Fome

Foto de Osmar Fernandes

Sou...

Sou...

Sou parte do pedaço de mim.
Sou o meio do complemento de alguém.
Sou o esotérico do sonho real.
Sou inteiro, estilhaço... metade...
Sou partículas e a essência das células.
Sou a matéria, o próton, o nêutron, a realidade.
Sou o encanto dos olhos perdidos.
Sou o perdido do encanto irreal.
Sou o ato e a esperança de Deus...
Sou a vida, o sangue que brota desejos.
Sou a fome, o pecado, o destino.
Sou o anjo de sonho menino...
Sou o grito prosaico da existência.
Sou o mito histórico da humanidade.
Sou a guerra entre o bem e o mal...
Sou o vício, a droga, a inverdade...
Sou o avesso, o capuz do homem-animal.
Sou a loucura, a morte, o rascunho da ciência...
Sou a inveja, a cor e a graça do dinheiro...
Sou os dois lados da moeda... o desespero...
Sou o luto... o esquife... o tudo e o nada...
Sou o santo, o bruto, a experiência.
Sou alguém sem dono... Dono de ninguém,
Sou... nem de mim, EU SOU...

Foto de Edmilson_jp

Me alimento de ti

Quando estou com cede,
te beijo exagerada mente
Quando estou com fome,
Te rasgo tua roupa e te lambo toda,
Quando estou sem respirar,
Com vc nua,te cheiro de corpo inteiro sugando o oxigênio de tua pele,
Quando estou com frio a noite,
ME abraço a te de corpo nu pra receber teu calor de teu corpo
me aquecendo e me dando um prazer delicioso.

Foto de Cecília Santos

MUNDO REAL

MUNDO REAL
#
#
#
Que saudades que tenho, dos anos de Outrora.
Quando achava que Deus, morava nas nuvens,
e desenhava pra mim.
Olhar atento, curiosa, esperava.
As figuras se formarem, pra me encantar.
Num piscar de olhos, se desfaziam com o vento.
Outras iam surgiam em seu lugar.
Não tenho mais tempo de olhar os desenhos no céu.
Hoje vejo à minha frente uma dura realidade,
que não se apaga, diante de meus olhos.
O desenhista da atualidade, é implacável, frio, cruel.
Seus desenhos são baseados unicamente,
na INTOLÊRANCIA, no DESCASO, no DESAMOR,
O cenário é a grande metrópole, suas ruas, seus faróis,
seus becos, suas favelas.
Crianças com fome no farol a pedir.
Outros fazendo malabarismo, pra ganhar uns trocados.
Cenas que se repetem todos os dias, todas as horas em
cada farol dessa imensa cidade.
O homem esqueceu o significado da palavra AMOR,
HUMANIDADE, SOLIDARIEDADE, COMPAIXÃO.
Robôs e máquinas, ocupam espaços humanos.
O desamor alojou, ramificou, enraizou se alastrou.
Os sonhos pra muitos, foram desfeitos .
O verde agora é só concreto, e a esperança acabou.

Direitos reservados*
Cecília-SP/04/2007

Foto de Maria Goreti

ONTEM FOI O DIA DO TRABALHO OU DO TRABALHADOR?

.

Se tivesse sido o Dia do Trabalhador
Maria, simplesmente, teria cruzado as pernas,
Não teria feito niente e...
Ainda teria saído para um passeio.

Mas, como foi o Dia do Trabalho...
Ralou, ralou, ralou muito!
Balde com água, vassoura, rodo, sabão,
Lá foi Maria esfregar o chão.

E Maria ralou! Ao tocar o telefone,
Ela não disse hello... Disse: ralôoou!
No chão, no tanque, na cozinha...
Coitada da Maria, que dia! Quanto trabalho!

À noitinha, pobre Maria!
Dores nas pernas, costas e braços...
A coma arrepiada, unhas quebradas,
Olhou-se no espelho... Conteve uma lágrima!

Ah... Ele chegou com fome...
De comida e de amor!
Maria foi pro fogão...
Garfo, colher e faca na mão.

Preparou arroz, farofa e feijão.
Fritou lingüiça de porco...
Pôs a mesa... Ali, mesmo...
Na cozinha.

Acendeu uma vela...
Jantar romântico?
Não... Foi o apagão!
Não pode assistir à televisão!

Ainda no escuro, depois do jantar,
A cozinha, Maria foi arrumar,
Como se não bastasse todo o dia
Que ela passou a ralar.

Uma fungada no cangote,
Uma alisada no traseiro
E... Só love!
Maria estava pronta pra amar!

Ralou Maria...
Na pia, no chão,
Na parede, na cama,
No telefone...

Ralôoooooou!

©Maria Goreti Rocha
Vila Velha/ES - 02/05/07

Foto de Ana Botelho

E AGORA...

E AGORA...

Acostumei as minhas longas mãos
A brincarem felizes entre as suas,
Por que agora estarei contente
Se elas vagueiam desapontadas
Em busca de tudo o que juntei,
Ou que pensei ter conquistado,
Se as vejo vazias, inconsoladas ...

Gastei os meus atenciosos olhos
Mirando e amando amar os seus,
Por que será que hoje nada querem ver,
Nem ao menos possuem o brilho de antes.
As coisas voam e, muito pouco de tudo
Que pensamos ter, fica para nos alegrar
É...agora ninguém atiça os meus desejos...

Será que subir em escadas de mármore
Para derrubar do alto muitas baixelas de ouro ,
Será que quebrar espelhos, vergar espadas,
Despedaçar estátuas e colares de pérolas,
E depois, de ver essas coisas todas no chão,
Pararei para escutar e sair desse torpor,
Recebendo então, um restaurado amor...

O que posso fazer para ter essa tal plenitude,
Se em cada novo ensaio, só encontro o mundo
E se o que busco é sempre o encanto do infinito...
É como se eu habitasse entre exílios e guerras,
Meus amores são extintos, todos eles mortos,
E para consolá-los, mando-lhes agrados em versos,
Mas nem isso os acalma, ficam gravados na minha alma.

Latentes, como os rios que perenemente choram
A ausência dos dias de verão, em que as chuvas fortes
Transbordam os seus leitos e redobram as corredeiras
Num derramar sem fim de opulência e saciado prazer,
Banhando para fertilizar e carregar tantas delícias,
Que ganham vida e matam a fome ao seu derredor,
Mas que são como eu, também sujeitos a mil fases .

ANA BOTELHO 30/02/2007

Foto de Osmar Fernandes

Corrupção (respeite direito autoral)

Corrupção

Não, eu não entendo
Essa corrupção política.
Que estigmatiza a verdade...
E, só enfatiza o dom do poder.
Não, não percebo o pragmatismo dessa facção
Vergonhosa, mentirosa. É de doer.
Corrompe a democracia da Nação.

Quando precisa do voto
Promete acabar com a miséria.
Ao se eleger, usurpa a lei.
Engana o povo, oferecendo-lhe esmola...
Toma-lhe de assalto até o sonho, a fé.
Não! Não são estórias em quadrinhos.
São fatos de corrupção política.

Apenas rouba a consciência do povo.
Não há nada de novo!...
Desse jeito não se cura as mazelas do Brasil.
O brasileiro não agüenta mais, está por um fio...
Sem esperança, matando a fome no lixo.
Vegetando num “oásis” que tem água em abundância.
Mas, morrendo há muito tempo, por falta de ambulância.

Foto de Naja

AMOR QUE TE QUERO AMOR

AMOR QUE TE QUERO AMOR

Amor pode trazer tristezas, lágrimas, e muita dor. Quando perdemos quem amamos, nosso mundo desaba; perdemos o sono, a fome, a angustia nos castiga sem piedade. Ficamos sem rumo, sem norte, sem guia para nos indicar que caminho tomar, o que fazer...Somos arrastados por um turbulhão de sentimentos quem nem mesmo sabemos explicar. É um misto de vazio, de fora do mundo, como se não tivéssemos um lugar. Apenas a dor que dói a todo momento sem nenhum analgésico para aliviar.
Mas como a vida gosta de brincar com nossos destinos, como se fosse lições a ensinar, troca toda a situçaão de repente, sem saber que está nos trazendo a razaõ de viver, alegria de existir e voltar a sonhar com um possivel retorno desse amor, que nos devolverá toda a felicidade que perdemos e tanto lutamos para reconquistar.
O entardecer, a noite não serão mais triste, voltaremos a admirar as estrelas, admirar o luar, sair caminhando na chuva, como a lavar toda a desdita passada e a agua tudo levar. Se duvidar, estaremos a cantarolar na rua. sem que ninguem entanda que a felicidade está no ar, a esperar o novo dia chegar e receber uma palavra de carinho e tudo nos fala de alegria e possibilidade de felicidade suprema.
Por isso sempre digo, mesmo se sofrer por amor, sempre vale esse sofrimento, pois não teremos um coraçao vazio, sem sentimentos, nada mais, e de repente, quem julgavamos nao nos amar, demosntra com certa timidez e medo de de nevo sofrer, que seu amor existe e sempre existiu e a culpa foi nossa insegurança, que deveríamos sepultar e anós mesmas, deixarmos nos amar e acreditar que merecemos esse amor. Esquecer o passado...passou, outra vida vamos recomeçar e quem pode dizer, que essa esperança nos move para trabalhar, escrever e amar o mundo. E ter esperança de novament ser amada com fervor.
naja
Publicado no Recanto das Letras em 31/10/2007
Código do texto: T718400

Foto de carlosmustang

"O SENHOR DAS GUERRAS"

Quero fazer um pacto com Deus
Para nâo mais sofrer!!
Vou juntar as duas palmas
Pra pedir alivìo aqui na terra!
Depois pediremos pela alma

O quê posso dar em troca
Se essa dàdiva conseguir?!
Tenhos muitos acumulos de derrotas
Nâo pedi pra estar aqui!!!

Nâo quero que Deus se ofenda
Por uma possivel presunçâo
Mas o mundo seria melhor
Sem a fome da perdiçâo!!!

Mas enfim< sò penso em mim!>
Nesse momento de sofrimento
Me abrigar nos desejos sim!!!
Serà meu contentamento enfim!

(isso acompanha meu castigo apòs)

Foto de Carmen Vervloet

Lobos Famintos

Lobos Famintos

O grito da fome
Escapa do estômago da periferia...
E soa por vários palácios
Sem eco...
Ensimesmado, Maria,
Trêmula... Doente...
Barriga oca... Roncando... Vazia...
Num semáforo qualquer...
Estende a mão fria
E suplica em nome de Deus,
Uma esmola!...
Trocados para enganar
A fome de seus filhos
Cujo teto é o céu...
A escola é a vida...
E a dor é seu sempre...
Vivendo da sorte, sem norte...
Ludibriando a morte!
Sem futuro... Sem esperança...
O palácio onde mora
Aquele que se fez Rei
Pela mão do povo...
Covil de oportunistas... Alpinistas...
Oferece apenas migalhas...
O pão fermentado com os nossos impostos...
Assado no forno da corrupção...
Nunca sai das mesmas mãos...
Elas o detêm engordando suas contas
Em paraísos fiscais... Devolver jamais!
E gulosos que são, tem um refrão:
Quero mais... Quero mais... Quero mais...
Insaciáveis insanos! Vis macrômanos!
Os palácios unem-se em blocos
De opulentas alegorias
E cegam o povo
Com suas tendenciosas fantasias...
Jogam algumas migalhas
Nas panelas vazias dos pobres
E se fingem nobres!...
Unem-se guardando o mesmo tesouro...
Barras de ouro!...
E se protegem
Na sua desenfreada loucura de poder!...
Não mais vêem a dura realidade
Dos homens da periferia
Dizimados pela ambição,
De quem entregou ao Diabo o coração!...
Mas em algum momento,
No meio de tanta revolta,
Haverá uma reviravolta!
O reverso da medalha!...
A coroa cairá das cabeças dos falsos reis
Que por sua vez, deixarão cair às máscaras...
Mostrando as verdadeiras caras!
E eles se envenenarão com o próprio veneno!
Ou engolirão uns aos outros!
Lobos famintos!...

Carmen Vervloet

Foto de Raiblue

Ecos dos sentidos....

Febre
Fome
Erupção
Império de Eros
Ecos dos sentidos
Domínio do desejo
Sobre a razão
Viagem sem volta
Sobre os trilhos
O amor se derrama
Trilha de prazeres
Clandestinos
Vagões
Explosivos
Trilha sonora
Cheia de ruídos
Gemidos secretos
Verbos explícitos
Línguas que dançam
Num mesmo ritmo
Sobem
Descem
Saem
Entram
Lubrificam...
Lascivas
Devassas
Castigam...
Rasgam as margens
Do tempo
Eternizam o momento
No velho trem
Em movimento...

(Raiblue)

Páginas

Subscrever Fome

anadolu yakası escort

bursa escort görükle escort bayan

bursa escort görükle escort

güvenilir bahis siteleri canlı bahis siteleri kaçak iddaa siteleri kaçak iddaa kaçak bahis siteleri perabet

görükle escort bursa eskort bayanlar bursa eskort bursa vip escort bursa elit escort escort vip escort alanya escort bayan antalya escort bayan bodrum escort

alanya transfer
alanya transfer
bursa kanalizasyon açma