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Foto de Sirlei Passolongo

Vai Levar Um Tempo

Vai levar um tempo
Para que eu me acostume a viver sem você
O vento ainda insiste em trazer seu cheiro
Cada imagem lembra seu rosto

Vai levar um tempo...
Para que meu corpo não sinta falta do seu
Para que a canção que eu escute
não seja sua voz ecoando em meus ouvidos

Vai levar um tempo para que eu olhe a lua
sem chorar...
Para que as madrugadas insones
não tragam sua presença,
E até que esse tempo termine
cada momento vivido sangrará em minha saudade
e todas as juras de amor
se derramarão nos versos do meu poema.

(Sirlei L. Passolongo)

Direitos Reservados a Autora

Foto de Magroalmeida

Em Busca de Você

EM BUSCA DE VOCÊ

Eu sei que é tarde e o silêncio desta fria madrugada inquieta minha alma e dilacera o meu ser.
Recuso-me a olhar para o relógio por não querer saber a quantas horas estou sem dormir.

Sei, apenas que estou confuso, muito confuso.
Um turbilhão de idéias se amontoa em minha mente.

Penso em você e me transporto a um mundo imaginário onde esqueço
a minha própria existência e tudo o que vejo é você...

Você, que fez explodir no meu peito este imenso e profundo sentimento
que eu jamais podia imaginar.

Neste momento relembro, com saudade, os momentos que juntos tivemos
e sinto que foram momentos vividos na mais completa euforia de uma
paixão delirante que outrora podia nos fundir num único ser, numa só imagem.

Hoje, sinto enfraquecer o pulsar do meu coração por não ter você ao meu lado.

Ah!, querida, não queira, agora, transformar este amor numa luta
árdua contra o egoísmo e a insensatez.
Dispa-se dos seus estúpidos preconceitos e me de a mão.
Não tente esconder a beleza do seu ser e nem deixe de mostrar a beleza do seu coração.

Saiba que você existe e é simplesmente maravilhosa.

Talvez você não queira dar a este amor o valor que ele tanto necessita.
Por favor, abra o seu coração e venha.
Vamos trilhar por caminhos floridos onde somente nós saberemos encontrar.
Não me deixe lutar contra este sentimento que me domina e não deixe
que encham nossas taças com o vinho da ingratidão que tantas vezes me fizeram beber.

Não transforme este amor num futuro inexistente e nem deixe que o
néctar deste sentimento seja diluído num mar de saudades.

Sim, eu posso imaginar o quanto você está surpresa ao saber do meu segredo, mas, certamente,
se você pudesse entender o quanto eu te quero, suas dúvidas iriam ruir e desaparecer.

Saiba, meu amor, que você é a minha fonte de água natural.
Sua presença devolve o pulsar da alegria que um dia eu perdi.
Quisera ter a sorte de voltar ao seu coração e possuir seu amor.
Quisera, um dia, voltar a fazer parte dos seus planos,
ser a essência dos seus desejos e a meta dos seus ideais.

Sabe?
Eu de fato penso que você jamais entendera como eu me sinto agora, te escrevendo
estas palavras tão minhas.
Você jamais entendera como sofro por não poder mostrar isto ao mundo
e ter você sempre ao meu lado.
Mas, apesar de tudo, acima de tudo, eu sei que te quero
e o meu pensamento estará sempre voltado pra você.

Porque, mesmo à distância, eu te amo e te amarei com todas as forças
que ainda tenho para amar.

Magno R Almeida
Mar/2004

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RESPEITE OS DIREITOS AUTORAIS
Obra registrada na Biblioteca Nacional
e protegida pela Lei 9610 de 19/02/1998
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Foto de Soninha Porto

AINDA TE AMO

Moras ainda na minha alma
embora cicatrizes traçadas
pelo desamor e as mentiras
meu amor-pranto por ti delira

mas, não adianta quero encantos....
que só tua lira sabe tocar
corro que nem louca, sabes quanto
a te encontrar no mesmo lugar

basta pensar na tua imagem
vejo tua boca nos meus seios
cascatas correm e me afogueio

é o desejo no corpo a transbordar
banhado em pecados de amor
só fantasia, acabou... sem cor.

soninha porto

Foto de Cecília Santos

NADA MUDOU

NADA MUDOU
#
#
#
O tempo passou, mas é como
se nada tivesse mudado.
Como uma sombra sua imagem
continua em meus sonhos.
Não consigo abafar sua voz,
ela continua a sussurrar pra mim.
Ao meu redor, tudo tem seu cheiro,
tornando sua presença mais constante.
Sinto falta do seu carinho, do seu
abraço apertado.
Sem você me sinto triste, minha vida
se tornou um grande vazio.
Vou morrer juntamente com meu
coração, de tanta dor.
Caminhos que antes eram cheios de flores,
hoje se tornaram longos e tortuosos.
Pois não consigo caminhar sozinha.
Falta-me suas mãos pra me apoiar.
Falta-me seus braços, pra me acolher.
Falta-me seu amor, pra me trazer de volta a vida.
Volte eu te peço...!
Traga com você, a vida que foi embora.
A alegria, que dava cores ao arco-íris.
Traga com você o amor que enchia de luz,
e calor nossas lindas manhãs.
Volte eu te espero...!

Direitos reservados*
Cecília 09/2007*

Foto de Fernanda Queiroz

O Show

O Show

Terça, 26/09/2006 - 23:23 — Fernanda Queiroz

Em meio aquela multidão eu me sentia perdida. Por mais que imaginasse nunca cheguei a pensar que pessoas poderiam ser tão apressadas e barulhentas.

Na hora de reservar meu ingresso optei pela geral, pensei que assim passaria despercebida, a idéia de camarote não me inspirava privacidade e sim destaque e como jamais tinha assistido a show de uma Banda famosa ou qualquer outra tudo era novidade. Minha experiência se resumia nas quermesses organizadas pela Associação Comunitária da Vila onde o som da banda dominical entoava valsas enquanto desfilávamos entre barraquinha de jogos e doces e aguardávamos os fogos, estes sim eram a estrelas das festas. Ficar olhando para cima vendo um pequeno zumbido se transformar em imensas partículas colorida era um espetáculo, mesmo que ás vezes acarretasse lembranças nostálgicas, eu amava aquele céu pontilhado de luminosidade.

Enquanto tentava entrar em um enorme recinto, daqueles que se vê somente pela TV, empurrada para lá e para cá por uma multidão que parecia não conhecer as normas da boa educação, estava pensando o que tinha me levado a tomar esta decisão.

Já havia se passado quase dois anos desde que falei com ele pela última vez, neste tempo tão forte quanto às lembranças que sobreviveram estava meu medo de saber o rumo que ele tinha dado a tua vida.
Afastei-me completamente do mundo das manchetes, onde certamente ele sempre seria destaque. Não lia revistas, jornais somente seção de investimentos e cultura, TV canal fechado sobre economia e agricultura, assuntos fundamentais em meu trabalho.
É claro que sem que eu pudesse evitar ás vezes os ouvia cantando, no radinho de pilha de algum operário, nas grandes magazines de eletrodomésticos na cidade, na faculdade onde os rapazes bonitos e famosos fazem à cabeça das garotas que até tatuavam em teus corpos nomes juntamente a desenhos exóticos.
No principio sofria muito por isto, depois sabendo que nada podia fazer, passei a ignorar, afinal quem tinha mandado me apaixonar pelo ídolo do Rock?

Finalmente tinha conseguido entrar no estádio onde a multidão se aglomerava onde estar á frente era certamente um privilégio para expressar o fanatismo que alterava o comportamento das mais diversas maneiras.
E agora estava ali, há poucos minutos e metros de onde ele entraria, duvidando de minha sanidade em ter tomado a decisão de ir vê-lo. Talvez se não fosse próximo à cidade que estava a trabalho há dois dias, jamais teria ido. Fui exatamente para ficar dois dias resolvendo questões de Marketing, mas era impossível não ver todos os outdoors espalhados pela cidade. Minha primeira reação foi de pânico, queria voltar sair correndo ao fitar ele entre o grupo sorrindo, como sorriu muitas vezes para mim... Deus...as lembranças voltavam em avalanche fazendo meu corpo estremecer, meu coração disparava, como aquele ressoar de buzinas que soavam atrás de mim, foi quando me dei conta que estava atrapalhando o transito e com mãos tremulas segui em direção ao hotel onde me hospedara, parando somente em uma loja especializada onde adquiri um potente binóculo, se fosse levar esta loucura a frente ele seria necessário, pois pretendia me manter mais distante possível e algo dentro de mim gritava para ir...Eu iria.

Já se passava 1 hora do horário grifado nos cartazes, a multidão que formara era tudo que jamais tinha visto, parecia uma disputa de quem conseguiria gritar mais alto, ou agitar mãos blusas lenços ou faixas mais altos. De onde estava bem retirada da multidão a tudo assistia ocultando minha ansiedade.

De repente os gritos se tornaram mais forte e contínuo em resposta a presença deles no palco.
Minhas mãos suavam tremulas, meu peito parecia que iria explodir lançando meu coração ao palco, por um momento pensei em desistir e sair correndo para meu abrigo, meu canto onde meus segredos me protegiam... respirei fundo, ergui a cabeça, encostei em uma pilastra, como se ela pudesse segurar meu fardo de dor, estava cantando acompanhado eloqüentes pela platéia minhas mãos levantaram o binóculo sem a pressa de quem esperou tanto por este momento, lentamente o ajustei aos meus olhos onde avistei gigantes holofotes, estava tentando me orientar, olhei em volta tentando ajustá-lo. Vi o baterista movimentado ao frenético ritmo que me fez piscar várias vezes, parecia a minha frente, lentamente movi para a esquerda encontrei o saxofonista, voltei-me para a esquerda devagar, quase sem respirar para não perder o foco, quando o vermelho da guitarra coloriu as lentes senti um impacto tão grande que parecia atingida por um soco no estomago.Engoli saliva inexistente, tentei suavizar os ressequidos lábios passando a língua por eles, meu peito arfava e meus olhos buscava naquela potente tecnologia, tua face amada.

Recosta bem no fundo, longe da entusiástica platéia sabia que precisava vê-lo. Determinada, ajustei as lentes tentando reencontrar o foco reluzente de tua guitarra e lá estavam tuas mãos a segurarem firmemente, dedos firmes dedilhando-a, mãos de artista. Fui subindo, encontrei tua camisa alaranjada, Deus eu amava esta cor em você, lembra-se daquele casaco? Quando o vi sabia que tinha sido feito para você. Caiu como uma luva ficou lindo como sempre foi, será ainda que o guarda? Ou estará jogado e esquecido em algum armário?

Pela camisa entreaberta pude ver tua inseparável medalha segura pelo fino cordão de ouro que cismava em colocar entre os lábios quando estava nervoso, como naquela vez que esqueci o celular desligado por toda tarde exatamente no dia que te aconteceu um imprevisto, tinha que viajar, e não conseguia contato. Quando conseguiu falar, a primeira coisa que disse... já mastiguei todo meu cordão... risos, era sinal de perigo... mas também das pazes de teus beijos ardentes de tuas palavras que compunha as mais belas declarações de amor.

Teu rosto... Deus... a barba feita, cabelos desalinhados como sempre te dando um ar de garoto, tua boca em movimento, cantando ... para a platéia...para o mundo, como gostava quando cantava só para mim que entre risos sempre podia ouvir dizer que me amava... muito, fitando-me longamente com este olhos da cor do oceano e infinitamente maior, pois era a janela que me transportava para as portas do paraíso que meus sonhos tanto almejaram.

Deus... é ele, meu eterno amor, há poucos metros de distancia, no palco, no teu show, no teu mundo.
A lente ficou turva, lágrimas desciam copiosamente por minha face, uma dor física me invadiu fortemente fazendo-me escorregar pela pilastra até encontrar o abrigo do chão, pensamentos desatinado trazia o passado de lembranças onde o presente se fundia em uma imagem com o olhar perdido na platéia.

Teus olhos sorriam as manifestações enlouquecidas, gritavam teu nome em todos os tons, gestos, mãos erguidas, cartazes, onde os pedidos nítidos requeriam tua atenção... teus olhos vagavam acompanhando em um misto de alegria e encantamento.
Olhos para o flash, foi como me disse um dia. Que era um olhar reservado á todas outras garotas do mundo... que para mim sempre seria um único e eterno olhar.
E agora? Que olhar era este? De flash? E se pudesse me ver, me olharia de novo como se tivesse me inventado? Como se tivesse me feito nascer a partir de teu olhar?

Levantei-me cambaleante, tonta, ouvindo o frenesi se tornar mais acentuado, você jogava rosas...a toalha que usou para secar teu rosto...como se doasse um pouco de você...e tudo de mim.

Às vezes vivemos em minutos, muito mais que em dias ou meses, minha mente parecia entorpecida diante da lente que deixava você tão perto quanto eu queria estar, teu rosto, teu sorriso, teu corpo... você do jeito que eu sempre amei... no mundo que não conhecia...no palco...na fama...tua vida, tua carreira, teu destino.

Sai caminhando devagar, virar as costas me custou muito... muito mesmo... nunca saberá o quanto...
A menos que um dia queira assistir um show... em um palco diferente... cheio de galhos e flores... talvez se quiser se juntar á platéia dos passarinhos... ouvindo somente o som de minha flauta, que mesmo tocando baixinho pode-se ouvir além do horizonte...

Fernanda Queiroz
Direitos Autorais Reservados

Foto de elcio josé de moraes

DESENCONTRO

De onde vieste oh! meu destino?

Que tanto tem feito eu perecer.

Minh'alma vive em desatino,

E meu peito não para de doer.

De repente...Eu me encontro em meu caminho,

Sozinho, e eu me pego a procurar,

Alguém, alguma luz no infinito,

A quem ainda queira me guiar.

Oh! que desalento, que amargura.

Oh! quanta tristeza e solidão!

Só vejo a tua imagem linda e pura,

Seguindo sempre em outra direção...

Escrito por ELCIO J.MORAES

Foto de JGMOREIRA

A DIVINDADE

A DIVINDADE

Do amor tanto amado
nada que lembre restou
Sequer um 3x4
que o novo amor rasgou.

Passaram os anos, lépidos
Para mim, rastejantes
Contigo em meu ventre
No olfato, na procura incessante.

Tua imagem, ícone pleiteando parecença,
Jamais encontrou sorriso igual,
Jeito semelhante, carinho assemelhado.
Eu, carregando a cruz da tua ausência.

As músicas, as horas, a companhia,
Nunca mais foram de sacio.
A cama, sepulcro vivo de coisa viúva
Jamais se conformou com o vazio.

Carrego esta tua esfinge às costas
Como fardo que não sei abandonar.
Onde quer que pouse, pare, descanse
Eis teus olhos a me passarinhar.

Com tanta coisa para viver
Fico embrulhado no passado
Da tua pele; no calor do abraço
Que nunca mais, tão terno, encontrarei.

Carregando e amando esse fardo
Vou safando-me dos dias amargos
Que passam, ferozes, arrancando nacos
De carne passiva que apenas ama no passado.

Talvez, quem sabe, um dia, pode ser
Encontre alguém que não seja você
Que me atraia os olhos de repente
Tornando novamente o objeto gente

Se, acaso, ventura, tal se der
Poderei arriar teu peso de mim
Aliviar-me da carga que carrego
Odeio, desprezo, mas não nego

Que o teu amor, minha heresia,
Provou ser Deus uma mulher.

Foto de JGMOREIRA

A DOR CONFESSADA

A DOR CONFESSADA

As palavras são de todos
Que o poema não é meu
Mas a dor, essa tristeza
Somente a mim pertencem

Uma solidão que escraviza
Escrita em esperanto
Para um amor sem esperanças
Que ainda exala seus encantos

Nas ruas, sou o branco no negro
Grão de areia no deserto de Gobi
Apátrida sem eira que espera do céu
Quem fale sua língua e o console

A casa tornou-se sarcófago
Onde se conserva o corpo
De quem há muito está morto
Aguardando futuro próspero

Essa coisa que me toma e leva ao céu
É pleno sofrimento de um desejo
Que não me tomba, não me descarna
Mas tolhe minha vista com seu véu.

Um amor que me tirou a razão, a vida
Que me roubou as sensações
Transformou-me em cousa insípida
Que não sabe expressar as emoções

O riso difícil, o rosto de pedra
A palavra escassa, a eterna espera
As mãos de estivador, ombros rochosos
Apenas para fazer frente ao que o espera

Um homem forjado no breu
Ferido de morte que sobreviveu
Que devastou seus inimigos
Deliciou-se com perigos

No intento de morrer de uma vez
Foi sobrevivendo a cada golpe
Como se o amor fosse torturador
Para mantê-lo vivo sob seu chicote

Com o tempo desesperado passando
As esperanças acenando mãos tristes
Tornou-se objeto inventado dos sonhos
que tivera de um amor que ao tempo resiste

As letras a todos pertencem
Que o poema não tem dono
Mas a dor, a esse direito eu reclamo
Que ela é minha; não a abandono

Não poderia viver no mundo dos felizes
Não caberia no espaço dos civilizados
Não teria lugar para mim na alegria
Que meu coração foi do corpo separado

O que minha mão escreve
O corpo desconhece.
As palavras que confesso
Minha vida não esquece.

Essa tristeza sem igual, sem propósito
Essa imagem que guardo de ti
Esse desespero para que chegue o fim
E finde o amor por quem não mora em mim.

Foto de elcio josé de moraes

ESPELHO

Olhe esta imagem refletida.
Veja como é linda! tão linda!
É voce! é uma vida, a sua vida.
E que de Deus é tão querida.

Veja que não há outra igual,
Ela é única e especial.
Ao mundo primordial,
E as pessoas essencial.

Voce é muito, muito importante.
E o seu amor, tão transbordante,
Que a todos, deixa radiante.

Mais do que um ser, voce é luz!
De um brilho intenso e que reluz,
A própria imagem de Jesus...

Escrito por elciomoraes

Foto de Marta Peres

Minha Morte

Sinto qua a luz dos meus olhos se apagaram,
Não consigo mais ver o brilho do seu olhar
E nem o brilho do sol e das estrelas
Tudo ao meu redor é negro, pavor, terror.

Sinto medo,
vejo pessoas rezando ao meu redor
outras chorando e com olhos de dor,
tudo é assombro, a vida desmoronou.

Pensei que fosse sonho!
Mas minha imagem exposta no ataúde
Diz em contrário,
Cruel angústia que não tem fim.

O que restou de mim?
Vejo apenas entulho ficando para trás
E a angústia aumenta,
Minha consciência é nítida para esta sorte.

Vejo meu corpo descendo estreita vala
E meu coração dispara em agonia profunda,
Me falta o ar e a angústia cresce
Todos se foram, só, eu fiquei em prece.
Marta Peres

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