Hipócritas

Foto de diana sad

"Quem sabe"

“Quem sabe”

Quem sabe um dia
Eu olhe para esse hoje e comece a ri
Mas ri prantos de gargalhadas
Ri como nunca ri em minha vida.
Esse hoje ruim talvez em suma
Tenta existido só pra eu fazer
Um poeminha ruim
Um poema cheio de rimas infantis
Coerente com a minha juventude infeliz
Quem sabe um dia...
O que distrai meu sono
Não passe de uma folha rabiscada de alguma coisa
Em branco
De tudo se pode nesse mundo
O amanhã existe pra isso
Pra deixar um ar de mistério
Nos desejos fictícios
Eu detestei crises de choro, olhar cansado
Vontade de voltar pro nada de onde não deveria
Ter saído
O seu amor...

Há quem tu pedes a mão
Outro alguém invisível no teu mundo
Te dá braços abertos
Onde você caminha na escuridão
Tudo o que pôde iluminar
Minha esperança iluminou
Mas caminhos trágicos escolhem o amor
O amanhã vem curador
Mares e tristezas voam
Quem sabe...

Minha história hoje na prateleira
De uma sessão vulgar qualquer
Eu sei que vai chover na minha horta
Mil casinhos hipócritas
Mas a água que eu quero que bata na minha porta
Corre pra outra esquina
Que não tem nada haver com a minha.

Foto de diana sad

"Quem sabe"

“Quem sabe”

Quem sabe um dia
Eu olhe para esse hoje e comece a ri
Mas ri prantos de gargalhadas
Ri como nunca ri em minha vida.
Esse hoje ruim talvez em suma
Tenta existido só pra eu fazer
Um poeminha ruim
Um poema cheio de rimas infantis
Coerente com a minha juventude infeliz
Quem sabe um dia...
O que distrai meu sono
Não passe de uma folha rabiscada de alguma coisa
Em branco
De tudo se pode nesse mundo
O amanhã existe pra isso
Pra deixar um ar de mistério
Nos desejos fictícios
Eu detestei crises de choro, olhar cansado
Vontade de voltar pro nada de onde não deveria
Ter saído
O seu amor...

Há quem tu pedes a mão
Outro alguém invisível no teu mundo
Te dá braços abertos
Onde você caminha na escuridão
Tudo o que pôde iluminar
Minha esperança iluminou
Mas caminhos trágicos escolhem o amor
O amanhã vem curador
Mares e tristezas voam
Quem sabe...

Minha história hoje na prateleira
De uma sessão vulgar qualquer
Eu sei que vai chover na minha horta
Mil casinhos hipócritas
Mas a água que eu quero que bata na minha porta
Corre pra outra esquina
Que não tem nada haver com a minha.

Foto de FUNBREGA

AO SIMPLES CONTATO COM O FUNBREGA VOCE SERA SURPREENDIDO(A)COM VIDEOS E TEXTOS DO PROPRIO AUTOR...

Viver de Ilusão

Terras de várias cores de várias regiões
E de vários amores, terras dos algozes,
Dos hipócritas e de grandes idiotas embala,
Em teu ventre as lágrimas de tuas almas perdidas.

Transporta-te a vida celeste sem rancores mesmo,
Quando aqueles que estejam com dores entrelaçam,
Em meus braços de desejos por alguém que ainda a amo.

Terras férteis, terras áridas porem imundas, inunda
A vida mostrando sua fúria para aqueles que ainda estão
Perdidos chorando por um pedaço de chão vivendo,
Ainda de ilusões...

João Cavalcante Gomes.

Foto de Wilson Madrid

ANJOS ESPANCADOS

*
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ANJOS ESPANCADOS

Hoje eu vou compor uma poesia diferente,
Mas eu bem sei que ela serve a muita gente...
Acabaram de assaltar e espancar um filho meu,
E isso só pode ser coisa de animal cruel e ateu...

Esse meu filho trabalha para poder estudar e ser um futuro ator
E atua como palhaço em asilos e creches, gratuitamente, por amor...
Voltando do aniversário de um amigo, a duas quadras da nossa residência,
Foi atacado pelas costas por dois ferozes animais irracionais e jogado ao chão...

Por estar sem dinheiro e nem sequer o seu celular o espancaram brutalmente;
Até mesmo os seus óculos de armação de aço ficaram distorcidos totalmente...
Graças à Deus, continua vivo porque Aquele que tudo vê envio-lhe socorro...
De um carro que passava pelo local, duas outras pessoas desceram e o salvaram...

Esse meu filho que trabalha, estuda e que foi covarde e cruelmente espancado,
Ainda teve que ir para uma delegacia de polícia e um hospital desaparelhado...
Chegou ainda há pouco aqui em casa e já foi dormir depois de medicado;
mas logo mais vai ter que ir trabalhar, mesmo muito estressado e assustado...

Eu sei muito bem que nesta mesma noite só aqui na minha cidade de São Paulo
Muitos outros anjos e pessoas honestas e decentes também foram espancados,
Furtados, assaltados, desrespeitados, violentados e até mesmo assassinados...
Não dá mais para tapar o sol com a peneira: contamos só com a proteção de Deus!

Mesmo sabendo disso não podemos nos conformar com essa calamidade pública!
Nos discursos os políticos candidatos sempre exploram esse drama para pedir o voto
Depois de eleitos os hipócritas só voltam a tratar do assunto para serem reeleitos?
O que mais prometem é justamente o que nunca dão: segurança, saúde e educação!

Até quando teremos que continuar convivendo com essa situação?
Nossas casas já tem mais grades do que no zoológico e do que na prisão!
E o nosso direito da nossa liberdade de ir e vir que é comum a todo cidadão?
Ficou exclusivo dos que andam com carros blindados e com seguranças armados?

E você que me leu até aqui: o que é que você está fazendo para mudar essa realidade?
Pelo menos nos teus pensamentos, palavras e atitudes você faz algo pela paz?
A justiça ou a injustiça social, a violência ou a tranqüilidade social,
É o resultado da somatória das nossas atuações individuais onde quer que atuemos...

Pelo amor de Deus!
E em nome de tantos anjos que são sendo espancados e exterminados todo dia,
Vamos cuidar cada um de fazer o máximo esforço para obtermos a nossa alforria:
Que os nossos pensamentos, palavras e atitudes promovam sempre o espírito da paz!

Os nossos filhos, netos e descendentes agradecem pelo inferno ou pela paz
que estamos construindo e que lhes deixaremos como inevitável herança...
Apesar de tudo tenhamos confiança, perseverança e esperança,
tomemos como modelo a verdade e a pureza da criança...

Foto de Wilson Madrid

O RESGATE DA PAZ

*
*
*
*

Até quando contemplaremos nossa paz ser seqüestrada?
milhares de jovens encontrando nas drogas a escravidão,
pobres meninas seduzidas e aprisionadas na prostituição,
autoridades hipócritas mentindo e vivendo da corrupção
e a guerra urbana manchando de sangue o nosso chão?

Até quando assistiremos nossa fraternidade ser dizimada?
filhos assassinando os pais, irmãos assaltando os irmãos,
amigos traindo os amigos em troca de dinheiro ou promoção,
humanos descartados como lixo pelas ruas e praças da cidade,
crianças cheirando cola na fuga desesperada da cruel realidade ?

Até quando suportaremos ter nossa dignidade desrespeitada?
favelas; saúde, educação, transporte e segurança públicas falidas,
desemprego crescente e empregos contaminados pelo assédio moral,
distribuição de renda injusta e imoral privilegiando minorias favorecidas
às custas dos miseráveis rendimentos da maioria condenada à vida vegetal?

Até quando conviveremos e pagaremos o preço dos frutos de tanta injustiça?
shoppings centers luxuosos cultuando o consumo de alguns privilegiados,
violência imperando nas periferias miseráveis com tantos abandonados,
miséria traumatizando lares; jogatinas e prostíbulos em constante expansão,
pessoas honestas e decentes incluídas na lista dos animais em extinção?

Até quando inverteremos os valores do ter e do ser?
Até quando buscaremos pelos nossos reféns:
a nossa liberdade de ir e vir,
a nossa igualdade de condições
e a nossa fraternidade para repartir os pães?

Até quando celebraremos o culto do novo bezerro de ouro, o “deus mercado”?
natais de papais noeis e amigos secretos, páscoas de coelhos e ovos de chocolate,
pessoas objetos transformadas em produtos para as capas das revistas eróticas,
mídia programando as mentes dos fanáticos fiéis e consumidores idólatras,
“teologia do prazer imediato” convertendo os crentes do apocalipse do disparate?

Até quando aguardaremos omissos pelo surgimento de melhores dias?
adiando o início do mutirão da indispensável mas crucificada justiça social:
onde todos deveremos contribuir evitando o egoísmo e a prática da injustiça pessoal,
adotando a solução contida na sabedoria divina anunciada pelo profeta Isaias:
“que o fruto da justiça será a paz e a obra da justiça será a tranqüilidade”?

Para finalmente resgatarmos a maior herança que a Luz do Mundo nos doou e deixou...
há mais de dois milênios atrás...
a paz?

Foto de Paulo Gondim

Leitura de Páscoa

LEITURA DE PÁSCOA
Paulo Gondim
19/03/2008

Meros idólatras
Hipócritas
Idiotas
O que são
Escravos do consumo
Num sempre querer mais
De insatisfeita vontade
Pura vaidade

E seguem beligerantes
Em batalhas extravagantes
Imaginárias, mas seguem
Em absurda competição
O limite é céu
Mesmo sem troféu

É o homem só
Atirado à disputa
Nessa inglória luta
Que é seu viver
Em nada mas crer
Não há mais virtude
E sua atitude
Não lhe deixa ver
A misericórdia
A comiseração
E que anda a seu lado
Também seu irmão

E sem compaixão
Sozinho, calado
Um crucificado
Mais um sem perdão

Foto de Paulo Marcelo Braga

O DUELO DE JESUS CONTRA OS HIPÓCRITAS

"Tudo o que aqui ele deixou
não passou e vai sempre existir...".
(Roberto Carlos).

Havia, no tempo em que Jesus existiu,
estorvos contra os quais ele duelou.
Os fariseus eram donos do templo vil,
que às criaturas humildes escravizou.
Com as suas aparências enganosas,
de “bons samaritanos”,
eles tinham maledicências perigosas,
adotavam uns planos
cheios de hipocrisias
e sempre ofereciam esmolas à população,
durante certos dias,
em que conduziam cerimoniais de religião.

Nas solenidades vazias,
distribuíam, com ostentação,
oferendas nas liturgias,
onde produziam uma ação
divulgadora de fantasias,
abusavam das afetações
e, com suas faces constritas,
clamavam suas orações,
diante das classes proscritas.
As normas dos hipócritas chefiavam
o estorvo do “partido democrático”
e, de formas despóticas, apedrejavam
o povo tão sofrido quanto estático.
Outro partido, o “sacerdotal”,
era composto pelos conservadores saduceus,
que faziam um fingido cerimonial
e assumiam os postos de “seguidores de Deus”.
Eles eram seres de durezas
secas, comodistas, de crenças
nos seus “poderes” e certezas
tradicionalistas muito intensas.
Esses partidos opositores
tinham uma moral interesseira,
além de fingidos oradores,
promovendo uma total asneira.
Acima deles, só o poderoso
César e seu nimbo encarnado.
Todo esse clima calamitoso
Jesus lutou para ver modificado.
Por isso, o mestre não atacou
as criaturas, mas as doutrinas.
Sem ser omisso, ele duelou
contra as imposturas malinas.
O grande duelo se iniciou nas sinagogas
da Galiléia e teve continuidade
pelo templo de Jerusalém, sob as togas
de uma platéia sem autoridade.
Jesus não atacou seus adversários:
esperou receber ataques irados
e com sua luz, retrucou mandatários
isentos de destaques e respaldos...
Jesus usou como tática
inicial a base de uma mansidão
que produz, na prática
espiritual, a catarse da salvação.
Os adversários não captaram
a mensagem verídica
e, como corsários, zombaram
da imagem pacífica.
Jesus, então, mudou de tática:
Ele passou a atacar
toda aquela hipocrisia enfática
que ousou lhe criticar...
Derrotados, os algozes
de Jesus usaram um deletério plano
e soltaram suas vozes,
acusando-o frente ao império Romano.
As acusações não tinham fundamento.
Mesmo assim, Jesus se viu perseguido,
evadiu-se e só se entregou no momento
em que cumpriu sua missão e foi traído...
A sua jornada fugitiva,
pela Síria e locais pantanosos do Jordão,
foi demorada, educativa,
e trouxe paz aos vitoriosos sem omissão.
Conduz a bela história final
de Jesus à vitória real, sem engodos.
Da cruz, na memória atual,
reluz sua oratória triunfal sobre todos.
É essa a moral duma história imperecível,
impressa, afinal, na memória inesquecível:
Jesus ousou desafiar todo poder fugaz
e nos ensinou a lutar para obter a paz...

Paulo Marcelo Braga
Belém, 20/10/2007
(02 horas e 07 minutos).
Foto de HELDER-DUARTE

NATAL II

Natal! Natal! o que é pois afinal?
Para mim, acho que só o é a valer,
Quando, com o erro acabarmos e o mal.
É-o, depois que a verdade, em mim nascer.

Acabai, com os meus poemas, hipócritas,
E vem comigo, escrever um poema com obras.
Saiamos à rua e durmamos, com a gente nua.
Escrevamos um poema, no pó que dorme na rua.

Durmamos, com os que se cobrem com cartão de papelão
Não, lhe deiamos, só pão, mas façamos com eles uma oração.
Acabemos, com escritos feitos dentro de casas e portas.

Escrevamos, um poema, com, este assunto, chamado amor.
E fervor e calor. Não haja mais dor, nem desamor.
Não mais haja, falsidade, mentira. Acabemos com os hipócritas!

Foto de Marta Peres

Poética

Estou farta desta vida comedida
De viver bem comportada
Falar apenas o que querem ouvir,
Os hipócritas.
Estou farta do lirismo tradicional
Que pára e vai averiguar se há
Alguém espionando, observando
Para depois tecer o mal.
Estou farta de sorrir por conveniência.
Estou farta de falsos valores das falsas
Pessoas
Que vivem falsamente
Convivendo bem por serem falsos.

Abaixo aos pretenciosos.
Marta Peres

Foto de Enilton

Brasil 500 anos depois

Brasil 500 anos Depois

Ouvimos os tambores batendo
Na selva, na relva da mãe natureza
Vimos índios primorosos mais que amistosos
Com grande beleza.

Corpos esculpidos, rostos coloridos.
Combinavam com suas vestes
Belos colares, enfeitem de penas de varias espécies.

Quão grande formosura,
Liberdade naquela pele vermelha - escura a brilhar
Pés firmes no chão tocar
Recepção, convidando-nos a dançar.

A terra se abrindo; o ouro surgindo
Tamanha riqueza
Matas e cascatas de eximia beleza.
Nas matas, árvores frondosas,
Prata e pedras preciosas...

Hoje quem somos nós?

Invadimos a sua aldeia
Introduzimos as nossas doenças...
Comemos de sua ceia,
Roubamos seus costumes e crenças.

Poluímos os seus rios,
Destruímos as suas florestas
Iludimos com o nosso “brio”
Não cumprimos com nossas promessas.

Mantivemos na escravidão
Dizimamos em massa
Não respeitamos a sua religião,
Sua tradição e sua raça.

Quem somos nós?

Com presentes enganadores
Tornamos hipócritas invasores
Fizemos de nossa ambição um mito
Não ouvimos mais tambores
E sim gritos e horrores
Desses escravos heróis
Que fizeram de nós senhores.
Autoria Enilton Santos Morbeck

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