Madrugada

Foto de Marsoalex

Emoção da vida

Poeta. me dá um poema!
Enche a tua pena de orvalho
E escreve um poema de noite
De madrugada...
Podes, também,
Enchê-la com o nectar das flores
E escrever um poema
De jardins, de rosas...
Podes, ainda, enchê-la
Com a água da praia
E escrever um poema de mar, de ondas...
Ou, então, escreve com o dedo
Na areia, um poema de gaivotas
De barcos, de velas ao vento...
Vem comigo, poeta!
Desperta a tua fantsia
E escreve um poema de estrelas;
De lua...
De céu...
De nuvens...
De chuva...
De sol...
Me dá um poema, poeta!
Mesmo que seja triste
Molhado de lágrimas
Sofrido, de adeus...
Eu quero um poema, poeta!
Quero sentir com ele
A emoção da vida
Porque sem ti, poeta
O mundo seria vazio
diante da emoção.

Marsoalex

Foto de Graciele Gessner

O Poeta Em Ritmos. (Graciele_Gessner)

O poeta é igual um dançarino
Desfila em versos seus passos.
Desliza as mãos nas folhas em branco,
Como se tivesse acariciando a sua amada.

O poeta sente, chora, e emociona...
O poeta lê a alma, e transfere a emoção.
O poeta seduz com sua particular inspiração.
As palavras, os versos, a caneta e o papel,
Seus fiéis companheiros na madrugada.

O poeta se envolve e se desenvolve.
Evolui conforme os versos e reversos.
No compasso da dança vai se aproximando,
No ritmo dos seus sentimentos, encanta!
Sem qualquer intenção, conquista...

O poeta sabe dar uma atenção especial.
Aquela folha de papel é a sua...
É a mulher em que se deita,
Adormece com os seus anseios.

No amanhecer do dia,
Tudo se transforma em vida.
A folha está totalmente possuída.

20.10.2009

Escrito por Graciele Gessner.

*Se copiar, favor mencionar a devida autoria. Obrigada! *

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Nota: 20 de outubro - Dia do Poeta.

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Foto de Jonas Melo

POESIA NOTURNA

Poesia Noturna

Os primeiros meados da Madrugada negra

Gritam para se libertar,

Então como cavaleiro das sombras tenho que está aporte

Para quando a luz raiar na madrugada não venha me ferir...

Pois ferido não conseguirei que os anjos negros

Os quais fingem dormir,

Entregue-me na esquina do abismo...

Todo segredo da escuridão...

Afinal temos que conhecer os enigmas noturnos

Para podermos continuar sendo os guardiões

Das noites nebulosas

E assim, quem sabe esperar um novo momento soturno

O qual nos permitirá darmos vida

À noite que jaz com o nascer da madrugada

Jonas Melo !

Foto de Rafael Vieira de Carvalho

Chega

Chega
Chega de termos de ser os melhores;
Chega de ter de dizer “sim” e “obrigado” à tudo;
Chega de termos de sorrir quando na verdade queremos chorar;
Chega de ser bom, grato e generoso em tempo integral;

Basta de Hipocrisia para agradar alguns e desagradar a outros;
Basta de sentimentos sufocados e aprisionados por um todo que domina e suprime;
Basta de lágrimas de sangue derramadas sem olhares, sem efeitos, sem sentidos;
Basta de uma sociedade materialista e cega pela ganância;
Basta de uma realidade falsa, mascarada e insensata ;

Quero novamente sentir o sabor da vida;
Quero novamente poder ver o sol da manhã e contemplar a beleza da vida;
Quero novamente sentir o orvalho fresco tocar a pele como a sêda;
Quero sentir o frescor da igualdade e o carinho da abastança;
Quero ser eu novamente, ter meus sentimentos que outrora fora roubado como o vento na madrugada frio e devaneio;
Quero me libertar da hipocrisia, das mascaras e das amarras que nos transformam em seres inúteis e sem sentido;
Quero sentir o calor do qual um dia pude sentir no colo de mãe, com suas mãos a afagar meus cabelos;
Quero sair desse fundo, quero emergir, nascer novamente em um mundo diferente.

Saída sem volta;
Coração sem batida;
Olhos sem visão;
Destino sem sentido;
Boca sem palavras;
Socorro!! Quero ser “EU” novamente
RVC – 02/07/2009

Foto de Sonia Delsin

O PRÓPRIO ÉDEN

Escorre pelo vão dos dedos...
Escorre.
Não há quem há socorra.
Não há quem morra.
Por ela.
Não há quem a queira tanto.
Que enxugue seu pranto.
Não há.
Tudo é um sonho.
A montanha dourada.
A lua...
A madrugada.
Ela segue assim...
Compreendeu o acaso.
O prazo.
O ocaso.
E neste viajar encontrou a menina do passado.
Aquela que tem tudo guardado.
E nem assim envelhece.
Nem assim padece.
Porque para a garotinha os campos de trigo estão intactos.
Os prados florescem...
As luas aparecem.
Duas, três, quantas mais...
É um lugar de sonho...
É o próprio Éden.

Foto de Izaura N. Soares

O Sono Perdido

O Sono Perdido
Izaura N. Soares

É madrugada, perdi o sono,
Não ouço nenhum barulho,
Minha poesia está flutuando,
Meu coração bate tão forte,
Parece um gigantesco balão
Pronto para estourar, estourar
De amor e de paixão.

O sono não vem, meus olhos
Estão secos, é latente o meu sono
O frio da madrugada congela meu ser
Deixa meu corpo vertiginoso,
Entorpecido quase sem ar
Esperando por você.

Declamo alguns versos,
Mas minha inspiração perdeu-se
No momento que minha poesia flutuou.
Os pensamentos libidinosos
Dilacera minha dor.

É quase dia, não consigo dormir,
Estou sem forças para sorrir
Tento compor uma melodia
Com os versos que sobrou,
Mas meu corpo já cansado, entristecido
Perdeu a vontade de reviver
Aquele lindo sorriso de amor.

O dia amanheceu o sono não veio
Não pude sonhar o sonho dos deuses
Queria te ter nos braços meus
Para alegrar meu corpo
Que vive cheio de desejo
Que lateja, ao sentir teus beijos.

A noite se foi à madrugada passou...
Eu continuo a pensar em você.
O dia raiou tão forte
Que o sol esquentou...
Um dia eu vou te reencontrar
Para amar-te no amanhecer
E o meu amor a ti entregar!

Foto de Graciele Gessner

Esqueça Tudo. (Graciele_Gessner)

Esqueça a madrugada...
Têm coisas que não valem à pena,
Muito menos ficar discutindo algo perdido.
É preciso ter consciência da realidade
Você não faz mais parte da minha vida.
Esta é a nossa verdade, a nossa realidade,
E sem chance de ser mudada.
Você já teve a sua oportunidade!

11.10.2009

Escrito por Graciele Gessner.

* Se copiar, favor mencionar a devida autoria. Obrigada!

Foto de Carmen Lúcia

Transmutação...

Recolho meus versos...
Os que despejei aos teus pés...
e me devolveste o reverso...
um versejar sem alma, desconexo.

Transmuto-me ao meu inverso...
Deixo de ser eu;
sou aquela que me perdeu...
Que desfez seu pacto com a lua
e o encanto esmoreceu...

E agora, sem poesia, anda nua...
Sem ter porque se inspirar,
a quem amar, onde ancorar...
Anda a esmo...
nem por si mesmo
é capaz de se edificar.

Apago as estrelas...
Seu brilho já não me diz nada...
No céu, a luz apagada
transpassa toda madrugada,
varando uma manhã nublada...
Me encolho feito caracol...
sem ver o sol...
só há sombra...
e eu...
só.

Carmen Lúcia

1º de outubro/2009

Foto de maria guimaraes

CHUVA PERFUMADA

CHUVA PERFUMADA

Há uma chuva risonha caindo dentro de mim...
Perfumada, macia, encantada...
Minha alma ri, brinca com os pingos da chuva
Que caiem lá fora...
Pérolas... cordões de diamantes...
Beleza sem fim.
O sol está com ciúmes,
Esconde-se, teima em não aparecer,
Tal é a luz que vê dentro de mim...
Leio um poema, poeta só meu...
Riu-me como uma criança,
Tenho mais que o mundo...
Tenho-te...
Com quem sempre sonhei,
E ao acordar estavas lá...
Real como eu te imaginei...

SONHA COMIGO

Sonha comigo, ainda que o sonho
Seja uma mentira, sonha comigo...
Sonha que há purpurinas na noite
Em que me amarás...
Sonha comigo, no lado de lá da vida,
Imaterial, como uma nuvem, um elemento...
Sonha comigo, enquanto vês
Um quadro de Van Gogh
Ou uma escultura de Rodin,
Sonha comigo, com risos abertos na madrugada
Do sonho, com cânticos
Que nunca ouviste mas saberás inventar...
Sonha comigo, quando o sol
Tomba no poente, e te doira o olhar
Perdido no tempo...
Sonha comigo, quando já não
Há mais nada em ti com que sonhar...
Sonha comigo...

PENSANDO EM TI
Lentamente abro as cortinas da janela,
Que dá lá para fora. O sol bate no muro branco,
As sombras das arvores dançam na sua brancura...
O céu está imensamente azul,
Um par de rolas namoram além...
E eu fico aqui olhando o nada,
Pensando em ti...
Penso em palavras que dissemos,
E outras escondidas nas metades das que não dissemos...
Penso em risos, e olhos a brilhar...
Em ficarmos parados, calados,
Como que a definir sentimentos,
A criar uma corrente que atravessa
Os nossos pensamentos...
Depois, falamos e lembramos tempos, coisas...
Fico aqui a ver o sol, e as folhas das arvores
Desenharem sombras, no muro branco...
E perco-me na memória do tempo, e em ti....

LENDA

Há um vento sibilante entre as fragas.
As ondas trazem consigo as algas
Verdes que se espalham pela praia.
Olhando o mar, sento-me aqui e espero.
Espero como Penelope esperou Ulisses,
Tecendo o manto de palavras não proferidas, adiadas...
O sol caminha para o ocaso,
Nostalgicamente belo, esplendoroso...
O dia caminha para a noite, e eu, como Penelope,
Desfaço o manto de palavras que urdi
Neste dia que chega ao fim.
Amanha, recomeçarei, e noutro dia,
E noutro , infinitamente,
Com os olhos presos no horizonte da vida,
Esperando acabar de tecer este manto
De palavras, para um dia te oferecer...

GUARDA EM TI...
Guarda em ti tudo o que trazias quando nasceste,
E os Deuses, e as fadas te fadaram, e predisseram...
Guarda em ti, a fala da cigana que te sinou...
Guarda em ti o coração antigo da sabedoria,
Da vontade, e da razão.
Guarda em ti também o coração novo,
Do homem nascido em ti,
Que ri, que brinca, que sonha...
Guarda em ti, todos os rituais antigos,
Que os Deuses te ensinaram...
Guarda em ti, as lagrimas como pérolas,
Que só o coração puro pode doar...
Guarda em ti, a força da vontade, e do querer.
Guarda em ti, como dádiva
Divina, o riso, o amor, e o sonhar...

Foto de pctrindade

LÁGRIMAS

LÁGRIMAS

Nesta tarde olhando os pingos da chuva estampados em minha vidraça, bateu uma saudade incomensurável de você.

As gotinhas pareciam fragmentos de um passado distante, porém sempre presente nos detalhes de meu cotidiano.

A gotinha da esquerda me fez lembrar um dia em nossa juventude, no qual parecíamos dois desvairados valsando nas areias da praia sob uma garoa fina em plena madrugada, e a água ajudando colar nossos corpos.

A gotinha mais acima trouxe de volta um momento também romântico, naquele restaurante quase vazio, onde comíamos entre risos quase contidos, tendo como fundo musical “As Time Góes Bye”, ao piano de um senhor alemão.

A gotinha da direita trazia com ela a sessão do Cinema Jangada, cujo filme não me lembro, mas lembro perfeitamente daquele “amasso” gostoso que provocava sussurros talvez de inveja ao casal sentado atrás.

A gotinha abaixo, escorrendo, na verdade não é uma gotinha; é sim o reflexo da lágrima que rola em meu rosto.

É a lágrima de um tempo feliz.

É a lágrima de uma tristeza por não saber aonde você se abriga da chuva nesse momento e se também tem uma vidraça do passado.

É a lágrima da saudade que escorre, seca e torna a escorrer de novo sempre que chove.

É a lágrima dedicada a você.

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