História

Foto de Paulo Zamora

Vários poemas e reflexões 2009

Quando você tem toda razão
Você está coberto de razões quando pensa em uma nova vida, quando sabe que já se cansou das mesmas situações e caminhos que não o levaram a lugar nenhum. O que seria a sua nova vida? Simplesmente decidir seu rumo; fazer correções necessárias, ser seletivo quanto a amizades; enfim, fazer um auto-exame de sua personalidade e redescobrir portas e janelas, novas estradas...
Mudar atitude é mudar comportamento.
Mudar de vida é almejar novos sonhos; é luta para se fazer reconquistas; recuperar algo que se perdeu, mas que ainda tem tempo para reencontrar...
Você tem toda razão quando fica refletindo sobre a vida, vendo seus desafios, erros e sabe ainda que trilhar uma nova estrada vai depender dos esforços, sim, de uma luta incomparável; onde você enfrenta você mesmo; porque você decidiu. A verdade é que a vida é feita de decisões; e sempre mais uma define seu próximo passo. Se você reclama e acredita que a vida está sem sentido, pergunte-se; o que eu estou fazendo para melhorar minha vida? Tenho sido brando, compreensivo? Será que tenho amado como deveria? Quais os caminhos para mudar tudo isso? De repente a gente se perde em meio tantos assuntos, tristezas, e fica como sendo impossível mudar tudo, mas é preciso uma esperança e uma mudança talvez radical de vida; é rever conceitos; é sonhar o melhor mesmo que tudo já pareça perdido. Você tem razão quando acha que já tem que dar um basta naquelas coisas que já estão sem valor, você não quer formalidades, quer vida nova; mas não pode se esquecer; que tudo depende somente de você...
(Escrito por Paulo Zamora em 06 de Março de 2009)

Amor Imperativo
Ainda não sei o que vai restar desse apaixonado, revendo conceitos de amor, as dores no peito estremecem almas perdidas e confundidas, mas tal qual ciúme e a brandura de um mesmo coração correndo perigo... (Paulo Zamora)

E este mesmo perigo alucina-me , colocando em perigo os meus sentimentos imaginários, sonhando com a possibilidade de um dia senti-la em meus sonhos, mas tudo passa... (Alex F. Soares)

Fui embora deixando tantos poemas de amor, e você participou como fada na minha história, onde sofri de uma forma irreparável; onde vou estar com o passar dos anos? Distante de você? Ou ainda procurando reacender imagens lindas do nosso eterno passado... (Paulo Zamora)

Impressionado comigo mesmo, não consigo viver sem ao menos imaginar que um dia viverei sem pensar em seu cheiro demasiado que me fortalece, e ainda mais quando tenho a impressão que você viveu em minha vida... (Alex F. Soares)

Em que você está pensando? Nesse tempo? Noutras épocas em que esse amor estava presente em você? É amor imperativo, comumente; passivo e fraterno amor; lembre do seu coração e da emoção de encontrar alguém para amar. Um dia ainda vou te encontrar... (Paulo Zamora)

Três Lagoas 03 de Março de 2009

A pureza de uma amizade verdadeira
A pureza de uma amizade verdadeira nem sempre é vista por aqueles que estão ao lado de quem nunca mede esforços para fazer o possível, e quem sabe até mesmo o impossível. Pra que dar amizade a quem não acredita nela? Primeiro temos que acreditar e depois falar dessa amizade como sendo importante, porque é assim; importante.
Amizade verdadeira não se confunde.
O amigo acredita em você.
Alguns preferem nos fechar em uma caixinha do que abrir o coração para nos entender.
Quando a solidão bate a gente precisa de um amigo.
Quando você não encontra a quem conversar sobre os seus assuntos mais pessoais, então; você procura um amigo, sabendo que ele é a pessoa certa para entender você; e quando você vê o perigo à sua frente, alerta, aplica conselhos; porque grandes amigos podem ser eternos...
A pureza de uma amizade eleva nossa personalidade, o amigo verdadeiro é uma referência em nossa vida, é alguém com quem sempre se contar, porque seu coração é grande em compreensão; e quando feri-lo por motivos banais, permita a você ver as realidades do que é este sentimento; não tem como ser amigo de quem não o considera, você quer como amigo alguém que se importe; e que acredite em você; na sua amizade verdadeira.
(Escrito por Paulo Zamora em 01de Março de 2009)

Suas maldades
Eu nunca mais vou esquecer essas maldades vindas de ti. Me olhe de olhos fechados, sei que você pode; perdoe das vezes que implorei para você ficar comigo, isso não se chama amor, e no mundo não existe somente você, meu anjo que se perdeu...

Outro instante que não impossibilita de pensar na sua pessoa. Na verdade você nunca me quis, e se amou escondeu de mim; ao me redor nada vezes nada, estou vagando pelo infinito, o tempo que fiquei contigo foi somente tempo perdido; nem as declamações tocaram seus pensamentos.

Eu juro que nunca mais vou esquecer essas maldades, infantilidade, destrutivo, incapacidade da minha parte, você não gosta do meu olhar, tampouco do meu beijo, será que é mesmo assim? Posso estar equivocado, magoado no momento, mas eu nunca mais, nunca.. nunca mais vou esquecer essas maldades que fez comigo.
(Escrito por Paulo Zamora em 24 de fevereiro de 2009)

Amor com princípios
Se você se voltasse e me tocasse meu corpo iria estremecer; iria contra todos os meus princípios, seria descontrolado e pensaria somente no desejo.
A mesma chama arde me nós dois, vencer a quem se tudo fosse realizado? Os raios iriam cair nas nossas cabeças, e quando o arrependimento me procurasse para conversar, não teria para onde fugir; meus princípios atingiram-me no momento certo; não deixei a emoção mandar em mim, mas quando continuei carregando você no meu coração era como se tudo fosse paixão impossível, o que na verdade é.
Como poderia eu pensar em você e deixar de viver um momento ou uma emoção prazerosa que se recordaria para sempre?
Fui ao súbito, ao flagelo, ao ponto mais alto e pular para cair entre as nuvens; eu não poderia me guiar pelo sentimento, quando era claro tanto amor por você no meu coração. Se você se voltasse e pelo menos acariciasse a minha mão, não teria agüentado; teria feito amor, e isso faria feliz minha emoção, mas de que valeriam meus princípios? Preferi sair de perto, ficar pensativo por momentos, me arrepender de perder o momento, se é que seria esse o propício momento para esse amor, que teve que se sufocar e mentir que acabou...
Se você se voltasse e me desse um beijo teríamos esquecido dos princípios e hoje viveríamos num mundo desabado; sem frases, sem ninguém por perto, seríamos a própria loucura em vida. Ainda bem que você não se voltou...
(Escrito por Paulo Zamora em 15 de fevereiro de 2009)

www.pensamentodeamor.zip.net

Foto de Edevânio

EGITO, UMA DÁDIVA

Por Edevânio Francisconi Arceno

Quem deseja ser um bom “istor”, ou seja, uma testemunha, deve ser capaz de relatar um fato histórico com imparcialidade e credibilidade em suas observações. Será que um Historiador do século XXI, não pode escrever ou discorrer algo sobre a Pré-História ou Antiguidade, somente porque não testemunhou tais eventos? Claro que não, pois quem testemunhou sobre as famílias de Australopitecus evoluindo para Homens habilidosos e posteriormente eretos. Com o advento da Arqueologia, mal vista na idade média, pois suas descobertas colocavam em dúvidas certos mitos, no século XX atingiu seu apogeu e contribui de forma significativa e atualmente ela é imprescindível na reconstrução da nossa história. Através desta parceria, foram descobertas grandes civilizações, porém nenhuma está sendo tão elucidada quanto à história do Egito. Este povo que surgiu às margens do rio Nilo, transformou-se em exímios agricultores porque conseguiram dominar através de canais de irrigação a abundância do Nilo. Uma das riquezas retiradas das margens lamacentas do Nilo era o papiro que serviu para registrar não só a história egípcia, mas também a de outros povos. Da lama deste rio, também surgiu a matéria prima para a confecção de tijolos e vasos, objetos que fariam parte da sua cultura, muito mais do que imaginavam. Um dos fatores que transformou o Egito na sociedade antiga mais estudada e compreendida foi a riqueza de objetos, escritos, construções e esculturas ligadas a sua Religiosidade. O povo egípcio era politeísta, pois acreditava que para cada circunstância havia uma divindade e a eterna dualidade entre o bem e o mal, ficou a cargo dos irmãos Set, o invejoso e Osíris o virtuoso, e como em toda cosmogonia, o mal aparentemente vence. Mas a incansável deusa Ísis, demonstra toda a sua obstinação em reencontrar o amado Osíris, por isso é presenteada com uma gravidez milagrosa e concebe Hórus, que viveria e reinaria para sempre através dos Faraós do Egito. Por acreditarem que ressuscitariam após a morte, construíam gigantescas tumbas, verdadeiros monumentos que até hoje mexem com o imaginário das pessoas que atribuem estas construções a gênios da Arquitetura e até mesmo a seres de outro mundo. A prova cabal desta excelência arquitetônica são as Pirâmides, como as de Gizé, que resistem ao tempo por mais de 4,5 mil anos. A verdade é que o Egito não possuía apenas conhecimentos arquitetônicos e matemáticos, mas também dominavam algumas técnicas da medicina, pois já praticavam cirurgias e eram profundos conhecedores e detentores dos segredos da mumificação, conservando por mais tempo seus cadáveres. Observe o que relata a historiadora Joelza. Os Faraós construíam para si e sua família túmulos magníficos, como as pirâmides, que levavam muitos anos para ficar prontas. [...] Os túmulos podiam ter várias salas, onde eram guardados alimentos, objetos, armas e mobília para o morto usar na outra vida. (RODRIGUE, p.114). Cremos que de certa forma os egípcios conseguiram viver após a morte, não de forma eterna, pois a beleza de Nefertite não resistiu aos anos, mas a longevidade inerte de seus mortos, com suas tumbas e sepulturas tão ornamentadas, nos revelam a cada dia, a riqueza de sua cultura. Este povo obstinado como a sua deusa Ísis, que esperou o faraó Aquenaton morrer para voltar a ser adorada, nos enriquece com milhares de anos de História, e as mesmas dúvidas e inquietações que levaram Julio César a suspirar em companhia de Cleópatra diante da beleza do Egito, fazem-nos sentir da mesma forma, mais de dois milênios depois. Este é o Egito, uma civilização que por muito viver das dádivas do Nilo, tornou-se uma dádiva à humanidade.

REFERÊNCIAS RODRIGUE, Joelza Ester. História em Documento. 5ª Série. São Paulo: Ftd, 2006.

Foto de fer.car

Nossa história de amor

Onde nos perdemos?
Em que estação foi que perdi os seus olhos?
Em qual momento desistimos deste amor?
Em que outras histórias nos abrigamos para esconder o óbvio?
Por anos sentindo sua presença mesmo longe
Seu toque mesmo sem tocar
Seis beijos mesmo sem tê-los
Uma loucura que me tirava a palavra
Uma insensatez de acreditar em algo jamais vivido
Uma saudade, um compromisso sem termos sido um do outro
Onde foi que permiti que me esquecesse?
Onde foi que eu me permiti enganar que com outro poderia amar
Nas desiluções da vida, vc era o meu acerto
Nas passagens da vida, vc foi o meu porto seguro
Nas trsitezas da vida, vc foi minha alegria
E quando não o vejo aqui mais em meus dias
Olho e penso: amor meu, para onde foi que não está comigo
Uma lenda nosso caso estranho de amor
Uma forma de sentir o outro sem tocar
Como se lêsse minha alma, e revivendo o passado
Parece que nada morreu, a chama arde
A marca do que foi e é jamais se apaga
Como uma vida fosse pouco para nós dois vivermos
Sim, nossa história de amor até então não vivida

Autoria: Fernanda Carneiro
Direitos Autorais Reservados

Foto de Graciele Gessner

Peço Apenas Que Viva! (Graciele_Gessner)

Você escolhe viver ou morrer.
Amar ou odiar.
Opte pela felicidade ou pelas lágrimas.
Decida o que é melhor e o pior para você.

Então, vivente!
Prefere deixar a vida passar em branco?

Dê preferência às loucuras,
as emoções, aos amores...
Tenha certeza que desta vida
não teremos outra chance.
Simplesmente viva!
Amanhã talvez seja outra história...

E se existir a alvorada,
agradeça por mais esta oportunidade.

A vida passa tão despercebida,
que muitas vezes deixamos de dizer,
de olhar, de ouvir e de amar muito.

Não deixe a vida te consumir
sem você deixar um pouco de si.

Pense nisto!

28.02.2009

Escrito por Graciele Gessner.

* Se copiar, favor divulgar a autoria. Obrigada!

Foto de DeusaII

Conta-me uma história...

Conta-me uma história,
Não daquelas histórias de embalar
Que nos fazem quase adormecer.
Não quero histórias de guerras, ou de paz.
Conta-me a história da tua alma,
Como ela conseguiu comunicar com a minha
Deixando-me assim, neste estado de paixão.
Fala-me sobre os beijos,
Dados na escuridão da noite
Ou, na claridade do dia
Não daqueles beijos efémeros,
Que morrem antes de chegar aos lábios
Fala-me daqueles beijos de amor,
Que são quase eternos.
Conta-me a história do teu sorriso,
Como ele se abre de um modo quase prefeito,
Que faz com que os teus olhos sorriam também.
Conta-me uma história, meu amor...
Não para eu adormecer,
Mas para que a magia que me domina
Nunca mais termine, quando estou do teu lado.

Foto de Chácara Sales

O Reencontro (Crônica)

Um dia a perambular pelas ruas da cidade, resolvi ir até a praça, ao centro, onde havia muito tempo que já não ia; ao chegar avistei um menino tocando flauta, com certeza na esperança de ganhar uns trocados.
No momento em que me aproximei ele me olhou firmemente, num ato solene, então entendi que era gratidão pela minha atenção.
Sentei no banco da praça e continuei a perceber-lhe; o vento soprava fortemente no rosto, as árvores balançavam adornadas de flores, cheias de vaidades; até que num olhar o menino parecia questionar-me, continuava tocando, levantei-me, prossegui meus passos a seu encontro, ele tocava e me reparava; devia ter mais ou menos uns 14 anos. O povo a passar colocava trocados em seu chapéu, ele contente a se deliciar com sua flauta, dava pra ver a alegria brilhando em seus olhos, era a sua luta diária...
Aquilo tocou profundamente minha alma, via uma grande virtude naquele menino, tinha algo de especial, tocava com alma, fazia o instrumento chorar como dizem... até uma senhora que o escutava saiu emocionada, a chorar, as lágrimas eram como diamantes em seu rosto. O povo ali ia saindo aos poucos, devagar, quando me vi só com o menino, então aproveitei para conversar; ele inocente e meigo pediu-me educadamente um trocado e riu-se, eu meio desconcertado nem mesmo percebi que me havia esquecido de dar-lhe umas moedas, que coisa!
__ Por favor, Senhor que reparas tanto! Não o conheço nem tu me conheces, com meu sorriso no rosto que é minha dádiva, superando as dificuldades para não chorar, peço-lhe gentilmente um trocado se não for precisar.
Contive nas pálpebras gotas que não eram de orvalho, que naquele momento de emoção poderiam se derramar. Parado em frente sorri, estendi-lhe a mão, dei-lhe, realmente não iria precisar. E me perguntou.
__ Desde que chegaste me olhas tanto! Algum problema?
__ Não! Na verdade eu pensei lhe conhecer, mas acho que me enganei.
__ Achas que me conheces?
__ Tive um pressentimento, mas deixamos!
Há muito tempo algo aconteceu comigo, eu havia perdido um filho que me roubaram, e já sofria há tanto tempo com a morte de minha esposa, minha linda esposa a qual nunca consegui esquecer; como ela era linda! Tão humilde e realmente mulher!
Naquele momento tinha as mãos trêmulas, entrelaçavam-se, as palavras pareciam fugir dos meus lábios, quase não conseguia falar, eu senti algo naquele menino, um pressentimento estranho, parecia que já o conhecia, e por alguns instantes imaginei ser ele do meu sangue. As lembranças do passado vieram a me perturbar, não queria tirar conclusões antes do tempo.
__ Menino, acho que se eu lhe dissesse algo a respeito, talvez não entenderia a razão.
__ Talvez entenda, Senhor! Tenho o dom de entender as pessoas __ Disse tirando o dinheiro do chapéu para guardar no bolso.
__ Seria estranho pra você, creio que não entenderia.
Mas, serenamente a me olhar disse:
__ Não custa tentar!
Como aquele olhar me trouxe segurança. Eu pude me abrir com aquele menino; nem mesmo o conhecia, mas vi sinceridade nele e parecia querer me ouvir. Não mais receoso o chamei para caminhar, ele apanhou seu instrumento e o guardou, então prosseguimos...
__ Senhor, o brilho do teu semblante parece apagar lentamente.
__ Sabe, menino, a vida deixa marcas e na velhice elas doem. Se não são boas, trazem alegria, se são ruins, trazem mágoas. De certo não deixam de doer.
__ É tão ruim assim?
__ Não, basta saber viver para que as lembranças más não venham a lhe atordoar mais tarde. E se por capricho da vida alguma coisa ruim acontecer a você, como ter que perder alguém, passe por cima; a vida tem dessas coisas...
__ Eu quando era criança perdi minha mãe e meu pai.
Quando o Menino me disse aquilo, meu coração começou a bater forte. Então expliquei a ele o motivo de minha emoção ao conversar com ele, e por quais motivos meu semblante ia-se apagado.
__ Hoje tenho 40 anos, se estivesse com meu filho, talvez ele estaria com a sua idade.
O menino escutava atento, suspirava.
__Eu estaria mais feliz junto a ele e minha esposa que perdi há alguns anos atrás.
__ O que aconteceu com ela? O senhor deve sofrer muito não é?
__ É, dá pra suportar. Minha esposa morreu no parto, 4 horas depois do nascimento de Emmanuel, meu filho. A escrava que eu tinha, cuidou de tudo pra mim, inclusive dele. Eu não tinha forças para nada, não conseguia comer nem dormir; tremenda era a dor que sentia. Depois de alguns meses tive que me conformar com a morte dela. Esabelle, uma linda mulher!
__ E Teu filho, onde está?
__ Juro que não sei, o perdi também.
__ Ele fugiu?
__ Não, a escrava o roubou de mim logo após lhe dar sua alforria. Tentei de tudo para encontrá-la, mas se escondeu muito bem de mim. Outra perda que tive de aceitar. Oh, Deus, tu sabes o quanto sofri! Aquela escrava... Confiava tanto nela! Mas imagino o motivo por qual partiu, apesar de achar que mesmo livre continuaria comigo.
__ E qual seria o motivo, Senhor? A propósito, qual é mesmo teu nome?
__ Eu não tinha coragem de olhar pro meu filho, não que eu não gostasse dele, é que não imaginava como iria criá-lo sem uma mãe, pensava se seria um bom pai, se ele se acostumaria... Uma série de pensamentos me invadia, acabei por entrar em depressão. Talvez a escrava Alice por gostar tanto de mim o levou para que eu não sofresse; não foi uma boa idéia, e durante anos a procurei e nada. Ah, Desculpe, havia perguntado meu nome, sim, é Antônio.

(...)

__ Senhor, queira me perdoar, não consigo conter as lágrimas.
Olhei para aquele menino, percebi o quanto chorava, fiquei espantado.
__ O que foi? Não chores assim, não se comova tanto, é uma dor que não quero que sintas, esqueça.
__ Não diga isso, Senhor! Choro, pois tenho uma história parecida com a sua. A minha mãe Alice, a preta que me cria, disse que mamãe Esabelle morreu no parto, que meu pai um grande fazendeiro se chamava Antônio, e por motivo que nunca quis falar me criou longe, na cidade grande; só agora é que retornamos aqui para o vilarejo Filadélfia. Ela muito doente já sem condições de trabalhar veio descansar aqui onde me disse que tudo começou. Eu com poucas expectativas nunca imaginei que pudesse te encontrar, achei que tinha me abandonado, por fim é muito divino ver a história circundando assim, oh, meu pai! Diga que és? Agora entendo porque preta Alice me trouxe de volta, para te encontrar de novo. Oh, Deus, que alegria! Como eu quis tanto te ver! Te conhecer!
Não acreditava no que via nem no que ouvia. Meu filho estava diante de mim. Parecia um sonho, era um sonho. Comecei a dizer alto: É um sonho!
Ele me dizia: __ Não pai é realidade, não é sonho, sou eu, Emmanuel!
E me Abraçava fortemente; choramos juntos. Contemplando-lhe beijei-lhe a face, dizia: __ Finalmente, oh, Deus! Finalmente.
Ajoelhado agradeci a Deus pelo inesperado reencontro. E ele todo eufórico me pegou pelo braço e me puxava.
___ Vamos, vamos que Preta Alice tem que te ver. Vamos, vamos, ela vai querer te ver, eu sinto isso.
___ Vamos sim, meu filho, vamosssss...

E ali meu semblante se acendeu, a vida devolvia-me a vida mais uma vez. Eu vi a felicidade e a razão de viver me abrangendo o ser. Sentia-me no paraíso. Saímos correndo pelas ruas e meus pés junto aos passos dele pareciam flutuar. Correndo olhei para o céu em ato de reverência, e vi nas nuvens a imagem de Esabelle sorrindo para mim. Senti que naquele momento nossas almas atormentadas se acalmaram para sempre.

Foto de eliane rocha

Eu presiso.

Eu presiso...

dizer tantas coisas,
falar dos meus sentimentos,
da dor que arde no peito,
da ida sem despedida,

Eu presiso...

abrir de uma vez meu coração,
rasgar minha alma,sem medo,
do meu desispero, da falta q você me faz...
de como é ruim voltrar pra casa, e não ver,
mais, o amor q me abrasa,

Eu presiso...

jogar fora, as coisas que me machucam,
as coisas que me apavoram,
as tristezas as culpas,

Eu presiso...

desisperadamente, senti você novamente,
nem que seja por um minuto,
olhar em seus olhos, beijar sua boca,
sentir seu abraço forte.

Eu presiso...

apenas de rever seu sorriso,
ouvir um adeus uma explicação...
não se vá, como se não estivesse existido
dois corações, uma história,

É o que eu presiso...

Foto de Ana Botelho

DIÁRIO DA ALMA FEMININA

FRAGMENTOS DO LIVRO A SER LANÇADO EM BREVE:

DIÁRIO DA ALMA FEMININA.
"A mulher, por sua forma polêmica e única, arrasta consigo uma história que além de triste, é um dos retratos mais fiéis que temos da tortuosa evolução da humanidade, dos seus grandes preconceitos e de monstruosidades cometidas como forma de camuflar os desastres cultivados nos seios das famílias desajustadas, onde os complexos variados eram repassados aos seus descendentes, um método presente na velha tradição familiar era a de se lavar a honra de um parente querido com o sangue alheio, ou mesmo outro tipo vingança desmedida como se esta compensasse um crime anteriormente realizado. Além da figura da fêmea, qualquer outra criatura que tivesse nascido com a predominância das características “femininas” de ser, teriam marcadas em seu destino uma triste síndrome, uma espécie de anomalia social, ou seja, a de passarem a vida inteira buscando a sua real identidade..."

"Quem nunca travou desafios incansáveis para desfrutar dos direitos que por lei lhe pertenciam há séculos? Quem foi que sempre trabalhou por uma família mais amorosa e por um mundo bem mais justo, carregando, na maioria das vezes, a debochada caracterização de "piegas", ou "reacionária fracassada"? Se você ainda não ouviu tais comentários, certamente, eles estão velados, embotados e que só serão percebidos em atitudes de pessoas que parecem nos amar mesmo as mais próximas..."

"E qual assediada nunca recebeu:
- um telegrama misterioso de um amigo do seu pai, acompanhado de calcinhas comestíveis;
- um beijo roubado pelo marido da vizinha de andar, no elevador do seu prédio;
- umas piadinhas inconvenientes daquele coroa que ficava todo torto quando você passava para o colégio;
- uma perseguição indesejada e vergonhosa, pelas ruas quando ia fazer compras;
- um beliscão nas pernas sob a mesa, durante um jantar de família, por aquele marido ridículo de uma prima, ou da sua melhor amiga;
- um recadinho atrevido jogado na varanda da sua casa vindo das mãos de um respeitado chefe religioso do bairro;
- uma cena de masturbação em uma praia, ou praça obrigando-a a ir embora imediatamente;
- uma esfregada extremamente incômoda em um ônibus lotado e teve que se calar com receio de desencadear uma confusão em público;
- a sua residência violada por um tarado causando um distúrbio sem fim em sua vida, com processo, audiências e situações de constrangimento diante de estranhos e amigos;
- uma briga enorme que pensou ter causado, envolvendo um irmão, por atrevimentos vindos de pessoas outras;
- propostas de riquezas e casamentos estranhos, onde a sua casa seria em local deserto e freqüentado apenas por este suposto romance;
- uma literal luta corporal para se desvencilhar de um assédio de alguém que namorasse uma aparenta, ou uma amiga;
- bilhetes de desconhecidos com propostas ridículas colocados no limpador de pára-brisas do seu carro, bolsa, ou entregues em restaurantes por terceiros...
Estas são algumas situações pelas quais odiamos passar, mas que, por estarmos representando o sexo feminino, somos alvo dos "machistas" preconceituosos e que na maioria delas não podemos reclamar, nem retrucar porque logo somos consideradas as "culpadas" pelos assédios recebidos. Registro aqui a declaração de uma jovem que passou por uma situação complicada de quase violência sexual e que, ao chegar à delegacia para registrar a queixa, foi debochadamente abordada pelos plantonistas enquanto faziam as perguntas recheadas de um sorriso irônico sobre os fatos, traumatizada e controlando um grande desespero, só não desistiu de realizar por completo a denúncia por causa do seu compromisso com ela mesma e com outras pessoas que já passaram, ou que podem um dia se deparar com tal absurdo.
As pessoas “femininas” também sentem desejos, têm preferências, sofrem de afinidades físicas com outras pessoas e, por isso, deverão ter oportunidades de participar de escolhas e terem o direito de dizer "não" quando acharem necessário..."
(NÃO PERCAM, DENTRO DE ALGUNS MESES NAS LIVRARIAS)

Foto de RHANI

Você meu amor

O vento sopra meu rosto.
Trazendo um toque,ncom gosto.
De amaor.
Bate bate em meu peito,vai aonde eu estou.

Envolvido em seu sorriso.
Que procuro,que preciso.
E o vento ? , sopra indeciso.
E eu continou perdido,em seu sorriso.

Só preciso despertar,e lembrar de você.
Tras tantas alegrias para o meu viver.
Necessito tanto de sempre te dizer.
Te amo não vivo sem você.

Cada dia que se passa,esse amor mais aumenta.
Tem dias que meu coração de saudade não aquenta.
Cada linda história que a gente lembra.
Mais tem dias que de saudade,meu peito não aquenta.

Antes de tudo saudade vem nos ver.
Em nossos sonhos imagens nos trazer.
Lembrando-nos que um sem o outro assim não sei viver.
Quanto mais te amo,mais quero contigo viver.

Em qualquer momento.
Até mesmo como agora.
Em cada lembrança cada minuto cada hora.
Em cada segundo,a saudade foi embora.

Mandei para ti,do fundo de meu peito um s.o.s.
Tão calmo que me pareçe.
Esse amor,que meu coração emudeçe.
Em meus sonhos,em minha vida,em tudo apareçe.

Apareçe-ti com calma e sinceridade.
Em seu sorriso a felicidade.
Em nosso viver a mais pura verdade.
E em nosso amor a mais bela eternidade.

Como o romper da hora no entadecer.
Sonhe comigo que eu sonho com você.
Mas se não sonhar ?,passarei a noite pensando em você.
Matando a saudade e a vontade de te dizer.

Você meu amor,estrela mais linda a brilhar.
De uma beleza sem par.
Que meu sonhos,minha vida veio iluminar.
Veio para sempre no fundo de meu peito,para sempre ficar...

Você meu amor,esta comigo em um amor sem explicação.
Toda hora me pego em devaneios ou sera ilusão.
Até pareçe vem um anjo e leva-me em sua mão.
é só dizer devagar,que bela paixão.

Meu amor que toma conta de meu ser.
De meus olhos,meu sorriso,meu viver.
Em um amor eterno que sempre vamos ter.
Aumentando,para sempre mais crescer.

Fonte que corre do rio para o mar.
Entrava-me em seu olhar.
Ponho-me a procurar.
E encontro todo o brilho desse nosso amar.

Brilho tão grande que só vejo começo não o fim.
Um brilho apaixonante que nunca ira sair de mim;
Sem você no meu viver,não sei o que fazer ?a resposta é sim.
Tão belo esse amor com você junto a mim.

Se me fosse possivel ver o universo.
Viraria-o ao inverso.
Mostraria em rima e verso.
Desse amor ,de beleza sem par

Nosso amor.
Lindo como pétalas de flor.
ilumina meu caminha aonde eu for.
Incrivel,fascinante,apaixonante esse nosso amor.

Você meu amor,minha fonte de inspiração.
Faz suspirar meu coração.
Em ritmo de pura paixão.
Me perco quando vejo-te com sua perfeição.

Você meu amor é quem,quando fecho os olhos fico a procurar.
Buscando encontrar.
Por mais longe que eu possa estar.
Peço que não se esqueça sempre...sempre...sempre...irei te amar.

Foto de DeusaII

Conta-me uma história...

Conta-me uma história,
Não daquelas histórias de embalar
Que nos fazem quase adormecer.
Não quero histórias de guerras, ou de paz.
Conta-me a história da tua alma,
Como ela conseguiu comunicar com a minha
Deixando-me assim, neste estado de paixão.
Fala-me sobre os beijos,
Dados na escuridão da noite
Ou, na claridade do dia
Não daqueles beijos efémeros,
Que morrem antes de chegar aos lábios
Fala-me daqueles beijos de amor,
Que são quase eternos.
Conta-me a história do teu sorriso,
Como ele se abre de um modo quase prefeito,
Que faz com que os teus olhos sorriam também.
Conta-me uma história, meu amor...
Não para eu adormecer,
Mas para que a magia que me domina
Nunca mais termine, quando estou do teu lado.

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