Noites entardecidas e sumidas,
Encrepusculadas, em dose forte
Pensamentos se cruzando, sem sorte,
No amor, devido, às minhas falecidas
Lembranças suicidas da minha falecida!
Ela era tudo que eu possuia e perder temia
Era meu, mais que mais, por demais
Ela merece que eu brame por ela, nos meus recitais.
Lembranças pesarosas, teimosas e bondosas... e ais
Que me causam, só de recordar... saudades e dor
São lembretes e babetes homicidas que me mimam,
No sabor da dor do amor que ficou no passado,
Todos os dias para mim são sábado... descanso...
Sem apetite, sem alimentar-me: porque tenho ela
Em mim, não aceito o presente e nem futuro aturo!
Porque eu morri com ela, ela me levou consigo.
Estou com ela enterrada, minha amada... Claudina!