Lisboa

Foto de Vera Silva

Convite

Caros poetas, mais um poeta que vai ter o prazer de lançar um livro de poesia, desta vez Tiago Nené!
O seu livro chama-se Versos Nus.
Dia do Lançamento: em Lisboa: 29 de Setembro, 19.30, no Onda jazz.
No Algarve, Fnac Algarve Shopping, Outubro (dia ainda a designar).
Ao Tiago votos de sucesso!

Um abraço a todos

Vera

Foto de PedroLopes

Sinto cada palavra

Ser poeta é uma cruz, que nos seduz
que carregamos com ternura
é sentir o verdadeiro sentido das palavras
que tudo nos retira em prol de uma rima…

é saborear cada sílaba, cada palavra amarga
é declamar, o que mais nos faz Amar
é sonhar por entre pastos verdes
é subir paredes intransponíveis para o homem.

eu sinto, sinto cada palavra que escrevo
sinto-as tanto, que até sinto os sentimentos
sinto-te a ti, sinto-me a mim, pois sinto

sinto-nos a nós, porque é impossível desassociar
o eu, do tu, agora somos um só, não minto
essa é a verdade, não consigo deixar de te Amar…

Pedro Lopes - Plenitude do Sentir - Editorial Minerva - Lisboa - 2007

Foto de HELDER-DUARTE

Portugal I

Oh Portugal! Portugal!...
Eu canto-te um cântico,
Tu pátria, terra sem igual.
Terra, irmã do Atlântico.

És linda, nessa história do mar,
Ao qual, deste teu amar.
Os peixes te beijam.
As águas te acariciam.

Ventos te dão alvura,
Para caminhares, tão pura,
Nessa tua temporal história.
Até que alcances a eterna glória.

De poetas és mãe!
Eles te exaltaram,
Nos cânticos, que a teus filhos deixaram.
Sim tu oh terra de Camões...

E por outros, és cantada também:
D. Dinís, o trovador,
Te deu, louvor...
Nos cânticos, de amor, amigo, mal e bem...

Esse Lopes Fernão,
Nos conta, como venceste
Com Avis João...
Esse, que foi de Lisboa, mestre.

Com Barcas Autos, te aperfeiçoou,
Esse Gil, que ao teatro, fundou.
Bernardim, de teu sofrimento, falou.
Como o dessa «Menina e Moça» que pelo rouxinol, chorou.

Também, outros te louvaram
E o bem te ensinaram:
Damião de Góis, te escreveu.
Garcia Resende, força te deu...

Vieira Padre, nesse poder continuou...
E a teus peixes, salvou.
Tantos te amaram,
Teus feitos contaram...

Tu oh Nova Lusitania!
E filha de Espanha.
Sim tu mãe de amor!
De grande resplendor!...

Helder Duarte

CONTINUA

Foto de Jorgejb

Lisboa 2

Lisboa acordou meia despida
aconchegando-se na fria madrugada
envolta numa luz, ténue, sombria
em silêncios, cúmplices, inesperados.

Caminham homens pelos becos
soltando em cada passo seus destinos
há já tabernas franqueadas
mas seguem adiante peregrinos

Busca-se o pão por conquistar
mãos nos bolsos, prontas e firmes
eloquentes formas de viver
de quem trocou o mundo por um fado
fazendo da vida um saber.

Foto de Jorgejb

Lisboa

porque vale a pena amar esta cidade, a todos os meus irmãos poetas brasileiros, lhes entrego com muito amor este poema.
Um beijo luso

Lisboa

Neste chão de mar e de partidas
Onde abri meus olhos p’ra te ver,
Nesta terra de mulheres e de cantigas
Onde o Sol se deita com prazer

È que respiro e me dou continuamente
À vida e às muralhas onde avistas
Vidas, vielas e toda a gente
Talhada no coração de artistas

E nos teus bairros vestidos de memórias
Onde um mouro já contou suas histórias
É que respiro o cheiro que de ti guardo

Em ti onde amando e me perdendo
Traço em folhas de Outono o teu fado
Onde te chamo Lisboa, sempre nascendo

Foto de Dom Quixote - crítico amador

Literaturas Lusófonas

Bem mais que dança, bailado;
que som, melodia;
que voz, sobrecanto;
que canto, acalanto;
que coro, aleluias;
que cânticos, paz.

Bem mais que rubor, saliência;
que encantos, nudez;
que imoral, amoral;
que bosques, fragrâncias;
que outono, jasmins;
que ventos, orvalho;
que castelo, arredores;
que metáforas, rios;
E um pouco além: tsunamis.

Bem mais que naus, sentimento;
que excelsa, nascendo;
que olho, contemplo;
que invade, arrebata;
que vitrais, catedral;
que versos, vertigens;
que espanto, tremor;
que êxtase, pranto;
que apatia, catarse.

Bem mais que contas, rosário;
que prece, amplidão;
que o menino, sua mãe;
que Império, regresso;
que palmas, martírio;
que anúncio, Jesus;
que Ceia, Natal.

Bem mais que alegria, ternura;
que espera, esperança;
que enlevo, paixão;
que adeus, solidão;
que dor, amargura;
que mágoas, perdão;
que ausência, oração;
que abandono, renúncia;
que angústia, saudade.

Bem mais que anciã, joyceana;
que lógica, onírica;
que o Caos, Amadeus;
que ouro, tesouro;
que ode, elegia;
que amiga, inimiga;
que insensível, cruel;
que signos, símbolos;
que análise, síntese;
que partes, conjunto.
E um pouco além: generosa.

Bem mais que efêmera, sândalo;
que afago, empurrão;
que clássica, cínica;
que exceto, inclusive;
que inserta, incerta;
que adubo, arrozal;
que oferta, procura;
que unânime, única.
E um pouco além: tempestade.

Bem mais que ouvida, vivida;
que austera, singela;
que pompa, humildade;
que solta, segredos;
que fim, reinício;
que um dia, mil anos.

Bem mais que reis, majestade;
que jus, reverência;
que casta, princesa;
que moça, menina;
que jóia, homenagem;
que glórias, grandeza;
que ocaso, esplendor;
que espadas, correntes;
que fatos, História;
que Meca, Lisboa.
E um pouco além: messiânica.

Bem mais que pingos, Dilúvio;
que água, Oceano;
que mares, o Mar;
que porto, Viagem;
que cais, caravelas;
que rochedos, neblina;
que vôo, Infinito;
que Abysmo, gaivotas.

Bem mais que a tribo, navios;
que lanças, tristezas;
que campos, senzalas;
que bodas, queixumes;
que soul, sem palavras;
que o tronco, maldades;
que ais, maldições;
que feitor, descorrentes;
que mandinga, orixás;
que samba, kizomba;
que “meu rei”, Ganga Zumba;
que olhos baixos, quilombos;
que discordo, proponho;
que cedo, concedo;
que escravos, Zumbi.

Bem mais que brisas, Luanda;
que ondas, Guiné;
que amarras, Bissau;
que o azul, São Tomé;
que náutica, Príncipe;
que axé, Moçambique;
que opressão, Cabo-Verde;
que fragor, linda ao longe;
que injusta, perversa;
que abutres, pombinhas;
que trevas, pavor;
que rondas, terrores;
que bombas, crianças;
que tágides, ébano;
que o Sol, rumo ao Sol.

Bem mais que luar, nua e crua;
que longínqua, inerente;
que ornamento, plural;
que ira, atitude;
que abstrata, denúncia;
que conceitos, Nações;
que Camões, mamãe África.

Bem mais que ética, ascética;
que pro forma, erga omnes;
que embargo, recurso;
que emoções, decisão;
que rodeios, sentença;
que Direito, Justiça;
que leis, Lei Maior.

Bem mais que flor, Amazonas;
que improviso, jeitinho;
que frágil, incômoda;
que alvor, cisnes negros;
que escrita, esculpida;
que lírios, o campo;
que veredas, suindara;
que denúncia, ira e dor;
que bonita, pungente;
que amena, os sertões.
E um pouco além: condoreira.

Bem mais que lares, veleiros;
que adeuses, partida;
que feitos, missão;
que honras, repouso;
que canto, epopéia;
que mística, fado;
que areias, miragem;
que sonhos, delírio;
que vozes, visões;
que acaso, destino.
E um pouco além: portugais.

Bem mais que errante, farol;
que ânsia, horizonte;
que distância, presença;
que solo, emoção;
que países, Galáxia;
que estresses, estrelas;
que zênite, impacto;
que intensa, profunda;
que letras, magia;
que formas, sentido;
que textos, teoremas;
que idéias, princípios;
que imensa, perfeita;
que graça, milagre;
que arcanjos, fulgor;
que dádiva, Mãe.

Bem mais que luz, primavera;
que audácia, tumulto;
que estética, rústica;
que em paz, desinquieta;
que estática, cíclica;
que cercas, muralha;
que assédio, conquista;
que plantas, concreto;
que escombros, palácio;
que átomos, Deus...

Foto de Zedio Alvarez

Amigo Portugal

Das caravelas dos meus poemas,
Fiz brotar uma expedição,
Para conhecer as origens da poesia.

Os lusíadas serão revistos...
Claro, Camões permitirá,
A nossa curiosidade Medieval.

Buscarei vestígios dos meus ancestrais,
Na inquebrável porcelana lusa famosa,
Nas fronteiras inexistentes com o Brasil,
Sempre coberta com um manto azul anil.

Um dia visitarei Portugal de Dona Lisboa.
Brasil e Portugal, dois países,
Dois povos, uma Pátria Mãe!
São elas Mãe e filha, duas nações
Dois amores um só coração.

Banharei-me no Tejo num dia de sol
Contemplarei o mágico arrebol
No Porto, beberei do vinho
Lindas raparigas, convidarei,
Para um fado dançar
Com uma orquestra de alaúdes

Irei versejar...
De Cabral a Camões
De Trabis a de Mentia
De Miguel a Abreu
De Jorge até a Xica,
Trás os montes, horizontes do além mar.

Eu, Luso-Brasileiro, num todo, sou um Sertanejo.
Quero passear junto com os meus desejos
Oh! Minhas lusitanas caravelas
Por favor! voltem, para me trazer sonhos...

(Para os meus amigos portugueses, em especial ao Trabis, que me ajudou a arrumar meus humildes versos)

Foto de Carolina Soares

Lisboa

Lisboa é uma cidade linda
A cidade que abençoou o nosso amor
Foi em Lisboa no dia 23 de Dezembro
Que nós meu amor, selamos a nossa paixão.

Lisboa é tão triste sem ti
Lisboa cidade das 6 colinas
Das 6? perguntam vocês
Mas não eram 7?

E eu respondo sim das 6
Porque a sétima colina
Foi-se embora, deixou Lisboa
Para nunca mais voltar

Por isso agora passará a ser
Lisboa das 6 colinas
Porque a sua sétima colina
Nunca regressará para ela.

Virá de vez em quando visitá-la
Mas nunca mais ocupará o seu
Lugar aqui em Lisboa onde ela
Pertence, onde eu a conheci

Lisboa tem sítios lindos,
Lisboa é linda, como tu
Não como tu, tu és mais lindo
Mas é linda e moça

Lisboa, Lisboa
Que cidade tão bonita tu és
Tens belos jardins, e belas colinas
Tens centros comerciais, e meninas

Mas falta-te a peça mais importante
A tua sétima colina, que se foi e te deixou
Lisboa, cheira bem, cheira a rosas
E tu amor és a pessoa mais cheirosa de todas.

12 de Junho de 2005

Foto de Luna_Platha

Vamos para Lisboa?

Vamos para Lisboa?
Quem sabe lá a vida se encaixa,
tudo fica numa boa,
e derepente a gente se acha.
Vamos ser feliz?
Quem sabe já é o tempo,
de dizer tudo o que se quis,
de vivermos esse momento.
Vamos sorrir outra vez?
Só um sorriso imenso, doce e estampado,
desses que se sorri, uma, duas, três...,
sem que nada esteja premeditado.
Vamos cantar pra lua?
Quem sabe acender uma fogueira,
só hoje poderás me permitir ser sua,
mesmo que seja à sua maneira.
Vamos fugir do mundo?
Chega de compromissos, universidade,
quero ver seu eu profundo,
quero me perder nessa realidade.
Vamos ser nós mesmos?
Quem sabe até deixar que as mascaras caiam,
e o que não foi bom esquecermos,
permitir que os medos saiam.
Você me ama?
Se for de verdade, vem pra Lisboa comigo,
aquece a minha cama,
pois não te quero só meu amigo.

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