História

Foto de Osmar Fernandes

Jovens e Velhos

A juventude fica preponderante

a cada dia que passa.

Tudo em torno de um aconchego brilhante

que se firma em cada mente.

Se hoje você é jovem que corre, dança,

pratica esportes e gosta de perigo,

é porque são momentos de sua época,

sua gestão na juventude.

Mas, e o velho?

Sim! Aquele que passou por tudo o que

você passa...

Curtiu sua mocidade, teve glórias, teve graças;

foi às vitórias, enfim.

E, hoje? Hoje é simplesmente um corpo

amadurecido pelo tempo...

Mudou sua face, seu movimento tornou-se

lento, o estafante lhe vem mais súbito.

Mas, nem com isso, você, velho, é esquecido.

Você brilhará eternamente na história...

Sempre terá alguém que nunca o esquecerá.

Não o deixará sozinho um só instante.

Que o vê e o guia em todos os momentos.

Esse ser chama-se Deus.

Porque para Ele, você terá sempre o mesmo valor.

Para Ele, você não é velho.

Velho, meu jovem!

Velho é o carro que já não funciona.

É a bicicleta que já não pedala.

É a máquina que não mais constrói.

Velho! Velho é o jovem viciado em drogas,

que lhe domina o corpo, que lhe fere a alma,

e o torna morto.

Isso sim é ser velho, meu jovem!

Foto de fer.car

Eu te amo

Eu te amo como quem ama a dor
Eu te amo como se amasse pouco a mim mesma
Porque te amando esqueço de quem sou e do que sou neste mundo
Eu te amo como uma velha história de amor em seus ouvidos
E por mais que o tempo passe e ele passa, torno-me escrava disso
Como se minhas palavras não fossem suficientes
Como se meus braços não conseguissem lhe segurar
Eu te amo como quem ama só
Porque muitas vezes me sinto só
E mesmo que você queira dizer que não
Sua maneira de ser e de agir me faz assim, tão só
Te amando abro mãos de sonhos, de pensamentos e momentos
Te amando me entrego e vejo que somente eu quis suprir
A falta que me faz, a saudade que me arrasa e a ausência de dias
Eu te amo como um amante nas ruas de Veneza
A vaguear por entre poemas e prosas
Por entre uma música e outra a espera do próximo encontro
Eu te amo como aquela suave melodia inesquecível
Como aquela linda paisagem que nunca se apaga
Eu te amo como uma eterna enamorada
E aqui, entre quadros, paredes e mil sentimentos guardados
Ainda espero que o mesmo amor que ora lhe dedico
Seja o amor que queira para sua vida inteira
E seja eu a sua única e eterna amante

Autoria: Fernanda Carneiro

Foto de ek

Em minha Mente

em minha mente quase humana
e viciada,
o vírus vira vida e a vida não é
nada,
no meu país a ignorância
fica escondida atrás das paginas
de um jornal,
aqui todos sofrem,
todos choram,
e ninguém se importa,
ninguém...
a minha mente é desumana
é bitolada,
e o vírus que era vida
é loucura calculada,
o preço do prazer é uma
guerra programada.
e você já era...
já era...
tempo de notar que a grande
roda não para...
que a linha da história
não espera os bitolados...
que a vida te quer...
vivo ou morto,
e ela vai te pegar.

Foto de fer.car

SOMENTE DE AMOR NÃO SE VIVE, É PRECISO MUITO MAIS...

O tempo passou para nós
Foram beijos e abraços calorosos
Mas hoje não o vejo mais aqui
Entre nós, apenas um espaço
Um fim, que história linda tivemos
Realmente nunca sabemos a razão de tudo
Apenas que a separação foi inevitável
Tantas diferenças, tantas faltas a serem supridas
e por mais que meus olhos chorem
E lágrimas rolem, saudades abalem
Não posso pensar em tê-lo novamente
Porque juntos via que sem rumo estávamos
Porque a verdade é dura e cruel
E amor por amor apenas não se vive
Precisa de luta, de crescimento, de amparo
Amor que vive de dependência do outro não é amor
Uma doação desmedida para alguém que se acomodou na vida
Entre nós vejo o breve espaço do desejo e do beijo
Uma ãnsia de estar em sua companhia
Mas uma angústia não ver futuro na relação
Tantas diferenças, tantas faltas a serem supridas
e por mais que meus olhos chorem
E lágrimas rolem, saudades abalem
Não posso pensar em tê-lo novamente
Porque juntos via que sem rumo estávamos
Porque a verdade é dura e cruel
E amor por amor apenas não se vive

Foto de Lou Poulit

LASO, Cia. de Dança Contemporânea

UMA EXPERIÊNCIA LINDA

O bailarino/coreógrafo/ator/professor CARLOS LAERTE, seus intérpretes e assessores, foram uma das mais felizes surpresas da minha vida.

Estava expondo minhas pinturas no Corredor Cultural do Largo da Carioca. Derrepente chegam um mulatinho e uma mulher, ambos lá pelos trinta. Perguntam quanto tempo eu levava para pintar uma daquelas telas (série Bailarinos Elementais). Descrente, respondo que dependia do grau de elaboração, uma hora... um dia... Eles se entreolham e depois o mulatinho pergunta se me interessava por apresentar meu trabalho num espetáculo de dança contemporânea e quanto cobraria. Confesso: além de não acreditar, na hora também não entendi. Nunca soube que espetáculos de dança apresentassem pintores trabalhando ao vivo!

Acertamos cachê, marcamos data e hora. Me pegariam de van em Copacabana, onde tinha ateliê, e estaria embarcando para Campos, cidade aqui do estado conhecida pelas muquecas e peixadas, onde faríamos uma apresentação no dia seguinte. Só acreditei quando a van chegou, trazendo uma penca de bailarinas tímidas e a tal mulher, que parecia saber todas as respostas mas não era a deusa. O deus era o tal mulatinho, bem quetinho no canto dele.

Pois bem, a gente nasce com dois olhos e ainda assim é muito pouco. Íamos fazer um ensaio técnico de véspera e estava prestes a conhecer um trabalho artístico maravilhoso, seríssimo e cativante. Fizemos aquela apresentação no Teatro Municipal de Campos, depois fui novamente convidado e fizemos outras, no Espaço Sérgio Porto, no Centro Coreográfico da Tijuca... A cada dia tinha a impressão de reencontrar uma aura registrada no meu sangue e da qual não me lembrava mais. Explico para que entendam: minha avó paterna, Nair Pereira, fora bailarina no tempo do teatro de revistas. E dessa história só restava, até há pouco tempo, a madrinha de batismo de meu pai, hoje falecida, Henriqueta Brieba. Também pelo lado paterno, meu bisavô que não conheci em vida, Antônio "Paca" Oliveira, fora homem de circo: o maluco (me perdoe o linguajar moderno) foi o primeiro homem-bala do Brasil, num tempo em que se fazia isso para matar a fome. Só podia ser! E sem seguro?! Em troca de meia-dúzia de cobres e o aplauso de meia-dúzia.

Na hora da apresentação ficava pintando no palco e de costas para o balé, mas durante os ensaios aquela gente me impressionava. Assim descobri o talento inequívoco do coreógrafo Carlos Laerte, a sua memória fantástica de um trabalho artístico que usa vários recursos simultaneamente, e ainda tem registrados todos os pequenos erros das últimas apresentações para que não se repitam. Até eu, que estava ali assim, como vira-lata caído do caminhão, também mereci uma crítica para melhorar o desempenho!

Os intérpretes estimulavam a minha adimiração. Carol, Simone, Yara, Bianca e Rodolfo, o espírito da arte habita, com certeza, todos eles. Não se pode compreender aquela gente de outra forma. Repetem infinitas vezes seus movimentos, perseguindo pequenas eficiências. Tornam-se íntimos do cançasso e, não é exagero dizer, da dor física. Controlam o próprio ego para que o coreógrafo corrija a interpretação de outro bailarino, já que precisam estar sincronizados, e isso é uma espécie de ginástica psíquica. Outra deve ser a nacessidade de por temporariamente na gaveta os problemas de casa, filhos, maridos/namorados, para não perder a concentração.

E tudo em troca de cerca de cinqüenta minutos. Esse é o seu tempo. O tempo em que os intérpretes são os senhores do momento, da luz que explode em seus corpos húmidos, da linguagem do movimento, do ritmo do qual nem o cosmo pode prescindir, enfim, da emoção que paira sobre e em todos, profissionais e expectadores, como uma hóstia artística que paira sobre o cálice do sacrifício e da adoração. Nessa hora a arte é a deusa e o espetáculo me parece uma grande comunhão, porque nos faz comuns uns aos outros, porque amamos isso e nos oferecemos para construir e transmitir a emoção. Incrível isso, eles constróem sua arte complexa em muitas horas de dureza. Ao final é como o velho exercício de imagens feitas de areia colorida nos mosteiros do Tibet, como alusão à transitoriedade da vida humana: o mestre passa a mão na imagem pronta, perde o momento, e nos liberta dela para que possamos recomeçar, com o mesmo amor, a reconstrução do nosso próximo momento. Uma pintura minha pode ser feita por dias consecutivos e depois guardar aquela emoção por décadas, talvez um século. Por isso me parece tão menor do que a arte que esse pessoal faz.

O espetáculo "Caminhos" fala exatamente disso: reconstruir sempre. Recomendaria aos expectadores de primeira viagem que se vistam condignamente. Aos homens que não deixem de fazer a barba e se pentear. Às mulheres que não usem saias demasiadamente curtas, pintem-se com sabedoria, cuidem do andar e do falar. Porque talvez estejam indo na direção de um grande e insuspeito amor. Se em minhas palavras houver poesia, não há mentira. No meu caso particular, como no de muitos outros, esse amor atravessou várias gerações".

Foto de Raiblue

O amor é filme!

.

O amor é um filme
Uma série de episódios
Que nunca se sabe o fim
Sem um roteiro definido
O amor é improviso

Quando chega, de repente
Numa sessão qualquer
Num cinema vazio
Na escuridão dos minutos
Que antecedem as cenas

O amor é um filme de ação
Aventura, traição
Drama, comédia romântica
Divina comédia humana
Portas para o inferno ou paraíso

O amor é feito de vícios
Sob o efeito dos desejos mais lascivos
Entre flashs de pura emoção
Película delicada
Facilmente partida

Quando o amor é revelado
No escuro do quarto, as cortinas do tempo
Se fecham, num eterno momento
Trailers eróticos são encenados
Sem cortes nem planos marcados

Sexo explícito
No implícito do amor
Que vai nascendo
Nos ensaios das cenas
Entre seus movimentos, luz e cores...

Basta um zoom
E o amor vai crescendo
No arrepio da pele
Nos corpos trêmulos, entre beijos
Cinematograficamente obscenos!

E uma trilha sonora
Marcará para sempre cada história
Desse filme sempre inacabado
Dessa vida tão provisória...

Entre pausas e replay
Entre mágoas e saudades...
O amor é um filme
Que o vento nunca levará...

Película azul da eternidade!

(Raiblue)

Foto de Carmen Vervloet

ESCULPINDO A VIDA

ESCULPINDO A VIDA

Quero esculpir
A minha história...
Quero chorar ou sorrir
Entre reveses ou glórias...
Quero entalhá-la
No meu dia a dia...
Do meu jeito...
Com minhas manias...
Mas sem preconceito...
Peito aberto
Nos caminhos incertos...
Com a minha cara...
Nem sempre de beleza rara...
Às vezes feia...
Sangue italiano
Nas veias...
Às vezes brilhante alvorecer...
Benquerer!
Outras vezes noite escura...
Amargura!
A coragem impulsionando
A busca...
A brancura da paz...
O azul do amor...
Capaz de apostar no hoje...
Meu presente...
Que me dá a rota
Onde lanço minha frota...
Que me leva ao futuro...
Certo... Nascituro...
Fruto maduro...
Mastigado pelo tempo...
No tempo certo...
Sentimentos especiais...
Abundantes mananciais...
Que sustentam
A vida
Por mim esculpida!

Carmen Vervloet

Foto de hotmanias

Amor a caminho

2º amor
Esperava ser ela
Bruna minha querida
Queria tê-la

Queria que o amor
Fosse conrrespondido
Mas este amor
Não foi correspondido.

9º ano
2ª paixão
1ª amargura
Amor sem cor.

So de em ti pensar
Davas me glória
Para ti era só um rapaz
Que nem ficava na tua história.

Tenho medo de ficar
Outra vez em vergonha
Até de para ti olhar
De ver tua cara risonha.

Guardei teu nome
Fechei-o no coração
Arrancaste-mo
Destruiste-o desde então.

Foto de Sonia Delsin

AH, COMO ISTO É DISTANTE!

AH, COMO ISTO É DISTANTE!

Um dia eu estava tão triste, mas tão triste que disse à minha mãe.
-- Mãe, eu queria ser um urubu.
Apontei um bem no alto dos céus a voar.
-- Aquele eu queria ser.
Minha mãe me estreitou nos braços e me beijou.
Ela sabia que eu nem sequer naqueles dias podia andar.
Imagine voar!
Mas eu voava de outra forma. De um outro jeito eu voava.
E meu vôo me curava.
Porque quando nele eu entrava com outra realidade eu deparava.
É uma história tão longínqua esta. A lembrança faz parte de mim.
Mas parece que se passou com outra pessoa.
Não parece que fui eu que fiquei presa a uma cadeira de rodas por anos.
Presa a um leito.
Parece mentira que a enfermidade fez-me conhecer a verdade.
Sim, a verdade da vida.
Depois de tudo aquilo eu passei a ser outra pessoa.
Uma lutadora.
Vinham os reveses da vida e eu estava no momento seguinte me erguendo.
Fui me fortalecendo.
Algumas pessoas me julgaram tão frágil que quiseram estender tapetes para eu pisar.
Não entendiam que eu conhecia os espinhos.
Que eu tanta coisa podia suportar.
Aqui lembro meu pai dizendo.
-- Filha, você é muita delicada.
Ele estava certo.
Sou delicada, sensível.
Mas existe em mim uma força, uma coragem.
Não sei. Tem dias que eu penso que tanta coisa nesta vida eu precisei provar.
Talvez fosse necessário me testar.
Ou contas acertar.
Eu com a dor sempre fui aprendendo.
Um amigo me disse um dia.
-- Não acredito que o sofrimento seja necessário.
Não vou dizer que é. Foi para mim.
Hoje em dia me considero uma mulher feliz.
Realizada.
Plantei árvores, editei livro, tenho dois filhos lindos que adoro.
Se algumas coisas não saíram a contento é que tinha que ser assim.
Esta lembrança que me chegou do vôo do urubu é que hoje fiquei olhando um...
Olhando, olhando...e pensando.
Voei tanto. Tanto conheci, tanto aprendi.
E estou aqui.
Ainda aprendendo.
Ainda...

Foto de Carmen Lúcia

Ainda te espero...

Ainda te espero...
Como as manhãs chamam pelo sol,
Que inunda de cores o arrebol,
Ou como a natureza, o toque de amor...
E a tristeza...o que carregue a dor!

Ainda te espero...
Sei que hás de estar em algum lugar...
Lugar que um ponto comum será
Para nós dois...nosso depois...

Te espero tanto...
Sem me importar em qual tempo,
Em que estação ou dimensão ...
(Te encontrarei em qualquer canto),
Surpreendente e desejado,
Sei que temos encontro marcado...

Ainda te espero...
Resignadamente, incansavelmente...
Sem planos ou trajetórias traçadas...
Apenas carícias indescritíveis, improvisadas...
Cenas explícitas e liberadas...
Sem páginas arquivadas ou lacradas...
Nosso amor será sempre assim...
História de amor sem fim.

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