Força

Foto de airamasor

Estações do Amor

No Verão, os temporais são inevitáveis.
No Outono, as folhas caem e as flores
perdem o colorido.

No Inverno, tudo parece arrefecer.
Na Primavera, um belo poema de amor
pode ser jogado ao lixo, se faltar a você
ousadia, coragem de publicá-lo.

Proteja-se contra os temporais do coração.
Cuide bem de seu jardim. Aqueça sua vida
com a chama do amor, que faz morada
no mais íntimo de seu ser.

Não tenha medo de amar. Não viva
se escondendo de seus sentimentos.
Seu poder sobre eles é minúsculo, diante
da força maiúscula que possuem...

Não tem jeito! Não há como fugir!
Seu coração é de quem você ama!

(Aira, 07 de março de 2011)

Foto de betimartins

Tudo pode acontecer no amor

Quem diria que o amor acontece? Será mesmo?
Tanto para mim como para ti? E tu acreditas?
Quem diria que o universo, conspira! E como!
Conspira em torno do amor, apenas amor puro
Nada fica por acontecer, nada mesmo, tu acreditas?
Nem sequer naqueles que maldosamente impediram
Esse mesmo amor, a alegria, os momentos felizes
Que as lágrimas encerram, enterram e suavemente
Toda a nossa saudade, toda a ânsia, a vontade de amar
Entre desejos, entre partilhas, sonhos e vidas adquiridas
Que tu e eu... Projetamos, construímos e ordenamos
Ao Cosmo, as estrelas, ao sol e a Lua. Todos no firmamento
Na força do nosso amor, o poderoso amor, o sublime amor
Que em vidas se chorou lágrimas de saudade, vidas vazias
Outras tão frias, sem amor, sem vontade de... Até caminhar
Hoje! Somos hoje! Almas felizes, almas libertadas e amadas
Fundidas no eterno amor, entre carinhos e na compreensão
Foi o Deus da nossa compreensão, O Deus do nosso coração
Que em seu colo, seu belo ensinamento, projetou nossas vidas
Entre caminhos que por vezes doridos e juntos ultrapassamos
De mãos dadas! Entre sorrisos, unidos e nos trilhos da esperança
Que só tu meu amor! Tu sabes dar, sabes alcançar no amor
Pois as tuas promessas será sempre enxugar meus prantos
E só tu! Tu o sabes fazer com todo o amor que tu me dás...

Foto de betimartins

Na tua catedral, eu chorei!

Na tua catedral, eu chorei!

Nas minhas tristes etapas da vida,
eu chorei, por tantas vezes perdida,
sufocada nas barreiras e amarguras
que a vida, sem piedade, sempre impôs...

Lutei quase sem nenhuma força,
caminhei por vezes como mendiga,
mas nunca eu me senti tão querida
como quando um dia eu encontrei-te...

Olhando para o céu, por vezes perdida
com os olhos manchados de lágrimas,
procurei respostas e o teu abrigo
no teu coração grandioso de Pai querido...

Abraçastes-me como nunca eu fui abraçada
deixaste-me tocar e sentir o teu amor divino
num amor que nunca mais tem fim,
que nenhum um dia o havia sentido...

Eras Tu! Meu Pai Celeste e Amado
O Meu Deus do Universo e da Terra
que gentilmente despertaste e acordaste-me
para a fé do amor e da alegria...

Senti o amor divino dentro de mim
amor que gratuitamente passei a dar,
nas mais simples e pequenas coisas da vida
com aqueles que não ainda aprendido...

Entrei na tua catedral, em prantos ajoelhei
era linda, de puro cristal a sua luz era sem igual
acendia dentro dela a chama trina de bela cor violeta
pulsando um amor puro e transcendental...

Os grandes Mestres ali trabalhavam, afincadamente
nas ajudas do bem terreno, sem nunca pararem
doavam todo o seu amor na mais pura alegria...

O meu coração explodia, em êxtase total
com o amor que ali recebia, nunca vi igual
sai para a rua feliz porque tinha o Deus em mim...

Betimartins

Foto de MALENA41

O ÚLTIMO POR DO SOL ANTES DO ADEUS

Olhava meus dedos dos pés e chorava. Chorava por ele, por ele que logo partiria.
As malas estavam prontas...
Era a última noite que dormiríamos sob o mesmo teto. Na mesma cama já estava fazendo alguns meses que não dormíamos.
Eu já passava dos quarenta e cinco, porém, me sentia tão imatura.
A borboleta amarela e o beija-flor vieram me visitar. A tarde devagarzinho morria. Como eu, como eu.
Eu poderia chorar, desfazer as malas, me esgoelar. Ele desistiria da partida se eu implorasse.
Mas ficar com alguém desta forma? Como se ele estivesse me fazendo um favor?

A franja me caía nos olhos e eu a afastava, molhava suas pontinhas com as lágrimas que ensopavam meu rosto. Esfregava a boca e assoava o nariz. O lenço de papel estava ensopado. Precisava pegar outro. No entanto entrar na casa àquela hora?
Queria vê-lo chegar. Queria. Queria falar com ele.
Sofrer mais um pouquinho? ─ Diria minha sábia mãe.
Esticava a perna e recolhia, esticava de novo. Ela estava adormecendo de tanto tempo que ficara sentada ali. Uma hora, duas. O telefone cansou de tocar, o celular também. Não atendi.
Devia ser algum chato. “Poderia ser até meus filhos – mas eles ligariam outra hora”. Ou minha mãe. Ela também ligaria depois e faria milhares de perguntas. Sabia que não estávamos bem e estranharia meu silêncio. Conhecia meus hábitos e sabia que eu estava sempre em casa no final da tarde.
E se fosse ele? Ele não ligaria. Terminamos tudo e ele estava apenas aguardando que terminassem uns detalhes de pintura na casa que alugara. Levaria tão pouco, o indispensável eu diria.
Havia me dito que partiria bem cedinho.
Não brigamos desta vez. Só escutei e foi como se uma montanha de gelo despencasse sobre minha cabeça.
Nos últimos dois anos discutimos tanto que tudo se esgotou. O carinho morreu.
Houve um tempo que o medo de perdê-lo era maior e aí eu tentava reconquistá-lo. Depois fui me sentindo tão vazia e via que tudo era inútil.
Ele dizia coisas que me feriam fundo. Será que tinha noção do que estava fazendo? Não sei.
Acabei por feri-lo também. Não entendia ainda que estava agindo de forma errada.
Cada carro que passava fazia meu coração disparar, pois pensava que era Augusto que estava chegando.
De onde estava podia ver o sol descendo lentamente na linha do horizonte. Tínhamos uma vista privilegiada.
Quando compramos a casa comentamos que ninguém no mundo tinha uma vista igual. Até nosso ocaso era diferente, porque éramos muito especiais e nosso amor era exclusividade.
Nunca que terminaria um romance destes, nunca.

Um menino gritou na rua e fez meu coração pular e pensar nos meus filhos pequenos. Que pena que cresceram! Era tão bom tê-los sob a barra da saia.
De repente me via pensando no poema de Gibran: Vossos filhos não são vossos filhos.
Claro que não. Os filhos são do mundo. Só somos os escolhidos para colocá-los no mundo e orientá-los. E amá-los.
A menina se casara tão novinha e eu pensava que ela poderia ter esperado mais. Todavia havia o tal do livre arbítrio...
Meu filho estava cursando a universidade noutro estado. Foi o caminho que ele escolheu.
O menino continuava gritando e eu ficava ouvindo seus berros. Aquilo mexia com meus nervos que já andavam à flor da pele. O sol descia, descia.
Aí o carro estacionou. Era Augusto. Ele ainda tinha as chaves e o controle do portão. Foi abrindo e percebi que estava aborrecido.
Ele se mudaria no dia seguinte e nunca gostara de mudanças.
Na minha concepção meu esposo já tinha partido fazia bom tempo.
Olhei aquele belo homem estacionando na garagem e comecei a pensar quando nos conhecemos. Como ele era bonito!
Lógico que com os anos ganhara uma barriguinha, o cabelo diminuíra um pouco.
Mas num todo o corpo estava bem e o rosto sempre lindo.
Ele vinha em minha direção e meu coração disparava.
─ Você está bem?
─ Estou.
Minha voz saía rouca e eu pensava que precisava fazer aquele pedido, antes que nosso tempo se esgotasse.
─ Posso lhe pedir algo, Augusto?
─ Diga, Solange.
─ Não vai se aborrecer?
Que pergunta idiota! Eu o conhecia bem e sabia que estava arreliado.
─ Diga logo, que preciso tomar um banho. Tenho um compromisso daqui uma hora.
A frase veio como um balde de água fria me fazendo quase desistir de falar, Acontece que se não fizesse naquele instante não teria outra oportunidade e resolvi perguntar de uma vez.
─ Lembra-se quando ficávamos assistindo o sol se esconder de mãos dadas?
Ele pigarreou (andava fumando muito). Só que estava pigarreando neste momento para disfarçar.
E por fim falou baixinho:
─ Claro que lembro. Certas coisas não conseguimos esquecer por mais que tentemos.
─ Eu posso lhe pedir uma coisa?
─ Não se estenda, Solange. Já falei que estou apressado.
Outro balde.
─ Quero lhe pedir que sente aqui comigo para ver o sol se esconder. Falta pouco. ─ coloquei mais doçura na voz ─ Nem precisa segurar a minha mão.
Ele me olhou sem ternura no olhar, mas com pena.
Estaria eu fantasiando?
─ Augusto. Onde você vai morar dá para ver o sol se escondendo?
Ele virou o rosto na direção do horizonte e seu rosto parecia esculpido em pedra.
O telefone voltou a tocar e eu rezei baixinho:
─ Quieto, telefone. Fique quieto, por favor.
Por coincidência ou pela força de meu pedido depois do terceiro toque o telefone silenciou.
Em alguns instantes a magia daquele instante terminaria. Aquele corpo amado jamais estaria tão próximo ao meu.
Não resistindo eu busquei sua mão e ele estreitou a minha da forma que sempre fizera, apertando fortemente o mindinho.
Se eu chorasse naquela hora estragaria tudo. Ele havia me dito que não suportava a mulher chorona que eu me transformara.
Banquei a forte e nossos rostos estavam bem próximos. Os dois olhando o sol alaranjado e faltava apenas uma nesginha para o nosso astro rei se esconder.
Ele se levantaria em segundos e entraria no banheiro. Tomaria um banho e sairia. Chegaria tarde em casa e eu nem o veria chegar. Na manhã seguinte se mudaria e fim.
Um tremor percorreu meu corpo e de repente me vi estreitada em um abraço.
Aquilo não poderia estar acontecendo.
Sua boca sôfrega procurava a minha e eu me entregava inteira.
O sol acabava de desaparecer lá distante.
Eu já não via, mas sabia.
A língua dele tocava o céu da minha boca.
Estaria ficando louca?
Estaria sonhando?
Queria falar, mas o encanto se acabaria se falasse qualquer coisa.
Pressentia que não poderia me mexer, senão a poesia daquele instante se acabaria. Então fiquei bem quieta. Esperando. Esperando para saber se tinha escapado da realidade e entrado no sonho.
Eu não tomara absolutamente nada. Estava sóbria.
O corpo dele se estreitava ao meu.
Estreitava-se tanto que eu chegava a pensar que me quebraria algum osso.
Estava tão magra. Ossuda mesmo.
Ele é que rompeu o silêncio.
─ Desculpe.
─ Desculpar o quê?
Deus! Ainda era meu marido. Ainda era. Não tínhamos tratado da separação.
Augusto não sentia assim e provou isso pedindo desculpas.
─ Não tenho que desculpar nada, meu bem. Eu queria que acontecesse. E acho que você também.
Parecia que meu tom melodramático não o abalara em nada.
─ Foi um momento de fraqueza. Vou tomar um banho. Espero que você entenda que me deixei levar...
Eu o agarrei pelas costas e fiz com que se virasse e me olhasse nos olhos. Ainda haveria tempo de salvar nosso casamento?
─ E se eu mudar o meu comportamento?
─ Não há o que mudar. Tudo está resolvido. Amanhã cedo eu vou embora. Nossos filhos entenderão.
─ Será? Será que tudo é tão simples como diz?
─ Não vamos recomeçar.
E foi entrando porta adentro.
Eu fui seguindo-o. Se me beijara daquela forma ainda sentia amor e desejo. Ou estaria equivocada?
Ele colocou a chave do carro e a carteira sobre o rack e eu fui ao nosso quarto.
O que eu poderia fazer ainda? Jogar charme por cima dele não adiantaria de nada. Pedir? Implorar?
Deitei na cama e ele entrou no banheiro social e ligou o chuveiro.
Imaginei seu corpo nu e senti vontade de fazer amor com ele. Senti vontade de sentir de novo um abraço apertado, como o que acontecera há alguns minutos.
Que foi feito de nós? Fiquei me perguntando.
Em seguida desligou o chuveiro e fiquei pensando.
─ Ele nunca tomou um banho tão rápido.
A porta do quarto foi aberta abruptamente e molhado como estava ele me puxou para seus braços e me carregou para o nosso banheiro.
Usou a mão esquerda para ligar o chuveiro e com a destra livre foi me arrancando a roupa.
Será que em outras ocasiões fora tão impetuoso?
Era tudo tão espetacular e louco que eu custava a crer que estava sendo real.
Ele descia a boca para meus seios e mordiscava os mamilos.
Fizera isso milhares de vezes aqueles anos todos, mas estava sendo diferente, pois parecia haver uma raiva nele. Um desespero por me possuir.
Pensei se estava me violentando.
Acontece que eu estava querendo tudo aquilo e também o amei desesperadamente.
Também eu o mordi e o apertei.
Também eu quando tomei seu órgão genital nas mãos fui agressiva. Apertei mais do que devia.
Fazia-o não como uma fêmea no cio, mas como uma mulher desesperada.
Sabia que era a última vez e estava sendo maravilhoso e maluco.
Nunca nos amamos brutalmente antes e não estava sendo propriamente brutal. Era diferente. Era como se nós dois estivéssemos morrendo de sede e água nunca conseguisse nos saciar.
A relação sexual ocorria num ritmo alucinado. Bocas e mãos procuravam, deslizavam, corriam pelo corpo todo.
Palavras não existiam e antes falávamos tanto enquanto fazíamos amor.
Eu nem conseguia pensar direito tal a intensidade do que estava vivendo. Era como estar com um estranho. Aquele homem não era o Augusto de todos aqueles anos e aquela Solange exigente eu nunca fora.
Eu queria mais e mais e mais.
Antes nunca ocorrera comigo o orgasmo múltiplo e nem tinha conhecido que de repente pudesse senti-lo e sentia. O êxtase chegaria para nós? Ele aguentaria até quando?
Taxativamente eu desconhecia naquele homem meu companheiro de tantos anos e ele também devia estar me desconhecendo.
Prolongou-se ainda por meia hora o coito e quando por fim caímos exaustos na cama estávamos suados e arquejantes. Tão exaustos que não tínhamos forças para mexer um dedo.
Envergonhada pensava que não conseguiria mais encará-lo depois de tudo aquilo e foi ele que quebrou o silencio.
─ Estou desconhecendo-a, dona Solange.
─ E eu também não o reconheci ─ falei com débil voz.
Ele tinha se esquecido do compromisso?
Fiquei quietinha e nem queria pensar que ele pudesse se levantar e sair.
Augusto colocou o braço em volta do meu ombro e me puxou para seus braços.
Pensam que ele partiu no dia seguinte?
Está até hoje comigo e nossas noites costumam ser muito agitadas. Muitas vezes ele vem almoçar e esquecemos completamente da comida.
Ele perdeu a barriguinha e diz que eu acabo com suas forças, que sou a culpada.
Eu penso que sou a salvadora.

Foto de raziasantos

Grata há Ti Jesus!

O que importa se o sol não mais brilhar!
Que importa se das estrelas o brilho cessar.
Se com seu amor eu puder contar...
Nada me importara se ao seu lado eu caminhar.

Ainda que todos me abandonem, e meu fardo, pesado
Eu tenha que carregar.
Nada me importa se você comigo ficar!
Pois bem sei que nada sou sem amor.

O teu grande amor transformou toda minha vida.
Sem esse amor não estaria viva.
Somente tu me da força, para continuar
Neste mundo vil.
Amor igual á este no mundo não há!
Por isso sou grata por ti Jesus me amar!

Foto de Nailde Barreto

"Declaração de Amor".

*****
*****
*****

A vida passa e, nossos desejos se renovam,
E, se confundem no apreciar da mocidade,
Ainda assim, por muito que passe,
Sinto vontade de você, do seu corpo, da sua voz...
E, na cortina do seu olhar,
Que dá cor na vacância da nossa historia,
Perco-me, sedento pelo deleite dos seus beijos,
Que ainda fazem-me suspirar...
E, as lembranças do nosso amor,
Consolam-me, calado, com tanta agonia;
Que sufoca o ego da alma,
E, faz-me perder o compasso da melodia...
É o que sinto agora, nesse momento infeliz,
Então, volte pra mim doce amada,
Volte pra nossa casinha de giz...
O amor não pode ter acabado linda menina,
Diante de tanto querer;
Querer que devora;
Querer que domina...
No mais íntimo refúgio da força,
Estaremos enfim, desprovidos de armadura,
Para apreciar o calor de nossos corpos, á luz da loucura...
És meu tempo secreto, meu segredo mais eterno,
Meu pecado mais profundo,
És minha riqueza e, sem você sou seco...
Sem você sou nada... Nessa vida vazia,
Cujo sentido, inexiste sem ti.
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Nailde Barreto.
25/02/11

Foto de LillyAraujo

Ciúmes

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Às vezes chego ao ponto de querer adivinhar-te,
nesses instantes me sobrevêm diversas formas de sentimentos.
às vezes dor, às vezes paz, às vezes risos, às vezes lágrimas.
Eu fico inutilmente tentando adivinhar-te.

Ontem eu chorei tanto!
Chorei o pranto dos amantes da Lua, que nunca
a deixam de amar, mas nunca a possuem.
Ontem eu chorei todas as cenas de ciúmes que eu
quase adivinhava em meus densos pensamentos.

Tolice!
Sinto-me toda tola perdida em tais sentimentos.
Adivinho-te enciumadamente sem saber qual a
verdade de teus sentimentos... e sem querer saber,
para poder simplesmente adivinhar-te.

Ciúmes! Ontem essa dor me ocorreu de uma forma
tamanha, estranha, e quase inadmissível.
Nestas horas eu te odeio com toda força
do meu intenso amor.

Quero lançar-te para longe de minha vida
como se eu pudesse...(!) Como se eu soubesse!
Nestas horas eu te odeio com toda força
desse maldito-bendito amor.

-Ciúmes!

© Por Lilly Araújo-Direitos Autorais Reservados.

Foto de Lucélia Lima

Força e vontade

Olhe sempre com humildade
Não deixe a raiva te dominar
Seja amável, tenha integridade
Sua luz sempre vai brilhar

A vitória pode demorar
Ela chega com lentidão
Mas se souber esperar
Chegará com a dedicação

Tenha a paciência de Jó
E o tempo te fará surpresa
A vida nem sempre tem dó
De quem vive na incerteza

Você tem força e vontade
Para seguir seu caminho
Querer vencer com bondade
Acredite, não verá espinho!

Lucélia Lima
02/10/2007

Foto de Carmen Lúcia

Sobre nós...

Nem um toque...
E por que toques
se te contacto no infinito de meu ser
e te vejo renascer
em cada gesto de carinho
trazido pela brisa do mar
a contornar tua boca
que me beija
e teu corpo que me abraça
e me deseja...

Nem uma palavra...
Só o silêncio.
E por que as vãs palavras
a quebrarem o fascínio do momento,
insano deslumbramento
de uma força tamanha
que nos atrai,
nos alicia,
acaricia...
Palavras, falam nosso olhar.

Sobre nós não há o que dizer.
Não se pode descrever,
apenas sentir
e calar...
Não há como avaliar
o irreal, o surreal.
É algo imensurável
a se perder de vista...
É verdade,
é saudade,
é do sonho a realidade
do artista.

_Carmen Lúcia_

Foto de Shapoka

O chão que plantamos

Parei de escrever, bem dizer acabei de morrer.
É tanta enganação e desilusão, que venho tendo fé de Deus a "Matrix",
por mais que eu já seja vivido, quase tudo me surpreende,
coisas que tinha certeza, hoje não tenho mais.
De que quem semeia o melhor grão, já não consegue mais colher o melhor fruto.
Nesse extenso chão amor, nem sempre é o melhor terreno para semear.
Pois poucos vivem o amor como se deve.
Nada me faz acreditar, vivo o fictício esperando um "all in" pra vir à realidade,
Nossa história, o tempo a vida passam muito rápidos, e eu só vejo blefe.
Como se estivesse num filme vitalício, e eu só pudesse ler a sinopse,
e ser o coadjuvante em segunda pessoa, com um texto de duas linhas.
Pra tentar entender quem será feliz, nessa história onde não tem fim.
Laços que se embolam e viram nó cego, onde não consigo desfazer mais,
porque roí todas minhas unhas, porque perdi a força nas mãos.
Enquanto sobra paciência, me resta a distração.
Ai vem o sol da vida rachando minha alma,
onde ao passar do tempo,
não haverá mais plantação.

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