Gente

Qual delicada violeta plantada num simples vaso
Cuide do amigo que traz cinzelado na alma o descaso
E o regue com respeito, amor fraterno e ternura
Quando se mostra seco de dor e amargura.

Estenda a mão para esta alma ferida
Que surge qual violeta triste e doente
Compungido pelos nós cerrados que atam a vida,
Ignorado por gente que passa indiferente.

Chega florindo tristeza no lugar de um sorriso
E esconde nos seus olhos profundos e grisos
Um coração que bate num compasso sem jeito
Que traz esperança murcha e sonhos desfeitos.

Amigos são conquistados com gestos de atenção
São envolvidos em laços de amizade...
Carinho, calor humano, gentilezas do coração
Um ombro, afeto, tudo por inteiro, nada pela metade

Um amigo só é reconhecido em dias de aflição
É o anjo que chega junto ao poente e estende a mão
E destemido e audaz salva de um evidente naufrágio
Enxuga o pranto e guarda dos maus presságios.

Carmen Vervloet

Sei que não é certo
mais aconteceu
lutei pra te esquecer
mais não consegui
a gente quando ama
fica cego de amor
comigo nao foi diferente
me perdi no seu olhar

Me diz
o que fazer
como esquecer
assim de você
não dá, não dá

Me diz
que esse amor
também te flexou
que você esta a me esperar...
Amor

O amor quando chega
nao avisa o por que
nos pega desprevinido
sem saber o que fazer
comigo não foi diferente
me pegou derepente

Me diz
o que fazer
como esquecer
assim de voce
não dá, não dá

Me diz
que esse amor
também te flexou
que você esta a me esperar..
Amorrrr..

(Maycon Nait) Letra de uma composição de musica minha...

Desvio dos teus ombros o lençol,
que é feito de ternura amarrotada,
da frescura que vem depois do sol,
quando depois do sol não vem mais nada...

Olho a roupa no chão: que tempestade!
Há restos de ternura pelo meio,
como vultos perdidos na cidade
onde uma tempestade sobreveio...

Começas a vestir-te, lentamente,
e é ternura também que vou vestindo,
para enfrentar lá fora aquela gente
que da nossa ternura anda sorrindo...

Mas ninguém sonha a pressa com que nós
a despimos assim que estamos sós!

David Mourão-Ferreira

Saudade é uma dor que dói de um jeito diferente
Saudade é aquela dor que faz sangrar o coração da gente
Ainda me lembro do brilho dos seus olhos
Quando vimos aquela estrela cadente

Saudade é saber que você não esta mais aqui
E ainda assim acordar sentindo seu perfume
saudade é olhar para as estrelas
E sentir o gosto da sua boca

Saudade é o amor que foi embora e ainda não acabou
Saudade é saber que no meu coração
Alguma coisa ainda sobrou

Saudade é uma dor que dói de um jeito diferente
Saudade é aquela dor que deixa um vazio na alma da gente

carlos loures
30/06/10