Grandeza

Foto de Marta Peres

Pai Joaquim

Pai Joaquim

Na úmida senzala Pai Joaquim
Padeceu grandes dores, triste e sofrido
Viveu separado de sua mulher e filhos,
De sua gente e do seu lar foi arrancado
Pelos mercadores, carregado como carga
Em negreiros, foi trazido para o Brasil.

Pai Joaquim, viveu em fazendas dos Araxás
E debaixo de chibata trabalhava com o gado
Do Senhor,
Sentiu no lombo dor aguda, jamais chorou
E altivo olhava seu dono,
Era rei em sua terra e como rei deu-se
O respeito.

Sonhou com a volta a Pátria,
Sonhou encontrar os filhos e esposa,
Chorou sozinho e escondido sofreu,
Padeceu!

Ele era grande, grande,
Mereceu toda grandeza pela sua vida
Sem contudo realizar o sonho.
Sua alma ecoa em brados pelo Brasil!

Três séculos são passados,
Nosso bravo guerreiro permanece,
Sofreu, foi altaneiro na labuta do trabalho
Deixou ensinamentos de amor,
Porém, cativo após a morte deixou de ser!

Marta Peres

Salve o Dia da Consciência Negra!

Foto de Marta Peres

Pai Joaquim

Pai Joaquim

Na úmida senzala Pai Joaquim
Padeceu grandes dores, triste e sofrido
Viveu separado de sua mulher e filhos,
De sua gente e do seu lar foi arrancado
Pelos mercadores, carregado como carga
Em negreiros, foi trazido para o Brasil.

Pai Joaquim, viveu em fazendas dos Araxás
E debaixo de chibata trabalhava com o gado
Do Senhor,
Sentiu no lombo dor aguda, jamais chorou
E altivo olhava seu dono,
Era rei em sua terra e como rei deu-se
O respeito.

Sonhou com a volta a Pátria,
Sonhou encontrar os filhos e esposa,
Chorou sozinho e escondido sofreu,
Padeceu!

Ele era grande, grande,
Mereceu toda grandeza pela sua vida
Sem contudo realizar o sonho.
Sua alma ecoa em brados pelo Brasil!

Três séculos são passados,
Nosso bravo guerreiro permanece,
Sofreu, foi altaneiro na labuta do trabalho
Deixou ensinamentos de amor,
Porém, cativo após a morte deixou de ser!

Marta Peres

Salve o Dia da Consciência Negra!

Foto de Paulo Gondim

O milho verde

O MILHO VERDE
Paulo Gondim
19/10/05

Manhã de abril, o mato em flor
A chuva passou, pois enfim chegou
E trouxe de volta a vida.
Já quase esquecida
De tudo perdida
Do pouco que sobrou.

Mas, enfim, era abril e o mato em flor
Não só o mato, mas as cercas
Os açudes, os barreiros, as cacimbas
Um cheiro de mato verde, de prado
Enchia o ar no seu esplendor
Um cheiro bom,
Perfume dos deuses
Soprando a favor

E como prova de resistência, o milho
Milho verde, milho em flor
Grãos de ouro no corpo de bonecas loiras
De cabelos vermelhos, amarelos, escuros
Grãos de milho, caroços de milho
Contraste da fome, para matar a fome
Enfim o milagre!

E vi meu pai sorrir, agradecer a Deus
Sua prole seria alimentada
Ouviria os gritos alegres de seus filhos.

E o cheiro de milho verde invadiu a casa
Casa simples, uma porta de entrada
E uma janela pequena,
Perdida na imensidão da parede de taipa
Chão batido. Nenhum móvel
Apenas uma forquilha de angico
Segurando o pote
Os canecos dependurados.

Desfolhou-se o milho verde
Cheiro gostoso, forte, próximo.
Do milho veio a pamonha
Farta, grossa, com caroços inteiros
Amarrada ao meio
Com embiras de palha
Fonte de vida

E todos comeram, com gosto
Um banquete divino!
Todos, homem, mulher e meninos
Vários meninos
E se fartaram
E celebraram
A mesa farta
E venceram a fome

Como numa festa longa
No final do dia
Foram se deitar
A balançar as redes
Todas remendadas
Parecia arte
Ou necessidade

E todos cantaram o que sabiam cantar
Contaram estórias, riram,dormiram
De barrigas cheias, de felicidade
De vencer a fome
De poder sorrir
De poder dormir

Como é belo o milho !
Rubens Braga já falara
de Seu “Pé de Milho”
Era um só pé de milho, no jardim
Um só, isolado, mas de bela figura.
Os nossos eram muitos
Uma roça inteira de milho
Um milharal!

Que deu espigas, mil por um
Que deu pamonha, canjica, pipoca
Que trouxe alegria, trouxe a vida
Venceu a fome

Foi assim com meu pai
Assim com os meninos,
Muitos meninos
Que brincavam, se balançavam
“peidavam” e davam “gaitadas”
Na sua simplicidade
Na imensa felicidade
Da barriga cheia.

Foi assim com meu pai
Foi assim em todo o sertão
O cheiro do mato verde
O cheiro do milho verde
O sonho do sertanejo
Realizado, revelado
No milagre da chuva

E tantos meninos fracos
Se fizeram fortes
Se fizeram machos
Machos de porte
De poucas posses
Mas de muita macheza
De muita grandeza
Heróis do sertão.

Notas:
1 - O mato em flor – Variante de -a mata em flor, da música "Assum Preto" – H.Teixeira e L. Gonzaga
2- Parede de taipa- Parede de barro amassado entre troncos e varas, muito comum no sertão nordestino.
3 – Ruben Braga – Escritor- autor de “Meu pé de Milho”
4- Gaitada – Termo sertanejo para Gargalhada.
5- "Se fizeram machos, machos de porte, de poucas posses, de muita macheza"-
Alusão aos poemas “O menino do Balde” e “No céu tem prozac” de Soares Feitosa.
6- Mil por um – trecho da Bíblia.

Foto de Sentimento sublime

" Física" .....Osvania Souza

"Física"

Descobri na física.
Que no pequeno espaço.
Em que meu ser habita.
Existe nele um fluxo.
Cujo nome é energia térmica.
São elas as somas energéticas.
Dos meus átomos e moléculas.
Fazendo grandes movimentos
Mexendo com meus sentimentos.
Movimentos de agitação.
Fazendo pulsar meu coração.
Que o calor do meu corpo.
É tão simplesmente.
Energia de transmissão.
Distribuindo calor humano.
Aos meus amigos e irmãos.
Sei também que ele possui.
Uma temperatura agradável.
Essa tal grandeza física.
Que é também mensurável.

Osvania

Foto de Cõllybry

Sentir a brisa...

Sentir a brisa da tua presença
Que esvoaça no espaço
Em redor de mim
É leveza e doçura
Desse amor sem fim

Releio, vezes sem conta
O amor em palavras
Que me falas, em escrita
Na ausência
Da tua voz…

Procuro a lembrança
Que fica e flutua
Do rasto que deixa
A luz da tua Alma
Da grandeza do amor
Eterno…

Foto de Ary Bueno Principe dos poemas e do amor

O GALHO PARTIDO

Ary Bueno [ O Príncipe dos poemas e do amor ]

Na árvore de minha vida
Pude um dia me abrigar
O sonho com ti querida
Pude a ela também contar

Os frutos que ela já me deu
Pude aqui em paz saborear
Minhas tristeza ela recolheu
E também por ti me viu rezar

Foi á ela, que eu confessei
Toda grandeza deste amor
Falei do beijo doce que te dei
E da lágrima que chorei de dor

Contei todo os segredos meu
E ela em silencio me escutava
Declamei á ela, os versos teu
E ela parecia, que feliz ficava

Porem um vento, mau e forte
A ela sem piedade, um dia atingiu
Quase a levando para a morte
E somente um galho resistiu

É este galho, hoje, só e partido
Que conserva dela a lembrança
No tronco, já quase desfalecido
Da minha árvore, amiga de criança

E eu hoje a ela, até já me comparo
Pois o vento mal que a mim atingiu
Me deixou assim triste, sem amparo
Como um galho partido, que resistiu

Por estar preso ao tronco da saudade
Mas, vive, porém, sofrendo esta dor
Causada, pela tão grande infelicidade
Por eu um dia, ter perdido... o teu amor......

Foto de Dirceu Marcelino

SANTA MULHER

“Ó Virgem Maria”. Muitas pessoas se perguntam:
Poderão ser comparada à mulher atual?
Àquelas que ao lado dos maridos labutam,
Fixando sua posição intelectual.

Foi mulher que assumiu com fortaleza
E determinação a responsabilidade,
De gerar o filho de Deus, maior grandeza
Celestial, que viveu junto à humanidade.

Como podem ser proposta à imitação?
Se de teu ventre Nosso Senhor Jesus nasceu
E nunca tiveste qualquer ambição.

Imitar Maria, não é viver o que ela viveu
Mulher... Mas viver com muita disposição
Seguindo os vários exemplos que ela nos deu.

Foto de Dirceu Marcelino

GALHO QUEBRADO

Pequeno galho quebrado,
De uma árvore tão coposa,
Pelas águas é arrastado,
Em uma noite chuvosa,

Alcança o rio poluído
Várias vez se enrosca.
Pequeno galho partido,
Que nunca se desenrosca.

Aos poucos se decompõe,
Deixando fertilizado
Sempre o solo onde se põe
E outra vez é germinado.

O sol sempre iluminando,
Dia a dia, com seu raio que reluz
Faz com que vá germinando
A semente sob a luz.

Vida nova, esplendorosa,
Ergue-se em direção ao céu,
Pois a árvore mui frondosa
Dará sobra aos que estão ao léu.

É outra obra da “mãe natureza”,
Que tudo gera e transforma,
Demonstrando a grandeza
De Deus – “Criador da Lei” - A norma.

Foto de Marcelo Souza

Soneto de rendição

Amo-te; é o que assim como um poeta vencido, chego e te digo,
E inconformado poeta, pois não é isso só o que sinto.
Quando o real sentimento supera, se é isso possível,
Pois em grandeza e beleza a muito se encontra do que digo.

Deste sentimento inocente, tão meu, embalado (e com laço) pra te entregar.
Diz-me: lembrar, mesmo sem nunca esquecer é amar?
Pensar, mesmo que somente num sorriso (rosado) visto é amar?
Se sim, digo – AMO, pois em nada mais sei pensar.

E neste pensado sonho, tão meu, tão distante, miro te encontrar,
Pra sentir, olhar, ouvir, abraçar, tocar, e contar,
O que sou e o que carrego em meu peito, e enfim te mostrar.

Pois se querer, mesmo sem ter é amar,
Se acreditar neste “impossível” sonho é amar
Digo TE AMO, pois mesmo ao poeta falta melhor palavra para expressar.

Marcelo Souza
Fortaleza, Outubro 2007

Foto de Fernanda Queiroz

Apenas por um momento...

Apenas por um momento...

Apenas por um momento
Eu queria acreditar
Que o sol da liberdade entoada em hino
Iria brilhar neste instante
Que a igualdade que se diz penhor
Seria conquistada por pernas fortes
E há liberdade um dia bradada
Seria desafio até a morte
Pátria, amada
Brasil!

Que o sonho intenso vivido
Em 180 milhões de corações
Em amor e esperança
Resplandecesse no céu
Onde o azul infinito desponta
As estrelas resplandecem
E que o gigante por natureza
Belo, forte fosse mesmo virtuoso.
E não desrespeitasse tua grandeza
De terra adorada
Pátria amada.
Brasil!

Mas caminhando placidamente pelo gramado
Ao som onisso de um brado profundo
Entregastes a taça do hexa
Deixando de ser campeão do mundo
Impondo que a Bandeira em haste
Seja enrolada por mais quatro anos
Onde teus campos de matas verdes
O verde tornou-se dólar
De um bosque sem vida
De um amarelo com cor de ouro
Onde as maiores estrelas
Perderam o brilho que cegava os olhos
Que umedecidos acompanharam os abraços
De um acordo bem feito
Que fez doer dentro do peito

Mas amor será nosso eterno símbolo
E nossos corações serão as estrelas
Onde um tapete verde aguarda tua chegada
Mesmo amarelados pela omissão
Do compromisso com tua Nação
Relembraremos glórias passadas
E jamais fugiremos a luta
Adoraremos-te até a morte
Porque és tu Brasil
A minha Nação
País do meu coração
Mesmo que por um momento
Tenha sido esta enorme decepção.

Fernanda Queiroz
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