Interior

Foto de jairokour

Beijo Para Flor

Ela não me saía da cabeça. Se entranhara tanto em mim que por mais que eu tentasse, não conseguia tirá-la de meus pensamentos.
Sonhava com ela, imaginava milhares de situações, sentia uma vontade louca de ouvir sua voz, ver seu sorriso, estar junto dela, tocá-la, sentir sua pele.
Eu me controlava, mas era evidente que eu a queria demais, que morria de tesão por ela. Apesar de tudo que vivêramos, tinha dúvidas se ainda era correspondido, mantinha-me então discreto e evitava avançar o sinal.
Certo dia por um motivo qualquer, estive em sua casa. Na hora de ir embora, ficamos conversando no portão. Estávamos sozinhos. Ao despedir-me, beijei-lhe o rosto como de costume. Segurava sua mão e senti que ela apertou a minha retendo-a na sua, como se não quisesse que eu fosse. Isso me deu coragem. Puxei-a para dentro e fechando o portão, venci a timidez inicial e toquei seus lábios com os meus. Um lampejo de resistência e espanto apareceu em seu olhar, que logo foi substituído por um brilho intenso e senti sua boca macia pressionando a minha, correspondendo e provocando em mim imediata reação, excitando-me, deixando meus sentidos à flor da pele.
Perdi o medo e com minha boca colada à dela, envolvemo-nos num beijo intenso, quente, úmido, cheio de lascívia e paixão. Adorava a pressão de seus lábios contra os meus, enquanto nossas línguas se encontravam e se enroscavam, lutando frenéticas, procurando cada uma absorver da outra toda carga de luxúria reprimida em nós até aquele momento, buscando desvendar nossos segredos, revelando os mistérios de nossos corações, fazendo aflorar todo desejo contido, enclausurado.
Ah, o beijo. Mais que o sexo, o beijo é a demonstração e a procura dos anseios mais recônditos. É a entrega perfeita, sincera. O sexo é instinto animal, o beijo é o desnudar da alma. O sexo é o prato que nos sacia a fome, o beijo é o alimento que nos revigora a alma. Mostramos no beijo todos os nossos sentimentos. O sexo é gozo efêmero, rápido, o beijo, gozo eterno. O beijo faz o sexo e é o sexo. Sexo é físico, beijo é alma. Revelamos nele toda a nossa fragilidade frente aos sentimentos que nos assolam e toda nossa força criada pela paixão. O beijo agasalha nosso frio, livra-nos de nossas amarras, liberta-nos de nossas vergonhas, estimula nossas emoções e provoca o toque. E o toque, num círculo vicioso, excita o beijo. Mais uma vez eu tomava consciência do porque as cortesãs oferecem o sexo e recusam o beijo. Sexo pode existir entre corpos desconhecidos, beijo verdadeiro e sincero, só entre corações que se querem.
Ao beijá-la sentia meu sangue fervilhar, minha pulsação disparar e todas as minhas sensações concentrarem-se em nossas bocas. Meu coração almejava querer e ser querido. O contato de seus lábios com os meus variavam de intensidade conforme o fluir das emoções, ora suave feito brisa de outono, provocando leves arrepios, ora intempestivo como furacão, provocando tremor, nos deixando ofegantes. Nossas línguas viajavam de encontro ao céu de nossas bocas, acariciavam-se, descobriam-se e completavam-se. Ao comando do beijo nossas mãos nos procuravam, respondendo com afagos de amor. Nossos corpos se entregavam ao contato da paixão e à chama do desejo que se avolumava e se intensificava.
Afastei-me, tomei fôlego e segurando suas mãos a conduzi para dentro de casa, procurando um lugar mais confortável.
Sentados no sofá, Flor, procurando a minha, ofereceu-me novamente sua boca sôfrega. Aceitei-a, ávido de mais carinhos e beijei-a arrebatadamente como sempre desejei, como sempre sonhei. Guiado pelo desejo fiz com que minha boca percorresse seu pescoço, seu colo, sua orelha. Pousasse em sua nuca beijando-a suavemente, provocando suspiros e arrepios de excitação. Minhas mãos descobriam seu corpo em suaves, mas decididos toques. Ela retribuía beijando meus olhos, mordiscando meu queixo, meu pescoço, acariciando meu rosto. Voltava, procurando o agasalho de minha boca, o abraço da minha língua. Prendia meu lábio inferior entre os seus, mordia levemente e deixava sua língua tatear pelos cantos de minha boca provocando-me e levando-me ao paraíso. Por cima do tecido de sua blusa, meus dedos atrevidos encontraram seu mamilo rígido e minha mão apertou suavemente seu seio, arrancando dela um gemido de prazer. Procurei os botões e a soltei. Deixando minha boca deslizar ao encontro daqueles mamilos maravilhosos, rodeei-os com minha língua, sugando-os delicadamente, depositando neles beijos úmidos e calorosos. Flor contorcia-se de excitação. Encorajado por suas reações tirei completamente sua roupa. Contemplei extasiado aquele corpo celeste. Ah, como descrever aquela visão de beleza exuberante? Ela nua, recostada no sofá, olhos semicerrados esperando ansiosa pelo meu próximo toque, adivinhando meu próximo beijo, se oferecendo, se entregando inteiramente a mim.
Decidi naquele instante que meu prazer, meu gozo, seria o dela. Resoluto distribui delicada e demoradamente centenas de beijos em seu colo, em seu ventre maravilhoso e, ousado, explorador, percorri seu corpo com minha boca, beijando, lambendo, sentindo a suavidade e o sabor de sua pele. Voltei aos seios, refiz o caminho de sua boca, mordisquei a pele de seu ombro, beijei seus pés. Partindo da parte de trás dos joelhos deslizei a ponta da língua alternadamente pelo interior de suas pernas, e subindo, guiado pelos seus murmúrios de aprovação, aproximei-me atrevido e pousei meus lábios nas pétalas macias daquela flor maravilhosa, sentindo sua suavidade, seu sabor divino, néctar propagado dos deuses. Deliciado, entre seus tremores e gemidos ouvia os murmurantes sinais inequívocos de seu delírio, que me orientavam e conduziam: “assim..., mais..., continue...”.
Beijava-a agora com a delicadeza do amor mesclada com a fúria da paixão. Flor respondia com movimentos ondulantes de seus quadris, suas pernas pressionando minha cabeça, fundindo-nos no mais íntimo contato. Minha boca e minha língua, como se estivessem em um parque de diversões, beijavam e brincavam loucamente, saltitando de um ponto a outro, alimentando seu prazer, amplificando seus sons, tonificando suas sensações. Estendi os braços e toquei novamente seus seios, brincando com seus mamilos, navegando por suas curvas, escalando suas colinas. Busquei sua boca e senti meus dedos, qual sorvete sabor prazer, sendo lambidos e sugados, umedecidos e envolvidos por sua língua. Continuei, distribuindo por onde minhas mãos alcançassem, as carícias que fluíam das pontas de meus dedos, descobrindo seus pontos de loucura, ligando chaves do seu prazer, desvendando as trilhas da sua paixão.
Sentindo o aumentar do ritmo dos seus movimentos, a frequência de seus ais, o balanço do seu ventre coordenado com a intensidade de meus beijos e o pulsar de minha língua, pressionei suas nádegas de encontro a mim, mantendo aquele cálice preso à minha boca, evitando sua fuga. Com as mãos crispadas no tecido do sofá, Flor aumentou a pressão de seu corpo sobre meu rosto, permitindo que eu sorvesse a intensidade de suas sensações, o mel dos amantes, querendo que seu prazer também fosse meu, e desmanchou-se com um tremor vigoroso na melodia fluida do gozo profundo, num êxtase sem fim, trêmulo, intenso, sonoro.
Segurando minha cabeça, manteve-me ali, preso por instantes em seu pulsar, compartilhando e transmitindo-me seus impulsos, suas delícias, agraciando-me com uma parcela de seu céu, me fazendo morrer de paixão e de felicidade. Acalmada, levou meu rosto junto ao seu e beijou minha boca suave e demoradamente. Acomodou minha face em seu colo, para que eu ouvisse, nas batidas de seu coração, os acordes de seu amor.
Sorridente, saciada, satisfeita, sem proferir uma palavra sequer, me fez feliz por tê-la feito feliz.

Foto de InSaNnA

Um Lindo Vôo

Estamos sempre
de braços estendidos..
em busca de um vento
uivando a liberdade

E assim,
germinar novos vôos
entre campos verdes
e rosas vermelhas
descobrir a flor mais bela
com um sorriso de novidade

Somos pássaros !!
de todas as cores
com a carência pulsando
no nosso interior..
Sempre a procura de grandes amores
com as nossas asas desesperadas
abertas como portas de amor

****************************************************

Aos meus doces poetas ,alguns, já pássaros assumidos....

Um bom dia para vocês!

Um beijo "estufado" de carinho...

Foto de Ana Botelho

SER AMIGO

"Furto-lhe a atenção e o interesse,
E, invade-me logo,todo o meu pensamento,
Apropriando-se das minhas fraquezas
E nelas, absorve tantas angústias...
Nesse exato e precioso momento
Disfarçamos cada óbvia intenção,
Falamos, então, de conceitos e sonhos
E em nossos belos ideais viajamos...
Eu, como sonâmbula noturna da dor,
Vagueio em meio a um leito obscuro
Para só acordar, pelo seu precioso resgate,
Nesse traiçoeiro rio caudaloso da solidão.
Você, com a sua alma lavada e balsamizante
Alavanca-me até segura margem
Desprendendo-me com uma incomum sutileza
Das torrentes confusas em que me achava,
Olho para cada fibra do seu interior
E o vejo tão querido, tão próximo, tão íntimo
E, justamente esse doce e ímpar instante,
Que você me faz sentir em luz e em paz!
Abraçamo-nos e, em pleno aconchego,
Ficamos quietos, patéticos e apascentados
Em energias afins, com certeza etéreas
Que irão sempre nortear esta nossa vida,
Ou quem sabe. grandes futuros cumpliciados...
Só sei que quero você aqui comigo
Não importando a que tempo, ou a que hora
E assim serei feliz, muito feliz, anjo de amor
Tendo você pairando por perto de mim, amigo sem fim..."

Foto de Gabriela Brassi

PALAVRAS AO VENTO

PALAVRAS AO VENTO

Não faz sentido exteriorizar meus desejos
Já que não representam nada a não ser a mim mesma.
Numa época, talvez isso fosse um estímulo para aguçar o seu querer.
Mas hoje, hoje são palavras jogadas ao vento.

Então sonho, crio e reprimo...
Me perfumo, me arrumo, me gosto
Me toco, me sinto, me realizo
Eu choro, enfraqueço, reajo e vivo...

Viva volto a sonhar,
Sonhando volto a criar,
Criando não realizo, então reprimo...
Ainda assim, me perfumo, me arrumo, me gosto. Me satisfaço
Eu choro, fortaleço e vivo.

Não jogo as palavras ao vento
são parte do meu interior
Elas representam muito...
Elas são fundamentais pro meu sonhar,
pro meu criar, pro meu realizar, pro meu gostar,
Enfim, pro meu viver...

Foto de Fernanda Queiroz

Figuras Linguísticas

Figuras de linguagem

Comparação: consiste em aproximar dois seres pela sua semelhança de modo que as características de uma sejam atribuídas a outro. Exemplo: Lívia é linda como sua mãe.
Metáfora: ´´e uma espécie de comparação implícita entre dois seres, já que o elemento comparativo fica subentendido. Exemplo: O samba é pai do prazer.
Metonímia: consiste no uso de uma palavra (x) em lugar de uma outra (b), em virtude de certas familiaridades que elas têm entre si. Exemplo: Você já tomou dois copos, agora chega.

Pleonasmo: é a repetição de uma idéia, com repetição ou não das mesmas palavras. Exemplo: Vi com meus próprios olhos!
Antítese: é o emprego de palavras que se opõem quanto ao sentido. Exemplo: De repente do riso fez-se o pranto.
O emprego de palavras que se opõem também é denominada como, paradoxo ou oxímaro . Exemplo: ela chorou de tanto rir!

Prosopopéia ou personificação: consiste em atribuir atitudes inanimadas ou humanas a seres inanimados ou irracionais. Exemplo: histórias em quadrinhos.
Onomatopéia: é a reprodução de sons e ruídos por meio dos sons das palavras. Exemplo: POOMP!!!
Eufemismo: é o uso de uma forma mais amena para dizer algo que possa chocar o interlocutor. Exemplo: Um senhor pegou seu carro sem lhe avisar e sem a intenção de devolver!
Ironia: ocorre quando se diz alguma coisa, querendo-se dizer exatamente o contrário. Exemplo: Todos os meus amigos têm sido campeões em tudo.
Hipérbole;
Hipérbato;
Sinédoque (metonímia);

Funções da linguagem

No ato da fala, pode-se observar:
o emissor: aquele que diz algo a alguém
o receptor: aquele com quem o emissor se comunica
a mensagem: tudo o que é transmitido do emissor para o receptor
o código: a convenção que permite ao receptor compreender a mensagem. Ex: Língua Portuguesa
O canal: o meio que conduz a mensagem ao receptor. Ex: a língua oral
O referente: o assunto da mensagem

Sendo assim temos as FUNÇÕES DA LINGUAGEM:

Função Referencial
Ocorre quando o referente é posto em destaque, ou seja, o objetivo do emissor é simplesmente o de informar o seu receptor. A ênfase é dada ao conteúdo, às informações veiculadas pela mensagem. Os textos desta linguagem são dotados de objetividade, uma vez que procuram traduzir ou retratar a realidade. Bons exemplos da função referencial são os textos jornalísticos e científicos.

Função Conativa (ou Apelativa)
Ocorre quando o receptor é posto em destaque, ou seja, a linguagem se organiza no sentido de convencer o receptor. Neste tipo de função é comum o emprego de verbos no imperativo e verbos e pronomes na 2° ou na 3° pessoas. Bons exemplos da função conativa são os textos de publicidade e propaganda.

Função Metalingüística
Ocorre quando o código é posto em destaque, ou seja, usa-se o código lingüístico para transmitir aos receptores reflexões sobre o próprio código lingüístico. Bons exemplos da função metalingüística são as aulas de línguas, gramáticas e o dicionário.

Função Emotiva (ou Expressiva)
Ocorre quando o emissor é posto em destaque, ou seja, a mensagem está centrada na expressão dos sentimentos do emissor. É um texto pessoal, subjetivo. É comum o uso de verbos e pronomes em 1° pessoa e também o uso de pontos de exclamação e interjeições. Bons exemplos da função emotiva são textos líricos.

Função Fática
Ocorre quando o canal é posto em destaque. O interesse do emissor ao emitir a mensagem é apenas testar o canal, o que tem o mesmo valar de um aceno com a mão, com a cabeça ou com os olhos. Exemplos típicos da função fática são: "alô", "pronto", "oi", "tudo bem?" "boa tarde", "sentem-se", etc.

Função Poética
Ocorre quando a própria mensagem é posta em destaque, ou seja, chama-se a atenção para o modo como foi organizada a mensagem. Bons exemplos da função poética são textos literários, tanto em prosa quanto em verso.

As linguagens da literatura

Versos são uma sucessão de sílabas ou fonemas formando uma unidade rítmica e melódica que corresponde, normalmente, a uma linha do poema.
Estrofe é um agrupamento de versos.
Métrica é a medida dos versos.
Ritmo na poesia se dá pela alternância de sílabas acentuadas e não acentuadas,ou seja, sílabas que apresentam maior ou menor intensidade em sua enunciação.
Rima é um recurso mundial baseado na semelhança sonora das palavras no final dos verso e, as vezes , no interior dos versos.
Aliteração é a repetição de sons consonantais idênticos ou aproximado.
Assonância é a repetição de sons vocálicos idênticos ou aproximados.
Paranomásia é o emprego de palavras de grafia ou sons aproximados, mas de sentidos diferente.
Paralelismo é a repetição de idéias e palavras que se correspondem quanto ao sentido

*Texto pesquisado em Fichário On Line

Foto de fceleti

espelho interior

Atrás deste sorriso tímido,
Um olhar desconfiado à procura
Do instante ideal de se revelar.

Essas lágrimas, ao contrário,
Demonstram toda uma felicidade
Adquirida com os anos de cativeiro.

Passaram, sim, passaram
Os reflexos distorcidos do meu ser invisível
As chuvas do inverno
Lavaram as impurezas de meu espelho interior

Foto de NuzzyII

Viver não é apenas existir

A vida é para se viver
E não apenas para se existir,
Viva,morra,resnasça...
Mas viva não apenas exista!
O amor é para se amar
E não para brincar
Ame,odei,ame novamente...
Não brinque com sentimentos!
Felicidade é para "ser "feliz,
E não para "ficar" feliz,
Fique feliz,seja feliz...
Não fique e nem seja infeliz.
Viver,amar,ser feliz não depende
de buscas...
a vida,o amor, a felicidade não mora longe para irmos a sua busca...
Eles estão bem próximo de nós,
Sabe onde?
Em nosso interior...
Descubra-se viva,ame seja feliz!

Foto de Fernanda Queiroz

Pontuação

Os sinais de pontuação servem para marcar pausas (a vírgula, o ponto-e-vírgula, o ponto) ou a melodia da frase (o ponto de exclamação, o ponto de interrogação, etc.). Geralmente, estão ligados à organização sintática dos termos na frase, eles são regidos por regras.

Vírgula

Ela marca uma pausa de curta duração e serve para separar os termos de uma oração ou orações de um período. A ordem normal dos termos na frase é: sujeito, verbo, complemento. Quando temos uma frase nessa ordem, não separamos seus termos imediatos. Assim, não pode haver vírgula entre o sujeito e o verbo e seu complemento. Exemplo:

Quando na ordem direta, houver um termo com vários núcleos, a vírgula será utilizada para separá-los. Na fala de Madonna, a vírgula está separando vários núcleos do predicado na segunda oração. Ex.:

" A obscenidade existe e está bem diante de nossas caras. É o racismo, a discriminação sexual, o ódio, a ignorância, a miséria. Tem coisa mais obscena do que a guerra?"

Utilizamos a vírgula quando a ordem direta é rompida. Isso ocorre basicamente em dois casos:
- quando intercalamos alguma palavra ou expressão entre os termos imediatos, quebrando a seqüência natural da frase. Ex: Os filhos, muitas vezes, mostraram suas razões para seus pais com muita sabedoria.

"O que o galhofista queria é que eu, coronel de ânimo desenfreado, fosse para o barro denegrir a farda e deslustrar a patente".

- quando algum termo (sobretudo o complemento) vier deslocado de seu lugar natural na frase. Ex.:
Para os pais, os filhos mostraram suas razões com muita sabedoria.

Com muita sabedoria, os filhos mostraram suas razões para os pais.

Ponto-E-Vírgula

O ponto-e-vírgula marca uma pausa maior que a vírgula, porém menor que a do ponto. Por ser intermediário entre a vírgula e o ponto, fica difícil sistematizar seu emprego. Entretanto, há algumas normas para sua utilização.

- usamos ponto-e-vírgula para separar orações coordenadas que já apresentem vírgula em seu interior;
- nunca use ponto-e-vírgula dentro de uma oração. Lembre-se ele só pode separar uma oração de outra.

Com razão, aquelas pessoas reivindicavam seus direitos; os insensíveis burocratas, porém, em tempo algum, deram atenção a elas.

"Os espelhos são usados para ver o rosto; a arte, para ver a alma." Bernard Shaw

- o ponto-e-vírgula também é utilizado para separar vários incisos de um artigo de lei ou itens de uma lista. Ex:
[...] Considerando:
A) a alta taxa de juros;
B) a carência de mão-de-obra;
C) o alto valor de matéria-prima; [...]

Dois Pontos

Os dois-pontos marcam uma sensível suspensão da melodia da frase. São utilizados quando se vai iniciar uma seqüência que explica, identifica, discrimina ou desenvolve uma idéia anterior, ou quando se quer dar início à fala ou citação de outrem.
Observe: (Percebeu? Vamos iniciar uma seqüência de exemplos, daí os dois pontos)

Descobri a grande razão da minha vida: você
Já dizia o poeta: "Deus dá o frio conforme o cobertor".
"Por descargo de consciência, do que não carecia, chamei os santos de que sou devocioneiro:
- "São Jorge, Santo Onofre, São José!"

Aspas

As aspas devem ser utilizadas para isolar citação textual colhida a outrem, falas ou pensamentos de personagens em textos narrativos, ou palavras ou expressões que não pertençam à língua culta (gírias, estrangeirismos, neologismos, etc)

O rapaz ficou "grilado" com o resultado da prova.
Morava em um "flat" onde havia "playground".

Travessão

O travessão serve para indicar que alguém fala de viva voz (discurso direto). Seu emprego é constante em textos narrativos em que personagens dialogam. Leia o texto abaixo:

-Salve!
- Como é que vai?
- Amigo, há quanto tempo...
- Um ano, ou mais.

Podem se usar dois travessões para substituir duas vírgulas que separam termos intercalados, sobretudo quando se quer dar-lhes ênfase.
Pelé - o maior jogador de futebol de todos os tempos - hoje é um bem-sucedido empresário.

Reticências

As reticências marcam uma interrupção da seqüência lógica do enunciado, com a conseqüente suspensão da melodia da frase. São utilizadas para permitir que o leitor complemente o pensamento que ficou suspenso.
Nas dissertações objetivas, evite reticências.
Ex: Eu não vou dizer mais nada. Você já deve ter percebido que...
"Num repente, relembrei estar em noite de lobisomem - era sexta-feira..."

Parênteses

Os parênteses servem para isolar explicações, indicações ou comentários acessórios. No caso de citações é referências bibliográficas, o nome do autor e as informações referentes à fonte também aparecem isolados por parênteses.

"Aborrecido, aporrinhado, recorri a um bacharel (trezentos mil-réis, fora despesas miúdas com automóveis, gorjetas, etc.) e embarquei vinte e quatro horas depois..." Graciliano Ramos

"Ela (a rainha) é a representação viva da mágoa..." Lima Barreto.

* Texto extraido da Internet Brasil Escola

Foto de fer.car

Páscoa

Sinal da vida, da ressurreição
Sinal do nascimento após a morte
Da alegria após a tristeza
Do sorriso após as lágrimas
Da paz após a tempestade
Ele que deu a vida por nós
Que perdoou as maldades do mundo
E ainda foi humilde o bastante para ser crucificado e dizer: Perdoai-vos, eles não sabem o que fazem...
Páscoa, símbolo do amor mais puro e nobre
Da fortaleza interior de sentimento e da vontade de ajudar ao próximo
Viver a Páscoa é ter o coração do mundo, abrir as portas da alma
É não esmerar esforços para reconhecer sua condição de ser falho
Amar incondicionalmente aqueles que lhe firam, pois o perdão é a saída de todos os males
Ele que buscou mostrar a todos que a guerra, inveja, luxúria e demais anseios são grandes vales profundos que trazem dor no viver
Ele que estendeu suas mãos para aqueles que lhe traíam nas costas, pois ensinava que deveriam ter mais uma chance
Ele que disse e pregou acerca do Amor, o amor de Deus, o amor fraternal, piedoso
Páscoa é mudar o caminho, acreditar no amanhã, dar mais um sorriso
É reconhecer seus defeitos e hoje ser uma pessoa melhor, de bons valores
É estender o braço para levantar o inimigo e ser humilde em não deixar-se levar pelo poder e pelo dinheiro
Sentimento de Páscoa é sentimento de humanidade, de ser cristão acima de tudo
Cristão não somente em cultos, mas em atitudes quotidianas
Cristão é ser irmão...
Ele foi cristão e acreditou que nós, simples mortais, fôssemos capaz de aplicar em nossas vidas seus ensinamentos
Páscoa, sentimento do mundo, de bondade, de justiça
De paz, de entrega desmedida, de caráter, de união

Foto de Neryde

Voz do coração...

Quero servir,
Sem esperar ser servida.
Acabar com essa mania de encontros,
Entre almas especialmente afins.
Gerando sempre desencontros
E algumas vezes desfechos ruins!
Quero superar as diferenças,
As carências bilaterais.
Infelizmente somos seres incoerentes,
Que esperam sempre demais!
Quero ouvir o que vem do meu interior,
Esquecer por um momento a razão.
E sentir todo o calor
Da voz que vem do meu coração!

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