Lábios

Foto de Carmen Lúcia

Libertação

Se minha vida é uma prisão,
E trago contida minha verdade,
Sorriso nos lábios é simulação,
Prazer no que faço, dissimulação...
A espontaneidade cabal falsidade...

Armo-me de coragem,
Cobre-me a camuflagem,
Esperando o momento oportuno
De rebelar-me, soltar-me, achar-me...

Nesse papel em branco, caneta em punho,
Traço meu plano de fuga, um tanto soturno,
O meu desejo insano ou mesmo profano
De correr ao encontro da liberdade,
Braços abertos à própria vontade...

Libertar em poesia tudo o que sou...
Recolher a fantasia que ainda restou,
Num expressar escancarado, nada forçado,
Dançando anseios na chuva que molha
E limpa meu corpo do que o deflora...
Trazendo de volta a alma que agora
Chora a emoção, liberta a expressão,
Sorri o livre-arbítrio, afaga o que aflora.

Carmen Lúcia

Foto de RICARDO NUNES

Achei você

Sabe, procurei muito....
Procurei o momento de poder te encontrar, de encontrar os teus lábios, o teu corpo e os movimentos que só você faz....
Achei você, achei você por que só você e tudo que eu sempre quis, sou tudo aquilo que eu sempre quis quando estou ao seu lado....
Eu sou a busca de todos os movimentos que possa envolver eu e você, venho a todos os momentos achar você, hoje encontrei VOCÊ!!!!!

Foto de Sirlei Passolongo

Por onde veleja o amor? (Sirlei Passolongo e Vinícius Motta)

.

Me pediram um poema...
Alguns traços sobre o amor.
Mas minha lira restante numa face torta
Só sabe das entranhas horas
Em que o corpo bebe estrelas,
Em que o gozo saliva em dois as centelhas
Para afundar a noite no amanhecer...

Me disseram que era fácil versejar o amor
Mas não contaram do instante bandido
Em que a alma se perde insone
Em que a dor consome o sonho...
Não me ensinaram a versejar
Com o coração partido.

Deveras, as coisas do amor cabem
Além do fácil gesto de afiar
Credos em pulsações alfabéticas...
Não é velejar em seus navios,
Nem derramar-se inteiro em lábios.
Não! Seguir por essa estrada infindável
Compreende vícios que a lógica
Desconhece no romper do hálito.

Se mesmo assim me pedirem um poema
Que transcenda o âmago
Num verso em que a boca murmure
Esquecida do sal da lágrima
Direi que a minha lira é restante numa face torta
Porque o gosto amargo que a boca saliva
Embala no mesmo tom o encontro
E o desencontro do sonho...

Porque o amor tateia o imponderável
Com as mãos mais incríveis...
Por isso as palavras findam
Enquanto sangram incisivos
Os corpos apaixonados, enfim amados.

(Sirlei Passolongo e Vinícius Motta)

Foto de Sandra Ferreira

Meu amor...

Na penumbra,

Observo atentamente

O brilho penetrante

Do teu olhar…

Sorriso, lindo

Encoberto

Por lábios, sensuais…

Por momentos

Minha cabeça

Repousa no teu ombro,

Abraço te fortemente,

Escorre uma lágrima

Pelo meu rosto…

Receio, não voltar

A tocar te,

Beijar te amar te…

Inexplicável sentimento

Apodera se de mim…

Invadir

Meu DEUS

Desejava invadir

O teu peito,

Morar dentro de ti…

Ver o amanhecer

Pelo teu olhar,

O pôr-do-sol a

Mergulhar no mar…

Sentir a felicidade

Que invade,

Teu coração

Fazendo te sorrir

Dançar, cantar…

Aconchegar me

Dentro de ti,

Mimar te,

Nos momentos

Que a tristeza

Insistir em aparecer…

Meu querido,

Meu amor,

Queria morar

Dentro de ti,

Sermos um só corpo,

Uma só alma…

RESPEITE OS DIREITOS AUTORAIS
Obra registada na
SOCIEDADE PORTUGUESA DE AUTORES

Foto de Daemon Moanir

Falta de tempo – sensações

Conheço cada expressão
Cada traço ou suspensão
Cada linha fina de teu rosto,
Lábios.
Cada flor ou toque,
Ou cheiro e cheiro…
Até já sinto a falta dele
Quando no pescoço te beijo.

Sinto a falta dos teus carinhos,
Abraços… Tanto desejo,
Tanto te quero,
Tanto em ti eu vejo.
Anseio de uma só vez
Todas as verdades
Que me fazes sentir
E acabar simplesmente.

Foto de diny

TE PROCUREI

TE PROCUREI

Te procurei na brisa
acabei numa carícia doce
sobre teus lábios
e fostes beijado loucamente!
Sinta meu coração descontrolado.

Te procurei no vento
tua voz se fez ouvir
mil suspiros, um gemido
bem baixinho em teu ouvido;
-vê? enlouqueci!

Ah! eu já te procurei:
no ar, no céu, nas estrelas, no mar
E todos falam tanto de ti!
que eu até de tanto te amar
acham que me perdi!

Foto de Daemon Moanir

Beijo sem tempo

Quero um beijo sem tempo,
Agarrado aos amores que de ti sinto,
Às palavras que rondam meu coração.
Sem tempo quero eu estar agarrado,
A ti, com meus lábios tocar nos teus
Mais perfeitos que alguma vez pedi,
Neles me descobri,
Tal como no cheiro que em teu pescoço voa
Para me tentar, que a chamar meu nome
Te sobrepõe ao resto que há.

Estou a ficar louco de novo
Mais uma vez por ti,
Louco pra te dizer que te amo
Mais que ontem, menos que amanhã…
Amo-te! Quero dizê-lo à tua frente
E beijar-te a seguir.

Em fervorosa paixão beijar-te
Que a tua boca sabe-me a mil.
Descer ao teu pescoço
E deixar-te como estou eu
Apaixonado, teu.

Foto de Henrique Fernandes

MUSA DOS MEUS SENTIMENTOS

.
.
.

Não poupo na entrega
Ao estender-te a minha mão
Sente o destino que nela navega
E dá-te á minha pulsação

Possui-te do meu peito
E suspira seres minha
Ama o meu todo a eito
E do meu abraço serás rainha

Encosta teus lábios aos meus
Sente-me o desejo que chama teu nome
Soltando trovões que rasgam os céus
E partilho o que tua alma consome

És gigante no meu olhar
Musa dos meus sentimentos
Evoco ao mundo te amar
Vem e partilha dos meus momentos

Foto de DAVI CARTES ALVES

NOS OLHOS DO CHACAL

Nos olhos do chacal
tu se fez bela ninfa de volúpias
entre cantatas de riachos, florestas
transmontando altaneira, divinal

árvores de pele rubras,
troncos sinuosos, carmesins
transformando-se, ora em sereia aliciante
Ora em loba coleante,
sensual

Nos olhos do chacal
Seu lábios de matiz escarlate,
Seu corpo de canela, híbrida cinderela
Me engolfa entre uivos, silvos e susurros,
como um ensandecido animal

Nos olhos do chacal,
sua imagem encerrada em lua nua, toda cheia
toda sua, embebida em jasmim,
ao espargir sua fragrância, bela flor da azaléia
do sono, erguem as cabeças em uníssono,
embevecida, sai em disparada a alcatéia

No olhos do chacal
ora és maviosa brisa tépida,
deslizas n’alma suas asas, qual anjo sideral
Ora, com olhos de fogo, corpo sinuoso, dentes afiados
arrebata-me para tuas sendas do mal

No espelho,
dos meus olhos de chacal,
resta-lhe contemplar,
galvanizado, seus encantos haurir
nada me solicita, mas felinamente,
parece tudo determinar,
seduzir.

poesiasegirassois.blogspot.com

Foto de Edson Milton Ribeiro Paes

"A TRISTE CAMINHADA DE UM HOMEM SÓ"

“A TRISTE CAMINHADA DE UM HOMEM SÓ”

Carrega um nome que tem que seguir...
Fabrica os sonhos de sua prole...
Planta os alimentos para a todos nutrir...
E cuida para que tudo esteja nos conformes!!!

Chora sozinho suas incertezas...
Jura que nunca sentiu medo...
Trata os seus com toda realeza...
Rumina cansado os seus defeitos!!!

Orienta os caminhos de seu seguidor...
Espreita os passos dos pequeninos...
Constrói um ninho cheio de amor...
Os deixa seguros e segue seu destino!!!

Caminha tropeço pelas pedras do caminho...
Arruma a estrada da sabedoria...
Retorna cansado para o distante ninho...
E repousa seu corpo em perfeita harmonia!!!

Olha para o mundo e se vê sozinho...
Embora tantos dependam de si...
Cerra seus lábios e chora quietinho...
Chacoalha a cabeça e grita, eu venci!!!

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