Estátua vida petrificada
De luxuria ouro e prata
Da cabeça aos pé
Ao chão de sua sustentação.
Estátua face...
De semblante meigo.
Despida estátuas curvas belas,
De corpo forte mente fria de razão e paixão.
Estátua que não move os seios.
Estátua sinuosidade gelada.
Que me encanta...
Mas não desperta em mim, nenhum tesão.
Estátua de lábios carnudos
Inspiro...Mas...
Me arrepio ao imaginar,
Beijo frio, estátua de pedra lascada.
Estátua que com gestos
Me diz sem palavras
O que vejo, sinto e penso,
Sobre sua voz calada.
Ah! Corpo cinza de alma macabra!
Por que insiste meu olhos aos teu?
E enxergo em suas formas expressivas,
O sorriso da dor, e o abraço de mágoas!?
Mas pedra fundida não fique ofendida.
Pois muita gente de vida,
Não sente a vida de outra vida,
E talha o próprio amor...
Ah! Estátua, não fique triste.
Pois és amada e cobiçada,
Pelo seu criador,
Que cria dor transpassada, talhada por ele em você, o valor.