Fundo

Foto de angela lugo

Sinto tanto a tua falta

Esta imensa falta que sinto de ti,
chega a doer no fundo da alma.
Já não posso mais viver assim,
vem para meus braços,
vem para matar a minha sede,
esta sede de amor que sinto,
no meu coração na m'alma.
Vem amor p’ra. perto de mim,
não quero mais chorar,
por sua ausência sem fim.
Sinto tanto a tua falta...
Não posso esquecer aquele dia,
quando partiste e nem sequer,
olhou para trás deixando-me só,
triste e infeliz curtindo minha dor.
O vazio foi tomando conta de mim,
senti-me abandonada por ti.
Senti-me enlouquecer e junto a ti,
queria estar implorando para que,
não me deixasse aqui sofrendo,
nesta triste solidão que confunde,
tanto o meu triste coração.
As lágrimas descem sobre minha face.
Já não me importo com o choro,
o que realmente me importa é tê-lo.
Sentir tua presença, teu calor, teus beijos.
Tuas mãos afagando meus cabelos...
Deslizando sob meu corpo, deixando calor.
Sinto tanto a tua falta...
Minha cama está vazia, grande demais.
Espera por ti todas as noites, mas nada.
Você se foi e aqui entre os lençóis,
viro-me de um lado a outro pensando.
E me pergunto; Onde estará agora?
Em que cama se deita sem mim?
A quem acarinha com tuas mãos suaves?
A quem beija com ardor fazendo amor?
Tantas perguntas, nenhuma resposta.
Pois nem sei por onde anda o teu sentimento
Que me causou tanta dor, mesmo assim digo:
Sinto tanto a tua falta...

Foto de Nizar

Perdendo você!

Foram tantos dias felizes
Que não consigo esquecer
Mas o dia vem chegando
E a tristeza ira dizer.
Estou indo embora
Não sei quando irei lhe ver!
Eu digo tudo bem será melhor pra você
A vida e cheia de curvas
Que sei bem como fazer
As curvas e o tempo apagam.
O que jamais pensei que iria
Esquecer. (Você)
Mas sigo sempre de cabeça erguida
Pois na verdade gosto de sofrer.
E tudo que passou, no fundo do peito sempre ira permanecer...

Foto de M.Veríssimo

Velho Marinheiro

Fui sombra, velho marinheiro
velejando pelas terras
do mundo, completamente extasiado.
Lágrimas suor e sangue, retornaram
em mais lágrimas suor e sangue,
busquei o sonho nas ondas do mar,
quebrei-as com o casco de meu navio
fui arrogante na força, forte
no espírito.
Mil e uma guerras, lutei,
exausto derrubei meus muros,
meus grilhões, todas as minhas prisões e segui,
segui o vento, as aves e o mar,
companheiros solitários
nesta viagem eterna.
E hoje junto aos meus companheiros
de viagem e credo, os meus ossos
descansam alvos, coral ósseo
no fundo do mar, de orbitas
vazias contemplando
o meu reino.

Foto de Izaura N. Soares

O amor invejado

Tenho procurado explicação sobre o amor,
Que sempre me fez voar com pensamentos férteis,
Tenho tentado entendê-lo.
O que faz um belo sentimento ser tão invejado,
E a causa de tanto ciúmes, que me deixa céptico.
No primeiro instante pensei que soubesse de tudo,
Sempre fui em busca do amor puro,
Saía vagando a procura de inspiração,
Para chegar no fundo do teu coração.
Busquei à teus braços o porto seguro,
Nos teus beijos, o frescor sadio,
No teu peito o aconchego, deletando assim,
As noites vazias.
E desse feito, ele não terá jeito,
O mundo que me perdoe,
Porque não existe explicação para o "amor perfeito"!

Foto de Foxylady

Masmorra

Final de tarde.
O vermelho no céu anunciava o calor que passara e se iria sentir no dia seguinte.
A luz fugidia desvanece e mal se vislumbram as sombras naquelas paredes semi- rebocadas.
Entram sons quase imperceptíveis pelas grades da pequena entrada, vejo pés que passam e outros que se cruzam indeléveis no caminho a percorrer.

Tento sacudir a cabeça na tentativa falhada de não entrar sangue nos olhos, em vão me debato, o mesmo escorre em gotas finas lânguidas e demoradas e já o saboreio...Posso reparar que pousa nos meus peitos desnudados e hirtos pela frescura do tenebroso lugar.

Virou costas e saiu.
Permaneço imóvel, imutável, imobilizada, mortal...
Desesperadamente indefesa.

A sós com os meus pensamentos encurralada entre 4 paredes decadentes, a ferrugem das grilhetas corrói-me a pele, estremeço no receio e na incerteza do futuro...

Rodas guincham num derradeiro esforço, entra uma mesa putrefacta com uma toalha preta disfarçando o rude artefacto.
Mais relevante o que nela jaz pousado: chibata, correntes...palmatória... venda...Gag...os punhais...velas vermelhas e pretas qual aparato satânico que faz ranger os dentes e elevar cada pêlo do corpo...

Não me atrevo a chiar um "ai". Observo apenas.

Levanta a mão, dirige-se num gesto para mim, calculo que vá aliviar minha dor, da coroa de espinhos que me martiriza mas em vez disso puxa por meus cabelos misturados de vermelho e atira minha cabeça com força para trás na cruz que me segura...

Quer me ouvir a implorar, caso ceda sofrerei torturas.

Meu mestre permanece calado, inamovível, inabalável de sua missão, limpar meus pensamentos de luxúria pecaminosa que me invadem os sonhos e me soltam a voz enquanto durmo, cheiro de mulher para mim estava off limits porque ele assim o ordenava.

De palmatória em riste, olhar maquiavélico que me cega, defere golpes em meu sexo.
Nada posso fazer senão respirar fundo a cada investida, dolorosa, que me arreganha as entranhas e me faz entregar assim de maneira inteira.
Afasta meus lábios, e agora acende a vela, a chama eleva-se majestosa e começa a soltar gotas que me marcam e ferem a fenda humedecida por um turbilhão de emoções, uma amálgama de sentimentos que me faz perder os sentidos.

A cera misturada com meus sucos cai no chão enquanto mais continua a cair em mim, estremeço ainda com cada gota, cada gota me arrepia e ferve o sangue cá dentro na ânsia e receio de o sentir.

Palmatória outra vez, castiga-me friamente, sua respiração denuncia o prazer animal e grotesco que suga de todo o cenário.

Os lábios inchados cobertos de cera começam a ser revelados à medida que a cera vai caindo a cada investida, ora nos mamilos hirtos do frio da noite que nos abraçou.

Engulo os queixumes, debato-me em vão, ele aumenta a intensidade...
Não aguentando mais perco os sentidos, o sentir mata-me aos poucos e colapso no escuro.

Acordo (quanto tempo terá passado?), o seu corpo aperta-me e um punhal no pescoço trava-me um hipotético gesto. Com a lâmina faz pequenos golpes no meu pescoço que chupa sofregamente, eu mal me atrevo a respirar horrorizada pelo seu olhar encerrado naquele capuz hediondo. Respiro tremulamente, dificilmente me lembro do frio, somente sinto o fio que corta minha pele enquanto me aperta cada vez mais.

Sinto seu membro encostado ao interior de minhas coxas, sofro por senti-lo...

O mestre respira ofegante, sinto seu perfume que me entesa mais ainda.
Sem contemplações nem avisos, de uma só golpada sinto-o todo vibrante dentro de mim...A cada investida enterram-se mais os espinhos que me ornamentam a fronte.
Largou do punhal e arranca-me a gag por onde fios de saliva escorrem para me dar a mão inteira na boca antes de poder gritar.
Ferrei com a força toda que advinha do prazer, sei que ele gosta que eu sofra e que me perca nos meandros das sensações do meu corpo...

Banhada na loucura o calor imenso que me sufoca e sobe corpo acima até me deixar desfalecida em seus braços enquanto ele me presenteia com o seu auge...

Beijou-me.
Soltou minhas mãos, beijou cada uma com devoção.
Soltou meus pés, beijou cada um com igual devoção.
Levou-me ao colo, deitou-me num banho quente com sais...

– Agora és minha Rainha, sirvo-te eu!

Foto de fer.car

Um anjo

Um anjo me tirou do fundo das correntezas de um mar de lama
Me trouxe vida novamente, guiou meus passos
Um anjo me disse coisas inimagináveis, calou a minha dor e secou minhas lágrimas
Este anjo que de mansinho chegou, estendeu suas mãos e carregou-me em seus braços
Anjo que me trouxe brisa e paz, saciou a minha vontade de ser amada
Fez loucuras de amor ao meu lado, gritou comigo minhas maiores angústias
Segurou meu corpo quando ele quis padecer e sorriu quando me viu sorrir
Um anjo que fez-me sentir ser humano, acreditar novamente nas pessoas
Porque nada acontece em vão, e o amor que um dia não quis ser feliz hoje o é
E a tristeza que um dia habitou em meu coração, hoje é mera lembrança
Sou feliz porque um anjo me disse para seguir em frente e acreditar que o mundo é bom
Pessoas podem dizer palavras ferinas, matar a esperança, mas tudo passa
E como passa... um anjo surgiu entre as tempestades de meus sentimentos
Minha vida conturbada, meus mais terríveis pesadelos para segurar-me em seus braços
Um anjo matou a saudade de anos, falou-me do amor
E o amor capaz de grandes obras transformou meu interior
O amor me faz parte sua, você parte de mim
Um Anjo me elevou das cinzas
Me ensinou novamente a amar e ser amada
O que eu acreditava nem mais exsitir

Autoria: Fernanda de Sá e B. Carneiro
Direitos Autorais reservados

Foto de MARTE

NO TEMPO

Tenho momentos que viajo no tempo,
Quando á noite fico no silêncio,
Movendo-me para trás, e para frente,
Em pontos diferentes do meu sentimento,
Num modo análogo ao de um rio,
Na sua mobilidade no espaço em que se sente!
São tantas as interpretações,
De viagem no tempo sentidas,
Que sugerem-me a possibilidade de viajar,
Ao interior de situações,
Através de realidades paralelas perdidas,
Na possibilidade real de lá chegar!
Mas...viagem temporal vivida,
Na madrugada de uma noite sem fundo,
Existe a emoção de um grande momento,
Por mim muito demasiadamente sentida,
Faz-me esquecer os problemas do mundo,
O próprio tempo no seu movimento!
http://groups.msn.com/PERSONALIZADO1/sejabemvindo3.msnw
http://www.luso-poemas.net/modules/news/index.php?storytopic=32
http://marteemterra.zip.net/
http://martejc.hi5.com

Foto de Dileno

MINHA CLARA NOITE ESCURA...

Estava Eu Olhando O Céu Limpo A Noite
Pensando Em Você, Que Me Fizera Tão Feliz
Ele Estava Limpo (Tão Escuro)
Procurando Nele Você,
De Repente Vi As Estrelas
Comecei A Suar, A Delirar,
Lembrei-me De Nosso Perfume, Da Flor- De-Liz
Dois Corpos Tão Próximos Como As Estrelas
Dois Lábios Que Se Tocam Lá No Fundo
Olhei De Novo. Senti Meu Corpo Flutuar
Lembrei-Me De Nós Outra Vez
Quando Vi A Luz Do Luar
Um Brilho Tão Grande E Intenso
Me Fez Ao Chão Voltar, Depois Meu Mundo Virar
Tudo Então Ficou Tão Claro
Claro Como Aquele Céu
Tremendamente Escuro, Mas Ainda Assim Tão Límpido
Percebi, Minha Flor-De-Liz
Que És A Estrela De Minha Vida
O Luar Que Me Ilumina
E, Ao Amanhecer, Minha Querida
Com O Canto Do Roxinol,
Terei De Volta Teus Lábios
Seras Para Mim A Luz Do Sól.

De: Odileno Lima Ribeiro

Foto de josecarreiro

RAPTO

RAPTO

Conheço a viagem absoluta ao festim soado,
as lousas, as eras que fizeste comportar,
a fiança ateada com que absorvias.

Sou as vezes que disseste que me amavas,
os passeios de mãos dadas. Os beijos.
Os abraços apertados de que gostavas.
Sou as omissões pressentidas, as dúvidas instaladas,
a observância das atitudes.
Sou o diálogo requerido, a incapacidade de te fazer falar.

Por vezes incido o olhar sobre a tua ausência.
Por vezes regressas dela.
E eu fundo-me na linha irreflectida
no suposto ardor da romã.

Por vezes, atravessas-me como um corte, um traço na garganta.
E eu sou o despojo de mim
trapo no chão do amor.

(Fui soro e carne para tua terapia
lama para te besuntar
poesia.)

A vida por um gesto
um rapto, um beijo.

José Maria de Aguiar Carreiro, CHUVA DE ÉPOCA (Ponta Delgada, 2005)
http://folhadepoesia.com.sapo.pt/

Foto de MARTE

AGORA E SEMPRE

Como eu queria neste momento
Ter-te junto a mim
Poder contemplar-te
Voar no tempo
Nesta madrugada que parece não ter fim
olhar os teus olhos... acariciar-te!
Com um suave beijo poder acordar-te,
Contemplar esse teu olhar,
Dizer-te como é bom amar-te,
Com as minhas mãos poder-te tocar!
Sentir a essencia do teu delirio,
Entre as minhas mãos e o teu corpo,
Percorrer-te como se fosses um rio,
Entre o espaço e o tempo!
Mas...ofereço-te este poema,
Baseado no teu terno olhar,
Que se tornou no meu tema,
Escrito numa brisa de mar!
Dançar esta suave melodia,
Saborear como se fosse um beijo,
Ficar contigo em sintonia,
Dá cor ao meu e ao teu desejo!
Seres sempre a eterna namorada,
Tocar-te no coração bem fundo,
Musa da eterna madrugada,
Dar cor ao teu imenso mundo!
E entre um quarto da lírica Lua,
Reflectida na foz da madrugada,
Sentir-te no estuário da noite calma
Como se fosses a Estrela d’Alva nua,
Por mim um dia num sonho desenhada,
Que deu luz à minha alma!

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