Hoje

Foto de Dirceu Marcelino

ESTÓRIAS QUE SE REPETEM

“ESTÓRIAS QUE SE REPETEM”.

Este conto se baseia na estória de “Eros” e “Lara” e de “Marcílio”, os dois primeiro personagens fictícios de nossa poesia denominada Súplica.
As estórias de “Eros” e “Marcílio” podem ser comparadas a do francês Jean Genet .
Sabe-se que “Genet nasceu de uma união ilegal. Sua mãe abandonou-o na primeira infância, tendo sido criado até a adolescência por uma família substituta e depois teria passado alguns anos em orfanato do governo, em Paris. Sempre se sentiu ‘um enjeitado’, pois seus irmãos adotivos o chamavam de ‘bastardo’, consideravam-no “ovelha negra” da família, a quem imputavam os atos mal feitos que fizessem e consta até que fora vítima de violência sexual”.
Aos poucos até os demais membros da pequena comunidade passaram a lançar-lhe a responsabilidade de todos os atos anti-sociais que aconteciam na localidade e passaram a chamá-lo de “ladrão” e “homossexual”. Desse modo, não tendo pai, não mantendo contatos com a mãe, sem ninguém com quem se identificar, foi assumindo a única identidade que poderia internalizar.
Porém, nosso personagem “Eros”, apesar de ter estória muito parecida com a de Genet, ao contrário, tinha pais e vários irmãos. Aliás, estes se destacavam no pequeno vilarejo em que moravam por serem trabalhadores, construtores de “calçadas de pedrinhas”. Eram muito requisitados para fazer seus serviços e “Eros”, com cerca de quatorze de idade podia ser visto acompanhando-os quase todos os dias pela manhã quando a família saia para o serviço diário e só à tardezinha retornava para casa.
Ao entardecer observa-se que “Eros” se associava ao grupo de adolescentes do bairro, pequeno grupo da vizinhança, grupo de amigos, autênticos. Passava a gozar dos folguedos juvenis típicos daquela região e sempre terminavam as brincadeiras em “peladas de futebol”. Após as mesmas, permaneciam por algumas horas conversando, raramente seu grupo mantinha contatos com meninas, apesar de que nas proximidades e no mesmo horário formar-se outro grupo de moças.
O primeiro dos adolescentes que passou a se associar com as moças foi “Eros”, que logo começou a namorar uma delas, a mais bonita por sinal – “Lara”. Esta aos dezesseis anos se destacava por sua beleza. “Eros” também era um rapaz bonito e logo começou a namorar “Lara”, um casal lindo de namorados e inseparáveis. “Lara” engravidou e apressou-se o casamento que sequer havia sido programado. Casaram-se e passaram a morar em uma casa doada pelos irmãos de “Eros”. Tiveram um casal de filhos, duas crianças que se destacavam por sua beleza e gentileza.
No mesmo período em outra pequena cidade vizinha eis que surge - “Marcílio”. Também, ao contrário de GENET, tinha pais. Mas eram ambos sexagenários. Alguns dizem que essa é uma grande dificuldade de pais que concebem muito tardiamente, pois quando alcançam a terceira idade já não tem energia suficiente para cuidar dos filhos adolescentes e acompanhá-los nos primeiros anos e após atingirem a maioridade. Parece-nos que foi o que aconteceu com “Marcílio”. Não teve o privilegio de ser assistido por seus pais já idosos, na sua infância e adolescência.
Mesmo sendo um belo rapaz, ao contrário de “Eros”, não se interessou por namoradas. Ao contrário, diziam que se interessava por rapazes. Apesar desses comentários na realidade nunca ninguém comprovara tal fato. Destacava-se no colégio onde estudava por ser inteligente e vivaz. Logo começou a ser chamado pelos colegas adolescentes de “Marcília”. Percebeu-se que não se preocupava com essas difamações, e aos poucos foi assumindo essa “identificação diferencial”. Como Genet assumiu a identificação de homossexual.
Porém, mais grave do que a assunção dessa identidade foi o fato de “Marcílio”, num mecanismo de fuga e evasão, passar a fazer parte de outro grupo pernicioso, uma “gangue” de usuários de drogas.
Talvez, tenha passado a associar-se a este grupo inconscientemente, induzido pelo casal que praticamente o adotou, fazendo-nos lembrar do slogan que hoje vemos afixados nas traseiras de ônibus caminhões e em alguns locais públicos:

“Adote seu filho, antes que ele seja adotado”.

“Marcílio” após ser adotado pelo casal, de alguma forma começou a se relacionar com outros jovens, pessoas de outra cidade, maior e próxima, e prosseguindo naquele mecanismo de busca de identificação, e de evasão, passou a fazer parte de um grupo formado por pessoas de fora do circulo familiar e da comunidade local, membros clandestinos, ocultos, que compareciam à pequena cidade para adquirir alguma coisa que só o “respeitável casal” comercializava muito livremente, pois além de vendedores de roupas – mascates – também eram respeitáveis no círculo dos ricos, dos mais abastados, pois moravam em uma das mais belas casas da pequena cidade e assim seus relacionamentos se estendiam aos altos círculos sociais.
Provavelmente, os pais legítimos de “Marcílio” gostaram do interesse do casal por seu filho, mesmo porque além de morar bem, do aparente sucesso material o varão exercia respeitável cargo público.
Com bom grado deixaram que “Marcílio” com eles permanecesse, trabalhasse, até morasse. Pensavam que ele trabalharia no bar, dormiria na casa do casal, mas na realidade o jovem passava os dias no bar, no recinto de jogo e à noite passava ao relento a perambular pela outra cidade vizinha, a “trotoir” pela praça e pelas ruas quase desertas até o amanhecer.
Ainda que se resumisse à jogatina ou a promiscuidade sexual o casal de velhos não teria muito com o que se preocupar. O problema era ainda mais grave. “Não percebia o velho casal que seu filho passava por problemas individuais que ‘induzia-o’ à fuga e ao refúgio no consumo de estupefacientes e ao cometimento de infrações conexas”
Aos poucos o respeitável casal que o “adotou” começou a utilizar “Marcílio”, para outros comércios que faziam além das vendas de roupas, que ofereciam para seus clientes de casa em casa.
Percebeu-se então que era um comércio clandestino e ilegal quando alguns cheques emitidos pelo casal foram objetos de registro de boletim de ocorrência na delegacia de polícia local e nas investigações procedidas constatou-se que apenas a assinatura era verdadeira, as demais escritas eram todas falsificadas. O casal dono do cheque, mesmo prejudicado desejava apenas resgatá-los, mas de forma alguma queriam que fosse aberto inquérito. Pois diziam que não pretendiam responsabilizar o adulterador, pois este era “Marcílio” “seu filho adotado” que já tinha naquela ocasião algumas passagens nesta mesma delegacia, por pequenos furtos e não pretendiam prejudicá-lo ainda mais. Por que será?
Ninguém sabia o que estava acontecendo, pois, geralmente, esses atos anti-sociais são imperceptíveis aos que não conhece a subcultura da localidade.
No seio dos grupos secundários que se interligam de modo imperceptível, através de um mecanismo de “transmissão cultural”, “alimentam uma tradição delinqüente com o seu peculiar sistema de valores anti-sociais, que se transmite de uma geração de residentes à seguinte”.
Na realidade “Marcílio”, não era apenas um pequeno delinqüente, hoje reconhecemos, também era vítima. Vítima tão culpada quanto aos delinqüentes traficantes de drogas. Durante as investigações dos estelionatos praticados por “Marcílio”, percebe-se que ele usava apenas camisas de mangas longas, com o propósito de esconder as inúmeras marcas de picadas intravenosas nas dobras dos cotovelos.
Mas como de fato cometera delito de estelionato, foi indiciado em Inquérito Policial e respondeu ao respectivo processo criminal.
“Marcílio” até então conhecido como “homossexual”, agora, também, passou a ser considerado “toxicômano” e “ladrão”. Embora a comunidade local o rejeitasse como sempre, surgem não se sabe como, pessoas abnegadas que espontaneamente oferecem ajuda nas horas de desespero e assim com colaboração de representantes de uma grande indústria local, conseguiu-se sua internação na instituição especializada na recuperação de toxicômanos.
Lá permaneceu por algum tempo nesta instituição, esperando o julgamento do mesmo processo a que respondeu, sendo condenado, foi recolhido à Cadeia Pública da Comarca, para cumprimento da pena de um ano e quatro meses de reclusão. Permaneceu recolhido no regime fechado até ser beneficiado com progressão para o regime de prisão albergue e passou a pernoitar na casa de albergado.
A Casa de Albergado era uma das poucas existentes, que pouco a pouco foi desativada, como as demais.
No mesmo período em que “Marcílio” permanecia internado, o “respeitável casal” que o adotara, também, foi preso, em flagrante por tráfico de entorpecente e ao final condenados as penas de três anos.
A “Respeitável Senhora” depois de um mês de reclusão na cadeia local foi transferida para uma Penitenciária Feminina do Estado. Lá teve algumas dificuldades de relacionamento com as demais reclusas, em face de ser esposa de funcionário público. Porém, com apenas nove meses de reclusão ela foi beneficiada com prisão albergue domiciliar e retornou para sua casa.
O “respeitável Senhor”, também, beneficiado com prisão albergue domiciliar, permaneceu preso apenas por um ano e dois meses.
Atualmente, ambos vivem felizes na mesma casa e continuam a ser respeitados na pequena comunidade. Consta que não reincidiram.
Ocorreu que, enquanto o respeitável casal saía do sistema prisional, logo depois, “Marcílio” ingressava, justamente, em razão daquele cheque adulterado cuja vítima era a “Respeitável Senhora”, pois fora condenado por estelionato.
Neste mesmo período Eros deu entrada na mesma cadeia em que estava recluso Marcílio, chegando a morar por pouco tempo juntos na mesma cela. Em razão disso saberemos a seguir o que acontecera com Eros.
“Eros” e sua bela mulher, também eram fregueses do respeitável casal e, provavelmente, além de roupas compravam outras “mercadorias”.
Logo a toxicomania de “Eros” o subjugou.
Inicialmente, por não conseguir acompanhar seus irmãos no trabalho de construção de calçadas, passou a ter dificuldades financeiras para suprir as necessidades da família e, provavelmente, para adquirir as substâncias entorpecentes de que necessitava, então passou a praticar pequenos furtos. Logo foi indiciado em inquérito. Mas sua primeira prisão ocorreu por porte de entorpecente. Tal infração era afiançável, porém, como nenhum de seus familiares se prontificou a pagar o valor arbitrado, chegou a ser recolhido à cadeia pública.
Consta que nessa oportunidade um dos presos, também oriundo da mesma comunidade, tentou seviciá-lo sexualmente e por resistir com afinco aquele não conseguiu seus intentos. Saiu da cadeia, invicto, mas marcado por uma das mazelas da prisão. Ainda dizem que a cadeia regenera, não foi essa primeira experiência de “Eros” o suficiente para ele.
Pouco dias depois, novamente ”Eros” foi preso por violação de domicílio. Desta vez, consta que o presidiário “Bárbaro” investiu sobre ele com intenções inconfessáveis e para resistir ele fingiu que estava tendo um ataque convulsivo, inclusive, espumando pela boca. Nesse estado foi socorrido e de alguma forma separado de ala da pequena cadeia, onde não poderia ser alcançado por seu algoz.
Ao saberem do sucedido seus irmãos e esposa fizeram esforços para pagar advogado e libertá-lo. Porém, consta que sua bela esposa inconformada do ocorrido, ou seja, com as constantes tentativas de sevícia a que o marido sofria, ameaçava-o abandoná-lo, caso não se corrigisse e retornasse à cadeia.
Foi o que ocorreu, pois decorridos mais alguns meses, outra vez “Eros” foi preso em flagrante por furto. Neste terceiro período consta que, totalmente, subjugado foi presa fácil de “Bárbaro”. Pior do que isso ao saber do ocorrido, sua esposa, o abandonou de vez. Logo arrumou outro companheiro.
“Eros” não foi abandonado apenas por ela, mas também, por seus irmãos e pais. Abandonado, não tendo trabalho e condição de comprar drogas, tornou-se um verdadeiro alcoólatra “bêbado de rua” e nos quatro ou cinco anos que se seguiram, retornou à prisão por flagrantes e condenações por furtos e uso de substância entorpecente.
Este foi o relato de “Marcílio” do ocorrido com Eros, porém, reservou-se a contar se “Bárbaro” tentara alguma coisa contra si. Chegou a dar a entender, que, o que importava saber sobre isso, se ele já era conhecido como “homossexual”.
Infelizmente, não foi longo o período de observação de “Marcílio”, pois ele que era conhecido como “alcagüete”, algum tempo após revelar esses casos que segundo a subcultura carcerária deveria permanecer oculto, e ainda por dar informações sobre outros delitos praticados na região, principalmente os relacionados ao tráfico de entorpecente, em certa data ao ausentar-se, descumprindo o horário de entrada na casa de albergado, foi morto num bairro de uma grande cidade próxima.
“Marcílio” morreu por “over-dose’ de cocaína, mas segundo dizem poderia ter sido forçados a tomar uma dose excessiva, ou seja, fora assassinado. Por quem? Não se sabe, pois esta é uma das estratégias do crime organizado.
Casos como o de “Eros” e “Marcílio” nos fazem lembrar e comparam-se com o de Jean Genet, mas agravados por serem estigmatizados, além de ladrões e homossexuais como “toxicômanos”, “alcagüetes” qualidades negativas que não são aceitas na sub-cultura carcerária, colocando-os na última categoria da hierarquia existente entre eles.
Estórias como de “EROS” e “MARCÍLIO” mesmo fictícias comprovam a dura realidade de nossos dias, mas o que é interessante são estórias que se repetem. Repetem...

Foto de opoeta josé carlos martins de lima

SENTIMENTO

ARRANQUEI AS MINHAS ASAS POR VOÇÊ OLHEI EM SEUS OLHOS E LHE JUREI AMOR ETERNO NÃO PENSEI, APENAS TE AMEI POIS EM SEUS BRAÇOS EU PUDE NOVAMENTE VOAR O TEU SORRISO É MINHA LUZ, POR TEUS DESEJOS ME ATIREI NO PECADO E ACREDITEI QUANDO ME FALAVA SIM OU NÃO E POR ACREDITAR NÃO DEICHAVA MINHAS ASAS DE NOVO NASCER OLHAVA PARA O CÉU E ME DAVA SAUDADE E LOGO ME VINHA TRISTEZA MAS JUREI AMOR ETERNO POR VOÇÊ E POR ESSE AMOR CHORAVA POR MINHAS ASAS E AO MESMO TEMPO SORRIA POR VOÇÊ ESTA AO MEU LADO NUNCA FALAVA SEU NOME APENAS LHE CHAMAVA DE MINHA VIDA POIS VOCÊ ERA MINHA VIDA O QUE EU SENTIA TALVEZ UM DIA POSSA SENTIR NOVAMENTE MAS O TEMPO TIROU VOÇÊ DE MIM E NÃO PUDE NEM DIZER ADEUS FIQUEI SOZINHO VIVENDO DE SAUDADES ACREDITEI QUE VOCÊ PODERIA DE REPENTE ABRIR A PORTA E SORRIR PARA MIM NOVAMENTE POIS O TEU SORRISO ERA A MINHA LUZ , HOJE MINHAS ASAS ESTÃO DE NOVO ABERTAS OLHO PARA O CÉU E VOLTO A VOAR MAS JUREI AMOR ETERNO POR VOCÊ E POR ESSE AMOR EU CHORO A CADA DIA POR MINHAS ASAS ABERTAS POR QUE A MINHA LIBERDADE ESTAVA COM VOÇÊ.

Foto de carlosmustang

O DECORRER DAS PALAVRAS

Hoje vou fazer bom uso das palavras
Usar essa dádiva
Só quero rimar!

Hoje colocarei no papél
A mágia do véu
Eu não quero reclamar.

Hoje sou mais eu,
Em criação de DEUS
Que tudo fez existir!

Posso falar do que quêro
Nesse instânte só venéro
O dom de ser feliz!!!

Vou me encantar
No próximo vocâbulo buscar
A segurança estelar...

Somente ao papel
Escrevo aos céus
Que aprendi à viver!

Foto de carlosmustang

PEDAÇOS DO CORAÇÃO

Mais uma vez, dissecou-se, a ultima esperança!
Que esperança???
A que ficou na lembrança de um desejo meu!

A profusa "alegria" de outróra
Hoje não passa rutilante, como sempre.

Oh...luxuriante apreço pelo seu corpo!!!

Cabisbaixo, morto
E um coração em frenesí!
Ficando a escaldar-se
Do enlace dos seus beijos!
Acuado, escondi-me.

Minha máteria constante...
Abalou-se, mais uma vez!

Sou novamente,
E não sou mais...
Mais brilho, menos trevas!
Alija-me dessa prostação.

Foto de miguelbaio

Poema a dois

Esta noite quero estar contigo, quero dizer que te amo
Sinto a tua ausência
Sinto a falta de um calor que senti há tão pouco tempo
Sinto a falta de umas horas
Que vieram...
Que me vieram aquecer as noites...
Que vieram como um sonho
Tornado realidade....
hoje.....
Quero-te de novo na minha cama
Rendida aos meus beijos
Nos meus braços aninhada
Como se o amor que vivemos
Fosse o nosso sopro de vida...
hoje.....
Quero-te como nunca te tive...
hoje...
Recordo-me dos dias felizes que passei
A algumas horas atrás contigo
Agora
Recordo apenas a beleza do teu corpo
O sorriso resplandecente
O mistério do teu corpo
Os lugares mais escondidos
Os lugares mais sensíveis
Onde te toquei
Onde te senti
Onde te ouvi gemer de prazer por mim
hoje...
agora...
Neste momento...
Sinto-te tão presente em mim
Sinto-te como se estivéssemos juntos
E estamos tão separados
Por uma distância
Mas hoje...
Talvez apenas hoje…….
Recorde os nossos momentos com tristeza
Pois queria ter-te aqui
Reviver o que vivi contigo
É dessa tristeza que me alimento
Para não morrer de saudade
É nessa tristeza que sonho
Com a felicidade prometida....
É nessa tristeza que de nada tem triste
Que me faço feliz para me veres sorrir...
Poetas tolos que sorrimos de amor...
Sonhar é sorrir...é amar...é viver...
E vivendo é que te amo....
E amando-te é que sonho....
Não há vitória nisto que somos...
Só a entrega dos corpos
A algo que já tem alma....
O amor que somos...o amor que vive em nós....
É vivendo que amamos...e vamos....
Em direcção ao futuro...

By…ANGEL & DUDU

Foto de Cecília Santos

MUNDO REAL

MUNDO REAL
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Que saudades que tenho, dos anos de Outrora.
Quando achava que Deus, morava nas nuvens,
e desenhava pra mim.
Olhar atento, curiosa, esperava.
As figuras se formarem, pra me encantar.
Num piscar de olhos, se desfaziam com o vento.
Outras iam surgiam em seu lugar.
Não tenho mais tempo de olhar os desenhos no céu.
Hoje vejo à minha frente uma dura realidade,
que não se apaga, diante de meus olhos.
O desenhista da atualidade, é implacável, frio, cruel.
Seus desenhos são baseados unicamente,
na INTOLÊRANCIA, no DESCASO, no DESAMOR,
O cenário é a grande metrópole, suas ruas, seus faróis,
seus becos, suas favelas.
Crianças com fome no farol a pedir.
Outros fazendo malabarismo, pra ganhar uns trocados.
Cenas que se repetem todos os dias, todas as horas em
cada farol dessa imensa cidade.
O homem esqueceu o significado da palavra AMOR,
HUMANIDADE, SOLIDARIEDADE, COMPAIXÃO.
Robôs e máquinas, ocupam espaços humanos.
O desamor alojou, ramificou, enraizou se alastrou.
Os sonhos pra muitos, foram desfeitos .
O verde agora é só concreto, e a esperança acabou.

Direitos reservados*
Cecília-SP/04/2007

Foto de angela lugo

Coração apertado

Meu amor não é uma obsessão

É pura saudade do meu coração

Tua ausência está a maltratar-me

Sinto demais a tua falta

É como se o meu coração

Estivesse em minhas mãos

Tenho saudade do teu sorriso

Da doce melodia da tua voz

Hoje a brisa fresca soprou

E com ela senti teu perfume

Senti um aperto no coração

Lembrando que há muito não o tinha

Onde andará aquele brilho

Que conduzia a minha vida

Que somente ao teu lado eu via

Por onde andas meu amor

Cadê aquele calor que me aquecia

Junto ao teu peito nos unindo

Tornando-nos dois em um todo dia

Hoje o sol não tinha brilho

Pois você esqueceu-se de voltar

E fazer o sol tornar a brilhar

Volta logo estou aqui a te esperar

E com o coração apertado

Sem saber quando você chegará

Foto de Ary Bueno Principe dos poemas e do amor

O GALHO PARTIDO

Ary Bueno [ O Príncipe dos poemas e do amor ]

Na árvore de minha vida
Pude um dia me abrigar
O sonho com ti querida
Pude a ela também contar

Os frutos que ela já me deu
Pude aqui em paz saborear
Minhas tristeza ela recolheu
E também por ti me viu rezar

Foi á ela, que eu confessei
Toda grandeza deste amor
Falei do beijo doce que te dei
E da lágrima que chorei de dor

Contei todo os segredos meu
E ela em silencio me escutava
Declamei á ela, os versos teu
E ela parecia, que feliz ficava

Porem um vento, mau e forte
A ela sem piedade, um dia atingiu
Quase a levando para a morte
E somente um galho resistiu

É este galho, hoje, só e partido
Que conserva dela a lembrança
No tronco, já quase desfalecido
Da minha árvore, amiga de criança

E eu hoje a ela, até já me comparo
Pois o vento mal que a mim atingiu
Me deixou assim triste, sem amparo
Como um galho partido, que resistiu

Por estar preso ao tronco da saudade
Mas, vive, porém, sofrendo esta dor
Causada, pela tão grande infelicidade
Por eu um dia, ter perdido... o teu amor......

Foto de carlosmustang

APRENDENDO A DIZER ADEUS

Hoje vi sua imagem surgindo longe...
No meu pensamento
Mas era apenas o abstrato do meu sentimento!
Todo o sofrimento que sentia naquele momento!

Eu te sentia, eu te ouvia, eu te perdia,
Eu temia, eu sabia,
Que tanto amor assim, acabaria-se!
E eu ficaria tão mal.

Eu acordei, e você foi embora com o vento
Fiquei agônico, turbulento
Chorei num longo lamento.

Valeu, um amor que não valeu!!!
Meus desejos congelou-se
Quando aprendi à dizer Adeus...

Foto de NiKKo

Aceite o fim, coração.

Meu coração ela não mais quer saber de você.
Portanto chega de chorar e sofrer.
Chega de lamentos pela distancia que hoje existe.
Não deixe a saudade dela te enlouquecer.

Ela nunca deu a você deu valor que merecia.
Admita que você por ela se deixou enganar.
Chega de passar as noites em claro esperando,
aceite que ela não vai mais te ligar.

Pare de recordar os momentos com ela, vividos.
Deixe de se martirizar pela ausência que é atroz.
Deixe de procurar em outras pessoas o sorriso dela.
Deixe de querer ouvir o som de sua voz.

Procure esquecer meu coração eu te peço,
tente voltar a viver sem fantasia.
Mesmo que você sinta a vida fugindo de você
faça de conta que ainda sente alguma alegria

Não a deixe perceber que você está tão triste,
nem que nossas noites agora são de tristeza e dor.
Não demonstre a ela que nossa vida é um fracasso
ou que no jardim da esperança, não há uma só flor.

Não a deixe descobrir coração, velho amigo
que a alegria que você com ela descobriu,
foi como um rio que secou na terra árida
onde a ausência dela um deserto solitário abriu.

Eu sei que a nossa vida agora é sem sentido.
Sei que você luta para de todos esconder
que sem ela você perdeu o prazer pela própria vida,
que sem ela, tudo o que você deseja é morrer.

Mas coração, por favor, ouça o que eu lhe peço!
Lute, não deixe a tristeza desse jeito te abater.
Entenda coração de uma vez por todas.
aprenda que sem este amor, você tem que sobreviver.

Um dia num futuro não muito distante
Ela, ao ver o quanto você tanto a amou.
coloque em sua lápide uma flor molhada pelo orvalho
em retribuição as lágrimas que por ela, você derramou.

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