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Eu sei quando te quero
Não um querer sofrido que me cobra planos
Mas quando despe a minh’alma dos meus medos...
Eu sei quando te quero
Não num corpo de massa e forma
Mas quando se apodera de todos os meus sentidos...
Eu sei quando te quero
Não num ato sem barreiras pronto para levitar
Mas quando penetra na minha loucura e me leva para qualquer lugar...
Eu sei quando te quero
Não num gesto corriqueiro, rotineiro, sem pensar
Mas como me conduz para que eu me queira sempre mais...
Eu sei por que te quero
Não da maneira simplificada onde só se despejam palavras
Mas da forma sutil com que me faz apaixonar.
Eu sei para que te quero
Não para ver a minha alma em alerta, de prontidão
Mas sim livre de qualquer sombra ou escuridão...
Eu sei de que forma te quero
Não em saudade, com piedade ou solidão
Mas sem a inércia que me amedronta em vão.
Eu sei como que te quero
Não com tua boca deslizando sobre a minha em sofreguidão
Mas pelo beijo que marca meu corpo na tua criação.
Eu sei quanto te quero
Não no tamanho do abraço que eu possa inventar
Mas na volúpia com que meus braços insistem em te enlaçar.
Eu sei da capacidade que tenho em te querer
Não com a ansiedade que mora em mim sem permissão
Mas na intensidade que vem comigo em ebulição.
Eu sei quanto te amo
Não pelo tempo que teu corpo pousa sobre o meu em explosão
Mas pela força do amor que vive em mim...
E para isso não existe explicação...
Enise