Idade

Foto de Carmen Lúcia

A acompanhante

(texto inspirado no conto “O enfermeiro”, de Machado de Assis, em homenagem ao centenário de sua morte.)

Lembranças me vêm à mente. Ano de 1968. Meus pais já haviam falecido e me restara apenas uma irmã, Ana.
Foi preciso parar com meus estudos, 3º ano do Magistério, para prestar serviços de babá, a fim de sobrevivência.
Morava em Queluz, cidade pequena, no estado de São Paulo, quando, ao chegar do trabalho, bastante cansada, recebi a carta de uma amiga, Beth, que morava em Caçapava, para ser acompanhante de uma senhora idosa, muito doente. A viúva Cândida. O salário era bom.
Ficaria lá por uns bons tempos, guardaria o dinheiro, só gastando no que fosse extremamente necessário.Depois, voltaria para minha cidade e poderia viver tranqüilamente, com minha irmã.
Não pensei duas vezes. Arrumei a mala, colocando nela o pouco de roupa que possuía e me despedi de Ana.
Peguei o trem de aço na estação e cheguei ao meu destino no prazo de uma hora, mais ou menos.
Lá chegando, fui ter com minha amiga Beth, que morava perto da Praça da Bandeira e estudava numa escola grande, próxima de sua casa. Ela me relatou dados mais detalhados sobre a viúva, que, não fosse pela grande dificuldade financeira que atravessava, eu teria desistido na mesma hora.
Soube que dezenas de pessoas trabalharam para ela, mas não conseguiram ficar nem uma semana, devido aos maus tratos e péssimo gênio da Sra Cândida.
Procurei refletir e atribuir tudo isso a sua saúde debilitada, devido às várias moléstias que a acometiam.
Os médicos previram-lhe pouco tempo de vida. Seu coração batia muito fraco e além disso, tinha esclerose, artrite, bicos-de-papagaio que a impossibilitavam de andar e outras afecções mais leves.
Depois de várias recomendações de paciência, espírito de caridade, solidariedade por parte de minha amiga e seus familiares, chamei um táxi e fui para a fazenda, onde morava a viúva, na estrada de Caçapava Velha.
A casa era de estilo colonial e lembrava o passado, de coronéis e escravos.
Ela me esperava, numa cadeira de rodas, na varanda enorme e mal cuidada, onde vasos de plantas sucumbiam por falta de água.
Percebi a solidão em que vivia, pois apenas uma empregada doméstica, já velha e com aspecto de cansada, a acompanhava.
Apresentei-me:-Alice de Moura, às suas ordens!Gostou de mim.Pareceu-me!
Por alguns dias vivemos um mar de rosas.Contou-me de outras acompanhantes que dormiam, não lhe davam seus remédios e que a roubavam.
Procurei tratá-la com muito carinho e ouvia atentamente suas histórias.
Porém, pouco durou essa amistosa convivência. Na segunda semana de minha estadia lá, passei a pertencer à lista de minhas precursoras.
Maltratava-me, injuriava-me, não me deixava dormir, comparando-me às outras serviçais.Procurei não me exaltar, devido a sua idade e doença.Ficaria ali por mais algum tempo. Sujeitei-me a isso pela necessidade de conseguir algum dinheiro.
Mas, a Sra Cândida, mesmo sendo totalmente dependente, não se compadecia de ninguém.Era má, sádica, comprazia-se com a humilhação e sofrimento alheios.
Já me havia atirado objetos, bengala, talheres, enfeites da casa.Alguns me feriram, mas a dor maior estava em minh’alma.Chorava, às escondidas, para não ver a satisfação esboçada em seu rosto e amargurava o dia em que pusera os pés naquela casa.
Passaram-se quatro meses.Eu estava exausta, tanto fisicamente, quanto emocionalmente.Resolvi que voltaria à Queluz.Só esperaria a próxima rabugisse dela.Foi quando, de sua cadeira de rodas, ela atirou-me fortemente a bengala, sem razão alguma, pelo simples prazer de satisfazer seu sadismo.
Então eu explodi. Revidei, com mais força ainda.Mantive-me estática, por alguns minutos, procurando equilibrar minhas fortes emoções e recuperar a razão.
Foi quando levei o maior susto de minha vida. Deparei-me com a viúva, debruçada sobre suas pernas e uma secreção leitosa escorrendo de sua boca.Estava imóvel.
Já havia visto essa cena, quando meu pai morrera de ataque cardíaco.
Aos poucos, fui chegando mais perto, até que com um esforço sobre-humano, consegui colocá-la sentada na cadeira e com o xale que havia caído ao chão, esconder o hematoma no pescoço, causado pela minha bengalada.
Pronto!Tornara-me uma assassina!Como fui capaz de tal ato?
Bem, fora uma reação repentina, em minha legítima defesa.Ou quem sabe, a morte tenha sido uma coincidência, justamente no momento em que revidei ao golpe da bengala.
Comecei a gritar e a velha empregada apareceu. Ajudou-me a levar o corpo até o quarto.Chamei Dr. Guedinho, médico da Sra Cândida e padre Monteiro, que lhe deu extrema unção.
Pelo que percebi, o médico achou que ela fora vítima de seu coração, um ataque fulminante.E eu tentei acreditar que teria sido mesmo, para aliviar a minha culpa.
Após os funerais, missa de corpo presente na igreja Matriz de São João Batista, recebi os abraços de algumas poucas pessoas que lá estavam, ouvindo os comentários:
-Agora você está livre!Cândida era uma serpente!Nem sei como agüentou tanto tempo!Você foi a única!
E, para disfarçar minha culpa, eu retrucava:
-Era por causa da doença!Que Deus a tenha!Que ela descanse em paz!
Esperei o mesmo trem que me trouxera à Caçapava e embarquei para minha cidade.Aquelas últimas cenas não saíam de minha mente. Perseguiam-me dia e noite.
Os dias foram se passando e o sentimento de culpa aumentando.
-Uma carta para você!gritara minha irmã.-E é de Caçapava!
Senti um calafrio dos pés à cabeça. Peguei a carta e fui lê-la trancada em meu quarto.
Que ironia do destino!Eu era a herdeira universal da fortuna da viúva Cândida!Logo eu, que lhe antecipara a morte.Ou teria sido coincidência?
Pensei em recusar, mas esse fato poderia levantar suspeita.
Voltei para Caçapava e fui ter com o tabelião, que leu para mim o testamento, longo e cansativo.
Realmente, era eu, Alice de Moura, a única herdeira.Após cumprir algumas obrigações do inventário, tomei posse da herança, à qual já havia traçado um destino.
Doaria a instituições de caridade, às igrejas, aos pobres e assim iria me livrando, aos poucos, do fardo que pesava em minha consciência.
Cheguei a doar um pouco do dinheiro, mas, comecei a não me achar tão culpada assim e passei a usá-lo em meu benefício próprio. Enfim, coincidência ou não, a velha iria morrer logo mesmo e quem sabe se era naquele momento.
Ainda tive um último gesto de compaixão à morta:Mandei fazer-lhe uma sepultura de mármore, digna de uma pessoa do bem.
Peço a quem ler essa história, que após a minha morte, que é inevitável para todos, deixem incrustada em meu epitáfio, essa emenda que fiz, no sermão da montanha:
_”Bem aventurados os herdeiros universais, pois eles serão respeitados e consolados!”

(Carmen Lúcia)

Foto de ANACAROLINALOIRAMAR

" HUMILDADE E FÉ ( A QUEDA DO REI)

****
***
**
*
Pensou que era rei,
Fazia de sua casa
Um castelo.
Tratava a todos
As farpas e correntes,
Nunca ninguém o viu contente.
Aos servos dava-lhe migalhas.
Muitas vezes, sem condição de consumo.
Achava-se o todo poderoso.
A ele próprio idolatrava.
Confiava somente nas forças
De seus próprios braços.
Totalmente incrédulo.
Mas ele desconhece.
Que sem fé nada permanece
O corpo envelhece, a alma escurece.
As pessoas dele se esquecem.
E os braços enfraquecem.
Fixou seu castelo
Em bancos de areia.
Não confiou nas rochas.
Acreditava que a areia
Enfeitaria sua casa
Mas não confiou
Na segurança das rochas.
Vindo as tempestades,
Seu castelo desmoronou.
A areia não segurou,
Seus servos o abandonaram.
Sua força ao braço nada pode fazer.
Pois com tempo, e a idade veio enfraquecer.
Deparou-se com o desafio.
Ao qual nunca quis aceitar.
Que sem fé e humildade nada iria conquistar.
E não adianta ser rei, se a fé não souber usar.

*-* Anna A FLOR DE LIS.

http://www.blogger.com/profile/01846124275187897028
http://recantodasletras.uol.com.br/autor.php?id=39704

Foto de ANACAROLINALOIRAMAR

ALERTA A IMPORTÂNCIA DO USO DO CAPACETE

*
*
* "FATO REAL"
*ONDE EU VIVENCIO.

Alerta.
Queria dar um alerta....Sei que aqui é site de poemas de amor...
Mas meu alerta é de amor....
Quem tem algum parente ou amigo que anda de moto
Que tem esse fascínio por moto.
Ou até um de nossos amigos poetas escritores aqui, dentre nós.
Que usa moto, ai vai um alerta de amor a vida...
Obrigue-o que use capacete....
Não vim querer aparecer, nem tão pouco me mostrar...
Quero alertar!!!!
Na ultima sexta- feira, não sei se notaram minha ausência, mas isso não vem o caso.
Citei apenas para comentar, que nessa sexta-feira última.
Se não fosse o uso do capacete eu teria perdido meu irmão de apenas 28 anos de idade.
Ele derrapou na pista, a moto jogou longe, ainda por cima contra mão, correndo o risco
De bater no veiculo que estivesse vindo.....Mas menos mal nesse momento não estava
Vindo carro algum...Mas ele foi jogado por 10 metros e bateu em pedras, seu corpo foi lançado a mais de 80 km por hora nas rochas na beira do asfalto.
Tendo serio e graves ferimentos, ele esta com as duas pernas quebradas, e um braço quebrado, fora outros ferimentos...E ficou mais de 12 horas inconsciente.
Pra se ter idéia do impacto....O capacete dele rachou ao meio.
Mas Graças a Deus, ele já fez todos os exames, e na cabeça, ele não sofreu nada.
Nem com a rachadura do capacete ele não sofreu nenhum arranhão no rosto..
Mas a perícia constatou....Se não fosse o uso do capacete ele teria morrido.
E nessa história toda, todos nós ficamos desesperados....Meu pai sofre de hipertensão
Ele também ainda veio passar mal com essa situação toda. Mas agora tudo se acalmou.
Meu irmão ainda se encontra internado fora de perigo!!! Mas esta todo quebrado, dependendo mesmo de ajuda.
Ai meu alerta para que as pessoas, assim como o cinto de segurança, que inclusive nossa
Amiga Civana a uns dias atrás postou esse alerta.
Eu venho pedir:
A moto já sabemos que não nos da segurança alguma, não que eu seja contra as motos, até gosto de andar de moto....mas todo cuidado é pouco....
Não DEIXEM DE USAR O CAPECETE....ele salva vidas. Mesmo que seu corpo
Se machuque , se arrebente se quebre todo, ainda sim a cabeça é o Alvo de muito cuidado.
Motoqueiros tem que andar com mais atenção que ele possa imaginar!!!
A moto é muito perigosa, mas que veículos. Não que o veículo não tenhamos
Perigos, temos!!!!Mas sabemos que o veiculo ainda nos da mais proteção que a moto.
Então meus amigos que aqui me lerem. Vamos pedir a quem goste de moto, mas atenção
E o uso do capacete....
Obrigada por tudo....acabo de ligar para o hospital e meu irmão esta bem!!!
Ah! Um detalhe, tenho que agradecer a uns amigos que ainda não sei como souberam desse ocorrido e me enviaram muitos e-mails, repondi alguns, vou terminar de responder o restante....
Eu peço a licença de todos, para uns minutos de atenção ....Isso é muito sério!
O Capacete salvou a vida do meu irmão!!! E pode salvar de outras pessoas. Basta usar!!!
Obrigada!!!!

Anna A FLOR DE LIS

Foto de Edson Milton Ribeiro Paes

" MANEIRA DE SER "

MANEIRA DE SER.

Sou grande e sou forte...
Sou saudável e altaneiro...
Sou um homem do esporte...
Sou do povo brasileiro!!!

Sou sagaz sou importante...
Sou amado o dia inteiro...
Sou centrado sou vigilante...
Sou um excelente companheiro!!!

Sou da terra sou do mar...
Sou da montanha e da cidade...
Sou poeta e gosto de cantar...
As loucuras da minha idade!!!

Sou criança sou menino...
Sou adulto sou ancião...
Mas não passo de um latino...
Com um grande coração!!!

Foto de Sonia Delsin

ALGUMAS DEZENAS

ALGUMAS DEZENAS

Sabe por que eu vivo a sorrir?
Porque eu descobri o encanto do existir.
Eu adoro dançar e danço.
Danço.
Outro mundo eu alcanço.
Um mais perfeito.
Porque acredito que em tudo se pode dar um jeito.
Completo hoje algumas dezenas.
Pequenas.
Perante este universo que é tão grande.
O tempo que se conta é o nosso tempo.
Não acredito em idade.
Ela não é medida para quem conhece a felicidade.

(28 de agosto. O dia que eu cheguei no planeta como Sonia)

Foto de Rosinéri

A VELHA

Você já foi criança um dia...
Mas os anos se dobraram e fizeram de você um jovem, quase um adulto...
E agora você me olha com certo desprezo só porque muitos anos se dobraram para mim e hoje eu sou uma velha
Você observa minhas mãos trêmulas e se esquece que foram as primeiras a acariciar as suas, inseguras na infância. Critica os meus passos lentos, vacilantes, esquecendo-se que foram eles que orientaram seus primeiros passos.
Reclama quando lhe peço para ler uma palavra que meus olhos já não conseguem vislumbrar com precisão, esquecido das várias palavras que eu repeti inúmeras vezes para que você aprendesse a falar.
Diz que eu sou uma velha desatualizada, mas eu confesso que pensei muito pouco em mim, para fazer de você um homem de bem.
Reclama da minha saúde debilitada, mas creia, muito trabalho foi preciso para garantir a sua.
Ri quando não pronuncio corretamente uma palavra, mas eu lhe afirmo queesqueci de mim mesma, para que você pudesse cursar uma Universidade.
Diz que não possuo argumentos convincentes em nossos raros diálogos, todavia, muitas foram às vezes que advoguei em seu favor nas situações difíceis em que se envolvia.
Hoje você cresceu... É um moço robusto e a juventude lhe empolga as horas... Esqueceu sua infância, seus primeiros passos, suas primeiras palavras, seus primeiros sorrisos...
Mas acredite, tudo isso está bem vivo na memória desta velha cansada, em cujo peito ainda pulsa o mesmo coração amoroso de outrora...
É verdade que o tempo passou, mas eu nem me dei conta... Só notei naquele dia... naquele dia em que você me chamou de velha pela primeira vez, e eu olhei no espelho... Lá estava uma velha de cabelos brancos, vincos profundos na face e um certo ar de sabedoria que na imagem de ontem não existia.
Por isso eu lhe digo, meu jovem, que o tempo é implacável, e um dia você também contemplará o espelho e perceberá que a imagem nele refletida não é mais a que hoje você admira...
Mas você sentirá que em seu peito o coração ainda pulsa no mesmo compasso... Que o afeto que você cultivou não se desvaneceu...
Que as emoções vividas ainda podem ser sentidas como nos velhos tempos...
Que as palavras amargas ainda lhe ferem com a mesma intensidade...
E que apesar dos longos invernos suportados, você não ficou frio diante da indiferença dos seres que embalou na infância...
Por isso que eu lhe aconselho, meu filho:
Não ria nem blasfeme do estado em que eu estou, eu já fui o que você é, e você será o que eu sou...
Aquele que despreza seus velhos, é como galho que deixa o tronco que o sustenta tombar sem apoio.
A ingratidão para com os que nos sustentaram na infância é semente de amargura lançada no solo, para colheita futura.
Assim, façamos aos nossos velhos os que gostaríamos que nos fizessem quando a nossa idade já estiver bastante avançada.
Pensemos nisso!

Foto de Nellyra

Nossa Historia de Amor

VOCÊ E EU (nosso primeiro encontro!)

Lembra de nosso primeiro encontro!?!
Era a "nossa primeira vez". Com todos os receios, o desejo, as vontades, as inseguranças e constrangimentos naturais. Por mais experiências que tivéssemos ou achássemos que tínhamos, aquele era um começo e uma nova aprendizagem.

Foi dessa forma que nasceu uma nova intimidade entre nós dois... de amantes!
Aquela noite ficou e ficará pra sempre gravada na nossa memória, pelos momentos, pelas descobertas, pelas ternuras, pelas loucuras e pela intimidade que vivemos sob aquela inesquecível lua cheia.

Acho que você me desejou de uma forma diferente, pelo meu jeito de ser, pelo meu humor, inteligência, pela calma que a idade me tinha dado me permitindo viver entre a serenidade e a urgência. Eu deixava que fosse você a ditar o ritmo sem pressas, mas sempre com enorme desejo, respeitava-a enquanto você me provocava. E você entregou-se sem ter noção de que o fazia tão deliciosamente.

O local, Brasília, tinha sido escolhido por você, estávamos ambos certos que seríamos almas anônimas por aquelas paragens.
Suficientemente longe dos caminhos cruzados diariamente, suficientemente perto para podermos regressar rapidamente ao nosso cotidiano. O sigilo privado do encontro foi mais uma das tantas emoções daqueles momentos, que se tornariam tão especiais.

Com o seu saber feminino, você tinha proposto (“se você for, prometo que não vai se arrepender”), o que há muito eu desejava. Teria sido mais comum se fosse eu a propor, mas a nossa relação sempre foi pautada pela surpresa, pela recusa às convenções e pelo desejo arrebatador.
Você não faltou ao prometido. Arranjou-se para mim como sabia que eu gostava: aquele vestido de decote atrevido e curvas gostosas, que ainda hoje me excita, e o cabelo lindo e solto ao vento. Eu não faltei ao prometido. Desejei-a como se fosse a primeira vez e amei-a como se fosse a última, sem limites e sem pressa.

A noite foi de sonhos, dançamos como se fossemos apenas os dois naquele salão de festas, enquanto olhos te cobiçavam, você era só minha.
Saímos e fomos tomar um banho para trocar a roupa suada, nos encontramos a seguir.
Até hoje, nesse instante, posso ver teu jeito lindo no olhar, tímido e serelepe, como uma criança preste a fazer uma travessura.
Um olhar de desejo, aquele toque de fêmea no cio, os lábios que se mordem só de imaginar a loucura que se aproxima. Os corpos que desejavam libertar-se das roupas para se entregarem mutuamente, a urgência do amor, a vontade de dar asas à imaginação e a concretização do crescente desejo.

O desejo incendiou-nos os corpos, os seus olhos brilhavam, as nossas bocas famintas beijaram-se, nossas mãos inquietas brincaram no corpo desejado, despertando a urgência do amor.
Abraçamo-nos. Os nossos corpos amarrados entre si pelo abraço de amor, não podia esperar mais, entre roupas semi-arrancadas e semi-despidas, encostados numa porta, sob o olhar da lua, ali mesmo nos fomos consumindo pelo fogo do delírio. Era um amor urgente de ser vivido.
Me perdi nesse teu corpo para depois poder me encontrar no teu sorriso e na tua loucura…
Um desejo de te agarrar, de te beijar a boca, de te olhar a intimidade, de te tocar, de bolinar, mexer …alisar os teus cabelos … Ou simplesmente, de leve tocar os teus lábios, morder, desesperar, arder no teu corpo e suar…Brincar com as tuas mãos, brincadeiras inocentes, indecentes, esquecer a solidão, fazer-te vibrar, rir, chorar, gozar…!

Senti tuas mãos a percorrer o meu corpo sem medo e com vontade. Os meus lábios correrem atrás de ti, querendo saborear a tua pele... teus seios. O contacto do teu corpo semi-nu, com o meu, fez-me querer-te ainda mais. Minhas mãos irrequietas buscam o teu corpo excitado, para nos enlouquecer ainda mais. Você tremia a cada toque de minhas mãos, que lhe percorriam o corpo explorando-lhe a sensualidade feminina semi-adormecida. Eu quase a enlouquecer de excitação percorria a tua pele macia e quente, com as mãos irrequietas e atrevidas. Teus gemidos delatavam teu prazer com aquele atrevimento, que demonstrava todo o desejo que até hoje sinto por você.

Os teus dentes deslizaram pelo meu corpo enquanto o arrepiava sem limites. Sinto o cheiro do teu desejo misturado com o meu. E você me gemeu ao ouvido as palavras que mais me excita: "Viu como sou boazinha..., sou tua! Me possua!".

E eu te possui. Bebi o teu desejo em teus lábios, enquanto misturava teu corpo ao meu no sexo que você escolheu. Maravilhado à luz da lua, levantei seu vestido, arriei tua calcinha e despi o mais lindo corpo que tinha visto até então, seios lindos, ancas dispostas a me dar o melhor de todos os prazeres, uma vulva que continua até hoje me encantando de tão fêmea, gostosa!!! Nosso orgasmo!

É incrível, mas até hoje você me dá o orgasmo do primeiro encontro!
Te sinto o mesmo prazer, o mesmo tesão que me deixa atordoado, você é e será sempre, com imensa vantagem, a mais gostosa fêmea com quem já fiz amor.

Se fez tarde então e seria a última noite no nosso paraíso (bendita Luziânea), Os momentos vividos permitiram aumentar as saudades que sentimos no momento da despedida. Aquele tinha sido apenas um pequeno momento para tudo aquilo que desejávamos, e ao mesmo tempo um momento de enorme intensidade. Curto mas intenso. Pouco mas necessário. Incompleto mas avassalador. Duro foi retomar à vida no normal, pois combinamos que tudo terminaria ao voltarmos. Ambos sofremos o desconforto da despedida e a dureza do afastamento, mas conseguimos também entender que aquilo que tínhamos vivido era demasiadamente mágico para terminar. Um pouco mais de paciência e de sonho era tudo o que precisávamos para continuar essa paixâo que um dia nos levaria à novos lugares bem menos secretos mas... com o mesmo tesão, ternura e desejo.

Hoje somos amantes... verdadeiros amantes! Sabemos viver o amor de forma tranquila e cúmplice que só nós podemos ter, e com a loucura e arrebatamento que só o desejo dos amantes pode dar.
E se existe desejo selvagem misturado com um carinho terno, decerto que o amor está presente nessa loucura de amantes. Eu amo você!!!
As vezes adormeço serenamente enquanto penso em você. Sonho contigo a noite toda, quando acordo não recordo os pormenores, mas sei que foi com você que sonhei porque o meu sorriso ao acordar não deixa dúvidas... era em ti que pensava no momento que o meu corpo despertou do descanso.

O tempo é o nosso segredo e ninguem vai saber o que aconteceu entre você e eu..!
O prazer de dois corpos que se amaram, a felicidade de duas almas que se misturaram, a intensidade de dois seres que se entregaram... a capacidade de sonhar a dois!

Você sempre me diz que devemos apenas viver o presente!
Será mesmo que os amantes vivem somente do presente? Não consigo ter essa certeza porque... sei que...

NelLyra

Vou te amar pra sempre...Sempre!!!

Foto de patricia-17

Baloiçando

Estou aqui sentada no baloiço abandonado
Já não tem dinâmica nem movimento
Apenas se vai baloiçando ao sabor do vento
E já não há nada que o faça ficar acordado

Já fora popular sim!
Quando as crianças comiam bolas de berlim
E davam milho às pombas no jardim
E corriam campos de trigo sem parar

Nessa altura os mais puros sorrisos se soltavam
E nada as fazia chorar
A não ser a vontade de um gelado saciar
E logo tudo brilhava quando brincavam

Agora tudo isto está esquecido
A velha terra adormeceu
O espírito de criança se perdeu
E tudo que havia de belo para viver fora vivido

Resta-me então seguuir as rotinas
Todos os dias virar esquinas
E percorrer as ruas desta cidade
Que nada se parecem com os caminhos da minha tenra idade

E esperar que o sol volte a brilhar
Sem medos nem receios de aparecer
E eu sem dúvidas de o acolher
Talvez aí o baloiço volte a baloiçar.

Foto de Sonia Delsin

VINTE ANOS... VINTE

VINTE ANOS... VINTE

Ele a beijava e Laura pensava. Vinte anos...
Como pesam vinte anos!
O convite para dançar viera inesperadamente naquela tarde.
Os dois a conversar no ponto de ônibus.
A chuva que caía sem piedade.
-- Não me importo com a chuva. Até gosto.
-- Eu também. Notou que não está uma chuva fria?
-- É mesmo. O calor é tanto.
-- Vamos dançar hoje à noite, Laura?
-- Dançar com você?
-- Por que não? Não quer? Não gosta?
-- Adoro.
-- Então...
-- Mas dançar com um jovem?
-- Não vejo problema algum. Você vê?
Por que não aceitar um convite tão tentador?
Os olhos de Fábio a deslizar em seu corpo. Uma diferença grande de idade. Vinte anos. Mas ele vivia afirmando não ver problema algum nisso.
-- Aceito.
-- Nos encontramos lá às vinte horas.
Despedindo-se rapidamente ela falou olhando-o nos olhos:
-- Estarei sem falta. Meu ônibus.
Deram-se um beijo rápido no rosto e Laura entrou no ônibus com a face afogueada. Não era mais uma menina. Cinqüenta anos nas costas. Mas a alma... A esta era de uma menina. E o coração então! Um menino travesso que jamais cresceria em seu peito.
Ia pensando. Colocaria um vestido bem bonito pra encontrar-se com Fábio.
Belo jovem.
Fazia um ano que se conheciam e nunca tiveram uma proximidade tão grande como naquela tarde embaixo da chuva. Os olhos dele correndo em seu corpo.
Os dela buscando aqueles olhos escuros.
Sentia-se tão só ultimamente.
Sim, colocaria um vestido bonito. Capricharia na maquiagem. Se bem que era bonita aos cinqüenta. Muito bonita. O corpo bem cuidado. O rosto bonito.
Quando ele a viu chegando com aquela saia leve e a blusinha rosa elogiou de imediato.
-- Está tão bonita, Laura.
Os dois entraram de mãos dadas na danceteria e subiram a escadinha.
-- Muito melhor lá em cima, não?
-- Sim, é melhor.
Os olhos escuros não despregando dela. Laura gostava daquele olhar quente, mas ao mesmo tempo ficava um pouco apreensiva. Há meses não saia com um homem.
Sentaram-se na última mesa do lado direito.
-- O que vamos pedir?
-- Uma água sem gás.
Quando Fábio buscou sua mão ela estremeceu. A mão tocou seu pulso e subiu de leve pelo antebraço. Subiu mais um pouco e ele a puxou para um abraço.
-- Você é tão bonita.
-- E você tão jovem.
-- Já vem você de novo com esta estória.
-- Está bem, vou tentar esquecer.
Estreitou-a nos braços e buscou seus lábios, depositando um beijo leve.
No peito dela o coração pulava como doido quando ele buscou sua mão delicada e levou-a até seu peito. Precisava entregar-se ao momento. Precisava...
A sensação de estar encostada a ele era boa demais. Um homem a desejá-la. Bonito e jovem.
Quando ele buscou sua boca ela não apresentou resistência alguma. Também estava querendo beijá-lo. Como estava.
Ele quis mais beijos e levou-a até uma das vidraças.
Viam dali a cidade que dormia.
Ele a puxava pra seus braços e Laura podia sentir como estava desejoso dela. Os corpos tão próximos. Aquele contato provocava uma ereção no rapaz. O que não passava desapercebido dela, que também ardia por ele.
Achava errado esta atração que sentia pelo jovem. Já estava de novo a pensar na diferença de idade. Isto era prejudicial e ela sabia. Mas que fazer se tinha filhos da idade dele e não aceitava uma relação com uma diferença tão grande de idade?
Desejava-o.

Foto de EDU O ESPIÃO.

NUNCA ESQUECEREI O SORRISO DA MENINA NATALIE.

Não existe nada, mas belo que um sorriso de criança.
Sorriso solto espontâneo puro que traduz o verdadeiro sentimento
Infantil.
Ainda mais quando essa criança tem seu fantasminha animado.
Um amiguinho oculto, toda criança tem um amiguinho oculto.
Depois do amiguinho oculto, vem o amor ao um bicho de estimação.
Conto isso porque essa semana presenciei o sorriso, mas belo e alegre.
Atendi semana passada um cachorrinho poodle na clinica, este foi atropelado.
O cachorrinho chamado Elvis, é de uma menina de 4 anos, chamada Natalie.
Ela junto ao seu avô, chegaram à clinica apavorados pois o Elvis, havia
Sido atropelado chegou à clinica em estado tão deplorável, que nem eu mesmo
Com meu conhecimento veterinário, saberia se esse cãozinho teria salvação.
Pra se ter idéia ele se quebrou todo ainda teve grande parte da pata traseira esmagada.
A menina Natalie, desesperada me abraçou e num gesto de desespero, naquele momento eu era o Deus pra ela para salvar seu cão. E seu avô vendo o desespero de sua netinha.
Me dizia a todo tempo que esse cãozinho não poderia morrer.
Eu me senti, responsável três vezes, por dar alegria a menina pelo seu cão.
E por dar a alegria ao avô da menina para que não deixasse o Elvis cão morrer.
E a outra responsabilidade, deixar a pena de lado, nessas horas temos que ser um pouco frios. Deixar os sentimentos de lado e fazer o que tem que ser feito, coloquei em prática
Junto minha equipe para fazermos uma cirurgia na perna do Elvis e ver se Deus também nos ajudava, porque até eu pedi a Deus que me ajudasse que eu tinha que salvar o cão da Natalie.
Mas o que mais me preocupava, é que o cãozinho não reagia. E lembrava aquele choro
Triste da Natalie confiando em mim.
Bem fiz cirurgia tomei todos os procedimentos, e dispensei a avô e neta, para irem para
Casa, pois o Elvis não seria liberado naquele dia nem se sabia quando.
Aquele dia, eu não fui pra casa, passei a noite toda na clinica de olho no Elvis.
Fiquei me sentindo responsável pela responsabilidade de ver o sorriso da Natalie.
Deitei no sofá, dormi bem cansaço e de tanto pensar. No dia seguinte pra minha surpresa
Acordo com um latido, achando ser uma cadelinha que estava internada também.
Quando vejo, era o cãozinho da menina Natalie, ele olhava para mim como se estivesse
Me agradecendo mas deitadinho, tinha sofrido uma cirurgia não podia se levantar e estava com uma proteção. Fui até ele fiz carinho conversei com ele, ele com aquela carinha de
Poodle safado essa raça é bem safadinha, dei água ele bebeu muita água e me deixou muito feliz e logo de imediato liguei para o Sr° Nestor avô da menina Natalie.e dei a boa noticia.
Se passaram uns dias, o Elvis, teve alta, e vim ver novamente os olhinhos lindos da Natalie
Que junto ao se u avô foi buscar o Elvis. Pois os dias em que o Elvis, esteve internado,. Seu avô não quis levá-la na clinica para ver o Elvis, até que ficasse bom.
Quando olhei aquela carinha linda da Natalie, ela só falou assim pra mim.
Tio Eduardo eu vou La fora trazer um presente pra você que não deixou meu cão morrer.
A Natalie deu uma saída com seu avô, e quando voltou ela falou assim:
Tio Eduardo eu tenho uma surpresa pra você, mas você tem que lavar a mão antes.
Eu fui lavei a mão ela pedindo para que eu não demorasse.
Depois das mãos lavada, ela abriu o sorriso lindo, esticou as mãos pra mim que estava atrás das costas, e nas suas mãos pequenina de menina tinha um sorvete de pistache o meu favorito.Eu fiquei embabacado, não esperava.....Ela me deu o sorvete, era minha surpresa
E depois me deu abraço, deu aquela gargalhada pra mim com o seu cão no colo
E disse assim;
Tio Eduardo obrigada ta, toma o sorvete todo porque no meu sonho papai do céu disse
Para eu te dar um sorvete que você não iria deixar o meu cão morrer.
sabe tio Eduardo====Elvis não morreu!. O avô dela deu risada e também esperta para sua idade. Apenas 4 aninhos.====logo em seguida eles foram embora, e fiquei com aquele
Sorriso lindo nos olhos, como é bom fazer uma criança sorrir .
Mas o que, mas me intriga como ela sabia meu sorvete preferido, sendo que eu nem ninguém contamos? Será que também foi nos sonhos dela que papai do Céu disse que
Meu sorvete preferido é Pistache? Ai fica a pergunta? Deus conversa com as crianças, e os anjos que ele envia.
Como a Natalie iria saber minha preferência no sorvete? E aquele sorriso de anjo.
Acho que a menina Natalie era um anjinho em forma humana, porque nunca um caso
Mexeu tanto comigo como esse. Olha que tenho vários casos na clinica.
E depois desse dia Ela liga pra clinica pra falar comigo e me sinto tão leve.
Sei La, ó Deus sabe o que pode ser==== mas me sinto muito feliz.
Menina Natalie, nunca vou me esquecer dela e do Elvis, como ela falou.
Elvis, não morreu.

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