Grito

Foto de Ana_Rosinha

Por do Sol

Não podia ter corrido melhor o Por do Sol.
Um Por do Sol que se tornou num pedido
de namoro.
Um pedido de namoro que se desatou
num grito.
Um grito que se desatou num amo-te.
Um amo-te que saio da minha boca.
Um labio que se juntou com o teu sem
ter fim.
Então porque não juntar o meu coração
com o teu sem ter um fim.

Foto de Lorenzo

Acabou

Acabou mais uma etapa
Como tudo na vida sempre acaba
Do mesmo jeito que um dia começou
Morre em mim mais um sentimento
Morre um coração que ainda bate no peito
E que agora espera um novo amor

Mas graças a Deus por tudo
Por cada gesto, cada grito, cada sussurro
Ditos em momentos felizes e tristes
Que bom que não foi mais tarde
Seria mais tempo a disperdiçar-se
Em meio a um mundo que nem existe

Que boa essa dor que ensina
Que não passa nem com morfina
E que nos faz mais fortes e experientes
Que bom sentir esse corte que não sangra
Esse que só sente quem perdeu quem ama
E que mesmo tristes ainda ficamos contentes

Idiota? Não. No sofrimento se adquire sabedoria
Afinal no aprendizado é preferível o choro à alegria
E coitado do que não quer sofrer na terra
Pois com as alegrias só ganhamos os sorrisos
Quem sofre adquire conhecimento como amigo
E sabe sobreviver na paz, mas também na guerra.

Foto de Carmen Lúcia

Aos olhos da noite...

Aos olhos da noite
tudo pode acontecer...
Em tua penumbra
trancado qual tumba
um grito se cala,
a dor não se abala.

Aos olhos da noite
procuro esquecer
olhos que me olharam,
lábios que me beijaram,
amores que me amaram
e que deixei esvaecer...

Aos olhos da noite
eu tento esconder
o que me consome e me faz sofrer.
A sombra da noite é minha amiga,
na noite escura encontro guarida.

O abraço da noite é o meu acalanto,
é voz que me embala, suave é teu canto...
noite sem lua, tão nua na rua,
despida de afeto, de vida que é tua.

Escondo a nudez envolta em teu manto
enxugo meu pranto, me aqueço em ti...
Aos olhos da noite
sombria, orgia
vazia de lua, de sonho,
de encanto,
magia...

(Carmen Lúcia)
20/06/2007

Foto de Osmar Fernandes

SE EU FOSSE DEUS

SE EU FOSSE DEUS EXTERMINARIA A MENTE DOENTIA.
DEIXARIA NA TERRA SOMENTE PESSOAS DO BEM.
MANDARIA PARA O INFERNO OS FILHOS DO CAPETA.
NÃO DEIXARIA NEM UMA ALMA DEMONÍACA NASCER.
SERIA O TROCO PELA COVARDIA.
ADIANTARIA MEU JULGAMENTO E IRIA MAIS ALÉM...
ABRIRIA DE UMA VEZ MINHA MALETA.
DARIA CHANCE SÓ PARA QUEM QUER VIVER.

E, AINDA FARIA MAIS, PORIA O SINAL DA BESTA,
NA TESTA DOS FILHOS DO MAL E DOS ATEUS.
PARA QUE TODOS PUDESSEM IDENTIFICÁ-LOS NA TERRA.
AFINAL, NÃO HÁ QUEM AGUENTE MAIS TANTO DISPARATE.
A MÃO DO CÃO ANDA ASSOMBRANDO OS ANJOS DE DEUS...
NINGUÉM SUPORTA MAIS TANTA HIPOCRISIA, TANTA POBREZA.
SE EU FOSSE DEUS, ANTECIPARIA LOGO O FINAL...
COMEÇARIA IMEDIATAMENTE UMA NOVA ERA.

O MUNDO ESTÁ CAMINHANDO PARA O SEU FIM.
ESTÁ ESTABELECIDO O APOCALIPSE.
MAS, OS FILHOS DE DEUS SOFREM DEMAIS.
ESTE GRITO DE SOCORRO ESTÁ DENTRO DE MIM.
PRECISAMOS URGENTEMENTE DE UM NOVO ECLIPSE...
O MAL ESTÁ TENTANDO APAGAR OS ANAIS...
SE EU FOSSE DEUS, EXTERMINARIA LOGO COM SATANÁS.
E MOSTRARIA AO MUNDO QUEM PODE MAIS.

Osmar Soares Fernandes

Foto de raziasantos

Foi Assim!

O dia estava lindo eu arrumava os últimos detalhes do quarto do meu primeiro bebê.
Abri a janelas deixando que a luz do sol iluminasse e aquecesse o quarto.
Tudo lindo o berço de madeira maciça, era decorado com lindo protetor, bordado á mão: Cortinado com rendas finas trazia pendurado pequeno anjinhos.
Minha barriga esta enorme, minhas pernas pesadas e inchadas, mas eu me sentia uma rainha.
A felicidade de ser mãe me irradiava e me enchia de orgulho.
Meu marido entra sorrindo com um boque de flores me abraça, acaricia minha barriga olha dentro dos meus olhos e fala te amo!
Como resposta ao nosso amor nosso bebê da um salto dentro do meu ventre...
A bolsa estoura e vamos para o hospital, atravessamos a pequena cidade que exibia uma beleza nunca observada por mim antes.
Ate o azul do céu estava mais azul, o brilho do som refletia sob as calmas, águas do rio que parecia nos acompanhar até o hospital.
Ao chegarmos fui levada imediatamente para sala de parto.
Era uma sala toda branca, com aparelhos de oxigênio, suportes para soros, e medicamentos, no meio do teto onde tinha uma roda enorme toda iluminada.
A mesa de cirurgia ficava em baixo dessa luz.
As enfermeiras me deitaram nesta mesa, pediram para eu ficar calma que tudo daria certo.
Eu sorri e disse estou calma e muito feliz.
Logo entram na sala quatro médicos, eles vieram conversar comigo se apresentaram, um era anestesista, outro obstetra, um pediatra, e um cardiologista:
Eu perguntei por que tanto medico, eles me explicaram que era normal, pois eu não tinha dilatação e seria necessária uma cesariana, mas estava tudo bem.
Logo começaram os procedimentos eu fiquei com muito sono, mas queria muito ver logo o rostinho do meu filho, então lutava fortemente contra o sono.
Um cansaço começou a tomar conta de mim, um médico ficou todo o tempo na minha cabeceira, ele falava comigo me encorajava dizia esta tudo bem logo estará com seu filho nos braços.
Eu sabia que estava tudo bem tive uma gravidez tranqüila.
Cada minuto que passava aumentava minha ansiedade para ver meu filho.
Der repente! Sou tomada por uma súbita surpresa, ouço um choro de bebê meu filho nasceu!
Os médicos sorriem e me parabenizam...
Uma enfermeira se aproxima de mim com uma coisinha branca, meio ensangüentada, mexendo as mãozinhas, é indescritível o que senti naquele momento, eu era mãe!
Ela o colocou sob meu peito eu o acariciava sentir seu calor foi o maior presente.
O cansaço e sono aumentavam eu lutavam para meus olhos ficarem aberto queria curtir, mais aquele momento, mas a enfermeira veio o tirou do meus braço:
Eu não queira que o levassem, fui tomada por uma sensação de perda, ela afastou-se lentamente dizendo vamos meu amor deixe a mamãe descansar, eu tentei gritar tentei pedir para deixá-lo mais um pouco, mas estava muito fraca e cansada, minha voz não saiu o sono me venceu.
Não sei por quanto tempo permaneci naquela sala:
Eu acordei e não estava mais lá estava em outra sala, deitada em uma maca só tinha eu ali, tudo era muito branco, e o silencio era profundo, abri os lhos e olhei ao redor estava mesmo sozinha, então pensei aqui é a sala de recuperação da anestesia.
Eu não via à hora de ter meu filho nos braço queria amamentá-lo, queira abraçar meu marido compartilhar com ele minha felicidade.
As horas pareciam não passar, cada minuto parecia uma eternidade.
Para meu alivio a porta se abre, entram umas enfermeiras com outra maca.
Vamos levá-la a família esta esperando...
Eu estava tão emocionada que nem conversei com elas.
Logo chegamos à outra sala e me passa para uma cama, me ajeitam, e me cobrem, minhas pernas estão tão pesadas, não consigo meche-las...
Eu não agüentava mais tudo aquilo parecia um ritual, então eu pergunto onde esta meu marido, onde esta meu bebê?
Uma delas responde o marido acaba de chegar esta entrando.
Ele entra esta visivelmente emocionado tem em suas mãos uma bolsa onde estava meus pertence que usaria ali:
Ele me braça fortemente sorri, e chora ao mesmo tempo.
Diz repetidamente estou sonhando!
Deus! Como te amo minha querida, logo a porta abre-se novamente então vejo minhas cunhadas, minha sogra, minhas irmãs, onde esta meu filho?
Eu entro em desespero, sinto que tem algo errado, pergunto por meu filho, mas no lugar de resposta, tenho um monte de conversas, desencontradas.
Eu tento me levantar, quero sair daquela cama, quero procurar meu filho.
As enfermeiras pedem para todos saírem, para mim foi um alivio, assim posso conversar com ela e saber do meu bebê.
Eu tento de tudo para que o tragam, mas nada de respostas...
Ela me ajuda com minha assepsia, me veste uma linda camisola, branca, bordada com pequenas flores coloridas, por cima um roupão.
Eu finjo dormir até que ela sai da sala.
Minhas pernas ainda estão pesadas, mas faço um esforço sob natural, para levantar da cama.
Quero ir ao berçário, ver meu filho.
Eu não sei onde está minha família tudo muito quieto, isso só aumenta meu terror, sei que algo esta errado acontecendo me pergunto onde esta meu filho?
Estou fraca, então respiro fundo e começo a andar determinada a encontrar meu bebê.
Logo me sinto tão leve como uma pena o desejo de ver meu filho me faz quase flutuar pelos corredores do hospital.
Passo por todos os quartos sempre me esquivando dos seguranças, e das enfermeiras:
Uma angustia, e medo, toma conta de mim, meu filho o que aconteceu com meu filho?
Desesperada procura os berçários, chego à frente umas enfermarias, e ali tem muitas mães, umas amamentam seu filho, outras dormem, mas ao lado de sua cama tem um berço com sues bebes.
Olho para cada um procurando o meu, mas também não esta ali.
Eu começo correr em pânico, um dor tão profunda toma conta de mim eu me sinto enganada, traída por meu marido, não consigo acreditar,devo estar sonhando,acho que estou tendo um pesadelo, estou sob efeito de medicamentos, isso não esta acontecendo!
Eu não consigo encontrar o berçário, chego a uma porta que da para os fundos do hospital, lá fora tem um lindo jardim com arvores e bancos, o tempo mudou agora este frio nublado e garoando, eu empurro a porta, meu sinto que agora vou encontrar meu filhinho:
Eu atravesso o jardim e chego à outra parte do hospital as portas estão abertas e muitas pessoas circulam pelos corredores, agora eu não me importo, mais em me esconder, nada nem ninguém ira me impedir de encontrar meu filho!
Entro em uma sala enorme, nos fundos um aglomerado de pessoas, meu coração dispara, minhas pernas tremem, e um frio intenso toma conta de mim.
Continuo andando em direção aquelas pessoas, não demoro eu reconheço meu marido e minha família, está chorando, meu marido esta amparado nos ombros de meu sogro e chora copiosamente!
As doces lembranças dos dias mais belos de minha vida me vieram á memória.
Eu não entendia o porquê, mas sabia que tinha um motivo para tanta dor.
Aproximei-me lentamente era como se minha alma estivesse ali, um medo terrível, misturado com ressentimento por ter me sido negado à verdade toma conta de mim.
Agora estou diante da verdade, não é um sonho é realidade.
As lágrimas banham meu rosto, tenho que tocá-lo pela última vez...
Penso comigo se sou tão amada por que querem negar-me o direito de me despedir, de um pedaço de mim.
Eu empurrei á todos, furando o cerco fechei os olhos, com medo da verdade, mas era inevitável, eu tinha que enfrentar a verdade...
Então olhando para o céu eu me aproximo, abro os olhos...
Não acredito no que vejo, solto um grito de terror diante da imagem que vejo.
Não era meu filho que estava morto era eu!

Foto de Paulo Gondim

Lampejos de juventude

LAMPEJOS DE JUVENTUDE
Paulo Gondim
20/06/2010

Acalma-me, pois meu coração sangra
Na volúpia de meu peito em chama
Que busca no grito inconsciente
Mínima compaixão de quem se ama

Espera-me, pois meu passo é lento
Já que os anos me pesam como algoz
Que impiedosamente me tortura
E até já fazem cansada minha voz

Mas na eterna busca do possível
Este ser tão ignaro não desiste
Lança-se à caça do imprevisível

E do pouco lenitivo que ainda existe
Que se faça sua dor menos visível
Na pouca juventude que lhe assiste

Foto de Osmar Fernandes

D E S P R E Z O

O choro chora envergonhadamente.
A lágrima lamenta a ponte sem ter onde cair.
O coro se faz como numa Igreja crente...
A solidão a sós não tem para aonde ir.
É grito engasgado no peito sem alma.
Sem destino, como um homem sem o seu Éden...
Com um pé sem planta e uma mão sem palma.
Os arrogantes fedem!
Não há maior castigo que o desprezo.
Feri de morte... é pior que apodrecer no asilo.
É morrer sem ter morrido...
É ser condenado para sempre neste aterro.
O choro chora lastimavelmente.
Sem ter o direito de lacrimejar as pestanas.
É lágrima sem olho, sem corpo, infinitamente.
É solidão soberana!
Se quer matar verdadeiramente, atire o desprezo.
Não tem nada pior que esse sentimento.
É suportar essa pressão em hectopiezo...
É maldição, feitiço, praga, sem poder inventariar.
É carregar pra sempre este sofrimento.
É ser crucificado sem ter o direito de ressuscitar.

Osmar Soares Fernandes

Foto de Carmen Lúcia

Voo único

Voa...
Nada te impedirá de voar...
Desprendido de teus fardos materiais
nem de asas precisarás.
Conquista os céus, os mares, as montanhas,
verbaliza o grito reprimido nas entranhas...
Não há mais chãos nem pedras pra te machucar,
nem mesmo correntes rangentes de amores banais.
Fronteiras hão de te deixar passar.

Voa...
Deixa o vento te levar...
Desvenda a beleza das cores que habita os arcoíris,
ouve, dos campos em flores, a poesia a declamar
a essência que se faz chama para inflamar
o frêmito de tua alma ...
Revela os mistérios das profundezas dos oceanos
onde a vida silenciosa se movimenta
num tributo à paz...

Voa...
Desbrava o infinito...Sinta-te perdido
diante do belo...
Estabelece com ele um elo.
Batiza-te no prata lunar...
Derrama tua alma nua sobre as estrelas puras,
exala o brilho que sai dos poros teus
e num voo descomunal e único,
agenda teu encontro com Deus.

Carmen Lúcia

08/01/2010

Foto de Carmen Lúcia

O dia há de vir...

O dia há de vir...

Em que o semeador possa colher seus próprios frutos,
o hoje seja boa semente, um presente,
o amanhã não amedronte nem nos afronte
e venha sempre em oferenda das manhãs..

Em que a justiça prevaleça e permaneça,
o amor se multiplique, não esmoreça
e seja puro, unificando as nações.

Em que o credo fale sempre a mesma língua
e que resgate a credulidade do irmão...
A honestidade jamais seja um calvário,
sua bandeira, o respeito e a devoção...

Em que o abuso do poder se estilhasse,
de cada partícula surja um novo cidadão,
a alegria amplifique os sorrisos
e contagie petrificados corações.

Em que haja paz sem preciso que haja guerra
e que de paz se reescreva nossa história
para alentar nossa esperança merencória
tremeluzida pelo grito de vitória.

Carmen Lúcia

Foto de Fernanda Queiroz

Brasil de todos nós...

Brasil de todos nós.... que desabrocha em minha serra verde um espaço para o amarelo, faz meu sangue azul anil e de meus olhos estrelas mil.

Em teu Hino entoado, uma emoção latente.... é um coro cantado que faz soar dobrado, onde no peito apoiado uma mão espalmada, num coração batente.

Coração unificado de milhões de Brasileiros, que pode sofrer o ano inteiro, mas jamais te abandonará, pois a glória deste povo, é viver para te consagrar.

Neste campo mesmo distante o tapete é tua cor....vai Brasil, vai de drible ou de chapéu, de elástico ou de caneta, pedala, mata no peito, mostra que nisto tu és perfeito... com o meio de campo a armar a zaga vai desarmar, e você vai cair com jeito, para poder escolher, de letra ou de cabeça, de bicicleta ou olímpico, não importa na questão.... vai Brasil, balance esta rede sem trave de meu coração.

E neste grito aturado, onde bradar é sagrado, percorre este gramado e não deixe a bola passar, não vá para banheira, isto dá impedimento, faz do coração deste povo repleto de envolvimento, onde aguardam aflitos que não haja expulsão, pois nesta turma de craques, que é pentacampeão, a amarela é recurso, mas, a vermelha desilusão.

Vai lá Brasil, bota bola na rede, como te coloco em meu coração,traga o Hexa na bandeja e oferece este povão, não faça acordo solidário, respeite tua Nação.

Fernanda Queiroz
Direitos Autorais Reservados

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