Inúteis

Foto de Lefurias

A dor do amor

Dor nas pernas, dor de cabeça? Que dor é essa?
Não há dor mais forte nesse mundo,
Do que a dor do amor.
Dor terrível, temível dor,
Todas as más palavras do mundo são inúteis diante desta,
Pois com nenhuma delas podemos descrever o quão forte é esta dor.
Até mesmo, todas as dores do mundo são frágeis,
Incapazes de, juntas, demonstrarem um segundo dessa horripilante dor.
Dor de não poder ter o que se quer, no momento em que se precisa.
Dor e mais dor em cada olhar que não se pode arrancar diante do seu.
Dor tão intensa quanto a mais forte doença.

Dor, imensa, dor,
Que invade pelas veias,
Chega ao coração,
Arrebenta as artérias,
Esmaga os pulmões,
Tritura o fígado,
Amassa o esôfago,
Assassina a alma.

Dor incapaz de tirar os pés do chão,
Mais capaz de fazer toda uma vida não ter mais sentido diante dela.
A dor que faz pensares que a morte seria o melhor caminho.
Dor que queima o peito, queima o cérebro, desfalece o coração.
Dor e dor e dor, que quaisquer palavras são míseras para descrever um pedaço desta.
Dor quão forte dor,
Que não existe no Universo,
Dor mais forte quanto,
A dor do amor.

Foto de vino silva

Hoje

Hoje estou triste.
A vida de repente se reduz,
a um punhado de fantasias inúteis.
Sou a folha que cai no silêncio da noite,
o choro que se desfaz no rosto perdido,
e olho as minhas pobres,mãos nuas e vazias
sem esperanças, sem dádivas,
sem luz que as reluzia.
E aqui fico, a semear, vagas melancolias..

Hoje acordei cansado, e amargo, e só.
triste mais triste e com as lágrimas nuas na face,
deixando a caneta chorar por mim neste poema.
Oh deus,dé-me,um trago do calice da esperança,
e inventa por favor, outras histórias,
para que se apague de vez, estas tristes memórias.

Foto de Vágner Dias

Folha rabiscada

Tudo o que eu queria era resumi em uma folha rabiscada com meia dúzia de palavras, descrevendo-te na perfeição, sentir necessidade de escrever em vários papéis tudo o que eu pensava de ti, mas nenhum era mais completo do que o anterior, que eu tinha rasgado. sair de casa na esperança que as luzes tão repetidas da abandonada rua me levassem a alguma forma de te recompensar, pelo sorriso que me dirigiste ás 16:00 horas sem rumo e direção. Guardado seu sorriso, a passar repetidamente na minha mente e, mais recentemente, no meu coração. Pensei em arranjar uma flor tão bonita como tu, mas a florista não tinha rosas especiais nem flores do outro mundo, pelo que continuei a observar as luzes rua fora.
Momentos anti de chegar passei pela uma papelaria, mas até os forretas cartões de amor eram mais fracos que as minhas inúteis palavras. Pensei em escrever um livro só sobre ti, mas precisaria de coleções enormes só para conseguir dar um significado ao teu nome que não fosse o que o meu interior tanto repete, vezes sem conta. E mesmo assim, acho que metade de cada página seria em branco, só para deixar os leitores a imaginar cada maravilha tua. Cada raio de sol refletido no rio faz-me lembrar de ti.
Costumo passear junto a ele na esperança que faças o mesmo, e que possamos encontrarmo-nos completamente por acaso. poderia contigo esta ali naquele momento sentado do seu lado, numa noite longa e agradável contando as estrelas que guardavam cada desejo nosso. os mesmos desejos que te contaria, vezes sem conta, junto ao ouvido em sentido de provocação.por uns minutos te raptar do teu mundo e levar-te para bem longe. Levar-te ao topo do mundo, ao fim de cada estrada, ao desconhecido por nós até no pensamento.
Ao espaço nosso, escrevendo o nosso nome entre linhas numa placa bem visível. poderia, bem junto ao infinito, acender uma vela e piscar o olho entre a restante escuridão. Enganar o medo e viver de olhos fechados, sentindo somente o teu toque, ouvindo a tua voz como se estivesses dentro de mim. Apagar o coração de velas que te rodeava e ficar a olhar para o luar que insistia em te iluminar. Esquecer tudo. Esquecer o que já não importa, e lembrar quem tu és minha doce menina.
Lembrar do que fazes, do que insistes em marcar e da importância que tu não esqueces em fazer. até lembrar-me unicamente do sorriso que fazes sempre que não digo nada de jeito, ou da palavra que dizes sempre que fico calado. A felicidade em gestos. no entanto, continuo sem conseguir uma razão racional para te mandar uma flor, e não uma caneta. Ando confuso, sem rumo. Só para teres noção, até dou por mim a ver-te em todo o lado, sem sequer lá estares. sentado na minha cama, a olhar intensamente o papel onde te descrevi, e uma fotografia, sua penso que esgotei as formas de pensar em ti. Ou de te compensar só pelo teu sorriso. Aquele sorriso.

Foto de P.H.Rodrigues

Sem nada pra fazer

Na verdade eu escrevi isso pra passar um pouco o tédio, porque estou no estagio no momento, sem musica, e já tentei varias vezes escrever algo legal pra postar aqui, mais não deu em nada, não consigo escrever sem musica ou sem estar perto ou conversando com minha namorada, bom não sei se vão gostar mais ai esta:

me sinto só, abandonado
com meus pensamentos como companheiro
e você como minha amante
mas tu não podes ler o que estou a escrever
assim como meus pensamentos não podem me confortar
pois de pensar já me cansei
mais de te desejar jamais me cansarei
palavras a mim mesmo estou dizendo
tentando me conformar por dentro
preencher esse vazio que me fazes
quando não estas por perto
sem me preocupar em rimar
apenas tento me confortar
pois de mim mesmo já me cansei
sem você pra me inspirar
sem musica pra me tranqüilizar
minhas palavras são inúteis e fúteis
palavras tais algumas que não sei o significado
mais que usei por ficarem boas lado a lado
por se completarem e algumas não se sentirem só
não sei se conseguir comover
mas inspiração nenhuma tenho sem você.

Foto de Ariel R.

Amor Platônico

Quando lembro de você,algo repousa em meu coração.
Não sei se é dor ou alegria,mas é capaz de fazer chorar,
Um homem cuja as lágrimas dificilmente revelam-se ao mundo.

Aconteceu na primeira vez em que te vi.
Foi como se o mundo a minha volta tivesse parado de existir,
Sendo que você se tornou meu mundo.

Minha respiração diminuiu como se eu estivesse em um sonho,
E aumentou ao saber que aquilo era real.
Meus olhos não estavam mais lúcidos.
Minha mente ficou sem rumo.

"Que forte sentimento é esse aqui dentro?
Que me prendeu aquela divina e mais bela das mulheres,
Que me fez acreditar que eu poderia me entregar à alguém
Que preencheria o vazio que eu sentia em meu coração."

Então me perguntei-"Isso é amar?"

É isso que os apaixonados sentem cegamente?
Isso que faz as pessoas cometerem loucuras?
O que não entendo é que,mesmo depois de tanto tempo,
Por que ainda sinto isso por você?

Será que todo mundo já sentiu isso?
Ou eu que simplesmente não consegui te esquecer?
Tentativas inúteis de te apagar de meus pensamentos,
Pois mesmo assim,você continua aqui,
Em meu coração profundamente apaixonado.

Os sonho que tive de você junto à mim.
Sonhos que me cegavam perante à realidade.
Talvez você nem seja como eu a imagino,
E mesmo assim,você continua aqui...

Então me pergunto-"Isso é o amor platônico?"

Quantos homens e mulheres já sofreram por tal devastador sentimento?
Ter aquela pessoa ao lado,não importa como,
Apesar de às vezes ter medo de ao menos encará-la
Um sonho que pode se tornar realidade para muitos.
A realidade que pode se tornar eterna para alguns.

Talvez agora eu saiba que o amor,
Apesar de não saber senti-lo,
Pode salvar vidas,ou até mesmo,
Acabar com uma...

Foto de layellen

Te esquece é inútil

Tento te esquecer...
A cada dia,
A cada pensamento.
Só que todas as tentativas são inúteis,
Elas só me levam a pensar em você...

Toda vez que me ponho a não pensa em você
Não sei o que acontece, só penso em você!
Agora a única saída é não te esquece,
Pois todas minhas experiências não tiveram sucesso
Minha única alternativa é te amar, e esse amor,
Não sei quando acaba ou se vai acaba!
Te AmoOoOo...

Foto de Wendel Camargo

Ouro de Tolo

Após reler "1984" (George Orwell), sinto-me como um membro do Partido; assim como Winston Smith chega ao final de sua vida: desiludido, impotente, mergulhado num profundo posso de consciência, onde a vida real não é afetada; a insanidade está nos outros, na sociedade, em tudo; mas como fazê-los perceber isso? Talvez isso realmente seja impossível.
Qualquer pessoa, qualquer empgrego dito respeitável e que traz uma suposta dignidade, não serve para nada! Somos engolidos pelo sistema. Não passamos de uma peça dentro de um maquinário complexo e quase incompreensível, blindado por uma burocracia competente, que contribui com o distanciamento entre a peça e o produto.
Então qual seria o produto?
Talvez os únicos que saibam são os que dele se beneficiam. Nós, meros trabalhadores inúteis (professores, advogados, médicos, engenhieors...) servimos unicamente para manter a engrenagem funcionando.
O ser humano tem a temível falha de depositar sua fé e esperança em coisas individuais: emprego, casa, família. Enquanto isso, deixamos de perceber a dominação sobre nós e deixamos de ter esperança no coletivo.
Não somos nada, individualmente; e, coletivamente, somos controlados (mesmo sem saber). Até as formigas têm mais consciência do que nós. Parabéns à raça humana!

("Inside the Job" - Pearl Jam)

Foto de Rafael Vieira de Carvalho

Chega

Chega
Chega de termos de ser os melhores;
Chega de ter de dizer “sim” e “obrigado” à tudo;
Chega de termos de sorrir quando na verdade queremos chorar;
Chega de ser bom, grato e generoso em tempo integral;

Basta de Hipocrisia para agradar alguns e desagradar a outros;
Basta de sentimentos sufocados e aprisionados por um todo que domina e suprime;
Basta de lágrimas de sangue derramadas sem olhares, sem efeitos, sem sentidos;
Basta de uma sociedade materialista e cega pela ganância;
Basta de uma realidade falsa, mascarada e insensata ;

Quero novamente sentir o sabor da vida;
Quero novamente poder ver o sol da manhã e contemplar a beleza da vida;
Quero novamente sentir o orvalho fresco tocar a pele como a sêda;
Quero sentir o frescor da igualdade e o carinho da abastança;
Quero ser eu novamente, ter meus sentimentos que outrora fora roubado como o vento na madrugada frio e devaneio;
Quero me libertar da hipocrisia, das mascaras e das amarras que nos transformam em seres inúteis e sem sentido;
Quero sentir o calor do qual um dia pude sentir no colo de mãe, com suas mãos a afagar meus cabelos;
Quero sair desse fundo, quero emergir, nascer novamente em um mundo diferente.

Saída sem volta;
Coração sem batida;
Olhos sem visão;
Destino sem sentido;
Boca sem palavras;
Socorro!! Quero ser “EU” novamente
RVC – 02/07/2009

Foto de LuizFalcao

"LIBERDADE"

De Luiz Antônio de Lemos Falcão em 01/06/2004.

Qual pássaro que ingênuo pousa para comer o grão,
Que por mais arisco que seja em laço se vê.
E assim, qual pequena ave engaiolada, a “Liberdade” finda,
Na rotina do não e do sim;
E do talvez;
E do quem sabe;
E do não sei.

“Soltai-me, peço-vos, para a vida lá fora!”
Implora a “Liberdade” tristonha, agitada nas grades da gaiola!
Seu clamor é a bela melodia que todas as manhãs antes de raiar o dia,
A todos na casa acorda,
Vibrantes, belas e inúteis notas,
Flutuam no ar sem resposta.
Não há quem entenda tratar-se de uma súplica!

E assim, chora a “Liberdade” em todas as manhãs de todos os dias,
Exceto um.
O canto súplice termina...
Pobre “Liberdade”!
No chão da gaiola cansou de cantar!
O suplicatório em notas sufocou na garganta!

Não salta mais “Liberdade” em seu pequenino cárcere dourado!
Caída no fundo de sua injusta prisão,
Jaz inerte a ave graciosa.
Dos olhos vívidos extinguiu-se a luz.
Jamais verão novamente os galhos da arvore onde nascera.
Nem suas asas em surf planarão nas ondas do vento.
Nem seu canto encherá de notas harmoniosas o firmamento.

Morreu!...
Morreu mesmo a “Liberdade”?
Desistiu do seu brado a poderosa ave?
“Liberdade”!... “Liberdade”!... “Liberdade”!...

O grito de “Liberdade” não pode morrer!
Enquanto houver quem sonhe com ela,
Enquanto existirem encarcerados,
“Liberdade” será “Esperança”,
E “Esperança” tornar-se-á “Vontade”
E “Vontade” será novamente “Liberdade”.

“Liberdade” alçará um vôo ainda mais alto e mais livre.
Planará como a águia,
“Liberdade” nunca mais cantará o canto dos aprisionados,
Nunca mais ao chão pousará para comer o grão.
Arrebatará ainda em vôo suas presas,
Elevando-as as alturas, alimentando-se dos sonhos e dos anseios!
Avolumando seu canto em ondas sonoras que se espalham no ar,
O brado eterno que ecoa nas almas humanas!
Seu ninho estará nos altos rochedos.
Contemplando a planície dos campos,
As copas das matas, o leito dos rios e as ondas dos mares.
Não haverá limites além do horizonte para a fênix ressurgida,
Reerguida das cinzas da morte.
Senhora dos céus, novamente livre a amada “LIBERDADE!”

01/06/2004.

Foto de luiggibolonha

Comeram o Fruto da Árvore do Conhecimento e Criamos o Capitalismo

Comeram o fruto da árvore do conhecimento e criamos o capitalismo, assim destruímos o amor e descobrimos a dor, da fome, da sede, da ansiedade em comprar, da felicidade em competir e julgar.
Com a agressividade da concorrência das empresas, onde não podemos ter dignidade, temos que estudar, estudar e estudar, se profissionalizar, aprender a falar em outras línguas, para se comunicar, sendo que não conversamos mais com os nossos pais.
No intuito de conseguir um emprego, mas temos que trabalhar como estagiários palavra dada é sinônimo de escravos, para adquirir experiência e possuir uma referencia, somos contratados, passamos anos trabalhando quase nossa vida útil inteira, sempre querendo que o mês passe e o ano acabe, para terminar de pagar o que não mais vai acabar. Esquecemos os nossos valores, perdemos o nosso caráter, celebramos os inúteis desejos, e a incapacidade de se contentar com aquilo que realmente queremos, para conquistar aquilo que os outros desejam, para apenas se mostrar melhores, e se sentirem piores! A vida era fácil quando criança, até começarmos a raciocinar, que ironia, não queríamos o conhecimento, agora sofremos por dentro com um sorriso exposto no rosto!
Todo esse tempo para ganhar dinheiro e comprar objetos sem valores morais, aquecendo a economia dos paises sem diretrizes, humanas, destruindo a beleza da nossa natureza. O amor das pessoas, a felicidade em apenas ter uma vida simples e modesta.
O que não entendo é a desvalorização da razão da nossa existência, do amor, da convivência a troca de experiência.
Somos o fruto do que deveria ser o amor dos nossos pais, já fomos á esperança de um dia trazer-mos Paez.
Talvez a esperança nunca acabe, mas estamos sentados esperando “Deus”, dar uma solução para o problema da sua criação.
O vazio que sentimos por dentro, ainda não paramos para pensar o que verdadeiramente vai nos completar, mas lá no fundo sempre sabemos, por pior que seja admitir o que queremos.
Não quero que pensem que sou diferente, também estou sentado, escrevendo, tentando abrir a sua mente.
Para que veja alem da nossa imagem e semelhança, e perceba o calor do amor, nascemos dele, vivemos dele, a morte não deveria ser uma dor, mas sim o final de uma vida cheia de esplendor.
Gastamos muito tempo, para trabalhar, construir e chegar no “paraíso”, da onde nuca saímos, apenas o modificamos, hoje ele é conhecido como Planeta Terra.
Mas o mais engraçado é que passamos a vida inteira para sentir o amor, que deixamos com rancor.

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