ferramentas.

Após selecionar este comando, a cortina de símbolos é exibida com a primeira categoria disponível, escolha uma das categorias e, em seguida, arraste o símbolo para inseri-lo no documento.

Foto de ANACAROLINALOIRAMAR

EU APRENDI

Eu Aprendi, que na vida ha altos e baixos.
que querer e poder,ter é conquistar.
Eu Aprendi que nada é por acaso,
que se aconteceu ja estava predestinado.

Eu aprendi , que as pessoas não podem ser
aquilo que eu quero, mas sim eu que tenho
que aceita-las como elas são.

Eu aprendi,que não posso exigir que me amem
e sim que eu faça por onde ter um encanto,
para elas me amarem , que antes de mais nada
eu seja eu mesma.

Eu aprendi que nas horas mas dificies
a ajuda virá de quem eu menos esperar.
que nem sempre amigos são os que
estão presente, e sim na maioria das vezes
nos ajudam os ausentes.

Eu aprendi,que as oportunidades se não aproveitadas,
sempre tem quem as aproveite.
Eu aprendi que não existe uma pessoa
perfeita,que eu mesma sou inperfeita.

Eu aprendi ,que toda derrota é um caminho
pra vitória.que toda guerra ha paz.
Eu aprendi, que para amar...
não precisa se jogar em cima de alguém,
ele vem até nós.

Eu aprendi que o amor não vem quando procuramos,
ele aparece quando menos esperamos.
e que ninguém é obrigado a ficar com
alguém sem amor.
e quando o amor vem,
a gente não o detem.
Eu aprendi que na vida tudo é uma troca.

Anna. 17/04/08

Foto de CarmenCecilia

VÍDEO POEMA BRASIL PORTUGAL

POESIA
PEDRO PAULO DA GAMA BENTES

EDIÇÃO
CARMEN CECILIA

IMAGENS
CARMEN CECILIA

MÚSICA
CANÇÃO DO MAR

NOTA:
AS IMAGENS SÃO NA MAIORIA FOTOS MINHAS DE QUANDO ESTIVE POR ESSA TERRA QUE AMO MUITO!

ESSE VIDEO É EM HOMENAGEM A TODOS AMIGOS LUSOS DO SITE
ENQUANTO NÃO FICA PRONTO AMOR SEM FRONTEIRAS, QUE ESTÁ REALMENTE UMA NOVELA...RSS...POIS ESTOU SUBDIVIDINDO EM 4 VÍDEOS COM MAIS UM DE ROMA.

DESCULPEM ME OS ERROS POIS ESSE FOI UM DOS PRIMEIROS VÍDEOS QUE EDITEI...

PS1: A JOANINHA, YAP ROSE E TODOS MEU CORAÇÃO ESTÁ AI COM VOCÊS...

PS2: FERNANDA MUITO OBRIGADA PELO APOIO DESSE SITE MARAVILHOSO!

Foto de ANACAROLINALOIRAMAR

O VERDADEIRO AMIGO

*
*
*
*
Quem tem um verdadeiro amigo,
Tem um tesouro, mais que ouro.
Amigo não são fúteis, não te recrimina
Não te critica mesmo sabendo que estamos errados.

Verdadeiro amigo, esta sempre do nosso lado.
Ele pode não ter recebido um convite, para lhe fazer
Uma visita quando você tem dor física ou mental,
Sentimental.... Ele se convida, ele se faz presente.

O verdadeiro amigo, é aquele que você
Conquista, pelos seus méritos, aquele
Que você não precisa ter uma alta conta bancária.
Ele te aceita de chinelos... .esse é o verdadeiro amigo.

Somos abençoados quando encontramos
Estes amigos, herdeiros de nossos sonhos,
Se nossas historias de nossas vidas.
Amigo de verdade é aquele que acredita
Na tua realidade na tua verdade, na tua sensibilidade.

O verdadeiro amigo é aquele que mesmo longe,
Mantém-se presente, não por estar longe, vai se mantiver
Ausente.... Estão sempre de olho na gente.
Amigo de verdade é o melhor presente.

O verdadeiro amigo, nos enxuga as lágrimas, antes
Mesmo de elas escorrerem por nossa face.
...não só dão os ombros para chorarmos,
Como o corpo todo... Porque amigo, é completo
E não só o ombro faz parte dele.

O amigo não tem hora pra chegar
Em nossas vidas.... É quando menos esperamos
A na maioria das vezes em momentos difíceis.
Feito anjos mandado por "Deus"..

A verdade que o verdadeiro amigo tem que ser
Conservado e cuidado com muito carinho amor,
Porque muitos acham que amizade é bobagem,
Mas a bobagem é quem não conhece a verdadeira
Amizade, quem não decifra com alma transparente
É o que é bom pra gente.

Porque não existe coisa, mas fantástica
Em nossas vidas que termos
Um verdadeiro amigo, são poucos
Esse pouco se torna um tudo.

O verdadeiro amigo nunca pode ser esquecido,
É como uma plantinha, sempre tem que esta regando
Para que se fortaleça cada vez mais.
O verdadeiro amigo vai sempre aceitar a gente como somos.
Com todos os nossos defeitos e qualidades.

Aos meus poucos amigos que tenho,.... Eu amo á todos!
Ofereço a todos vocês!!!

Anna*-* A FLOR DE LIS.

Foto de Edson Cumbane

A MINHA LÍNGUA E A VERDADE

A minha língua é como um sabre
Falo coisas desafiadas só se for por um milagre
Falo a verdade nua e crua por mais que seja acre
Ela é tão inviolável que vem em forma de lacre

Por vezes a verdade é louca como um massacre
Em doses altas é insuportável mais que o vinagre
Para a maioria ela se compara à um casebre
Para mim ela adiada de às vezes para sempre

Há quem a troca como quem troca Gato por Lebre
Para alguns triste mas para mim alegre
Os seus oponentes quando a tocam pegam febre

A verdade é um sabre
Para mim doce para outros acre
Não a deixo nem se for por um milagre

Foto de cafezambeze

O GRANDE DIA - POR GRAZIELA VIEIRA

O Grande Dia

20 de Julho 1953.

Ás quatro da madrugada, quando a pálida luz d’aurora ainda mal fazia a sua aparição, já minha mãe me arrancava aos braços de “Morfeu” onde eu na véspera, prometera a pés juntos não mergulhar.

Chegara enfim o grande dia. O dia do acontecimento mais relevante dos meus franzinos dez anos. Ia, enfim, fazer o meu exame da 4ª classe a Mirandela.

Mirandela!!!!!!!! Uma Vila que eu só conhecia em sonhos, ou de ouvir falar. A azáfama dos últimos preparativos e conselhos dos familiares orgulhosos, as últimas recomendações da senhora D. Ermelinda Rafael, minha professora e irmã do ilustre médico Dr. Mário Rafael, tinham feito com que adormecesse mais tarde e àquela hora, francamente, não me apetecia nada levantar.

- Anda filha que são horas: já tens o caldo na malga. Põe-te a dormir e depois come do sono. Olha que o exame não espera por ti e temos muito que palmilhar. Se tínhamos! É que dos Avidagos, minha terra, até Mirandela são cerca de 24 km os quais tínhamos que fazer a pé:

-Porquê? Pela simples razão de não haver dinheiro para a Camioneta, ida e volta, para a chita do vestido novo que a minha tia Mariana me fez, para os sapatos comprados para a ocasião, para pagar a Pensão onde teria que ficar, etc. Os meus pais para suprir as despesas mais prementes, tiveram que segar manual e prematuramente duas jeiras de trigo e vender o grão ao senhor Regedor.

O sacrifício foi enorme, mas o orgulho de ter uma filha que ia fazer o exame da 4ª classe quando ainda não era obrigatório, compensava-os plenamente.

Engoli o caldo á pressa e pusemo-nos a caminho eu e minha mãe. As nossas socas brochadas faziam barulho nas pedras do caminho quebrando o silêncio matinal. De vez em quando sacudia uma ruga, imaginária, do vestido novo. Por vezes, levava a mão á cabeça a ver se a fita cor-de-rosa que a minha avó materna me oferecera para a ocasião, ainda lá estava. Querida avó! Tinha vindo das Varges aos Avidagos a pé só para me presentear com a fita. Ela queria que a sua neta, fosse a mais bonita de todas. Não estou bem certa, mas penso que a distancia por ela percorrida por caminhos tortuosos, devia rondar os nove ou dez quilómetros, senão mais.

Comecei a tomar noção da responsabilidade em não defraudar, com um chumbo, as expectativas e esperanças que os familiares em mim depositavam.

-Ó mãe ainda falta muito?

-Não, é já ali.

Relógio? Que é dele. Isso era um luxo dos ricos, mas pelas minhas contas, havia mais de duas horas que a minha mãe dizia, é já ali. Eu nunca antes tinha feito uma caminhada daquela envergadura. As minhas fracas pernas, começavam já a acusar o cansaço. Sem querer, invejava os meus cinco irmãos mais novos que haviam ficado no aconchego da cama. O sol começava a despontar no horizonte cobrindo as já louras searas de trigo e centeio que ondulavam com a fresca brisa matinal como se fosse um mar gigantesco de ouro salpicado de papoilas vermelhas mais fulgurantes que rubis. As cotovias, melros, rolas e picanços, saudavam o astro-rei com os seus melodiosos gorjeios, num agradecimento á mãe natureza o fausto banquete que esta pusera á sua disposição e das respectivas proles. De vez em quando, uma lagartixa espreitava por entre as pedras do caminho, curiosa com o sincronizado das nossas socas, trepa que trepa. Ao longe, um ou outro rancho de segadores começava o seu árduo trabalho com os rins dobrados sobre as searas que as seitouras iam dizimando. De repente um frémito de alegria percorreu o meu já cansado corpito ao avistar uma povoação. Aligeirei o passo e pergunte

-Ó mãe, ali já é Mirandela?

-Daqui lá não me doa a mim a barriga, respondeu a minha mãe já agastada de tantas vezes responder, á contínua pergunta de, ainda falta muito?

-Ali são as Lamas, falta quase outro tanto para chegar a Mirandela e temos que andar mais depressa para estar lá ás nove horas senão, não fazes o exame.

Prossegui calada deitando um olhar de esguelha á saquita que a minha mãe levava á cabeça onde a par dos livros e da merenda, iam os sapatos novos que só calçaria á entrada da Vila para fazer jus ao rifão. Menina da aldeia, á entrada da Vila calça a meia A malga do caldo de cebola? Onde é que ela já ia.

Reparando nas minhas espiadelas á saquita e como caminhássemos ao longo de uma parede que circundava uma horta, a minha mãe disse:

- Sentemo-nos só um cibinho para comer que depois já temos força para andar mais depressa. Ó que mágicas palavras para os meus ouvidos. Levantei o vestido quase até á cabeça para não o sujar ou enrugar na parede de xisto, e á fatia de pão centeio, que minha mãe cozera na véspera, e ao punhado de figos secos, foi um ar que lhe deu.

Reconfortada com a frugal refeição e com cinco minutos de descanso, pusemo-nos novamente a caminho. De súbito ouvi o trotar de uma cavalgadura atrás de nós. Voltei-me devagar e disse:

-Ó mãe, vem ali o ti João Vinhais com o filho a cavalo no macho. Na verdade, não era meu tio, mas na minha aldeia, os mais novos tratavam os mais velhos por tios e tias.

-Bom dia senhora Adelina! Madrugaram!

-Bom dia senhor João, que remédio!

Deixei de ouvir o resto dos cumprimentos e concentrei-me no Francisco Vinhais, um rapaz da minha idade e que todo janota em cima do anafado macho também ia fazer exame. Eu bem me saracoteava para ver se o Xico olhava para o meu vestido novo e para o laço que me prendia os curtos cabelos mas o Xico não reparava e eu saltitando, quase me punha á frente do macho. Ó! Vaidade feminina, que tão precocemente te manifestas em futilidades. O ti João vendo os olhares constantes que eu deitava aos cavaleiros e atribuindo-o ao meu cansaço, apeou-se e disse:

-Monta no macho enquanto vou um bocado a pé para esticar as pernas.

-Obrigada senhor João, disse minha mãe: Ela só já ia a ganir que lhe doíam as pernas

-E tem razão, com o estiraço que já fizeram não é para admirar.

Ele mesmo, pegou nos meus vinte e cinco quilos e pô-los em cima do macho. Nunca lhe agradeci o gesto nobre e bondoso que tomou naquela ocasião. Hoje ainda me pergunto se chegaria a tempo do bendito exame sem a sua intervenção. De vez em quando eu, com pouca vontade, ainda lhe dizia:

Ó ti João, quer montar que eu desço?

-Deixa-te ir que vais bem.

O Xico repontava; ó pai, ela não vai quieta com os ovos daqui a pouco caímos os dois.

O que o Xico nunca soube, é que para não amarrotar o vestido, eu estava sempre a puxa-lo debaixo do assento desequilibrando-me.

Por fim, chegamos á entrada da ponte. Já se avistava a Vila de onde sobressaía a então famosa Casa Verde. Depois de deixar o macho entregue a uma pessoa conhecida, o ti João cheio de paciência, esperou que eu calçasse os meus sapatos novos, dois números acima do tamanho indicado para me servirem daí a muito tempo, e começamos a atravessar a ponte, a caminho da escola onde iam ter lugar os exames.

-Ó mãe, deixe-me ir ali a Senhora do Amparo fazer uma promessa para eu ficar bem no exame

-A promessa, dou-ta eu. Se ficares mal, á vinda para cá atiro-te da Ponte abaixo.

-Ó senhora Adelina!.......Disse o ti João apaziguador: Não diga isso á rapariga, que ela pode-se enervar e fazer mal a prova.

-Eu cá sei as linhas com que me coso, isto é falar por falar.

Só alguns anos depois é que me apercebi que a minha pobre e querida mãe ia mais nervosa que eu, e que os meus pais, tinham sido criticados por fazer tantos sacrifícios para que eu pudesse fazer a 4ª classe. Se ainda fosse um rapaz, vá lá, que sempre fazia falta para arranjar um emprego! Agora uma rapariga pobre para que é que queria o exame? Melhor me mandassem ir servir para aprender a ser uma mulher como devia de ser. Isto, diziam aquelas senhorecas de meia tigela que mal sabiam assinar os próprios nomes, e que queriam quem as servisse a troco dos restos da comida que deixavam nos pratos. As “comadres” que as há em todas as aldeias e não só, essas diziam que parecia mal uma rapariga sozinha no meio de quatro rapazes propostos a exame, e outras coisas no género próprias dos meios rurais. Mas a minha ânsia de aprender aliada à boa compreensão de meus pais tudo superaram; o compreensível receio da minha mãe, era que eu ficasse reprovada e depois ter de ouvir as línguas viperinas a rirem-se de nós depois de tantos sacrifícios.

Por meu lado, estava consciente que a oportunidade se não repetiria mas tinha a certeza de estar bem preparada. Graças á minha boa Professora que sem esperar qualquer recompensa além da gratidão, depois das horas de aula oficiais, dava-nos em casa dela mais umas horas de explicações todos os dias. Nunca até essa altura, ela tivera um aluno seu reprovado; e essa era a sua gratificação interior. A meu ver, bem mais valiosa do que se recebesse algumas “luvas” coisa de que nunca houve conhecimento. Nos tempos que correm pode dizer-se que era um exemplo raro de dedicação ao ensino.

Chegamos á Escola dos exames um pouco cedo, mesmo assim já lá estavam algumas dezenas de alunos. Com olhar de lince vislumbrei a nossa Professora e dirigimo-nos para junto dela. Depois dos cumprimentos devidos, perguntei se os restantes rapazes já tinham chegado.

-Ainda os não vi e já estou a ficar preocupada. É que depois da sala de aula fechada para a prova escrita, não entra mais ninguém. De repente, o Francisco Vinhais, aqui já não era Xico, porque a Professora exigia que todos nos tratássemos pelos nomes próprios em vez das usuais alcunhas disse:

-Ali vêm eles.

De facto, o Casimiro, O Viriato, e o Luís Filipe, parecendo os três da vida airada, depressa chegaram junto de nós. Depois das últimas recomendações, e com uma disposição parecida à de quem vai para a guilhotina, entramos para dar início á Prova Escrita. Na Sala repleta de alunos de todas as Aldeias do Concelho, o silêncio era sepulcral. Só se ouvia o raspar dos aparos das canetas de pau, molhadas nos tinteiros brancos, no papel.

Ditado, Problemas, Contas, Redacção, etc., tudo seguia os seus trâmites sincronizados. Os pais ou acompanhantes, esperavam do lado de fora, quem sabe, pedindo a Deus para que nenhum dos seus fosse reprovado. Após três longas horas, abriram-se finalmente as portas e em silêncio, todos esperavam sofregamente os resultados. Ninguém arredava pé. Mais algum tempo e eis que os almejados resultados eram afixados. Começaram os empurrões, o esticar de pescoços, o por em bicos de pés a ver quem primeiro chegava junto dos resultados. A minha mãe teve que pegar-me ao colo para eu ver o meu resultado uma vez que ela não sabia ler e sendo eu tão pequenina, corria o risco de ser esmagada pelos mais matulões ou pelos adultos. Depois de muitos encontrões e pedidos de desculpas, lá chegamos aos famigerados resultados. Olhei atentamente e ao descortinar o meu nome, gritei:

-Mãe!... Fiquei bem! Ela ergueu-me bem nos braços e disse:

-Vê bem filha, não te enganes.

Tornei a olhar e confirmei. Fiquei bem, mãe, é verdade.

Quando me poisou no chão, fiquei como que petrificada ao ver rolar as lágrimas pela face de minha mãe. Intrigada, perguntei:

-Então a mãe está a chorar porque eu fiquei bem?

-Ó filha, não. Tu não sabes que também se chora de alegria? Pois o que eu sinto agora, é uma alegria enorme como há muito tempo eu não sentia. Deus te abençoe.

Entretanto os quatro rapazes, com um sorriso de orelha a orelha, davam também a boa nova. A nossa Professora que se associava á nossa alegria, lembrou.

-Agora toca a ir comer e descansar para estarem fresquinhos para a Prova Oral que é amanhã á tarde.

Não sei onde os outros se hospedaram, quanto a mim, a minha mãe levou-me a uma Pensão pequena, tipo familiar, que embora retenha o seu interior na memória, não fixei o nome da rua onde a mesma se situava. Levava vinte escudos por dia, com direito a três refeições e dormida. A minha mãe pagou o estipulado e preparou-se para o regresso a casa pelo mesmo caminho.

-Então a mãe não come aqui?

-Não, come tu que eu como o resto da merenda pelo caminho. Tenho que ir fazer o caldo para o teu pai e para os teus irmãos mas amanhã cá estarei para assistir á Prova Oral. Entretanto a senhora da Pensão já trazia para a mesa, uma fumegante travessa de batatas cozidas com congro. Lembro-me como se fosse ontem. Comi que me fartei. Á noite, fui para um grande quarto onde estavam duas camas e dois colchões no chão. A mim, calhou-me um dos últimos. Entraram depois uma senhora e duas meninas que rondavam a minha idade pelo que o motivo devia ser o mesmo. Aldeãs para exame. Apoderando-se cada qual do respectivo lugar. Em menos de um credo, já eu dormia o sono dos justos sem sentir as dores das bolhas que os sapatos me haviam feito nos calcanhares. Quando acordei na manhã seguinte, o quarto estava já vazio e arrumado. Ao dirigir-me á casa de banho, vi num relógio de parede que já eram onze horas. Depois do almoço, furtei um guardanapo da mesa, e fui para o quarto puxar o lustro aos sapatos com ele atirando-o depois para debaixo de uma cama. Pedi para me arranjarem o laço do cabelo e toda prosmeira, fui ter com a senhora dona Ermelinda que já me esperava á porta para me acompanhar ao local das Provas Orais. Reparou a Professora que eu andava devagar e com passo inseguro, como quem pisa ovos.

-Que é que tens rapariga? Vais com medo ou fizeste xixi na cama?

-Não minha Senhora, foram os sapatos que ontem me fizeram bolhas. Se calhar, vou-me descalçar.

-Nem penses, quero lá agora uma aluna minha descalça no exame. Calça as socas.

-Não as tenho cá, a minha mãe levou-as.

Ao cabo de uns minutos que me pareceram séculos devido ás dores, lá chegamos ao local. Já estava o que me parecia a mim, um mar de gente junto da Escola, para assistir ás Provas Orais. Naquela época, mesmo quem não tinha familiares a fazer exame, gostava de assistir ás Provas Orais para ver as habilidades dos alunos conhecidos e não só.

Como não descortinasse a minha mãe em parte alguma, trepei ao muro para ver melhor em todas as direcções. Que grande desilusão! Não estava em parte alguma. De certo não pode vir. Era tão longe! Ainda na véspera fizera a pé o caminho de regresso, e com certeza não aguentara outra viagem.

Envolta nos meus pensamentos, nem me dera conta de que já todos tinham entrado.

A sala estava cheia até à porta. Saltei o muro e precipitei-me para a entrada onde algumas pessoas não me queriam deixar entrar.

Que queres tu daqui? Não vês que não podes entrar? Vai brincar para a rua.

-Mas eu vou fazer exame, respondia em altos gritos. As pessoas olhavam para o meu corpo franzino, que não aparentava mais que seis anos, e riam-se.

Chô: - Cresce e aparece.

No meu desespero comecei a distribuir pontapés a torto e a direito, e furando por baixo da amálgama de pernas que vedavam a entrada da sala de Aulas, lá consegui chegar ao meu lugar. Mesmo a tempo… Estavam a chamar pelo meu nome.

Muito esbaforida, com os livros a monte dentro da saquita e toda despenteada, devido à entrada forçada, encaminhei-me para a mesa do Júri. Por instantes, esqueci a minha mãe, e concentrei-me na enorme responsabilidade do momento.

-Abre o livro de leitura.

Fiz o que me era mandado. O livro abriu-se na Lenda da Laranjeira de Santa Isabel. Li com gosto e com voz bem timbrada, era uma das minhas lições preferidas. Até ali, tudo bem

-Vamos à História.

Mentalmente, pedia a Deus que me fizessem perguntas sobre D. Pedro IV de Portugal e I do Brasil que me fascinava e do qual eu sabia tudo de cor e salteado como se costuma dizer. Calhou-me em sorte D. Dinis. Parecia de propósito, era o rei de quem eu menos gostava.

-Que cognome teve el-rei D. Dinis?

Mas porque cargas de água me haviam de fazer perguntas sobre um homem, mesmo sendo Rei, que era mau para a Rainha Santa? Na minha fértil imaginação, um homem que proibia a Rainha de dar esmolas aos pobres a ponto de ela ter de invocar a protecção divina para que o pão que levava no regaço, se transformasse em rosas, não podia ser boa pessoa. Se eu mandasse, que é o que aqueles que não mandam pensam, se eu mandasse, esse Rei não entrava para a História.

Fez-se silêncio na sala. De novo a pergunta era repetida.

-Então, não sabes?

-Não sei o quê? Perguntei como se tivesse chegado de longínquas paragens.

-Que cognome tinha el-rei D. Dinis

-Sei sim minha senhora, era o Lavrador. E antes que perguntassem mais alguma coisa, comecei a desenvolver o tema ainda mais do que seria preciso. Que tinha reestruturado a agricultura, que mandara plantar o pinhal de Leiria e tudo mais que lhe dizia respeito.

-Então se sabes tudo tão bem, porque não respondias?

-Porque não gosto dele.

-E pode-se saber porquê?

Expliquei as minhas razões acima citadas. Gargalhada geral na sala.

- Silêncio se fazem favor, pediu um professor que de imediato me chamou para avaliar os meus conhecimentos de Geografia.

-Ora vamos lá a apontar aqui no Mapa, o rio Douro e seus afluentes.

Depois de satisfeito com as minhas respostas, levou-me ao Mapa cor-de- rosa.

-Agora diz-me: estamos em Mirandela, queremos ir para Luanda, como fazemos?

-Resposta pronta, não podemos.

-Não podemos porquê?

Porque aqui não há mar e tínhamos que ir primeiro para o Porto ou Lisboa.

Novas gargalhadas na sala.

-Silêncio por favor, senão mando evacuar a sala.

-Então explica-me como poderemos ir para Lisboa.

- Com o dedo, lá apontei no Mapa o percurso dos Caminhos – de - Ferro que nos levaria ao cais da Capital para apanhar o barco que nos levaria a Luanda.

-No Mapa cor-de-rosa, também não me saí mal bem como em Ciências Naturais.

-Podes ir para o teu lugar, e fazer o teu trabalho manual.

Ao voltar-me, vi minha mãe ao fundo da sala, sentada numa cadeira. As mãos postas, como se estivesse rezando e com lágrimas que se assemelhavam a pérolas, deslizando pela face, precocemente enrugada devido ás agruras da vida, mais se assemelhava a uma santa de altar. Afinal, ela estivera ali desde o início, enquanto eu cá fora tentava localizá-la.

Como tivesse chegado muito cansada de tanto andar a pé, pedira para a deixarem entrar mais cedo a fim de arranjar lugar sentada. Fiquei feliz por vê-la.

Fui para o meu lugar e peguei na meia de renda de cinco agulhas. Era o meu trabalho manual. A mãe da minha professora é que me ensinara a fazer aqueles arabescos complicados, mas de um efeito espectacular.

Muito embrenhada na minha tarefa sobressaltei-me ao ouvir a voz da Professora encarregada da avaliação dos Trabalhos Manuais.

-Muito bem, mas que meias tão bonitas que estás a fazer.

-A senhora gosta?

-Gosto sim.

-Então quando as acabar, eu mando-lhas.

-Ficaria muito contente.

Nunca cumpri a promessa. Primeiro, porque não sabia a direcção da simpática Professora. Depois, parece-me que nunca cheguei a acabar as meias.

-Acabaram os exames, podem sair:

Um suspiro de alívio percorreu toda a sala. Já no recinto da Escola, encontrei minha mãe que conversava com um senhor, que ao ver-me fez sinal para me aproximar, o que fiz de imediato, embora um pouco intimidada com a elegância e a respeitabilidade que emanava daquela figura, que me parecia austera. Interroguei-o com o olhar.

-Parabéns pelo seu excelente desempenho disse: Acto contínuo, meteu-me na mão cinco escudos que desapareceram para dentro da saquita dos livros em menos tempo que o diabo esfrega um olho.

-Estava aqui a dizer á senhora sua mãe que se fosse um rapaz, eu encarregar-me-ia de lhe custear os estudos. Sendo uma menina, não poderei fazê-lo porque a responsabilidade a longo prazo, seria enorme.

-Obrigada pelo grande favor, disse mordaz, e voltei-lhe as costas com vontade de arrancar-lhe a gravata, que devia ser de seda, e fazer-lha engolir juntamente com o que acabara de dizer.

-Mãe, vamos embora.

-Não sejas mal-educada, vem pedir desculpa ao senhor doutor.

-Desculpa, porquê? De não ter nascido rapaz para lhe fazer a vontade? Sou por acaso culpada de ter nascido rapariga? Sufoquei na alma um grito de raiva e impotência, que as lágrimas não deixavam de todo esconder.

Nunca tinha sido tão humilhada. Primeiro, porque me tratou por senhora e na minha idade, isso era uma ofensa para mim. Depois, parecia que me estava a acusar por eu não ter nascido rapaz. Na boca das ignorantes “comadres”, não era de admirar o dizerem que a um rapaz nada se lhe pega e que nunca aparecia prenho em casa; agora que um senhor doutor pensasse da mesma maneira, era inadmissível.

Posteriormente, vim a saber que o senhor em questão, sendo rico e sua mulher não lhe podendo dar filhos, já havia custeado os estudos a três rapazes de poucos recursos; mas a sua filantropia e altruísmo não se estendia ao sexo feminino.

-Mãe! Vamos embora que se faz tarde e chegamos a casa já de noite.

-Trouxe as minhas socas?

-Eu não! Então não queres os sapatos? Andavas toda encha com eles!

-Pois, mas fizeram-me bolhas e não os aguento. Vou descalça.

-Tu hoje ainda ficas na Pensão que já está paga e amanhã, vais na Camioneta da Carreira até ao entroncamento, que de lá até casa são só três km e o teu irmão estará lá á tua espera. Eu é que me vou já embora a ver se ainda chego a casa antes do anoitecer. Toma lá o dinheiro para a Camioneta; agora perde-o.

Deu-me o dinheiro certo, sem fazer alusão aos cinco escudos que o tal senhor doutor me dera. Se calhar nem os viu, pensei eu.

Ainda ela mal tinha voltado as costas, já os sapatos estavam na saquita misturados com os livros. Descalça, percorri grande parte da Vila embasbacando-me diante das montras. Nunca vira coisas tão bonitas! E depois, a alegria de saber que no dia seguinte ia andar da Camioneta, era o culminar da suprema magia. Eu, como a maior parte das minhas amigas, nunca tinha-mos posto os pés dentro de um carro; quando eu lhes contasse a aventura, iam-se roer de inveja. De repente, ali perto do Mercado, estava na montra de um estabelecimento uma boneca com um vestido quase igual ao meu. Não é que ela parecia que se estava a rir para mim? Os cinco escudos dentro da saquita começaram a pesar como chumbo. Muito hesitante, e olhando para todos os lados, entrei e perguntei o preço.

-Quatro e quinhentos, respondeu a senhora atrás do balcão.

Nem me dei ao trabalho de regatear, depositei o dinheiro no balcão e esperei que a boneca viesse aos meus braços.

-Queres que embrulhe?

-Não é preciso, obrigada. Ia a sair disparada quando a senhora me chamou.

-Toma lá o troco rapariga, olha que a boneca não foge.

Saí dali direita á Pensão que parecia um foguete. Era a minha primeira boneca a sério. Sá as havia tido de trapos, confeccionadas por mim. Não mais a larguei e será escusado acrescentar que dormiu comigo.

Na Camioneta de regresso a casa, mil sensações estranhas me assaltavam. A paisagem vista de cima, parecia irreal. Era a Camioneta que estava sempre parada, ou eram as serras, árvores e casas tudo a andar para trás? Passados os primeiros minutos de novidade embriagadora, voltei a pensar no que a viagem e a boneca me fizera esquecer.

Se fosse rapaz!...Se fosse rapaz!...Se fosse rapaz!...Malditas palavras; haviam-se cravado na minha alma como uma ventosa de onde não conseguia arrancá-las. E eu que ainda fora comprar a boneca com o dinheiro de quem se me estava a tornar odioso. Se a janela estivesse aberta, atirava a boneca por ela fora. Se fosse rapaz!...Se fosse rapaz!...

Comecei a chorar. Ia sentada a meu lado uma Freira que se dirigia ao então asilo para meninas pobres de Pereira, que ficava a um km mais ou menos dos Avidagos que ao ver-me chorar perguntou:

-Tu que tens minha filha? Reprovas-te no exame?

Não Irmã.

-Então, se ficas-te bem e ganhas-te essa boneca tão bonita, porquê essas lágrimas?

Limpei as lágrimas ao lenço de cinco pontas e disse:

-É precisamente por causa da boneca. Estava quase a contar-lhe a verdade, quando “tardiamente” me lembrei do meu egoísmo. Gastei o dinheiro que tinha na compra da boneca e não me lembrei de comprar nada para os meus irmãos e fiz um ar de Madalena arrependida.

-Quantos irmãos tens?

-Cinco, e todos mais novos que eu.

A Freira, meteu a mão numa maleta e deu-me um bom punhado de rebuçados e bombons:

-Toma lá, divide p’los teus irmãos.

-Muito obrigada minha santa. Ela sorriu. Um sorriso tão angélico que não voltei a ver outro igual.

Já a pé, a caminho de casa, parei nas duas capelinhas que ficam de um e outro lado da estrada no cruzamento que vai para Pereira, um km antes dos Avidagos, para com uma pequena oração, agradecer o resultado do exame.

Quando cheguei a casa, estava reunida toda a parentela mais chegada, para me felicitar e participar numa refeição melhorada para a qual tinham sido sacrificadas duas das melhores galinhas.

Passados os primeiros momentos de euforia, a minha mãe começou a relatar toda orgulhosa, as peripécias do exame. Olhem que até os professores estavam admirados com ela. E como todas as mães, até exagerava nos elogios perante as pessoas presentes: quando acabou o exame, até um senhor Doutor, blá, blá, blá

-Era demais. Levantei-me da mesa para não ouvir novamente as palavras que me estigmatizaram ao longo da vida!...Se fosse rapaz!...Se fosse; Outra vez não, por amor de Deus.

Dei a boneca á minha irmã mais nova que delirou com o presente, impondo-lhe como condição, de que nunca brincasse com ela á minha frente senão eu queimava-lha.

Não sei se a minha mãe se apercebeu do meu drama íntimo, quero querer que sim, mas nunca mais tocou no assunto.

Já se passaram muitos anos, mas se Freud ainda vivesse, de certeza que eu desmentiria uma das suas teorias da “Mente”. É que as meninas, segundo ele, não desejam secretamente ser rapazes por no subconsciente terem inveja do pénis, mas sim, por terem inveja da liberdade que os rapazes têm.

Felizmente que as mentalidades no que respeita a sexos opostos está a mudar, ainda que a passo de caracol.

As condições de vida também melhoraram. Os alunos, já não têm que percorrer a pé vários km, sujeitos aos rigores do Inverno ou ao sol escaldante do Verão para irem para a Escola como iam os do Carvalhal, Palorca etc. que por caminhos de cabras faziam diariamente esse percurso para virem para os Avidagos. Segundo as estatísticas, o número de estudantes do sexo feminino, já ultrapassa o masculino. Fico feliz por poderem usufruir de algumas oportunidades que me foram negadas. No entanto, uma pergunta se impõe. Porquê tanto insucesso escolar? O que é que está mal? De quem é a culpa?

Por mais que me esforce, não consigo descortinar respostas adequadas, e julgo que a maioria dos portugueses também não.

Será que fazem falta, umas tantas Donas Ermelindas Rafaéis para se orgulharem de nunca terem um aluno seu reprovado? Que incutia nos alunos o gosto pelos estudos, sacrificando tantas vezes a sua vida pessoal, para se dedicar inteiramente á nobre arte de ensinar? Pode ser uma das causas, mas de certeza que não é a única. Haverá alguém que sem se escudar nos meandros políticos tenha as respostas?

Uma coisa é certa. Há que fazer algo urgentemente para mudar este estado de coisas, nem que para isso se tenham que criar prémios especiais para os mais aplicados.

Se nada for feito, corremos o risco dos homens e mulheres de amanhã, nos acusarem da incúria de hoje.

Graziela Vieira

Abril de 2000

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