Gente

Foto de Osmar Fernandes

No meu bairro

Meu vizinho,
Que era um sujeito normal.
Um dia passou mal.
Não teve solução...
Foi pro hospital
Com problema de pressão.

Sua mulher,
Uma coroa enxuta.
Em matéria de fruta,
Sabia mostrar seus melões...
Dava água na boca.
Tava no ponto, madura.
Todo mundo queria pegar,
passar a mão.

Certo dia o doutor ligou pra ela.
Falou que seu marido sofria do coração.
Ela chorou, não acreditou.
E, com seu doutor arrumou
uma tremenda confusão.

Meu vizinho,
estava muito fraco.
Escutou aquela gritaria
Da enfermaria,
e começou a passar mal.
Desmaiou...
Teve morte cerebral.

Hoje, minha vizinha
vive na maior aflição.
Tá desesperada a viuvinha
numa eterna solidão.
Por onde passa,
Causa grande tentação...
Tem muita gente no meu bairro
disputando seu coração.

Foto de Bruna matias

Meu sonho

JA É TARDE DA NOITE, OS OLHOS NÃO ME DEIXAM NEGAR,
A SAUDADE ESTAMPADA EM MEU ROSTO,
DENTRO DE MIM, VONTADE MALUCA DE TE AMAR...

A GENTE TENTA ESCONDER O QUE O CORAÇÃO SEMPRE DIZ...
NA VERDADE EU JURO E DIGO COM TUDO...
EU SEMPRE TE QUIS FELIZ....

MEU FUTURO É INCERTO, EU SEI...
EU TENTO MENTIR, TENTO ME ESCONDER SEMPRE DIZENDO JAMAIS.

JAMAIS VOU TE AMAR ASSIM...
JAMAIS QUERO VOCE SO PARA MIM...
MAIS QUANDO ME DEITO,
EM MEUS PENSAMENTOS,
EU SEI QUE TE AMO, TE QUERO...

FECHO OS OLHOS AGORA, SINTO MINHAS MÃOS NAS SUAS,
SINTO MEU CORPO NO SEU...
ME DIGA QUE É UM SONHO?!
SO ASSIM, NAO TEREI QUE LHE DIZER ADEUS!!!!

Foto de Joaninhavoa

OUSADIA

E a coragem foi mesmo
porque o coração mandou
que fosse!...

E o coração, falou:
- Senti tua ausência
Como uma falta de mim
E da pura essência
Que tu és para mim!...

E a voz, falou:
- Eu pertenço àquela gente
que nunca deixa de ser criança
às vezes apanho a jangada
sem destino e sem parada
Não tenho sítio certo
Morada ou estada
Pr`a mim... dia que é dia
sem poesia não é dia
é sofrer em demasia!...

Então, correu suco dos olhos
do coração!...
E, olhando a coragem, falou:
- Foi ousadia ter ido...
meu coração ficou espremido!...

Então a coragem
explicou... amor de tão rosa
é branco!...
Mas, quando caíem bagos
Ouço seus passos... concertos
de textos afinados... músicos
em excertos exaltados… d`alvos
poemas compassados!...

JoaninhaVoa, em
18 de Janeiro de 2008

Foto de Osmar Fernandes

Você já se viu no espelho?

Você já se viu no espelho?

Tem gente que, ao se olhar no espelho, humilha-se... ou porque é alto ou baixo, gordo ou magro, branco ou negro, comum ou diferente... Você já se viu no espelho?
Já agradeceu a Deus por ter conquistado a sua maior vitória, a vida? Já O agradeceu por ter nascido fisicamente perfeito? Tem gente que tem vergonha da própria imagem, evita o espelho e a balança a qualquer preço. Esse sentimento negativo pode levar qualquer pessoa ao precipício do estresse, e até à morte. “Se eu me odiar, quem vai me amar? Se eu me achar feio, quem vai me achar bonito? Se eu me depreciar, quem vai me valorizar?”
Um cego de nascença nunca se viu no espelho. Jamais discernirá o belo do feio...Nunca poderá ver a beleza do pôr-do-sol, nem as cores irradiantes do arco-íris... Jamais viu o rosto da mulher amada e a face do filho querido... Mas consegue enxergar a vida com os olhos da alma. Agradece ao Todo Poderoso por ter nascido. É feliz assim.Você já pensou nisso alguma vez?
Um surdo-mudo, vive num planeta construído e preparado para os fisicamente perfeitos. A todo instante tem que enfrentar barreiras e vencê-las ou adaptar-se a elas. A cada conquista agradece a Deus... é um guerreiro vencedor. Estuda ferozmente cada passo do mundo, adquirindo conhecimento e sociabilizando-se para entender a linguagem e a política da sociedade em que vive.
Um ser humano sem pernas e sem braços, para ir ao banheiro fazer suas necessidades fisiológicas, precisa da ajuda eterna de uma pessoa qualquer. Alguém tem que levá-lo nos braços, despi-lo (nunca vai poder manter sua vergonha em secreto). Depois, sentá-lo no vaso, segurá-lo (pois não tem ponto de apoio), e após defecar, necessita que este alguém limpe o seu bumbum e suas genitálias. Ele vive sua vida dependente vinte e quatro horas por dia. Como você viveria numa situação dessa? Um deficiente vive desafiando o seu limite a todo momento. Busca forças inimagináveis para a realização do seu objetivo. Trava batalhas de vida e morte na superação de uma tarefa, seja ela qual for. Ter nascido é a sua maior vitória, é o seu pódio, sua medalha de ouro. Aceita seu corpo, como é. Estar vivo é sua felicidade sem preconceitos, seu presente, ele agradece ao céu por isso.
Se você nunca se viu no espelho, veja-se agora. Nunca é tarde demais para nascer de novo. Ninguém está isento de se tornar um deficiente. Em verdade, digo que o verdadeiro pobre coitado é o pobre de espírito; que o pior assassino não é aquele que mata o inimigo: é aquele que mata a si mesmo, o próprio sonho. Enfim, é aquele que só carrega o ódio no coração e morre de inveja dos perfeitamente felizes.
Você realmente já se viu no espelho?!!!
Para alguém muito deprimido, estressado, tenho dito: Antes de fugir de si mesmo, cometer qualquer bobagem ou até pensar em suicídio – visite uma APAE, UM ASILO, UM HOSPITAL PSIQUIÁTRICO, UM LIXÃO, UM PRESÍDIO, UM ORFANATO, UMA IGREJA, UM CEMITÉRIO OU UM HOSPITAL QUALQUER...e seja voluntário por um dia. Tenho certeza que vai sair de lá com vergonha do seu problema, e vai agradecer a Deus pelo seu livre arbítrio, por ver, ouvir, falar, andar, amar e ser amado. Vai redescobrir o valor incalculável de viver. Vai reaprender a ter respeito, humildade e o amor por si mesmo; tornar-se-á um ser humano espiritualizado a tal ponto que voltará a sorrir de novo e a ver nas pequenas coisas o verdadeiro sentido da vida – a dádiva de Deus.

Foto de ANJO MENINO

CORAÇÃO - LUGAR DESCONHECIDO

O coração da gente é como terra de ninguém, porque existem segredos e caminhos nele que só nós sabemos e precisamos de segurança para ensinar outros a caminhar nele, enquanto isso vivemos assim com a solidão como nossa companheira, nossa amiga, ouvindo nossas melancolias, esperando alguma manobra do destino se criar com algum sinal, alguma luz, com alguma batida mais forte do nosso coração, as vezes ele nos trai, com o proibido, a ilusão ou até com a mentira, mais ele sempre arranja forças para viver outras intensidades de sentimentos, paixões e amores, me conheço como um apaixonado pela vida, pela paixão, pelo amor, por meus amigos e por meu coração que assim como muitos de nós sentimos como se fosse terra de ninguém.

Foto de Civana

Série Meus Ídolos: Luz que Descortina...

O ídolo homenageado da vez é Taiguara, que ainda hoje, consegue transmitir tão lindamente tudo que sinto!

Pena que tantas coisas desagradáveis aconteceram em sua vida na época da ditadura militar, e entre censura (que chegou ao absurdo de proibir onze músicas de um mesmo disco), cancelamento de show e constantes perseguições, foi obrigado a deixar o país se exilando em vários países. Uma dessas "viagens" foi logo após seu primeiro casamento. Embarcou para Londres e só retornou um ano e meio após. Mas trouxe na bagagem mais experiência em estudos e gravações com músicos ingleses, além da maravilhosa notícia que seria pai. Com isso nasceria o disco "Imyra, Tayra, Ipy", em parceria com Hermeto Pascoal.
Imyra foi o nome que Taiguara deu a sua linda filha, uma criança doce e de personalidade.

Taiguara cantava o "amor": carnal, sensual, assim como por toda a humanidade. Com isso se via nitidamente a influência do socialismo em sua vida, onde o cantado "Cavaleiro da Esperança" era com certeza Luís Carlos Prestes.

Minha homenagem com os títulos de canções preferidas:

"Hoje" acordei com "gotas" de orvalho na pele, rolando pelo corpo, real, "carne e osso" que você tanto amou! "O velho e o novo" se confundem nas "luzes" da "Rua dos Ingleses", "gente humilde" passeia alegremente, "piano e viola" inebriam minha mente com a mesma "modinha", e na alma apenas o desejo de dançar, dançar, dançar...
E ver que "teu sonho não acabou", "que as crianças cantem livres" e o amor se transforme em paz.
Mas o ser humano falha, é humano. O "momento do amor" pode se apagar da lembrança, se transformar em dor, tocar na alma como uma "serenata do adeus".
"Amanda", "Marcela", "Helena", nomes ao vento... Poderia ser Maria, Fernanda, Joana, não importa, a dor é a mesma.
Estou "esquecendo você", fazendo uma verdadeira "viagem" pra dentro de mim, só assim eu posso esquecer que meu "universo (é) no teu corpo" e encontrar a "paz do meu amor".
"Castigo"? Não, "fim de caso"!"

(Civana)

Vejam a versão original com música no blog:
http://civana.spaceblog.com.br/85120/Luz-que-Descortina/

Foto de Edson Milton Ribeiro Paes

"ESTRANHO NO NINHO"

“ESTRANHO NO NINHO”

Sabe, aquele, que quando todos andam ele para...
Vocês já viram aquelas pessoas que esperam o silencio para gritar..
Tem gente que não se contem ao ver a alegria...
Fazem de tudo para estragar!!!

Procura até pêlo em ovo...
Tudo que precisa é ser notado...
Talvez algum outro dia ataque de novo...
É um infeliz um desesperado!!!

Reclama até do que não sabe...
Comete erros infantis...
Esperneia e grita a vontade...
Mas acho é porque com certeza “alguém” não o quis!!!

Quando nesta morada Deus nos colocou...
Não existia escrita nem nada...
Só a inteligência e o amor...
Mas todas as pessoas irmanadas...
Comunicavam-se com esplendor!!!

Agora vem uma pessoa desavisada...
E reclama de algo que nem conhece...
A expressão é por demais animada...
E o coração é quem a entende!!!

Foto de ek

Pequeno Mundo

num pequeno mundo azul e redondo
mora meu coração,
mundinho tão distante de meu peito
que nem o sinto bater,
mas sei que ele pulsa
e pulsa com vigor,
faz revoluções em sua fúria
pra gerar uma gota de amor,
pobre coração que tanto se esforça
pra viver este espírito indiferente,
mas ele não conhece o mundo aqui fora
e não vê o semblante dessa gente,
que caminha apressada e feroz,
determinada e sem destino,
pobre massa que não pôde apreciar
de meu coração azul o seu mundinho,
nele solitária vive
o sonho de uma lembrança
a cuidar de amarelas flores
conhecidas como esperança,
e meu coração trabalha
a observar dela o sorriso
__Porque não descansas coração?
__Vê-la sorrir é o meu oficio
---------------------------------------------------- 04-08-04

Foto de Sonia Delsin

O SEMEADOR E O VENTO

O SEMEADOR E O VENTO

O nome do sujeito era João. João ia com um saco na mão, um saco de sementes.
Ventava forte naquela manhã e ele se encaminhava para um terreno íngreme e ia assoviando.
Usava um roto chapéu de palha e na mão carregava um cigarro que de vez em quando rolava entre os dedos.
Ele o enrolara ao cair da tarde do dia anterior, quando seu coração era puro amor.
Levava um bornal dependurado no ombro.
Ali por certo ele carregava a bóia.
João parecia contente, mas o vento soprava forte e os dois ficavam brigando.
Pronto, o cigarro caiu quando ele tentava segurar o chapéu.
Entredentes um resmungo.
Abaixar e pegar o cigarro e deixar o chapéu voar? João optou pelo chapéu, pois faria falta quando o sol esquentasse.
Ele chegara ao tal terreno íngreme e sabia que jamais alcançaria o chapéu se saísse voando.
Virgem Santa! Aquilo parecia uma escada pro céu e o rapaz seguia com dificuldade.
Um arbusto. Pronto. Dependurou o bornal e pegou a ferramenta que ficara guardada, pois na véspera estivera trabalhando ali por várias horas.
A terra não era das melhores não e até dava pena de jogar o grão, mas era seu o chão.
Plantar o milho. Esperar crescer. E colher.
João assoviava.
Sementes jogava e com o vento brigava.
__ Vento dos diabos.
Uma ave de rapina passava voando e ele se distraia olhando.
O chapéu da cabeça escapava, pelo morro rolava.
João com o vento gritava.
Sol escaldante, cabeça exposta.
Um olhar pro céu. Cadê resposta?
Duas horas depois João ia até o arbusto, abria a marmita gelada. Parecia até piada.
Um arroz oleoso, um pedacinho de carne seca, esturricada. Num saquinho à parte uma laranja descascada. Amargara... coitada! Há horas que tinha sido cortada.
João lembrava de Tereza à mesa. De Tereza ao tanque, de Tereza na cama.
Tudo é lindo quando a gente ama.

Foto de Sonia Delsin

NO SILÊNCIO DA NOITE

NO SILÊNCIO DA NOITE

Divido tempo, horas, com o silêncio.
Nele eu reflito, nele eu mergulho fundo.
Tento entender o mundo.
Toda a calma da hora que se arrasta lenta.
Toda onda que no meu imaginar se movimenta.
Tudo faz parte deste ser que pensa.
Que repensa.
Que de olhos fechados viaja lentamente.
Vai conhecendo lugares, gente.
Vai para trás, vai pra frente.
No silêncio sinto uma dor possante.
Angustiante.
Que vai se acalmando.
Que vai a um nada se tornando.
Então aspiro o ar da noite profundamente.
O perfume que me chega leve.
Penso em como tudo aqui é breve.
No silêncio eu e a noite dialogamos.
Ela me diz calma.
E eu me acalmo.
Ela me diz voa e eu vôo.
Ela me diz que tudo passa.
Que nesta vida somos como rolos de fumaça.
A noite é conselheira e eu a ouço.
Entre os fiapos de luzes escapo e alcanço uma paradisíaca ilha.
Nela adormeço.
Eu mereço.

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