Gatinho, como carinhosamente te chamo por teres olhos tão lindos como os de um gato. No momento em que escrevo esta carta, to com muita saudade e a imaginar um monte de coisa que estaria a fazer se perto de mim estivesses.
Agora que escrevo, as ideias me fogem mas tu ficas no meu pensamento e meu coração pula só de pensar em ti. É tanto o amor que tenho para te dar e é tanto o que quero receber de ti.
Quando a gente está perto e junto, o tempo voa e nem notamos que passou mas, quando estamos longe, o relógio parece parar no tempo a espera que o outro dia chegue depois do outro.
Onde estás? Que é feito de ti? Quem ta a tomar conta de ti? Será que estas a tomar conta de ti direitinho?
Quando a noite chega e a lua espreita, a tristeza toma conta de mim mas, eu me agarro nas boas lembranças que tenho de nós dois e, por instantes ela some, mas volta e aí nem as boas nem as más lembranças que tenho de nós dois me consolam.
Mas, a Dona lágrima, essa, ta sempre a espeitar no cantinho dos meus olhos, por instantes tento conte-las e deixa-las no seu canto e de repente dou comigo a limpá-las porque por distração as deixo cair e então penso que é o fim. Será? Que fim? Porque? Se o meu amor ta sempre comigo, onde vou o levo junto, então me pergunto:
Amar é sofrer por quem se ama? E a distância, quem inventou para te separar de mim? Porque? A saudade o que e porque a sentimos? Mil e uma pertguntas me faço e não tenho respostas, busco em tudo que seja possível me responder, mas, são vagas as respostas.
Então que bicho é esse chamado Amor? Tambem o sentes?
Te amo Manuel Ferreira