Nos versos que ora improviso
Dou de cara com grande risco
Mas, não importa me arrisco.
Na casa do congresso olho vivo
Por todo lado há perigo
Palavras ferem tal qual navalha
Canetada muda destinos
Na surdina elegem apadrinhados
Atos ferem a democracia sem cura
Na contramão da razão palavrões
Todos na mesma panela
Enganam a nação.
A quem diga isso vai mudar
Outros cospem de indignação
As maiorias de mãos atadas aguardam
Sabem serem enganados
O sorriso cínico nos bigodes engravatados
Faz o humorismo deleitar-se
Tirar de foco tal gravidade
Por traz de tanto desvarios
O poder sem passaporte
Estalam-se do sul ao norte
Os barões bradam em bom som
Que se dane o povo
Mente curta logo esquecem
Uma casinha ali, uma feirinha aqui...
Pacote social eis à salvação
Próximas eleições
Nas urnas devoção, tantas emoções.
Nesta terra de escravidão
Nunca foi diferente
Burguesia escarra hegemonia
A plebe em massa aplaude desgovernada.
Jamaveira