Incerteza

Foto de Marsoalex

Mas...

Porém...
Todavia...
Contudo...
Mas...

E assim,
Estás escrito
Em mim
E no verso do poema
Nas paralelas
Linhas das reticências
Na carência
De tudo aquilo
Que preciso
E que está contigo
Ou no exagero
De tudo que tenho
Pra te entregar,
Mas não posso...

Na insônia da estrada
Onde piso
Estou sempre
Tecida em ti
Não naquilo que falas,
Mas naquilo que sentes
E na verdade que calas
Não naquelas que mentes...
Por isso, eu amo
Essa incerteza de teu amor
Que a certeza
Do meu amor remove...

E comigo,
Tu te és sem reticências
Porque somos partes
Do mesmo livro
Capítulos de uma
Idêntica história
Escrita nos registros
Do destino
E ele faz de nós
Sua memória...

Foto de Paulo Gondim

Probabilidades

PROBABILIDADES
Paulo Gondim
13/11/2009

Incógnitas se misturam à lógica
Nos meandros da inconsciência
Fórmulas absurdas dão o tom
De uma inóspita existência

E entre castiçais e velas lúgubres,
Como monge, escreve sua história
Num idioma morto, indecifrável
De inúmeras batalhas e pouca glória

Cálculos exaustivamente refeitos
Persistem na dúvida. Não batem.
Queimam-se neurônios, circuitos
A filosofia não explica

A exatidão do que se busca
Perde-se em linhas invisíveis
E o homem se vê só
Na busca incansável de si mesmo
Tropeça na falta de clareza
Num salto no escuro, com frieza
Pois o que lhe move é a incerteza

E entre metas e possibilidades
Entre projetos e necessidades
A vida lhe cobra decisão
O mundo é prático
Não há espaço para oscilação
Só há um lado, um caminho
E tem que decidir tudo sozinho

Foto de Marsoalex

Apenas eu e você

Eu te oferto
O meu silêncio
E a minha paz.
Entrego-te minha vida
E o meu segredo...

Nesse mar de doações
Que são tão mútuas
São tão minhas
São tão tuas
Não há culpas
Não há medos...

Te acolho
Nos meus braços
Sem fazer perguntas.
Sem falar das
Longas noites insones;
Dos pensamentos sem nexo;
Dos momentos de tristeza
Trazidos pela incerteza do amanhã...

Hoje, apenas eu e você,
Feito crianças,
Despidos de palavras
Usando a linguagem do beijo,
Do abraço, do carinho...

Linguagem que
Os nossos olhos
Falam lindamente
E os nossos corações
Confirmam docemente
Que seremos um do outro
Eternamente...

Entre nós existe
Um olhar que ninguém vê
Uma voz que ninguém ouve
E um amor que ninguém percebe
Algo que, apenas eu e você
Sabemos e sentimos...

Marsoalx

Foto de _João_

O Caminho...

O Caminho...

Nesta vida amargurada, traçada
Passeio numa imensa estrada
Caminho sem fim deixo tudo para trás
E continuo só por mim.

Sem pensar no ontem
Nem sequer no amanha,
Futuro incerto, apenas com um caminho em aberto.

O caminho da incerteza o caminho da questão
Quero entrar na minha mente e fechar meu coração.

Absorver juízo e muito mais orientação
Pensar no descontrolado, caminhar sozinho
Mas ter a sensação de observado.

Observado por ninguém e perseguido por opções
Sinto falta de sentimentos, sinto falta de emoções.

Olho para trás e despeço-me do nada que me abandonou
Sigo o meu caminho, e
Vejo tudo o que não quero ver
Porque jamais o que quero a minha frente vai aparecer...

João Carreira

Setembro de 2009

Foto de Amanda Xavier

PARA VOCÊ MEU AMOR

Para você meu amor
Eu te daria o universo
Para você meu amor
Lhe daria todas as belas flores do mundo
Para você meu amor
Eu encontro o paraíso, outro recanto para nos amar eternamente.
Para você meu amor
O orvalho da manhã se torna o mais belo espetáculo da natureza
Para você meu amor
A natureza se modifica
E a lua fria aquece meu coração
E me faz enxergar a beleza das noites de luar
Com você ao meu lado a sorrir, a beleza do teu corpo nu me faz perder o juízo nos delírios da paixão.
Para você meu amor
O riacho toca a mais bela melodia e sai correndo sem destino pro mar
Para você meu amor
Minha existência é significativa
Pareço uma margarida vivendo na incerteza
Para você meu amor
Lhe trago a certeza que não há no mundo um sentimento assim
Para você que permaneça a certeza de que te amarei a vida inteira, se a eternidade permitir, te amarei mesmo depois da morte.
Eu amo você
Para você meu amor
Eu vivo!!

Foto de Metrílica

Crescidos na dor...

Nascido em berço jovem
Mesmo hoje já sendo um homem
Leva na mente uma lembrança
Muito triste de quando criança;

O pai, era único filho homem
Portanto, bajulado da família
Quão grande foi a decepção desta
Quando o “menino”, fez embaraçada guapa menina;

Amarrados às tradições,
Não pouparam o jovem rapaz
A família que antes foi berço
Agora, tornara-se capataz;

Fez o “menino” crescer de repente
Jogaram-no ao mundo, para tornar-se gente
Tirando-o do berço, do rebanho
Fazendo-o abandonar todos os seus sonhos;

A vida adulta, agora se faz presente:
"Pegue a guapa menina, o que ela carrega no ventre
Assumam suas vidas, agora neste instante
Esqueça do seu berço, e caminhe daqui por diante";

Assim fez o jovem casal, ainda tão pouco preparados para a vida
Assumiram a responsabilidade,
O “menino” tornou-se homem,
E a guapa “menina”, mulher de verdade;

Depois de meses, por desalento
Veio ao mundo o primeiro rebento,
Um lindo menino, que glória!!!
Mas pairava ainda a incerteza da vitória;

Os anos se passaram,
E o casal aumentou sua prole
O primogênito, o segundo e o terceiro
Mas o destino se mostrou traiçoeiro...

Devido às dificuldades da vida
A guapa “menina”, agora mulher
Se pôs a trabalhar duro,
Para garantir à cria um futuro;

O homem, agora marido e pai,
Devido às inexplicáveis obras do destino
Viu-se perdido, sem saída, se rumo
Quando viu a fonte do seu sustento se esvaindo...

Após tamanha decepção, remoendo seu passado
No fim, se pôs derrotado
Encontrando, com tamanha tristeza
A única saída num copo de bebida, em cima da mesa;

Daí por diante, sofreu a mãe, sofreu a mulher
Sofreram os filhos, sua prole
Diante da indiferença, e das palavras duras
Que ecoavam aos ouvidos, e doía no peito, a cada gole;

Hoje o rebento, o primogênito, mesmo sendo homem
Traz consigo na sua memória a lembrança
Das tristezas que ouvira e vivera quando criança
Na certeza de que a única coisa que NÃO quer, É SER ESPELHO DE SEU PAI, COMO HERANÇA.

by Metrílica ;-* - outubro de 2009 (for my Spanish LOVE)

Foto de Artur Alves

Demência Amorosa

Ao render da guarda,
O dia traz aquele amargo de boca, triste
Um resto de tudo resto no fundo do copo,
Que nos sobra para quem sempre a sobra resiste!

Um final de vida, já no começo
Leve os cabelos esbranquiçados na gastura dos tempos,
Uma tristeza moinha como a dor que dele se alimenta
Um final de corpo que cresce com a demência...

A lua contempla-me nesta casa, no fundo da rua,
No fim deste bairro velho e triste,
As lágrimas da chuva tacteando as pedras da calçada,
Como o cego tacteei toda a minha vida...meio perdida,

A idade não nos seca as lágrimas do rosto,
Não nos varre a útopia sórdida dos sonhos impossiveis,
Cresce-nos na incerteza do sofrimento que em nós resiste,
Sentimo-lo sorrindo, porque é nosso, é só nosso e fica!

Tudo se desvanece, tudo é solidão e abandono...
O sofrimento é duro, rigoroso e tem mau feitio,
Mas está presente, nos bons e maus momentos
Uma sombra amiga que nos lembra o que vivemos,
Um passado sombrio para o presente tristemente só!

Somos vencedores da madrugada esquecida,
Porque todos o abandonam, todos o rejeitam,
A curva do sofrimento é longa e triste mas resiste,
E não desvanece como tudo o resto...

tristemente só, Não!
Sofro acompanhado...eu e a minha dor sozinhos, eternamente sós!

Foto de KEKE

Seu amor a minha cura

Eu não sei o que se passa comigo
não posso entender o porquê de tanta tristeza
nada faz sentido
não há razão pra incerteza;

Queria poder entender
saber o que aconteceu ao meu coração
se pudesse adormecer
até passar essa estranha sensação;

Sei que estou amando
e querendo nossos sonhos concretizar
talvez seja o medo de estar sonhando
e ter que acordar;

Preciso de você comigo nesse momento
me faça sentir segura
acabe com esse tormento
não posso aguentar meu interior em tortura;

Foi um pouco longe de você ficar
pra me sentir incompleta
venha logo comigo ficar
e viver esse amor que em mim desperta;

Isso tudo que se passa em mim
toda essa tristeza e amargura
sei que só terá um fim
com o seu amor , que é a minha cura.

Foto de Arnoldo Pimentel Filho

ABISMO

Eu sou um grito
Um grito seco
E surdo
Você é incerteza
Liberdade
Sempre presa
Somos conflito
Sem grito
Sem ponte para atravessar o abismo
Somos amanhã sem sorte
Vida que escapa
Feito sangue pelo corte

Foto de Bruna matias

Apenas Eu

EU?
TALVEZ EU SEJA APENAS UM VULTO DE EXISTENCIA
ENTRE O CEU E O INFERNO,
UMA CHUVA PASSAGEIRA QUE SURGE NO BREU DA NOITE
E DESAPAECE EM UMA MANHA RASGADA PELOS RAIOS DE SOL
UMA SIMPLES CONFUSÃO NA INCERTEZA DE VIVER OU MORRER.
TALVEZ O SIM E O NÃO NA CONFUSÃO DE IR E VIR,
O PASSADO DE HOJE E O PRESENTE DE AMANHA,
MAS NUNCA O FUTURO DE AGORA.

TALVEZ EU SEJA O REFLEXO NO ESPELHO
INVERTIDO DO QUE DEVERIA SER,
TALVEZ EU SEJA A CONTRAMÃO NA RODOVIA INTERDITADA,
TALVEZ EU SEJA O SIM E O NÃO ENTRE ESSE OU AQUELE,
UMA APARIÇÃO ENVIADA POR NÃO SEI QUEM...
OU TALVEZ EU SAIBA...

UM SIMPLES SER POR TER, O QUE OUTROS NÃO TEM.
APENAS SER PARTE DE CADA COISA QUE ME RODEIA
OU O NADA DO QUE EXISTIU
UM ESPAÇO EM BRANCO DE UMA CARTA ESCRITA EM VERSOS
OU A ESCRITA COLORIDA DE UM DESENHO PRETO E BRANCO.
A LIGAÇÃO ENTRE COISAS DISTANTES,
OU O MEDO DE PESSOAS PRESENTES...

EU SOU O QUE SOU,
SOU APENAS EU.

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