Lembranças

Foto de Fernanda Queiroz

Para Sempre

Para sempre

“Morrer acontece com o que é breve e passa sem deixar vestígios.”
Carlos Drummond Andrade

Sim, somente com o que não veio para habitar, que como uma lança foi jogada ao ar, percorrendo com tenacidade tua trajetória de morte em um fim cravado e sepultado por total inoperância humana.

Como pode alguém passar sem deixar vestígios?
Vestígios... lembranças... parceiras de meu caminhar.
Hábitos, costumes, impregnados em minha mente de tua passagem, que por mais breve se tornou a maior, que por mais distante se faz mais presente, que por onde passar, estará a me acompanhar, na letargia...no desespero,,, nos sonhos e nas alegrias.

Vestígios natos... consagrados nos fatos ....
Protocolados na mente onde tua face está presente, que seja para me levar a gritar por teu nome, ou para me calar diante de teu silêncio, não importa onde você está,,, sempre estará na mente, onde fizeste tantas sementes germinar.

Vestígios de um coração amigo que pareceu ter nascido somente para amar...
Faz pulsar dentro do peito, este eloqüente palpitar e marcar a patente de dono secular... é como estiar a bandeira e teu terreno demarcar, porque por mais que o tempo se finde, não há velório fúnebre, não há estaca no peito, mas há nada para não lembrar, pois o teu breve passar deixou vestígios que nem a morte pode apagar.

Fernanda Queiroz
(Direitos Autorais Reservados)

Não concorrendo ao 5º Concurso

Foto de Florzinha Patty

Para você!

Para você desejo o SOL
para aquecer seu corpo,
para lhe transmitir mais energia,
para fazer o seu dia ainda mais bonito.
Para você desejo a CHUVA
que você possa sentir cada gota lhe tocando e regando as suas esperanças.
Para você desejo a LUA
para iluminar a sua noite, trazer lembranças boas,
e beijar docemente os seus olhos.
Para você desejo o MAR
para banhar sua pele, fornecendo-lhe a calma necessária,
para que você possa ouvir seus ruídos e descansar sua mente.
Para você desejo a TERRA
que os seus pés possam pisar e sentir o prazer que ela pode lhe oferecer.
Para você desejo as ESTRELAS
para brilhar em sua vida e lhe mostrar toda beleza da noite
colocando-lhe em êxtase total.
Para você desejo todas as OBRAS DE DEUS
para que jamais tenha motivos de tristeza e que sua alma esteja sempre em paz.
Desejo a você tudo o que tem de bom nesta VIDA,
e que ao sentir-se triste, possa lembrar de tudo isso,
e então, poder sorrir de FELICIDADE...

Vilma Galvão

Foto de ek

Descrevendo

era noite, fazia frio, não havia muitas estrelas
a lua – minguante – disputava espaço com as poucas nuvens.
era um quarto comum – talvez minguante também –
exceto pela trêmula chama que o iluminava,
havia uma cama, uma pequena mesa, uma escrivaninha
e uma cadeira, sobre a qual, imóvel,
estava sentado,
sobre a mesa, a vela que alimentava a triste chama,
uma folha – em branco – sobre a qual tamborilava um lápis,
alguns livros – há algum tempo – empilhados
e um velho relógio, que marcava os passos – mas quais passos –
nas paredes, de um tom amarelado do fogo,
lascivas, como que a dançar
as sombras lentamente se moviam.
era tudo tão quieto e calmo,
que quase se podia ouvir os pensamentos de nosso figurante,
parado a olhar fixamente um canto da mesa – vazio e empoeirado –
como que a observar algo, que – talvez – ali já não estivesse mais,
ou – por que não – que nunca ali esteve, no entanto como queria que estivesse,
talvez um retrato, ou, talvez fosse apenas uma lembrança
d’um sorriso, d’um grito, d’um olhar, d’uma lagrima
(agora parece-me que as lembranças são piores que os retratos).
havia, o esboço de um sorriso em seus lábios,
e a sinopse de uma lágrima em seus olhos.
e o relógio impiedoso, como uma guilhotina
a fatiar o tempo – e embora não notasse, e aparentava não se importar
despedaçava as partes mais importantes, ele decapitava o “agora” –
continuava a marcar o ritmo para as sombras,
que dançavam agora furiosamente,
enquanto uma leve brisa instigava a chama,
que sem perceber consumia aquela que lhe dava a vida – a vela.
e, enquanto tudo ao redor daquele velho – falo do espírito –
ia se acabando, se consumindo
ele continuava ali parado, mergulhado em si mesmo,
lembrando – quem sabe – de um sorriso, que já não ri mais,
de lindos olhos, que hoje choram – ou não –,
de coisas que eram, e já não são mais.
e ele não percebe, que o relógio continua a tocar a marcha fúnebre,
e que as sombras dançam em feral andamento
e que a todo instante enterra-se o tempo,
lacônico nascimento e morte de segundos,
e ele não vê, que tudo o que sobra
é este cemitério de momentos, de vidas e de mundos.

Foto de Sirlei Passolongo

Saudade

Quero te falar da minha saudade
dos sonhos que engaveitei
dos sorrisos que estavam abafados
e as lágrimas que chorei
por desejar o passado.
Hoje, a saudade acorda
mas a tristeza não torna
a vejo de outra maneira
já não existem feridas
apenas lembranças bonitas
das pessoas que passaram
por minha vida.

Foto de Edson Milton Ribeiro Paes

"BRISA"

BRISA

Folhas aos ventos...
Ventos que traz...
Lembranças dos tempos...
Tristezas jamais!!!

Vento que sopra...
Sussurra harmonia...
Vida que passa...
Na mente vazia!!!

Memória esquecida...
Na noite que vai...
Revolta vivida...
Sofrimento nunca mais!!!

Foto de Sirlei Passolongo

Lembranças

A vagar pelas lembranças
Rondando cada pedaço
que ficou
Surto em meio às recordações
rodeada da dor do que restou
Sentindo o seu cheiro
por onde passo
Vendo seu rosto
em cada rosto
Em cada abraço
o seu abraço
Lembranças,
amor que virou desgosto!

Ouvindo
sua voz em cada canto
Banho o meu rosto
com a saudade ingrata
Lavo meu coração
com esse triste pranto
Lembranças
que aos pouco me mata
Tinjo meu corpo
com esse desejo insano
É por você que eu chamo!

A vagar pelas lembranças
Reencontro
seu beijo ardente
Recordo
seu cheiro embriagante
Choro esse passado
tão presente
Choro essa saudade
incessante
Clamo por você
a todo instante!
Lembranças,
tristes lembranças.
Recordações...
desse amor distante.

(Sirlei L. Passolongo)

Foto de Jhessyca Lima

Distancia-te

Vai sem olhar para trás, pois verás apenas uma porta fechada. Não derramarei uma lágrima sequer...
Vai. Distancia-te de mim e do meu destino.

Distancia-te do teu remorso pelo meu sofrimento. Esquece tua culpa.
Esquece que um dia eu te amei e que tu apenas me fizeste chorar...

Sinta, agora, a dor do desprezo que me deste. E eu? Ficarei em paz!

Vai, e não me tenha piedade. Eu não a necessito. Já aprendi a viver na tua ausência e não sentirei tua falta. Tu me ensinaste.

Distancia-te do coração de pedra que construíste em meu peito. Distancia-te e faz de mim teu passado sombrio. Faz das minhas lembranças as páginas da tua vida que acabaste de abolir...

E eu?
Estarei em paz...

Foto de Civana

Lembranças

Arrumando o baú encontrei um poema, foi o primeiro projeto de um livro criado na faculdade. No primeiro dia de aula a professora nos cumprimentou e disse que no final do período todos nós teríamos que entregar um livro. Nem preciso dizer o pânico geral que se instalou dentro da turma, mas, depois do susto, ela sorriu e disse que seria sob orientação dela. E assim foi, a cada aula ela nos guiava dizendo:

- hoje vocês vão criar o espaço onde vai ocorrer a história
- hoje vocês falarão do(s) personagem(ns) principal(ais)
- hoje aparecerá(ão) o(s) vilão(ões)
- hoje acontecerá o primeiro conflito
- etc...

Foi durante todo o período, e no final conseguimos gloriosos! Foram 25 (vinte e cinco) histórias completamente diferentes, criadas sob a mesma estrutura. Amo essa professora (Zanelli), muito me incentivou a continuar escrevendo, e principalmente dar continuidade, aumentando e criando mais capítulos à minha história. Mas está parada até hoje, embora muitas vezes tenha pensado em continuar.

Pode ser que nem seja tão admirável, nem ter tanto valor para os outros, mas o texto abaixo me traz lembranças maravilhosas:

* trecho de um capítulo da aula de português - Profª Zanelli/1981 - CUP (Centro Unificado Profissional), depois Faculdade da Cidade, e atualmente UniverCidade:

"...Lentamente abre seus olhos, suas mãos ainda estão com algumas pétalas de rosa que exalam um perfume delicioso por todo o quarto. Permanece deitada admirando o toque lindo que deu a sua cama aquelas pétalas caídas sobre o travesseiro e escorregando para o lençol com a brisa vinda da janela.

_Como a natureza é linda! Tudo fica maravilhoso com a presença dela. Até o meu quarto ficou lindo por causa de uma simples rosa. Não! Não é tão simples assim. Se fosse não transformaria o meu quarto. Ou então é, talvez até mesmo por ser tão simples que foi capaz de mudar algo. É incrível como tornamos tudo tão complicado e esquecemos que é justamente nas coisas mais simples que podemos encontrar algo tão lindo, tão puro, capaz até mesmo de dar sentido a uma vida.

Agora, seus olhos estão fixos no teto branco que começa a escurecer com o entardecer. Seus olhos estão tristes, perdidos no tempo.

_Um dia, eu também fui linda como você...agora estamos igualmente despetaladas, despedaçadas..."

(Civana)

Foto de Jhessyca Lima

Olhar da Madrugada

Minh'alma triste chora sem ter consolo,
escondida no silêncio da madrugada,
onde apenas a lua calada
por sua amante solitária vela...

Meus olhos estão rasos d'àgua
e em meu peito bate um coração descompassado
submisso às lembranças de um tristonho passado
e que por seu eterno amor, em vão, ainda espera...

Os meus sonhos perderam-se na penumbra dos caminhos
e sem perspectivas prosigo nesta jornada
numa busca incansável por teus carinhos.

Sozinha, vou andando pela longa estrada...
Chorando a perda do teu amor mesquinho
Guiada pelo sombrio olhar da madrugada...

Foto de fer.car

MAIS UM ANO SE PASSOU

Mais um ano se passou
Memórias em meu viver, lembranças alegres e tristes
Pesssoas que se foram, outras que chegaram
Lágrimas que escorreram de minha face
Sorrisos que brotaram com novas vidas
E as mãos que acalentaram a dor
Um ano se passou
Beijos que mataram a saudade
Abraços que preencheram o vazio de noites
Passos que encontraram outros passos
Um viver de luta, e para tanto, continuamos firmes
Mais um ano que se passou
Partidas de amores que não deram certo
Novo amor que calou a maldade e saciou o alma
E meu coração aqui está, ainda a amar
Juntos, unidos, todos ao redor da ceia
Fogos que celebram a luz, a vida
A escuridão que se vá longe de meus olhos
Aqui, deste canto de sala, avisto Deus
ELE me guia, me fortalece e já não temo
Tenho a fé, a saúde, o amor cristão em meu peito
Agora lembro que só se vive vivendo
E minha saudade é talvez não ter vivido ainda tudo
Mas ei de viver sempre, porque mais um ano se passou
E outro ainda está para chegar
E não estou só, pois tenho você, ou melhor
Vocês, amigos, companheiros, família
Esta estrada ainda continua
Até que meus pés fraquejem de andar
Meus olhos de avistar
Meu coração de bater
Mas ainda assim a fé me move
Porque Deus me traz mais um ano
E apesar do sofrimento, vejo apenas a esperança
Ano Novo que é sinal de recomeço, de paz
Porque não estou só
Estou com Deus, com todos vocês
Um ano que se finda, um ano que está a iniciar

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