Lábios

Foto de Fernanda Queiroz

Vim dizer que te amo

Na penumbra de teu quarto
Teu corpo estendido na cama
Desarmado e indefeso
Jaz entre os lençóis amarrotados
De semblante inalterado
Teu rosto amado
Um pouco nublado
Da sombra azulada
Da barba por fazer
De olhos fechado
De riso calado
Teu perfume no ar
Um eterno inebriar
Teus cabelos se espalham
Em contraste ao branco suporte
Que ampara pensamentos
Adormecidos
Ou sonhos vividos
Entregue
Suave
Estás tão perto
Posso estender minhas mãos
E acariciar tua mente
Mais que de repente
Contornar a tua face
Tornear os lábios teus
Afagar os teus cabelos
Percorrer com os dedos meus
Fazer viver a esperança
Que perpetua na lembrança
De teu rosto e o meu
Sussurrar em teu ouvido
Sem dor ou sem gemido
Frases que ocultei
Dizer que me libertei
Das algemas do passado
Que quero viver a teu lado
Que para sempre serei
Mais verdade que sonho
Mais refugio que fuga
Mais abrigo que adeus
Dizer que te amo mil vezes
Olhar nos olhos teus
Mas você está dormindo
Ou é mais um sonho meu?

Fernanda Queiroz
Direitos Autorais Reservados

Foto de Siby

Alegria na alma

Tem gente com alegria na alma,
Brinca com um jeito travesso,
Faz da alegria um direito
E da tristeza um avesso.

Tem um olhar onde brilha a esperança,
E nos lábios um lindo sorriso,
No compasso da vida, entra na dança.

Bem sabe lá no fundo,
Que na vida há tristeza,
Mas seu espírito tem a beleza,
De levar alegria ao mundo.

(Siby)

Foto de Arnault L. D.

O Banquete ( ao mestre Augusto dos Anjos 1988 )

Transcende a dor a fria lápide
em que se escondeu, óh amada minha
em que se acabou tão doce boca
beijando aos vermes
de voraz fome mesquinha

Transcende a dor o beijo deixado
nos lábios já mornos de fermentação,
e o sangue parado, estagnado,
dá um tom arroxeado
em tua decomposição

Vai-se de presto suave aroma
trocado por fétida podridão
que molha a mortalha,
implode o ventre,
corroi e lambuza as bordas do caixão

Visceram-se as banhas;
expostas as tripas em sutura.
Como bananas maduras
“eles” devoram as entranhas.
E suas pupilas castanhas
são chupadas em vil banquete
Já me és total estranha.
E os vermes com tal cobiça
descarnam-te qual piranhas
sorvendo toda a carniça,
és deles farto banquete.
Não vejo-te amada minha,
já me és total estranha.

Foto de Carmen Lúcia

Despedida

Hora da despedida.
Mais uma. Quantas mais?
Quantas ainda me reserva o destino?
Quantas lágrimas ainda por derramar?
Assim é feita a vida...
Lágrimas, sorrisos, sorrisos e lágrimas.
Alegrias parcas, instantes concisos.
Dores, mais do que se é preciso.
Melhor seria não haver
ou durarem o tempo que dura o riso.

Despede-se do que faz bem,
e ao mal, um leve aceno
com a certeza que virá também.
O bem é ameno, sereno, instável.
Vem, rodopia e docemente se vai
deixando seu gosto nos lábios de alguém.

Preciso me desgarrar...
Saber partir sem chorar,
seguir em frente, não olhar para trás,
pisar as lembranças pra não me seguirem mais.
Deixar que os lugares se esvaziem de mim...
Cada canto, cada recanto que me conhece tanto,
onde passei horas a fio dedilhando
os sentimentos que vinham me povoando
e agora choram por me ver partir.

Vou de encontro ao novo,
ao estranho , ao desconhecido.
O novo nem sempre é bem acolhido.
Mudança que me cansa,
transformação exaurida, mexe com a vida.
Meus espaços serão preenchidos...
Cada lugar de aconchego
agora tristemente deixado
pertencerá ao passado.

_Carmen Lúcia_

Foto de Carmen Vervloet

Dilema

Não sei se fico ou se vou...
Meu coração pede pra ir
mas a mente diz que não.
A tristeza mantem
seus lábios em silêncio
deitada sobre meu dilema.
Busco outro esquema,
um outro tema,
mas só ouço o silêncio
da minha tristeza,
a voz de tudo
o que não fala
e que me faz ficar.

Foto de Anja Ma

Eu já esqueci de voce

Eu Já esqueci voce

Esqueci do seu cheiro
Do seu gosto
Do seu sorriso

Esqueci das suas frases perfeitas
Do seu modo de ver a vida
Do seu jeito de amar

Esqueci dos seus lábios em busca
Do meu prazer
Do seu corpo junto aos meu
A me amar
De sua mãos a me tocar

Eu já esqueci voce e esqueci de esquecer voce.

TE AMO

Foto de CarmenCecilia

Mãe...Saudades...

MÃE

Quando penso em você...
Não sei nem o que dizer...
Penso na sua doação
Abnegação e solidão...
Fico a mercê da tristeza
Que me ronda...
Dos dias e noites e vazios
Sem teus conselhos sábios
Que vinham de teus lábios
Da profundeza do seu sentimento
E do teu profundo lamento...
Por doar tanto...
Por teu pranto...

Ah! Mãe...
Tão fragilizada
De tanto magoada...
E da vida desencantada...

Ah! Mãe...
Daria o mundo todo nesse momento
Por teu aconchego... Teu chamego...
Para soletrar teu nome...
Puro encantamento...

Ah! Mãe...
Tu te foste...
Olho para teu retrato...
E tua falta é o que sobressalta
Pois tua ausência... Tua essência
Frequenta-me em flashes...

Ah! Mãe...
Volta pra mim
Traga aquelas flores do jardim...
Que sorriam pra ti e pra mim...

Ah! Mãe...
Diga que não estará só em meus sonhos
E com seu ar risonho...
Diga que nunca ficarei sem você e sozinha...

Mãe minha eterna companheira...
Mãe da hora primeira e derradeira...

08/05/2014

Carmen Cecilia

Foto de Poeta Apaixonado

Fernanda #feelthismoment

Pra cada pedra que tens a atirar
Existe um beijo e um abraço à te confortar
Pra cada grito que soar
Tenho um poema a citar
Pra sua dor
Meu amor
Pra suas lágrimas
Meus lábios
Pra sua fuga
Minha ajuda
Enfim!
Juntemos as pedras e os cacos
E reconstruiremos nossos laços!

#feelthismoment

Foto de P.H.Rodrigues

Vênus em fios

Preciso de uma Vênus,
De uma Rosa cheirosa
De uma Moça Formosa

Preciso de um olhar tímido
De um sorriso ousado
De um abraço apertado
De uma mente livre que voa

Preciso de olhos misteriosos
De lábios quentes
De um carinho safado

Preciso do equilíbrio de um par de seios
De satisfazer tais desejos
De ter nas pontas de meus dedos
Paixão, e o deslizar de teus cabelos.

Foto de P.H.Rodrigues

A vontade

Me dê um pouco mais do teu olhar.
Imóvel, como uma foto em cima do móvel.
Renovo, minhas molduras.
Reformo, o meu guarda tesouro.

Prevejo o incerto, na certeza de que,
o certo, acontecerá na incerteza,
que motivará, e, anunciará,
a chegada do previsto.

Revistando meus bolsos em busca da bussola,
ou olhando para o céu,
sigo o céu teu nos olhos meus,

Na vontade de navegar em teus lábios,
recém chegados, desconhecidos, bem moldados,
corados com tom de aventura.

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