Intimidade

Foto de Izaura N. Soares

Meu Corpo Pede Bis

Meu corpo pede bis
Izaura N. Soares

Devaneando meus pensamentos...
Sentindo seu toque, respirando seus argumentos
Num lugar que foi desenhado só para nós.
Deixe-me cavalgar no seu corpo,
Delirando de prazer,
Confortando meu desejo,
Excitando o seu ego freneticamente
Num ritmo acelerado onde meu corpo pede bis.
Excito-me só de olhar para você. E vejo
No seu olhar a súplica de um desejo a se formar.
Quando o meu corpo se junta ao seu,
Nosso óleo umedece nossa intimidade que nos
Deixa loucamente apaixonados.
Somos somente eu e você,
E o nosso amor se completa num
Gozo há muito guardado
A espera da nossa entrega total.
Não tenha medo de se entregar a mim.
Porque, toda vez que tu sentires medo
Deixa-me mais excitada querendo explorar um
Universo proibido que me deixe completamente
Transtornada, alucinada.
Portanto, não tenhas medo...
Por que se tiveres, não responderei por mim!

Foto de frank5417

Eu homem vivido

Eu homem vivido de coração aberto
Em toda minha vida pude sentir a evolução
Do nobre sentimento amor , sim amor
De certa forma a vida não me deu os caminhos mais belos
Mais por onde percorri vivi amores paixões , um caminho natural
Mais hoje a vida me ensina e orienta
Ame e seja sincero
Perdoe e ceras perdoado
Compreendo que hoje sou homem de coração magoado, sofrido
Mais tenho dentro de mim a certeza que hoje conheço bem o amor
O amor se faz presente e ao mesmo tempo ausente
Basta saber entende lo, á amor e amores.
Como também a amor que amamos calados na mais profunda intimidade
Amor presente se vê no dia, dia , em lugares, pessoas gestos
Mais amor verdadeiro fica escondido só unicamente só pra você
E de tal habilidade ele se mostra direcionalmente a uma pessoa VOCÊ.
Como um eniguima onde a chave só se pode saber quem de fato o senti
Eu homem vivido de coração aberto declaro que o amor esta em mim como sinto que
Já se faz presente em VOCÊ. 10/06

Foto de frank5417

Sintonia

SINTONIA...
Te quero, te desejo, te beijo até perder o ar.
Fazer a nossa sintonia naquela hora,
te agarrar, te beijar carinho sincero, ser todinho seu
Pensar bobagens, fazer muita vontade de ser seu
Colocar seu nome ao peito sorrir brincar
Deixar a fome envenenar nossa gula vontade chama sincera.
Te quero pelo que tu eis e representa pra mim , meu porto seguro
imploro meu sentir, meu carinho ousado, de fato sincero
Te quero , brincando de fazer de conta, e sabendo que estamos
vivenciando nosso momento
E nem me espanta este tesão maluco, vontade de estar com voce
dialogar , saber de você, do seu dia ...
Uma explosão de desejos profanos,
Beijos lambidos em lugares sagrados. na nossa intimidade sincera
Te quero no chão, no conforto, no lugar não sei , só sei que sou seu
Te quero e não abro mão, com ninguém
Desejo teu ar, sou teu de uma forma ou de outra sou , sim
Aquele que te enfeitiça, ser homem, menino.
Aí , incansável, manhoso
Teimoso, faço charme, corro, caio...
Te quero mais e mais...desmaio
Eu sou a sim

Foto de Graciele Gessner

Intermináveis Questões (II). (Graciele_Gessner)

Quem sou ou quem é você?
Por que insiste amar-me ou insisto em amá-lo sem você sentir o mesmo que eu?

Quem sou na minha intimidade? Conheço-me verdadeiramente? Infelizmente ou felizmente os meus pensamentos insistem em pensar em você, em procurá-lo no meu infinito coração.

Quem eu sou quando estou no meu isolamento, na minha tristeza, nas minhas crises?
Mesmo assim você me olha e insiste dizer-me que tem uma saída para isto tudo, um novo caminho para ser percorrido.

Quem é e como sou quando estou com sede de viver, na minha luta diária?
Fico sem chão quando relata as memoráveis lembranças e, que os meus pensamentos já apagaram e você persiste em me recordar de suas histórias.

Quem é você na sua nobreza intelectual?
Que a saudade insiste em me entristecer?

Quem é você que seu futuro não está planejado?
Que o meu mundo de isolamento insiste ficar no seu recanto de sombras?

Quem é você além da sua inteligência, que se esconde entre as montanhas rochosas?
Que meus lábios insistem beijar-te?

Quem é você que ultrapassa os seus limites dos seus pensamentos?
Que meus desejos de amor insistem possuir-te?

Quem sou neste mundo de imortais?
Por que você insiste mostrar-me o que não desejo, não quero enxergar?

Quem sou nesta vida, nesta constante luta?
Que você persiste em mostrar-me?

Quem sou eu, na infinita vida que tanto caminho?
Que você insiste sair do anonimato e me socorrer com seu sorriso?

Quem sou que não consigo retornar ao meu interior?
Na tentativa você mostra a beleza da vida...

08.01.2007

Escrito por Graciele Gessner.

* Se copiar, favor divulgar a autoria. Obrigada!

Foto de Henrique Fernandes

ERGUER OS DIAS ACIMA DE QUALQUER MAL

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O teu amor mudou toda a minha vida
Toda a intimidade que eu escondia nos sentimentos
Fica exposta como estrelas em céu limpo
Rimado em versos de paixão entre as constelações
Os trajes de amor que exibo por ti são muitas vezes
Mal entendidos que a própria distância traduz
E a saudade dá espaço a novas certezas incertas
Refugiando o desespero em procura de tranquilidade
Acordo mal disposto por ocupar o lugar errado
Onde o longe é realçado num reboliço de carências
Que combato num abraço apertado á almofada
Sabendo que de ti chega uma espécie de força
Obrigando-me a erguer os dias acima de qualquer mal
Espevitando livre o meu espírito num compilação
Sorridente que aglomera boas sensações
Rubricadas em bons sonhos que partilhamos
Sim, porque tu me dás bons sonhos todas as noites
Sonhos oferecidos pelo conforto da nossa combinação
Ainda por saber se perfeita ou não
Saciamos lado a lado um começo atribulado
Que apesar de tudo temos cravadas nossas garras
Num vento soprado por nós com força de amar
Somos tempestade ainda na bonança
Á espera de despertar vendavais de felicidade
Num quotidiano de toques afirmando o nascer da vida
Do nosso dois em um ainda a zero materialmente
Mas já de milhões bem-dizermos na alma

Foto de Edson Milton Ribeiro Paes

"NO EMBALO DO TEU CORPO"

“NO EMBALO DO TEU CORPO”

O salão antes claro...
Agora esbanja cumplicidade...
Em um momento tão raro...
Abusamos da intimidade!!!

A cada passo...
A cada respiração...
Vou perdendo o compasso...
Enchendo-me de tezão!!!

O cheiro da fêmea...
Antes maquiado pelo perfume...
Exala abundante pelos poros...
Misturado ao desejo que nos une!!!

Ao som da musica contagiante...
Nossas bocas se procuram...
Uma busca constante...
Enquanto excitadamente se beijam!!!

No bailar dos corpos...
O tremor dos sentimentos...
Palavras sem nexo...
Temperam nossos momentos!!!

A musica termina...
Mas a vontade não...
Acabamos em uma cama...
Num turbilhão de paixão!!!

Foto de Lu Lena

QUERO UM AMOR

Quero um amor que incendeie
minha pele e meu corpo

que entenda meu silêncio
na totalidade do meu ser

Que aceite como eu sou
sem nada dizer

que me possua inteira
ser sua mulher, amante e
companheira

Me doar sem exigências de nada
ser envolvida apenas em seus braços
sentir-me desejada

Quero uma aproximação etérea
que me desnorteie nessa espera

em seus toques afagos e beijos
me queimando em desejos

Quero um amor sincero e real
erótico, sem ser vulgar e banal

cheio de prazer e candura
levando-me ao ápice da loucura

Quero um amor que juntos
desvendamos todos os segredos

fortalecidos e sem medos...

na intimidade, juntos e cúmplices
nesse amor em liberdade...

Foto de Maria Goreti

O BEIJO

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O BEIJO

(Oswaldo Genofre & Maria Goreti Rocha)

Pela sua existência, só fantasia.
Eterna viagem ao encantamento,
Ávidos, ternos, de muita alegria.
A imaginação nas asas do vento!

Às vezes, de carinho, molhados.
Com o gosto do desejo, ardente,
Provocadores de tão ousados,
Do paraíso, a própria serpente!

No rosto, doce sinal de amizade,
Na mão e na testa... muito respeito.
O coração a pulsar forte no peito...

O caminho certo para a intimidade,
Chega a fazer-nos perder a razão,
Os corpos, de tão unidos... explosão!

*Direitos Reservados aos Autores*

Foto de Nellyra

Mãos que Te Amam

Sei que amas minhas mãos!!!
Mãos que te pegam com vontade,
E com toda minha voracidade,
Te cercam de carícias.

Mãos lascivas que percorrem teu corpo
Entram entre tuas pernas, me deixam fogoso
Dedos vibrantes fundo te penetram
Sei que deliras ao sentir o gozo...

Mãos que te afagam de jeito gostoso
Que massageiam teu sexo, ansioso por tesão
Que te fazem ficar fogosa
Louca para amar, doida de paixão

Mãos que te invadem a intimidade
Dedos que te deixam e ficam loucos
Que te tomam a genitália
Que te tiram gemidos satisfeitos... roucos

Mãos que te tomam todo corpo
Que te levam ao climax, sem cansaço
Deixam-te ardente de desejos
Que te percorrem toda, não deixam espaço

Fazem-te implorar por mais e mais
Sentes minhas mãos assim, gostosas demais
Magníficas como você gosta, firmeza no tato
Para mim são mãos... perfeitas de fato!!!

Mão que amam te bulinar
Afagar teu sexo macio... molhado
De te sentir gemer, gritar...gozar
De te inundar em gozo, te possuir... te amar

Mãos que te pegam com jeito tarado
Que te comem famintas, amantes...
Te cercam de carícias desse teu amado!

Mãos que te amam!!!

Foto de Lou Poulit

A MONTANHA E O PINTASSILGO (CONTO)

A MONTANHA E O PINTASSILGO
(Parte 5)

A novamente recolhida em si, a montanha não se conformava. Como podia ser aquilo? Um pintassilgo tão lépido e inteligente tinha obrigação de encontrar a saída providencial. Será que a velhice roubara a sua visão? Claro que não, para outras coisas não! Medo de vento ele sempre tivera, mas ante a possibilidade fortuita de recuperar a sua sagrada liberdade, não poderia titubear em optar pelo vento que, diga-se de passagem, não seria mais perigoso fora do que dentro da gaiola, onde já havia entrado. Não, tinha que haver uma outra razão plausível.

De repente, ela se recordou de um detalhe que lhe pareceu importante: durante o imenso minuto em que tudo aconteceu, em nenhum momento o pintassilgo lhe dirigiu sequer um único pensamento. Foi como se ele não ouvisse os seus apelos agoniados, para que fugisse pela portinhola entreaberta, antes que fosse tarde demais. Por que tal comportamento? Será que não mais considerava valiosa a especial e já manifestada amizade de uma montanha? Ora, não havia dado a ele nenhum motivo para tamanho desprezo, muito pelo contrário.

Sua indignação contudo ainda se transformaria em perplexidade: algum tempo depois a montanha foi arrebatada das suas reflexões pelo canto, agora de fato inconfundível, do seu pintassilgo. Lá estava ele novamente. A gaiola fora reposta no mesmo arvoredo, reabastecida de sementes e água, parecendo que nada havia acontecido ao passarinho. Até se poderia deduzir que estava mais feliz do que antes da ventania. Coisa mais absurda ― disse ela a si mesma. Porém, era evidente, nenhum pintassilgo deprimido poderia cantar tanto nem com tamanho virtuosismo, nem dar cambalhotas no ar e fazer outras piruetas. Até um banhinho ele tomava. Sucinto, como são os banhos dos passarinhos, que não têm muita intimidade com líquidos e nem muito o que lavar. Mas bem diante dos arregalados olhares da montanha, o bichinho espirrava água para todos os lados, enquanto, literalmente, mostrava ser também um entusiasmado cantor de banheiro.

Quando a tarde já se preparava para anunciar a sua partida, uma cena insólita mais uma vez surpreendeu a montanha. Vieram os dois caçadores na direção do arvoredo. O velho, ensimesmado, apertando as pálpebras como que por impaciência, não respondia uma só palavra, ao passo que o jovem, mostrava-se inconformado. Alguma coisa o levava a gesticular muito e a despejar no vento repetidos argumentos, tão atropelados que era difícil entender o mínimo. Até mesmo interpor-se no caminho do outro o jovem tentou, inutilmente. Para espanto até do pintassilgo, não apenas o caçador mais velho retirou a gaiola do galho em que estava pendurada, como ainda meteu a mão pela portinhola, apanhou o bicho apavorado entre os dedos, grosseiros mas cuidadosos, e em seguida simplesmente abriu a mão e esperou que ele voasse. O passarinho atônito demorou a entender, porém depois de poucos e longos segundos, mais assustado do que feliz, lançou-se no vazio, seu natural quase esquecido pelos anos de cativeiro. Com um sorriso contido no rosto também marcado pelo tempo, o homem ficou olhando onde ele pousaria. Por seu lado, aborrecido, o jovem virou-lhe as costas e com as mãos na cabeça, numa expressão de perda, foi-se embora a passos duros na direção do vale.

O pintassilgo não chegou muito longe em seu primeiro vôo. Não mais reconhecia a liberdade, suas possibilidades e perigos. Logo percebeu que praticamente nada estava tão perto e disponível, e que necessário se fazia agora dosar o esforço de se deslocar. A satisfação das necessidades dependeria de ser capaz de reconhecer seus limites. E aí estava uma coisa que não lhe parecera importante durante muito tempo: teria que olhar para dentro de si, em vez de conhecer, por dentro, apenas a gaiola. Mas a prática de todas essas coisas teria que ficar para o dia seguinte, pois já estava completamente escuro. A noite, fora da gaiola, era terrivelmente assustadora, até porque, embora estivesse acomodado em um lugar bem seguro contra predadores, ele não sabia disso. Perdera as referências para avaliar a sua segurança e, desse modo, tudo parecia potencialmente perigoso. Os múltiplos sons da noite, assim mais se assemelhavam a uma sinfonia macabra. Fora das paredes da casa do velho caçador, o mundo se tornara quase desconhecido. Não havia mais o acolhedor teto de sapê seco. Não havia ali, na verdade, nenhum teto e o sereno já se mostrava ameaçador. Em compensação não havia nenhuma ventania (Céus! Uma ventania no meio dessa escuridão seria morte certa e dolorosa!), contudo a aragem natural e constante da noite, resultante do resfriamento, tornava difícil manter uma camada de ar, aquecido pela temperatura do corpo, entre as penas e a pele delicada. Apesar de ser pessoa de intelecto muito simples, o caçador sabia que os passarinhos dependem disso para sobreviver e tivera sempre o cuidado de manter a gaiola em algum lugar bem protegido.

Porém, todas essas perdas decorrentes do cativeiro prolongado pareciam secundárias, do ponto de vista de alguém que não poderia caber em gaiola nenhuma. A montanha passara as últimas e desesperadas horas tentando se comunicar com o pintassilgo. E assim foi, ainda por outras horas. Era alta madrugada, ela resolveu que devia armar-se de mais paciência. Decepcionada, viu afinal que as tais perdas tinham uma magnitude bem maior. O seu velho amigo passarinho perdera grande parte da percepção do seu meio natural e exterior, porém, perdera também parte da percepção interior. Que triste era isso.

(Segue)

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