Ira

Foto de Dom Quixote - crítico amador

Literaturas Lusófonas

Bem mais que dança, bailado;
que som, melodia;
que voz, sobrecanto;
que canto, acalanto;
que coro, aleluias;
que cânticos, paz.

Bem mais que rubor, saliência;
que encantos, nudez;
que imoral, amoral;
que bosques, fragrâncias;
que outono, jasmins;
que ventos, orvalho;
que castelo, arredores;
que metáforas, rios;
E um pouco além: tsunamis.

Bem mais que naus, sentimento;
que excelsa, nascendo;
que olho, contemplo;
que invade, arrebata;
que vitrais, catedral;
que versos, vertigens;
que espanto, tremor;
que êxtase, pranto;
que apatia, catarse.

Bem mais que contas, rosário;
que prece, amplidão;
que o menino, sua mãe;
que Império, regresso;
que palmas, martírio;
que anúncio, Jesus;
que Ceia, Natal.

Bem mais que alegria, ternura;
que espera, esperança;
que enlevo, paixão;
que adeus, solidão;
que dor, amargura;
que mágoas, perdão;
que ausência, oração;
que abandono, renúncia;
que angústia, saudade.

Bem mais que anciã, joyceana;
que lógica, onírica;
que o Caos, Amadeus;
que ouro, tesouro;
que ode, elegia;
que amiga, inimiga;
que insensível, cruel;
que signos, símbolos;
que análise, síntese;
que partes, conjunto.
E um pouco além: generosa.

Bem mais que efêmera, sândalo;
que afago, empurrão;
que clássica, cínica;
que exceto, inclusive;
que inserta, incerta;
que adubo, arrozal;
que oferta, procura;
que unânime, única.
E um pouco além: tempestade.

Bem mais que ouvida, vivida;
que austera, singela;
que pompa, humildade;
que solta, segredos;
que fim, reinício;
que um dia, mil anos.

Bem mais que reis, majestade;
que jus, reverência;
que casta, princesa;
que moça, menina;
que jóia, homenagem;
que glórias, grandeza;
que ocaso, esplendor;
que espadas, correntes;
que fatos, História;
que Meca, Lisboa.
E um pouco além: messiânica.

Bem mais que pingos, Dilúvio;
que água, Oceano;
que mares, o Mar;
que porto, Viagem;
que cais, caravelas;
que rochedos, neblina;
que vôo, Infinito;
que Abysmo, gaivotas.

Bem mais que a tribo, navios;
que lanças, tristezas;
que campos, senzalas;
que bodas, queixumes;
que soul, sem palavras;
que o tronco, maldades;
que ais, maldições;
que feitor, descorrentes;
que mandinga, orixás;
que samba, kizomba;
que “meu rei”, Ganga Zumba;
que olhos baixos, quilombos;
que discordo, proponho;
que cedo, concedo;
que escravos, Zumbi.

Bem mais que brisas, Luanda;
que ondas, Guiné;
que amarras, Bissau;
que o azul, São Tomé;
que náutica, Príncipe;
que axé, Moçambique;
que opressão, Cabo-Verde;
que fragor, linda ao longe;
que injusta, perversa;
que abutres, pombinhas;
que trevas, pavor;
que rondas, terrores;
que bombas, crianças;
que tágides, ébano;
que o Sol, rumo ao Sol.

Bem mais que luar, nua e crua;
que longínqua, inerente;
que ornamento, plural;
que ira, atitude;
que abstrata, denúncia;
que conceitos, Nações;
que Camões, mamãe África.

Bem mais que ética, ascética;
que pro forma, erga omnes;
que embargo, recurso;
que emoções, decisão;
que rodeios, sentença;
que Direito, Justiça;
que leis, Lei Maior.

Bem mais que flor, Amazonas;
que improviso, jeitinho;
que frágil, incômoda;
que alvor, cisnes negros;
que escrita, esculpida;
que lírios, o campo;
que veredas, suindara;
que denúncia, ira e dor;
que bonita, pungente;
que amena, os sertões.
E um pouco além: condoreira.

Bem mais que lares, veleiros;
que adeuses, partida;
que feitos, missão;
que honras, repouso;
que canto, epopéia;
que mística, fado;
que areias, miragem;
que sonhos, delírio;
que vozes, visões;
que acaso, destino.
E um pouco além: portugais.

Bem mais que errante, farol;
que ânsia, horizonte;
que distância, presença;
que solo, emoção;
que países, Galáxia;
que estresses, estrelas;
que zênite, impacto;
que intensa, profunda;
que letras, magia;
que formas, sentido;
que textos, teoremas;
que idéias, princípios;
que imensa, perfeita;
que graça, milagre;
que arcanjos, fulgor;
que dádiva, Mãe.

Bem mais que luz, primavera;
que audácia, tumulto;
que estética, rústica;
que em paz, desinquieta;
que estática, cíclica;
que cercas, muralha;
que assédio, conquista;
que plantas, concreto;
que escombros, palácio;
que átomos, Deus...

Foto de sonhos1803

indo embora

não sei se um dia vou deixar de te amar, não sei se um dia essa dor será mais leve,
sei que não vou mais implorar teu amor, esperar, lutar, gritar no escuro,
chorei durante meses a fio,
mudei que nem camaleao, tentei lutar contra a dor de ser apunhalada, contra a incerteza de que me traiste com minha ,melhor amiga. tentei ler nas entrelinhas, escutei de tudo, arriquei meu pescoço, levei tapas e recriminações, de todas as traições, ofensas e brigas, a dor que mais marcou foi o teu silêncio,
saber que sou tola, burra,
fiquei chorando a toa,
rastejando em um mundinho escuro,
cai na farra, pirei, tentei de tudo, mas nenhum homem me fez rir, sentir prazer, feliz de ser mulher como você,
mas nada do que eu faça me faz te esquecer, te odiar, perdoar, ir, rir de mim,
fiquei perdida, doente, foi teu desprezo que me fez parar de sonhar, não acreditar na vida, cada sorriso era um brilho falso de ilusões,
bebi, chorei, redescobri a face da vergonha, cai no fundo do fundo do poço, me senti o coco do cavalo do bandido,
virei piada, fiz piada de mim,
por dois meses me arrastei como um trapo, fui a medicos, mas nenhum curou a falta de vida, da minha alma vazia,
tentei, fing que te esqueci, mas você aparece como se tivesse o direito sobre meu sorriso, não quero educação, não quero ser tua amiga, nem uma conhecida,
quase um ano nesse rolo de sentimentos pertubadores,
dane-se, dane-se,
quer fazer assim, então esqueça, seja covarde talves assim se sinta seguro.
eu não vou mais te desculpar, procurar respostas, nem pense que meu coração doce ira estar aberto, os tranquei, jogo a chave fora e bato a porta, tudo morreu,
o meu respeito, admiração, e compaixão.

Foto de poeta anonimo

Mentiras

Sera tudo verdade
O fogo a terra a agua o ar
O sol a lua e o mar

Sera tudo ilusão
O amor o desejo
O carinho a paixão

Noites quentes
Que passei com você
Tão ferventes

Sera tudo isso mentiras
Sonho ilusão miragem
Sera que isso e minha ira
Foi apenas imagens

Acredito que não
Acho que me amas de verdade
Você me deu amor paixão
Acho pelo menos mereço
O seu Perdão...

Foto de janaina meneses

carta de despedida

TALVEZ UM DIA EU VA A MUITOS LUGARES E CONHEÇA MUITAS PESSOAS ... TALVEZ EU VOLTE CEDO OU NÃO VOLTE MAIS...TALVEZ EU ME CASE TALVEZ NÃO... MAS EU QUERO DIZER SEM QUALQUER ESPERANÇA OU PLANOS... QUE POR MAIS TEMPO QUE FIQUE...POR MAIS PESSOAS QUE EU CONHECA....POR MAIS LUGARES QUE EU VISITE... QUE NEM POR UM SEGUNDO EU VOU ME ESQUECER DE VC.... E MEU CORAÇÃO MESMO DESPEDAÇADO IRA AMA-LO PRA SEMPRE... NÃO SÓ PELO QUE VC É... NÃO SÓ PELO O Q VC FEZ ... MAS PELO O QUE EU PASSEI A SER E FAZER DEPOIS DO MOMENTO QUE VC ENTROU NA MINHA VIDA E AKI HUMILDEMENTE QUE EU VENHO AGRADECER POR TUDO QUE VC ME DEU E POR TUDO QUE EU VIVI COM VC... OBRIGADO POR ENTRAR NA MINHA VIDA E ME DAR UM NOVO SENTIDO A ELA SE EU SOU UMA FILHA MELHOR SE EU SOU UMA AMIGA MELHOR SE EU SOU UMA IRMA MELHOR SE EU SOU UM SER HUMANO MELHOR EU DEVO TUDO ISSO A VC E AO AMOR Q EU DEI E RECEBI E VOLTA DE VC.... UMA VEZ EU OUVI Q EXISTEM DOIS TIPOS DE GAROTA AS QUE CRESCEM PRA FORA E AS Q CRESCEM PRA DENTRO VC FEZ COM QUE EU SEJA DO SEGUNDO TIPO...SABE EU POSSO NÃO SER AQUELA QUE VAI ESTAR COM VC NOS PROXIMOS CAPITULOS DA SUA VIDA MAS VOU DEIXAR VC...E IR EMBORA AGORA NA ESPERANÇA DE QUE UM DIA EU POSSA VOAR DE VOLTA PRA VC... PQ EU ACHO QUE VC É DIGNO DESSA ESPERA...
OBRIGADA POR ME AMAR ... EXATAMENTE DO JEITO CONFUSO Q EU ERA...E CONTINUAR ME AMANDO AGORA E NÃO SE ESQUEÇA DE QUE VC E SEMPRE VAI SER PARTE DE MIM...
EU AMO VOCE
Texto veiculado na internet por diversas pessoas.
Autor Desconhecido

Foto de betoquintas

Quinta sagração (Sarcanomia)

Destino
Hino do cavaleiro diletante a suprema sacerdotisa

A Vós,
Divina Carne,
Manifestada e mulher.

Ventre Sagrado,
Donde viemos e felizes voltaremos.

Fonte da Sabedoria,
Que nutre minha pena.

Toda Natureza Venerada,
Em abundante beleza.

Alimento Eterno,
Em seios tugidos.

Corpo do Universo,
Morada de toda existência.

Templo da Majestade,
Trono de toda nobreza.

Farol dos Caminhos,
Desencanto e deslumbre dos viajantes.

Razão das Profecias,
Ilumina e oculta esta saga.

Santidade da Luxúria,
Entrega gratuita da felicidade.

Autoridade do Prazer,
Consumação da lei da vida.

Portal da Arte,
Fenda entre colunas que convida.

Delicioso Desafio,
Profundidade perfumada e úmida.

Aceita e Acolhe!
Eis que este diletante
Ousa cometer imenso sacrilégio
Apresentando-se nú de méritos
Diante deste tão Santo Oficio.

Oh Mãe!
Este vosso filho te deseja
Pede para entrar e integrar
Para ser todo vosso, eu,
Por inteiro, dentro de vós.

Eu pisei nas bolsas de ouro,
Arranquei as cascas culturais,
Cuspi nas secas hóstias
E violentei o ídolo nú.

Por vossa graça e misericórdia,
Despertei para minha natureza,
Debochei das instituições,
Descartei as doutrinas humanas,
Desafiei a fúria dos sacerdotes.

Excluído, banido, exilado,
Vaguei por reinos sem fim
Sem que houvesse ajuda
De um santo, anjo ou deus.

Cheguei na fronteira do mundo
Avistei o oceano do abismo
E a ilha do caos.

Nada mais restando a esse condenado,
Lancei-me no Vale das Sombras
Tentando encontrar alívio ou fim.

Ao toque suave e macio da noite
Em tal formoso colo cheguei.

Com tuas mãos e vaga,
Colocaste meu entendimento em riste
Sorvendo-me em vossos magníficos mistérios.

Ísis é venerada por ser velada,
Mas Deusa Vós Sois Suprema
Pois cortas todos os argueiros
E desnuda abole toda canga.

Tremei, vicários da santidade!
Chorai, corretores da virtude!
Fugi, falsos deuses patriarcais!

Nenhuma verdade prevalece a estes lábios,
Nenhum profeta descreve tal pele,
Nenhum vidente experimenta este êxtase,
Nenhum medianeiro suporta tal delicia.

Fiz de meu mastro
Vosso estandarte
E por truque desta pena
Eu abuso da arte.

Ousado, arrojado,
Revestido de gozo,
Por vosso nome nasce
O profeta da carne
E por vossa sabedoria cresce
O filosofo da Treva.

Não podendo me conter,
Excitado, explodo,
Rededicando este mundo
Em ondas de esporro
Àquela que me é mais cara,
A grande e amada alma,
Maya!

Aceitação
Hino da suprema sacerdotisa ao cavaleiro diletante

A ti meu cavaleiro
E a alma majestosa
Que em ti reside.

A ti meu guerreiro,
Louvo, canto, vibro.
Maravilhoso ser,
Que transborda energia.

Minha vontade é única,
Estar em ti, contigo.

Todo poder está em ti,
Emana, derrama, deita,
O que em ti abunda.

Estou a te esperar,
Vem meu vingador,
Tu reinas sobre mim.

Meu corpo é teu templo
Bem sabe que ira sagrá-lo.

Nada me pedes
Que não possa dar-te,
Eu só quero, por direito
O que me for doado.

Verta todo teu leite,
Amo-te meu devoto,
Não sabes como é precioso.

Sempre o amei e amarei,
Sou-te então, possua-me,
Pois é teu por direito.

Minha alcova quente
Tem tua marca há tempos,
Tudo farei para que reines
E teu reino sobreviva a tudo.

Único ser em mim,
Ao qual dedico meus pensamentos,
O que tem o que sempre quis,
O que sempre amei e amo,
Tudo que quero está em ti.

Tenho uma saudade uterina,
Um desejo de ti, latente.

Vamos nos ensinar
Nos lençóis, no chão, no campo,
Onde tu quiser, será.

Não ouço um sino tinir,
Sem que tu o tenha feito vibrar,
Tuas ondas chegam a mim
Pela melhor forma, pela alma,
Reverbera, tine, ressoa,
Em meio a minhas colunas
Que sustentam meu santuário
E este corpo deságua,
Brota de prazer por ti.

Não há dia que acorde
E sinta-o em mim,
Sou-te, rasga-me,
Imploro novamente.

Eu queria ser por ti,
O que tens sido para mim,
Confesso sem tortura.

Maior é esta que impõe,
De sabê-lo sem tê-lo.

Rogo à Deusa,
Que me de ciência
Para te merecer.

Está em mim teu ser,
Esqueço de meus princípios,
Louca para tê-lo num instante.
Prazer e gozo eternos,
Meu mais completo alimento.

Grande monta tenho,
Por teu sangue e leite,
Pois disso preciso mais
Do que tu da vida.

A minha vida está em ti,
A felicidade que me dá,
É maior que tudo isso.

Sensibilidade espiritual,
Pelo método do prazer carnal,
Há de chegar lá,
Queiras tu comigo.

Haverá de doer um tanto,
Necessário abrir mão de algo,
Saiba que existe prazer na dor.

Todo meu tesão e néctar,
Deixo para que te delicies.

A poesia é estandarte, use-a,
Esta nos é dada e nos reaproxima.

Traga tua essência,
Depõe sobre meu santuário.

O que a ti é precioso,
Profundo e profuso,
Flui em mim a tua vida,
Que a muitos somos um.

Vivia sem depender de alguém,
Eu nunca fui presa,
Mas busco o que perdi.

Quando me levanto,
Não te acho a meu lado,
Mas sempre hão de te achar,
Pois continuo contigo em mim.

Um dia adentrei os portais
E tu veio me fortalecer,
Ofereceu força para a batalha.

Eu deixo que tua pessoa
Viva por e para mim.
Venha em meu templo,
Há que nele acender o archote.

Prenda minhas mãos,
Adorne teu pescoço,
Levanta-me ao colo,
Põe sobre mim.

Só ouça o instinto
Que brada e ecoa em ti.

Nossos corpos atamos,
Deitaste-me e possuiu-me.

Eu te disse ao ouvido
Sorva do cálice
Que meu corpo o é.

Sentir-te dentro de mim,
Foi um milhão de espetadas.

Ao fogo nós atiramos,
Algumas gotas de nossa seiva,
Foi feito o contrato
E aceito tal pacto,
Selado com nosso gozo.

Com ou sem donzelas,
Vou devorá-lo assim mesmo,
Não te é licito
Pertencer a só uma.

Néctar por néctar,
Havemos de nos fartar.

A noite virá e tudo estará feito,
Minha voz se cala ante a tua,
Continuo sedenta de ti.

Meu corpo pede o espectro,
Este que amo profundamente,
Eu não teria gozo algum
Se não tê-lo em mim a ele,
Este espirito que vive em mim,
Habita meus pensamentos,
Os sonhos e delírios.

Que mais posso fazer senão amá-lo,
Com toda pureza que reside em nós
E pedir para poder saber e ter
A vida em meus lençóis.

Desafio
Hino dos deuses ao cavaleiro diletante

Filho amado e querido!
Aquele que não esmorece na dificuldade,
Nem esnoba na conquista.

Aquele que, sem medo trilha,
Tanto pelo Monte do Sol,
Quanto pelo Vale da Sombra.

Concebido da melhor estirpe,
Temperado com os melhores essências.

Seja gentil com os simplórios,
A Paixão deve ser seu escudo
E o Amor a sua espada.

Continue apoiando ao Lobo
E dando orgulho à Deusa.

Seja em ação ou pensamento,
Derrube as barreiras deste mundo,
Desencantem os totens do sagrado
E a toda criatura consciente
Faca conhecer a lei!

Que a carne prevaleça,
Sobre todo dogma ilusório
E que a consciência vença
Toda a opressão sacerdotal

Aviso
Hino dos deuses à suprema sacerdotisa

Magnifica e formosa senhora,
Em cujo templo guarda os mistérios
E em tais colunas moram os ritos.

Em tuas mãos confiamos o bravo
E por teus lábios vive o cavaleiro.

A sua pele macia venceu os mártires,
O seu cabelo desbaratou os profetas,
E seus pés calcam os dogmas.

Manifestação carnal e majestosa,
Vigie pela sanidade deste mundo
E conduza os andarilhos pela arte.

O teu Jardim das Delicias
Esteja sempre aberto e pronto
Para nutrir e honrar
Aos diletantes da lei.

Fonte abundante e eterna,
Sacie a sede dos buscadores
E satisfaça a fome dos brutos.

Propicie sempre, plenamente,
Àqueles que buscam em um fantasma,
O que somente se encontra na carne.

Cubra esta obra com seu suor
E a consagre com seu prazer.

Ousadia
Hino do cavaleiro diletante aos deuses

Errante, passei por léguas,
Sem conhecer o calor de um lar,
Nem o conforto de uma família.

Nunca me dobrei a deus algum,
Mas algo há na Deusa
Contra o que não resisto.

Para conquistar a fortuna,
Eu sai de minha choça
Rumo à grandiosidade.

Em muitas vilas fui recebido
Ora herói, ora louco,
Ora santo, ora danado.

Ao descansar a arma
Dentro do santuário sagrado,
Pela sacerdotisa pude ver
A linha de edições anteriores
E a seqüência da descendência.

Diante da responsabilidade atual,
Eu desenganei as esperanças,
Pois cada qual teve sua chance
E quebrei os modelos
Pois cada qual terá sua oportunidade.

No período que me cabe,
A meta está na Deusa.

Se servir a sua causa,
Ou satisfizer sua dama,
Em me contentarei disso
E carregarei esta memória
Por onde quer que eu vá.

Petição
Hino da suprema sacerdotisa aos deuses

A todos os ancestrais humanos
E a todos os geradores divinos,
Pelo toque da magia em meu corpo,
Eu clamo e invoco, proteção!

Logo o Sol completa a jornada,
Cedo a Primavera acaba
E rápido o Inverno avança.

Pelo brilho deste luar,
Reflexo do desejo perpetuado,
Lâmpada acesa pela lei,
Acolhe e guarde a humanidade.

Por onde quer que vá meu predileto,
O sempre faca retornar a mim.

Nós dançamos em vossa memória,
Nós celebramos vosso festim,
A terra foi semeada e regada,
A semente brotou e cresceu,
O fruto surgiu e madurou,
Nós observamos o ciclo
E foi feita a sega e a colheita.

Quando as sombras da ignorância
Novamente cobrir e enevoar a terra,
Resguardem no ventre da Grande Mãe
Meu cavaleiro e eu.

Despedida

Acenemos para Apolo,
Que em seu carro passou,
Percorreu por toda a terra
E às colunas do horizonte,
O Rei Sol próximo se encontra.

Os que podem andar se vão,
Enquanto uns e outros se ajudam.

O sono a muitos pesa,
Mas não apaga o sorriso,
Escancarado e prazeroso.

Ali, esfolada e feliz, a colombina.
Acolá, embriagado de prazer, o pierrô.
Aqui, intoxicado de amor, o arlequim.

Os carnavalescos se esparramam
E o bumbo da fanfarra furou
De tanto dar no couro.

O Inverno e seu acoite vem,
Rimos diante da carranca hipócrita.

Ainda que se vergue a alma humana
Sob a ditadura da virtude,
Guardaremos em nós o visgo
E por mais que dure a intolerância,
Haveremos de sempre celebrar aos deuses.

Foto de rodrigodupim

Verdadeiro amor

Amor!!!!!

Uma palavra que pode ser encarada de milhares de formas...
Uns encaram como uma coisa passageira
Uns como coisa curriqueira
Uns até tem esperança mais as circunstacia
leva a uma vida de esperança sem concretizações
Alguns levam ela como mera bobagem pisam abusam e destroi um amor que pode ser akele amor!!! é akele amor que um dia no cantinho na sua cama vc chorou e pediu ao CARA Lá de Cima(Deus) que desse a vc.
Alguns encaram o amor como um trabalho faz o que tem que fazer para poder receber e ainda diz que é AMOR

Tem amor, que não sabe esperar,sedutor Não nasceu pra ficar
Tem amor,ciumento demais,sofredor
Não consegue ter paz
Tem amor,traidor,não merece uma flor
Tem amor que faz bem,não machuca ninguem

Mais todos estão em busca de um verdadeiro amor, aquele que te ame que cuide de você, aquele que nãoso aponte seus defeitos mais o ajude a cura-los, aquele amor que cuide de você enfim um amor que por si so seja amor mesmo as circustancias e as barreiras queiram o contrario o que mais se quer quando procura-se um amor é que ele o faça feliz!!!!

Quantas vezes vc se enganou??? jurou amor eterno???? quantas vezes vc chorou pois parece que o seu mundo desabu mais logo reergeu seu castelo se fortificou, toda queda tem sua lição pode até demorar mais o se uverdadeiro amor ira apareçer ele so espera vc realemtne o merecer e ser forte o bastante para enfrentar todas as barreiras ao lado dele

por isso nunca desista o amor pode estar em qualquer lugar sempre a te esprar ou pode ser ele que ira te encotrar, para sempre ira sonhar vc sera a razão do existir esteja preparado e seja feliz

Foto de Felipe Xavier rocha

Pq?

Porque vc escuta meus passos e se afasta...nao ve q estou aqui para amar vc...te prometi o céu,as estrelas,construiria jardins suspensos com seu nome,nao é o bastante...entao entrego a vc minha vida...se nao quer por favor feche os olhos, é o brilho deles q me levam para seu coraçao...mas mesmo assim por vc andaria sozinho nos mais profundos abismos,sendo guiado apenas pelo meu amor,para mais uma vez olhar nos seus olhos...
....um dia vc verá q o q sinti por vc não foi uma simples paixão...Um dia vc sentira q vivi so para vc...Um dia lembrara dos meus carinhus com saudades...Um dia mesmo estando cercado por todos sentira minha falta...Um dia acreditara de verdade em meus sentimentos...Um dia ira se arrepender e ira querer voltar no tempo...Um dia fechara os olhos para lembrar de mim...Um dia buscara nas palavras um conforto...Um dia poderá se ver como eu te vejo...PERFEITA..Um dia saberá q no fundo tudo oq fiz foi pensando em vc...Mais espero por um único dia, o dia em q vc ira acreditar q EU TE AMO para sempre...

Foto de Fernanda Queiroz

Oi Mãe

Que bom dizer teu nome
Mesmo que não possa me ouvir
Que bom contornar os dedos pela tua face
Mesmo que você não possa sentir
Que bom percorrer teu álbum de foto
Maior herança de tua presença
Que bom poder te amar tanto
Sabendo que mesmo distante ira sentir

Um dia Deus determinou
Que eu iria existir
E deste amor intenso que brotou
E na semente fecundou
Em momentos de profundo amor
Vencendo a maior corrida da vida
Para tua alegria infinita
Em teu útero me alojei

Neste pequeno habitat
Que por tempos passei
Conheci tuas ânsias
Ou profundo mal estar
Que mesmo querendo evitar
A natureza ou a sábia ciência
Sempre soube explicar
E em teu ventre, gerei

Ouvia tua voz baixinha
Acompanhava teu caminhar
Que depressa ou lento
Levava-me a embalar
Tuas canções de ninar
Sempre a me acariciar
Onde teu toque singelo
Ensinou-me a te amar.

Mas os melhores momentos
Foi te acompanhar a bordar
Sentadas nós duas no lago
No enxoval a trabalhar
Com os teus pés a banhar
Onde teus pensamentos
Era parte do momento
Aguardando meu chegar

E em uma noite de verão
Onde o frio estarreceu
Trazendo sinais de vida
Mas de morte também
Onde meu primeiro choro
Foi acompanhado em coro
E depositando-me em teu leito
Silenciou teu coração no peito

Hoje sei de tua dor
Que é minha também
Queria me ter em teus braços
Apenas por um momento
Fecundando teu anseio
Ofertando-me teu seio
Como se amamentar
Fosse protocolo de amar

Mas Mamãe!
Você me passou tudo isto
Quando me alojou em teu ventre
Pude ouvir teu coração
E este amor infinito
Chegou que nem um grito
Que me deixou de herança
Que sempre será mais que lembrança.

Mãe!
Muitos versos existem
Muitos poetas escrevem
Tentando te completar
Falam de você em três letras
Comparam-te tamanho do céu
Ou um pouco menor que Deus
Só te digo Mãe querida
Meu coração sempre será teu.

Fernanda Queiroz
Direitos Autorais Reservados

Foto de paulobocaslobito

O grito da aflição

... Nem é má...
Nem é...
Esta ideia surgiu...
E abandonou-me.

Parou de chover...
Abriram-se os caminhos das cheias
Chegou a vitória
E as gentes cruzadas.

Perguntei-lhes nas barricadas
Se nas férreas-vias
Crescera erva daninha
Vicios e maldicência?

Ah
Mas todos partiram
Sem de mim ligarem
Se calhar
Tiveram medo
Medo!

E...
Assim me quedei
Morto nas horas do sul
Os meus restos falam
E os meus sonhos calam.

Sou a angustia
Que dói de ver
Sou soldado
Ao abandono.

Ninguem me ergue o olhar
De si
Nesta paisagem...
Todos fogem
De mim...

Choro
Ó choro
Choro por que me afliges
Porque partes a minha alma
Porque quebras a minha luz.

Porque me afliges assim?

Sou a angustia
Que dói de ver
E não mais te assim verei
Nas brisas fortuitas
Nem nas brisas prostituas
Dos meus sonhos.

Não...
Nem nas minhas ânsias
Proque me aflijo
Se partes?

Veio o sol
E o teu silencio
Embala-me.

A tua voz
É em mim
Uma ideia fingida
E faz-me navegar
Como um Apolo
Numa imensa lira de soar.

A tua voz
É a imensidão das sombras
Tristonhas
Que choram
Entre os prados
Murchos de cansar
Onde secou o teu olhar
E morreu o meu olhar.

Ah esta ideia aflitiva
De ver portos vazios
E sem navios...
Priva-me da razão
Que se acha finda.

Eis finda!
A calma ergue-se de novo
Sobre a saudade
E no abismo
Do alheamento
Os teus gestos
Não se apagam.

Não se apagam
Na minha alma ainda quente
Sou a angustia
Que dói de ver.

Ah o teu silencio
No meus seios oprimidos
E sem sentido.

Ah o teu silencio
No sonho de sermos
E não nos sermos mais.

Oh repiques de sinetas
De mim em delírios
Oh sinos
De mim aos desatinos.

O teu silencio é cego
É o sonho de te saber
... Tenho medo.

É medonho o teu silencio
De dito pelo fito
Do norte
Do sul
Da chuva
Do frio
Do destino
E da sorte...
Tenho medo.

És o meu desespero
Que não ignoro
Para não perde-lo
Porque no mundo
Assim aos sobressaltos
Me alevanto e caminho
Eu
Soldado ao abandono.

O teu silencio
É a minha cegueira
O meu sonho inerte
... Que aberto
Seria o mais belo
... Tão belo
Tão belo.

Não reparei nas horas
Que ainda cá estou
Nem o tempo que cá fiquei...
Calaram-se as tuas mãos
Sobre o meu peito
Murcharam os silencios de nós eleitos
E os meus sonhos
Não têm fim.

No ar os sorrisos gozam
O teu tédio
De me seres loucamente infinita
Ó soubessem
Soubessem nesse teu pueril horizonte
Quantas virtudes guardas
Ó soubessem!

Soubessem eles
No alheamento
E à força
Que em ti se erguem
Gementes
Crisântemos perfumados...
Soubessem!

Como me confunde o teu silencio
Como me desalegra
E ao mesmo tempo
Não existem no mesmo mundo
Sorrisos como os teus.

Ó é tarde
E a noite espreita
Arriscando-se a entrar.

Já não chove
E o céu
É imperfeito.

O céu bordado de nuvens
Anuncia mais um vendaval...

Estou triste!
A minha consciência está triste
Que raios é a minha consciência?
Que raios é
Se de ti não oiço preces
De amor
E és uma flor murcha
No meu pensamento
No meu peito
Que raios é a consciência?

Ah se fossemos um só...
Que tortura...
Sou medonho
Funesto nesta dor
Nesta unica dor
Que me dói!

Sou o cansaço
O meu ódio
Sem forças
Para te chorar.

O meu ódio corrompe a alma
De sentimentalismos
Como se uma nau desgovernada
Não achasse um bom porto
Para se acalmar
Para gritar
Berrar
Uma glória
Numa só bandeira
Duma só bandeira...
Vitória!

Ah mas eu sou a própria alma
Para além dos sonhos
Num porto
Sem navios.
E não sei se sou do norte
Ou do sul...

O teu silencio faz-me chorar
E gozam as virgens o meu tédio
Ó soubessem elas!

Soubessem elas a tua morte
..... Sim.......
..... Salva-me meu amor...
Da furia da minha ira.

Salva-me
Dos homens
Da dor
Da fome e da guerra
Leva-me contigo
Não sei viver sem ti
Minha amada.
Mostra-me o caminho
Que farei sozinho
... Salva-me.

Não me abandones nesse teu silencio
Que na hora da morte
... É morto
E eu já não sou quem era
Salva-me.

Soubessem elas
Não
Não, não
Não...................................
........................................
........................................
Porquê?
Que estranha é a alma.

Esse teu silencio
Deposto em meu peito
De sonhos aflitivo
E é morto
No infinito
E é sombrio
E é o sonho
Que se ergue
Como um muro
Na calma
Por dentro da alma
Que no fundo
Arde
Na vida que passa
E não sei quem eu sonho
Mas a vida passa.

E entra em mim
E passa
E ilumina-se
Em cada vela acesa
Purissima como o fogo
Que bate e aquece a vidraça
Para logo ouvir a chuva
Da chuva em vida
E no seu esplendor.

Que pena não poder
Através da janela
Olhar a chuva que cai sobre o meu altar
Num canto de coro latino
Que se sente chorar
Se não houver choros.

E passa o teu nome como um padre
Esta missa serena
Onde encontrar-te
É perder-me nos teus braços.

Apagaram-se as luzes
É o fim
E de repente
Escureceu!

O tempo é um abismo
Em hoje ser um dia triste
E nele te escrevo versos
Com esta pena
Que em todo o meu ser se esmaga
Numa infinita tortura
Ao som da tinta e do tinteiro
Onde o rejubilar do papel
É feliz.

E
Por onde escrevo
Os nossos olhares
Se cruzam.

E
Surge imensa a alegria
Difusa de mim...
Penso...
Tudo para...
Surges-me
Ao longe
Sobre os meus olhos fechados
Dentro de mim.

... Alguém sacode esta hora
Invadindo-nos de prazer
E sob os meus dedos
As minhas mãos
São vazias
E tristes na música que corre
Estamos em todos os lugares
Sorrio...
Pois esqueço-me das horas
E eu sou a própria alma
Para além dos sonhos.

Paulo Martins

Foto de Canceriano apaixonado

Diário de uma espera

"Acorde......acorde......"
Quem ousa me retirar para fora dos meus sonhos....
Mesmo com olhos semicerrados, sinto um calor gostoso, acariciando meu ouvido....Será vc me chamando amor?

Abro os olhos mais não vejo ninguém, além deste quarto solitário, dos livros abertos e das roupas espalhadas que eu já conheço há tempos.

Corro para a tela do notebook, pena...não há nenhum recado teu desde seu último e apressado sumiço. Insisto em ver, perplexo, o bonequinho do msn, orando pra que ele mude de cor. Mas acredito que ele está corado de ira, de ciúmes deste sentimento tão lindo q tem surgido em minha vida.

Tudo bem, a vida continua. Tomo um café amargo, escovo os dentes e inicia-se mais um dia de monotonia.

Silêncio...

Engraçado, são exatamente as 12 hs aqui, e devem ser 2 da madruga, e juro q senti vc alguém me chamando...Corro para tela novamente. Ainda está vermelho...Claro, esta hora deve estar dormindo.

Abro novamente as duas unicas fotos q mandara, e te dou um beijo carinhoso de boa noite.

Academia, ufa, finalmente em motivo, são 1h e 20 de corrida... Nunca foi tão fácil. Vc estava sempre lá mesmo não estando, converso com vc e lembro de cada detalhe das maçãs do seu sorriso. Obrigado por existir!

É noite, tomo um gostoso banho. Ah, como queria q estivesse aqui compartilhando este momento agradável. Esfregar as tuas costas e lavar seus ouvidos...e te dizer no seu ouvido baixinho: Eu te amo...

Obaaaaaaaaa...
Vc chegou...como sempre, mesmo q frustro.
Como aquela dourada entardecer q anuncia a lua e as estrelas..
Como aquele arco-iris q ilumina após as lágrimas dos céus..
Vc demora...como sempre...ou será q minha ansiedade q apressa o tempo...
Mas vc sempre chega...
trazendo a sagrada água q rega as minhas fantasias de todo dia.

Por isso sempre te espero...
sempre espero..

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