Saudações caros amigos, este é o meu primeiro poema publicado aqui no "poemas-de-amor.net". Escrevi para o meu futuro noivo, que amo tanto, espero que gostem.
Você mudou minha história
Em o teu beijo a ponta da língua
Descendo em três saltos, pelo céu tropeçar de leve,
No terceiro, contra os dentes;
Todos o chamam do jeito que querem
Mas em meus braços sempre foi meu amor
Belo dia em que te conheci
Aquele dia perfeito
O céu estava banhado de um azul fulgurante
Se não fostes aquele dia
Talvez jamais tivesse existido
Em certo verão, não houvesse amado um moço tão primordial
Senhoras e senhores membros do júri,
Você meu bem, tem número de acusações
Os serafins te invejam por sua pureza
Os desinformados e simplórios serafins de nobres asas
Vejam este emaranhado de espinhos;
Tirastes de mim com sua ternura lembranças das trevas do passado
Nos vales grotões da memória
Antes meus dias eram recheados de medos
Restos de dia, com seus olores e mosquitos suspensos sobre uma sebe em flor
Ou subitamente penetrados pelo caminhante que passa ao pé da colina no lusco-fusco
De um tarde-noite de verão, um calor de veludos, insetos dourados
Deixados pela intensa dor
Mas joguei essas lembranças para fora
Como se enchesse minhas mãos de areia fina
E a deixasse escoar pelos dedos entreabertos
E você surgiu para aquecer meu coração
E o sol voltou a brilhar
Seu olhar sereno ofuscou os meus
Pude ver seu coração com os olhos da paixão
Sobre nós abateu louco amor, agora vivo num luminoso mundo
Não deixastes perder minha ultima partícula da alma
E juntou a mim os teus tesouros que há dentro de nós
Nossos corações estão afinados
Sou tua, sua eterna paixão
Sou a face nos seus olhos de cristal;
A intensa saudade que nos inflama o peito
Nos leva ao reencontro em um belo jardim
A única privacidade que nos permitiam
Era estar longe dos ouvidos, mas não dos olhos...
Ali naquele barro macio, e flores que nos rodeavam
Estávamos estendidos durante toda manhã;
Num petrificado paroxismo de desejo
Aproveitando cada abençoada dobra do tempo e do espaço para nos tocarmos
Sua mão semi-oculta no barro movia-se lentamente em minha direção,
Seus dedos chegando como sonâmbulos cada vez mais perto;
Depois era seu opalescente joelho que iniciava uma longa e cautelosa viagem,
E nossos lábios salgados se roçavam mais uma vez
Tamanha exacerbação que nem mesmo a água fria e azul
Era capaz de aliviar...
Oh meu querido, para sempre vou te amar!
Escrito por: Andreia Martins (DIREITOS AUTORAIS TOTALMENTE RESERVADOS)