Homens

Foto de Sandy Machado

Não há remorso ,quando não existe traição

Senhor de ninguém,
Suas lágrimas,seus lamentos,seus planos almejados ao meu lado não me fazem sentir o menor florescimento de remorso relutante em minhas facetas.Decidiste ficar junto de minha alma,não perguntaste,porém,se algum dia seus bons modos e seu mal humor matinal faria amar-te.Pobre garoto,acreditaste em minhas palavras,soam como notas musicais e flutuam como penas.Digas o que pensas a respeito de traição e reafirmarei o que penso de ti.Suas posses compraram a todos,menos a mim.Irônico,talvez.Meu nariz empinado não se abaixou nem a todos os diamantes,nada planejado meu caro.Géneticas são genéticas. Se pensaste que eu carregaria sozinha essa cruz,repenses suas idéias,seus valores,seus estereótipos.A partir de sempre,levarei comigo cinco homens se for preciso para ajudar-me a levar este fardo.Se é o meu destino,desviarei dele e farei um novo,contigo ao meu lado e com outros em minha sombras.

Foto de Sandy Machado

Você, eu, nós e as velhas lembranças

Estava gelada, quente. Triste, feliz. Quando ele fez alusão aos fatos passados, as velhas lembranças. O coração já não faz um movimento sincrônico,aleatório talvez.Diacronicamente,minha essência virou pó e a emancipação da minha alma já não era mais tão almejada.
De seu esquife,era possível analisar as falhas de seu rosto apático.Todas aquelas marcas um dia foram tocadas e sentidas por mim.Entre nossos movimentos impulsivos e sentimentos altruístas,realizamos poucas frases.Aferimos se era amor,não,mera atração entre corpos.Respirações ofegantes entre passos evasivos e fugas quase imperceptíveis a imaginação humana.
Palavras excêntricas eram sussurradas em meus ouvidos,florescendo desse modo planos juvenis.Conjeturas arrogantemente alimentadas,não compartilhadas.Promessas enterradas com seu cheiro perdulário,sua garridice.Eu, nefelibata ;ele,egocêntrico,diferenças estas que se fundiam no seu mundo pedante.Não havia certo,errado,valores,escatologias,preceitos,os instintos da carne se manifestavam assombrosamente em nossos momentos.Sua boca carnuda encostava-se na minha,passado de uma pele flácida e um aspecto arroxeado.
A etimologia de nossos enleamentos me faz sentir a vida transforma num inferno qualquer, em pesadelos, pressentir que anjos maus me guardam, afinal, alma filantropicamente má não convive com homens.
O que sobrará do meu adônis serão cinzas guardadas em um marfim qualquer,contrariando sua natureza megalomaníaca.

Foto de Dennel

No fundo do poço

Cá estou, no fundo do poço
Minha vida desabou, profundo desgosto
As circunstâncias me trouxeram pra cá
Entreguei-me, cansei da vida, deixei de lutar

De tanto ver triunfar as nulidades
De tanto presenciar as falsidades
De tanto ver o choro incontido
Desisti, ontem vencedor, hoje vencido

Isolei-me do mundo, minha luta perdi
Fechei-me nas trevas, deixei de sorrir
Cobri-me de indiferença, tapei os ouvidos
Os anos passados, todos perdidos

Não choro, os sentimentos são ausentes
Nada me abala, só o peito ressente
Do tempo que outrora perdi
Quando no meio dos homens vivi

Aqui rastejo, vou deixando rastro asqueroso
Na parede escura, na cavidade do poço
Uma única fresta de luz tênue irradia
Minha vida tristonha, prolonga meus dias

Aqui sou um
Lá em cima, apenas mais um
Verme asqueroso, nojento, um réu
Desgraçado, blasfemando de Deus

A raça humana é podre, miserável
Sedenta de sangue, instinto insaciável
Mata, rouba, estupra os seus iguais
Moro no poço, não saio jamais

Juraci Rocha da Silva - Copyright (c) 2007 All Rights Reserved

Foto de ivete azambuja

CARA DE CORO

”Homens razoáveis
Adaptam-se ao mundo.
Homens não razoáveis adaptam o mundo a eles.
Por isso é que todo progresso
Depende de homens não razoáveis”

O trecho, acima, é perfeito para te dizer tudo que, abaixo, preciso te dizer (mas não é de minha autoria, amor...);
Assim, vou ter que cometer um delito, um plágio!
Portanto, quero desde já, pedir desculpas ao autor ;
Tudo em nome do amor;
Espero ser perdoada, pois direi este lindo verso, em introdução aos meus, aos seus ouvidos, às vezes moucos...

Que eu gosto tanto de você...

Dizer que eu te gosto tanto,
Que te gosto tanto...
E que você é a pessoa
Menos razoável que eu conheço. Sabe por quê?

Você entra na floresta
Como quem entra na casa que habita a muitas décadas...

Da mesma maneira,
Sai da floresta e entra em casa
Como se ela, a casa, fosse a floresta,
Com todo o seu encanto... todo o seu mistério....

Gosto de você porque volta pra casa
Empoeirado, exausto, esfomeado...
Mas feliz...
Porque a floresta te faz feliz...
E quando está em casa,
Ela também te faz feliz
Ao te dar aconchego;
Ao te trazer pra mim,
Menino travesso;
Às vezes, com cara de choro,
Outras com cara de coro;
Mas tentando ser feliz...

Ivy Portugal

Foto de pttuii

Manifesto e uma quadra

O que é que podes ainda dizer que é teu? O pedaço de alma que sempre conservaste na pele, até isso caiu. Certo? Já se calaram os assuãos que, outrora, brotavam do teu coração. E deixaste de ser alegre, com aquela alegria de uma criança quando lhe dizem que gostam dela. Sabes de boas maneiras. Até te sentas do lado certo da mesa quando vais a um restaurante, dos tais piéce de resistance. E gozas com o waiter, dizendo que o mundo não nasceu para quem arrisca. Só para os que sabem esperar por aquilo que pretendem.
Já desapareceu o arco e flecha do teu lado belicoso. Deixei de ver aos teus pés, o Bufallo Bill assassinado após batalha gloriosa com os Sioux. Machetes de guerra que te viam, e que tu não escondias, onde estão? Respondes que a vida faz as rotundas pela esquerda. Que o Sol chora lágrimas de cal quente, da mesma com que se dá banho aos mortos depois de eles se despedirem de nós. Resumindo, a cobardia fez de ti uma bitch. Dás o esfincter, numa posição de pato assustado, e em troca recebes cautelas quentinhas. Tipo castanhas que saltam no crepitar do forno outonal do universo. Não tens o nada, que faz as pessoas explodirem em busca do tudo. E com certeza que também não terás o tudo, responsável pelo friozinho na barriga das pessoas realizadas.
Já foste capaz de matar à velocidade do som. Carregavas, pelo cano, uma escopeta imaginária que guardavas aos pés do sofá da sala. Bastava um violador escapar sem condenação à justiça da mais pequena cidade do interior americano, que tu fazias justiça pelas próprias mãos. Despedaçavas rostos finos. Homens de feitio aquilino saíam despedaçados às mãos do teu instinto de Charles Bronson de 1.º andar da Rua dos Passarinhos. Não contente, partias pescoço, e depois serravas o corpo em seis, para melhor o empilhar na bagageira da tua Renault 4L. Hoje, nem o rato que tem ninhadas de vermes à entrada do teu quintal, tu consegues matar.
Cansei de ver-te a confraternizar com o diabo dos irresponsáveis. Com um satanás velho, que mandria porque já se cansou de fazer mal, e está reduzido a tirar o olho de vidro da órbita esquerda, e dar-lhe lustro para parecer mais magnânime.
A ti, e a quem anseia por menos suavidade, eu respondo.
-Raio que os parta a todos!!!!
Cansei-me de esperar que os coitadinhos arranjem forças para mendigar pedacinhos de terra prometida, à luz de ideologias que promovem o desmembramento dos sonhos. O homem não é de iniciativas. O homem é social. O colectivo manda mais que o chico esperto que explora 100 chicos espertos, só para se tornar mais chico esperto.

a condenação da torção,
de pescoço do suez,
é menos que o chupão,
na pila do burguês....

Foto de MarvinCesvaz

Crônica da Felicidade

Sustentamos como evidentes estas verdades:
Que todos os homens são criados iguais
e que são dotados por seu Criador
de certos direitos inalienáveis.
Que entre estes estão:
A vida, a liberdade e a busca da felicidade

Engraçado como isso não faz sentido, não?
Penso;
A felicidade, é algo que não se procura.
Se lhe dissessem que tem o direito de ir atrás de seus sonhos e,
se Deus quiser, isso te faz feliz, provavelmente acreditaria. ( mentira? )
Talvez eu esteja errado, e não que eu tenha razão ou seja vidente, no entanto,
só não esta implícito como é evidente; e Deus me perdoe e eu estiver errado...
Mas evoluímos condicionados a isto: "A busca da felicidade e sua falsa Promessa."
Esquecendo-nos ou nem nos dando conta de que, pode ser surpresa e surpreendente,
e não estar somente (ou nem um pouco) nos objetivos e ideais. Não é isso que é felicidade.

...Semântica?
Não, é filosofia!
A felicidade é intangível, é uma emoção.
Não pode ir a sua busca.

Então um de nossos fundamentos está enganado?
Se quiser considerar desta forma, é exatamente isso.
A felicidade não é um causador;
É causa! Não é dinheiro, objeto ou um estado.
Não é uma ciência física, não é estratégia, uma invariável nem material.
A felicidade é simplesmente felicidade.
Algo derivado e que se deriva.
Não se planeja não encomenda, simplesmente vem; vem-nos; chega
E não procuramos nem buscamos.
Primeiramente, ela não esta perdida!
Segundo pode se dizer que simplesmente, ela não nasceu.
Está para nascer, esperando, ou ainda não fomos apresentados.

As vezes indesejável (indesejada), as vezes de proveta.
Por fim, quando nasce ou se apresenta
É um bebê, um filhote, é uma constante e mutável.
O emprego da(de) felicidade na construção de frases pode ser um recurso estilístico que confere ao trecho empregado uma forma mais erudita ou que chame atenção do leitor ou do ouvinte.
Ou ela pode não ser empregada, e ser autônoma (na integra desempregada);
Um cachorro sem dono, um gato sem lar ou simplesmente ser vida e/ou vivida.
Finita ou infinita não importa.
Pode ser limitada ou ilimitada, durar 100 anos ou 10 minutos.
E, a felicidade pode ter vários nomes,
Se chamar "Pai", "Mãe", "Filho";
Se chamar "Amante", "Esposa" ou "Amigo".
Pode também não ter nome nenhum.
Cada um tem sua visão, seu ponto de vista.
Opinião pessoal, sua intuição e tradução específica, ou singularidade; diferencial.

Há quem conhece a felicidade ainda inocente
Pode alguém também levar uma vida inteira sem saber o que de verdade seja isso.
Talvez eu tenha mais dez anos em vida,
Talvez não acorde para contar história, ou que viva dez vezes em anos o que já vivi e conquiste, quiçá até lá, meu nome no livro dos recordes (“O Homem mais velho”) e contudo, poderia eu morrer sem conhecer ou saber o que é:

“F-E-L-I-C-I-D-A-D-E”

Irrefutável espírito
Espírito em estado e não estado de vida, nem status
Felicidade, estado de espírito e não vida balizada.

A minha (por exemplo) pode vir das esperanças de um sonho
Uma vida em comunidade, uma rua de mão única, ou, uma conquista profissional.
Ou, pode se encontrar depois de uma encruzilhada,
(Seguida confim) N’uma casinha com cercadinho branco, pequenina e no alto do morro
E pode estar sujeita a mudar e ser em uma mansão, ou naquele AP apertadinho do centro;
Em um bairro afastado (é indiferente), no entanto, recheada com esposa e lindos filhos.

Não importa! A felicidade é o inesperado, como disse,
Indiscutível, irretorquível e indescritível anseio.
Felicidade é contudo, passar pela porta estreita.

Muitos até individualizam felicidade com paixão absoluta
Embora não seja somente isso!
E outros, vêem felicidade como um mercado fechado
Apenas segurança se esquecendo do sentimento.
Se formos focalizar, por exemplo, felicidade quando confundida a contos de fadas
Relacionadas ao coração (tolos aqueles que se limitam apenas à)
Obteremos então um caminho mais abrangente.
Assim, é legal por hora, lembrar que
Na vida real, os amores não são como nos contos de fada.
A pessoa escolhida para ser amada é bem concreta, com defeitos e qualidades.

Aos quinze anos, espera-se que o príncipe encantado venha montado num cavalo branco.

Aos vinte, a exigência torna-se menor: o cavalo pode ser pardo.
Aos vinte e cinco, admite-se a possibilidade de que o cavalo nem é mais necessário, pode vir num jegue mesmo!

É mais ou menos assim que as expectativas de felicidade (em amor) vão se acomodando dentro do coração da gente à medida que o tempo passa.
Quanto menos enxergamo-nos a nós mesmos, mais são as exigências que fazemos.
Isso deveria nos fazer parar para rever nossos conceitos. (“Que isso, pura bobagem!”- sociopatia)

Entretanto a vida é real e, por ser real, os cavalos não são tão brancos, os príncipes não são tão belos e as princesas têm frieiras nos dedos dos pés.

No momento em que percebemos a inadequação entre o sonho e realidade,
descobrimos que tal felicidade e o amor que pensávamos que tínhamos pelo outro na
verdade não passava de uma projeção de carência e idealizações.

Não podemos nos esquecer de que o amor humano só é possível a partir da precariedade. Somos a mistura de qualidades e defeitos, de belezas e feiúras.
O amor só é verdadeiramente consistente no dia em que descobrimos o que o outro tem de melhor e de pior.
O problema é que, na projeção de nossas necessidades, cegamo-nos para o real, para o verdadeiramente possível.

Assim, nos tornando passivos no sentimento, à uma emoção inerte,
Ignorada e posta a morte, enquanto amamos e felizes somos na passiva ate que, amor ou felicidade não tenha passado de mais um conto d’uma pagina em nosso livro.

Com isso, passamos a esperar o que não existe, o que não se dará justamente por estar fora do horizonte de nossas possibilidades (ou exigências/conceitos e pré conceitos mal formados) e que, a felicidade (assim neste aspecto) se torna utópica e então criamos além e também, inúmeras e varias outras, e barreiras, que não caberia de impedir um bem maior. (o que infelizmente se sucede)

Assim sendo, o seu príncipe tão esperado pode até existir.
E a sua princesa tão desejada pode estar escondida em algum lugar, mas por favor, seja realista!
É preciso baixar as expectativas.
O amor de sua vida e sua felicidade virá, mas não creio que seja tudo isso que você espera.

Cavalos brancos e pote de ouro no fim do arco-íris são muito raros nos dias de hoje.
É mais fácil o seu príncipe chegar num fusquinha azul clarinho modelo 67 e sua felicidade se encontrar em uma casinha na beira de um pequeno lago.

E a sua princesa, até creio que ela esteja esperando por você, mas não que ela esteja numa torre, envolvida numa atmosfera de encanto.
É mais provável encontrá-la atrás de um balcão de padaria ou até mesmo no caixa de supermercado mais próximo.

Não tem problema...
Embora os moldes sejam diferentes dos contos de fadas, todos têm o direito de viverem “felizes” para sempre!

Simplesmente espero que, não tenham certo julgamento a respeito de felicidade.
Amor é amor, alegria é alegria e Felicidade é felicidade e não “Feliz-Cidade”!
Abram os olhos, não está a “olho nu” e sim além...
A felicidade está em você, a felicidade agrega, é você; somos nós!
E não se acomode ou acanhe por conta da sociedade
Pois você se conhece, os outros, só te imaginam...!” ( MarvinVaz – Crônica da Felicidade )

Foto de jeankarlos

REMORSO

Detrás do muro das ilusões há coisas reais
Eu você emigrantes de uma opinião
Testemunhas de um sentimento.

Nunca fomos catequizados e aprendemos a justiça da vingança
e num mundo onde virgens são hipóteses a ciência código da
magia e os anjos são homens brancos com assas.

Realmente não admitimos a lógica entre nós e contra um mundo
Complicado usamos palavras exatas.

E quanto a todos os caminhos esquecidos o que nos resta,
Resta somente “remorso”.

Foto de pttuii

Comoção

e eu que me comovo,
só por ver homens bons
de insulto a reconhecerem
impropérios como ajustes,...

como um escuro mais profundo
de se comer na noite em que
a vida desfaz o que se desfez
e desconjunta o que perfaz somas
desnecessárias,...

e eu que me comovo de mais
quando um zangão pousa
no ombro do velho que vive
de repreensões,...

o tal senhor do café que
quando aparenta desmotivação
prende-te com resguardos
de ódio,...

a tal criatura desprezível,
a que nunca primou por
simpáticos redondéis de
criatividade,
e de repente,
bolsa amor....

e eu eu que me comovo
simplesmente por respirar,
desnatada conferência de
tropismos contrários ao
sentir de solavancos feito,...

e eu que me comovo,
por o que resta do lúpen,
pelo que fica
da chuva práxica....

Foto de pttuii

Sala de pânico

havia calor. Suores exasperados, frutos do pecado, e resolutas paragens cardíacas. Colhões aos montes, de homens esparramados, derreados, e solucionados em banho-maria de tesão. Ai gajas boas. Sovadas gajas boas, que se arrastam nas paredes meladas de seiva dos desesperados que as cobrem, e lhes chamam amor do meu sentir. Fruto do meu tesão. Fim dos meus dias em afinada melodia de querer mais que o querer alguma vez dará em entardecer romântico e melodioso.
Sois vitrais. Limpezas da égide humana de querer ser ainda mais suja, do que quando se arrasta no lúpen dos desejos escancarados e espapassados. Homenageiam-se poetas que morreram aflitos. Desesperados. Pedem-se contas à dívida de sorrisos que só estar aqui consubstancia, para não dever dois réis à morte que escancara a esquina onde vamos esparramar frustrações e por fim sorrir.
Deleitemo-nos com poetas, porque poesia somos nós de rastos e por terra com o sono que não nos deixam medir e gozar.
havia calor. Desfizemo-nos desta sala, congelando-a até ao próximo devir da criação.

Foto de caetano trindade

ode a Manuel Bandeira

Ode as Baratas
Dedicado a Manuel Bandeira

Envaidecendo as baratas,
Levanta do bueiro.
Aos vôos, as baratas.
A noite do matuleiro.

Em antena ligada,
Grita estapafúrdico baratão cascudo:
__ “Meu trono!”__ “O dono!” __ “Sou chifrudo!”

Quanto conceito e norma,
Normalmente moral,
Nas ciladas humanas
A barata se dá mal.

Elas ainda resistem,
Bravamente em épocas atomizadas,
Contando a história de um povo
Que viveu marginalizado.

Ainda insiste:
“Ninguém desista!”

“Os sapos” de Manuel Bandeira grita ao modernismo.
Marginalmente enfunando os urubus rei,
Entro desvalido,
Ao cheiro de espírito deliquente,
Estonteante progresso crente.

“Homens partido”
Púnicos mantos cobrem a face.
O espírito cérbero de Caronte vagueia.
Túnicas circulares em tônico ser figuraste.

“quem casar com dona baratinha que tem fita no cabelo e dinheiro na caixinha?”
Peituda barata cascuda
Que ainda canta dote oferecendo a caixinha.

Zé Capeta

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