Lábios

Foto de Carmen Lúcia

7º Concurso Literário- "Tango"

(As faces do Amor)

Da doce bailarina de ballet clássico, à sensual dançarina de tango.
Do botão de rosa angelical, à flor carmim desabrochada.
Da suave fragrância matinal, ao perfume embriagador da noite.
Já amara profundamente. Em seus passos de ballet clássico, ainda adolescente, refletiam a pureza de um amor incondicional. Nos “pás-des-deux” e nos “arabesques” pulsava um coração apaixonado e crédulo.
Em seus lábios, um sorriso inocente.Nas pontas das sapatilhas, a certeza de um porvir risonho.
De repente tudo se transformara. As decepções trouxeram a amargura, as lágrimas, o sorriso sarcástico, o desacreditar. O vermelho da paixão, do desejo.
Tornara-se mulher.Conhecera a noite.Os becos e esquinas.A fumaça do cigarro e da neblina.Os copos de bebidas fortes.Os encontros clandestinos.
Os cabarés.O tango. Os saltos dos sapatos.
Seus passos de dança tornaram-se insinuantes, provocantes.O vestido preto colado ao corpo, com fendas laterais, era um convite para uma noitada caliente.
Uma rosa vermelha em seus cabelos presos, denunciava rebeldia.
Na dança mostrava sua alma ferida e quanto mais ela doía, mais se entregava a passos magistrais, coreografia única, conduzida pelos tangos de Gardel.
As pernas bem torneadas cruzavam-se rapidamente com as do parceiro, numa sincronia perfeita e sensual. Os “ochos” realizados com muita arte e elegância, faziam o público delirar.
Acordava sempre na cama de um bordel.Disfarçava as lágrimas com um sorriso malicioso.
Então dava-se conta da realidade crua e nua.E contava os minutos para que a noite chegasse novamente e com ela vestir a máscara que a camuflava.

Carmen Lúcia

Foto de Glayson

Minha Alma

Minha alma chora
Quando meu coração quer dizer te amo
E minha voz embargada na garganta
Impõe aos meus lábios o silêncio dos amantes
Dói muito mais do que antes
Quando meus olhos querem te ver
Mas a distância não permite que te alcance
Então, a saudade covarde invade todo meu ser
É difícil compreender
Quando para nós existe tantas esperanças
E as circunstâncias nos rouba
Todas as possibilidades
É verdade
Te amo assim
Sem poder te tocar
Sem vergonha de chorar
Com lágrimas de amor
Foi no silêncio de minha dor
Que aprendi a te AMAR.

Foto de Melquizedeque

Rio Madeira

No rio tem estórias... Lá tenho morada
Um folclore que encanta que dança e enfeitiça
Gente que sabe, conhece essas águas
Com olhos sofridos contemplam essa vida
Pés descalços que pisam no rio
Na beira há moradas, crianças se criam
Um universo distante bem perto de ti
Idosos falantes uns velhos tão sabidos
Que sabem de tudo, respostas eles têm
Se o pescado é bem farto, logo agradecem
Com mãos para o alto e preces nos lábios
Pra casa eles voltam no fim desse dia
Gratos estão, pois na mesa hoje há o pão
E é do rio que eles tiram o sustento da vida
Excluídos de todos na pacata morada
Assim vivem eles, sob tetos de palha
De madeira é o chão... Arte feita pelo pai
Artesão de nascença e que propaga sua crença
Na beira do rio constroem essa história
Com sorrisos e lágrimas, e suor na camisa
Enfrentam a selva e os perigos que vêem
Desse jeito simplório, sensato e gentil
Acordam bem cedo, com coragem e vigor
Com família formada e um sonho na mente
Que do rio venha o pão e na boca haja dentes
Desse jeito nos ensina em tão simples vivência
A cultura de um povo esquecido pelo progresso
E abandonada pela ciência.

(Melquizedeque de M. Alemão, 03 de janeiro de 2011)

Foto de Carmen Vervloet

NOSTALGIA

Na mente "flashes" dos bailes românticos de antigamente
onde as moças, qual plumas, giravam pelo salão
a alegria cabia apenas num sorriso e educadamente
no “grand finalle” o cavalheiro agradecia com um beijo na mão.

Os olhares se cruzavam perdidos em emoção
acendendo as fagulhas das asas do desejo
a orquestra tocava valsa, bolero, samba canção...
O contato sutil dos lábios num tímido beijo.

Uma palavra de amor segredada baixinho ao ouvido
o farfalhar das anáguas engomadas sob o vestido
lembranças que guardo eternamente comigo
cerradas num frasco de Dioríssimo antigo.

Foto de geraldo trombin

7º Concurso Literário - A LÍNGUA DO AMOR

A LÍNGUA DO AMOR

No ápice da entrega, naquela labareda passional que deixava vermelha de vergonha até mesmo a língua pátria, pouco se importavam se a denominação daquele vício de linguagem seria tautologia ou pleonasmo. O que realmente interessava para os dois é que naqueles impetuosos beijos – boca devorando boca, dentes mordendo lábios, um passando a saliva no outro – a língua simbolizava muito mais que um simples “elo de ligação ou de união”. Era a prova cabal do picante paladar irresistível da paixão que, como sangue quente, ricocheteava nas veias de cada uma das partes dos seus mais íntimos, alucinados e latejantes desejos. Sem pruridos nem segredos. Mas quem se importa, já que a língua do amor é universal quando fala das coisas do coração.

Foto de Ana_Rosinha

Teu toque...

O teu toque é como se fosse sempre
o primeiro mas nuca o ultimo.
E sempre aquele toque magico
que deixa os meus olhos a brilhar.
E um toque muito especial com um
sentimento de amor e carinho.
E um Toque que deixa os meus lábios
a susorrar.
Susorram baixinho a pedirem mais um
toque teu.
Um toque suave e doce que me deixa
cheia de vontade de te pedir outro.
O toque de que tanto fala este poema
e um toque chamado Beijo.
E onde os teus lábios se entrelassam
no meu cheios de paixão.

Foto de Cecília Santos

É NATAL...

*As Faces do Amor*
É NATAL...
#
#
É Natal...
Dia de abraçar os amigos.
Reunir a família.
Voltar a ser criança.
Acreditar em Papai Noel!

É Natal...
Dia feliz, dia de ser fraternal.
Dia pra amar, abraçar, sorrir e cantar.
Onde o calor permanece, feito as chamas
das velas, presas nos castiçais.

É Natal...
Os rancores são esquecidos.
Na manjedoura o feno está espalhado.
Sobre ele está dormindo,
Jesus o salvador de todos nós.

É Natal...
A estrela guia brilha no céu.
Guiando os três reis magos.
Anunciando ao mundo que o
menino Jesus já nasceu.

É Natal...
Mesa posta, mesa farta.
O vinho na taça.
O sorriso nos lábios.
O som das doze badaladas,
anunciam que hoje já é Natal.

Feliz Natal pra você.
Feliz Natal pra todos nós.
Feliz Natal menino Jesus,
que um dia, morreu por todos nós!!!

Cecília-SP-12/2010*

Foto de Dirceu Marcelino

O QUE SERÁ O AMOR?

FACES DO AMOR.

O QUE SERÁ O AMOR?

(O amor na visão de adolescente ) - (Poemas de minha juventude)

Ah! Como é bom imaginar!
Enquanto na plaina te desenho,
Em passar as mãos em teus cabelos,
Teu pescoço de leve acariciar,
Ver tremer teus lábios vermelhos.

Olhar de frente e de perto
Teus grandes e belos olhos castanhos,
Roçar-me de leve em teu cheio peito,
Enquanto ao teu coração me ajeito.

Ah! Não dá prá acreditar!

Passar de leve minhas mãos em teus seios,
Teu pescoço levemente afagar,
Ver tremer o teu corpo inteiro.
Olhar-te e ver-te transmitir desejo,

Através de teus olhos amendoados.
Encostar-te em meu peito
E sentir o teu corpo esquentado.

Ah! Sim! Isto agora vai se realizar.
Pois, ao passar de leve em tua face os meus dedos,
Tuas faces começam a ruborizar,
Teu corpo começa a tremer e teu coração palpitar.
Teus lábios estão totalmente umedecidos.

Como é bom te olhar e te acariciar,
Sentir teus afagos.
Ver-me na íris de teus olhos e sentir
Eles com fervor solicitar
Para apertar-te tanto em meus braços...

Ah! Agora! Eu preciso parar de te desenhar.
Eu preciso apaixonadamente te beijar!
Passar antes em teus lábios os meus dedos,
Teu pescoço com carinho mordiscar,
Ver teus lábios tremidos e molhados...

Pausadamente, sussurrar: “Eu te quero”.
Olhar, mais de perto, bem de pertinho,
Os teus lindos olhos lacrimejar.

E me atraírem num abraço apertado
E ver a tua boca vermelha balbuciar:
“Amo-te”, antes de me beijar.

Ah! Sim! Acho que isto é amor!
Pois, passar por teu corpo o meu dedo,
Ou ver de leve teus lábios tremidos,
Dá-me uma vontade louca de te beijar.

Foto de damadapoesia

"COLISÃO DE LÁBIOS"

"COLISÃO DE LÁBIOS"

Minha boca anseia pela colisão de lábios ardentes
em línguas famintas, de tão livres serpentes
na saliva sedenta de desejos ferventes
um teto cônico de vontades evidentes
a unir os céus em vermelhos expoentes

Sorvendo dos gostos o próprio sabor
e me liberta dos pudores, como jamais poderia supor
soprando brisa de absinto em forte vapor
que me adentra o intimo em rompantes de vigor
a me invadir o silêncio em gemidos profundos de amor

Um beijo mordido

Foto de Carmen Vervloet

BUSCA

A noite estende sua sombra
no longo varal do quintal
o jardim coberto por verde alfombra
prepara-se para o encontro especial.

Veste-se com flores coloridas,
espalha doce perfume no ar...
Agitam-se singelas margaridas,
o céu acende-se em luar.

A solidão que se refugiava naquele espaço
asilada na sua antiga e naufragada paixão
deu adeus, acelerou os seus passos,
foi em busca de outro sozinho coração.

Na promessa de outro amor que surge
sento-me ávida no banco a esperar...
Preciso matar o desejo que urge
abraçar outro corpo, ávidos lábios beijar...

Carmen Vervloet

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