Foco

Foto de Caio Eduardo de Lima

Teu Olhar

Um dia gostaria de explicar
o que sinto quando com voce
não posso estar
Um dia espero entender
se o que sinto
é mais que vontade de a ter

Mas hoje sei que, não é presiso mais sonhar
cada momento a seu lado me faz delirar
e inclusive pensar..
Como não se apaixonar ao admirar
a luz que emana de teu olhar

Na mais escura noite
no mais sujo dos asfaltos
meu onibus passa nos caminhos mais feios
e eu... encantado viajando em sonhos altos
sem parar de rir, sem parar de desejar
que meu amanhã não teria o brilho da manhã
se nesta manhã eu não contemplar...
e sentir, tocar e estar diante
da magia que é teu olhar!

No onibus ou no meu skate eu toco
sinto e vejo meus medos anseios e receios
mas é so lembrar de ti que retorno a meu foco
o que eu seria sem voce sei que não posso entender
e se com voce não puder ficar
jamais iria poder explicar
para voce garota... dona "daquele olhar"

Foto de Melquizedeque

Senhora solidão

Ao olhar as montanhas, respirar a luz do sol... vêm à tona reflexões, multidões de indagações, uma tela de desilusões remanescentes das vãs privações.

Sem se preocupar com o universo a sua volta ela encontra dentro de si símbolos que lhe mostram como entrar cada vez mais em mundo que a ensina a arte do observar. Quem mostrará a ela sua própria imagem refletida nas pedras da lua?

Olhos frios que se deleitam em olhar o espelho da alma, que mudam de foco, mas nunca se desarmam. Cortando o tecido da realidade ela encontra mudanças, vasculha lembranças e sem querer observa aquilo não existe.

Essa vida pueril que se passa, ela analisa fora de sua própria existência. É como paginar um livro velho quase intocável onde re-aparecem os gritos do vazio, que vibram cada molécula de ar em sua volta. Mundo do nada! Mundo dos ensejos!

Ela existe em cada pensamento fértil... Ela é o adubo do seu próprio desprezo. Mastiga palavras e engole respostas. Pupilas que se dilatam no sofrimento e bramam gritos que implode seu ideal de ser. Loucos pensamentos existem em cada sílaba que ela não pronuncia! Seus dentes tornam-se cadeias e prendem uma loucura desesperadora.

Quem é normal? Quem pode ser a norma? Quem já foi o impossível? Tudo o que ela busca é seu próprio mundo, suas próprias leis, seu próprio tudo dentro desse imenso nada!

Sou seu amigo imaginário! Existo em seus símbolos mascarado com umas de suas personas mordazes. Não sou convidado! Entrei nesse “seu mundo” como um vírus... E estou à espera de ser destruído para que você cresça e se fortaleça.

Alguns conhecem seu eu, outros conhecem seu sim... Mas todo o resto admira o seu talvez. Sábio talvez! Tão certo com essa aristocrática incerteza. Continue assim, purificando o mundo dessa degenerescência intelectual. Conte-nos suas certezas brincando com todas essas falácias... Ascenda o fogo e veja essas verdades se transformarem em cinzas!

(Melquizedeque de M. Alemão, 09 de dezembro de 2010)

Foto de Diario de uma bruxa

Apenas um foco... Eu

Eu só quero estar com você
Abraçadinha
Sentir seus braços envoltos
A minha cintura

Poder ficar bem juntinho
Quietinho
Pelo menos um minuto

Sentir seu corpo
Colado ao meu
Sentir seu coração batendo
Junto ao meu
Sentir sua respiração
Como se fosse a minha

Sentir você por inteiro
Corpo alma e pensamento

Fazer-te esquecer de tudo
Deixar-te em ti
Apenas um foco... Eu

Poema as Bruxas

Foto de Gabrielaa

Chove lá fora.

Hoje chove lá fora e eu trancada no meu quarto estou à sua espera.
Estou vazia,espero pelo tocar do telefone,mas é tarde para pensar no que fiz.
Eu te usei mais uma vez,eu te beijei a boca com o mel,eu toquei o seu corpo,eu conheci todos os seus defeitos e falhas e saí da sua vida correndo sem nenhum rastro.
Você impedia o meu adeus,mas já era tarde para explicações.
Pelas ruas interditadas eu vagava correndo esperando por respostas.
E você sentado continuara a se lamentar.
Eu tentava me recordar e as memórias me vieram a cabeça.
Eu sei,eu apelei para isso acontecer,mas o seu amor foi insuficiente para mim quando eu perdida me encontrava.
Você desapareceu e agora eu quero um foco de luz e talvez um dia quem saiba te amar novamente.
Continuo pelas ruas escuras da cidade e sem saber para aonde ir,para aonde correr tento voltar para você.
Olho para a janela aberta e vejo acesa a luz do seu apartamento e tento subir,mas quando chego lá, você não me quer mais.
E agora chove lá fora e eu continuo trancada no meu quarto a espera de um telefonema seu sabendo que não vai tocar.

Foto de P.H.Rodrigues

Reflexão

Bom, não sei como devo classificar isso, mais creio que todos que realmente gostam de escrevem, sabem o que eu quero dizer, daquela sensação de aperto, que não se cessa até que suas palavras sejam escritas, até que seus pensamentos sejam expostos, até que tudo seja colocado pra fora e sua alma seja limpada.
É como eu posso dizer, inevitável sabe? começa a fluir, sem se perceber, quando se da conta já não se trata só de você o seu corpo todo esta a se mover, formando frases através de letras que se unem e formam sílabas que dão significados a textos que as vezes são usados pra refletir, outras pra fazer rir, mas que a intenção foi a mesmo, escreve pra que alguém possa ouvir, ouvir porque se escreve com vontade e se entendido, com vontade de que alguém leia, e as vezes perdemos o foco, não sabemos mais o que escrever, e assim vamos dando fim a nossas criações, as vezes muito significativas, outras nem tanto, mas que para nós sempre vai representar algo mesmo que sejam incompreendidas.
Nos deixamos levar por sensações, emoções do momento, que estão guardadas do lado de dentro, e que fluem com a menos das influencias. Não sei mais o que dizer, acho que vou terminar com um ... porque você não tenta escrever?

Foto de Jessik Vlinder

MAIS UMA NOITE SEM VOCÊ

Hoje a noite, mais uma vez, vou me tocar pensando em você...

Sentirei tua respiração quente próxima a minha nuca
Tuas mãos passeando por baixo de minhas poucas vestes
Procurando curvas íntimas em recantos escondidos

Sentirei tua boca molhada invadindo meus lábios
Descendo pelo meu corpo, deixando um rastro úmido de desejo
Lambendo meus seios e mordendo meus mamilos
Deixando-os eriçados de prazer(parece que foram moldados para tua boca!)

Ainda declinando em meu corpo, passas pela minha barriga quase ser perceber
Pois teu foco está embaixo, onde meus olhos não podem enxergar
Passas tua língua ardente no botão que me desperta gemidos loucos
Inunda tudo em volta com tua saliva, parece estar beijando minha boca
Percorre cada parte, cada dobra, cada sobra de meu sexo
Originando nessa coreografia uma mistura de sabores
Não sei mais o que é meu gozo nem o que é tua saliva

Sentirei teu membro duro tentando me perfurar por cima dos lençóis
Forçando-me contra a cama, não exitando em se exibir com tal volume
E por fim, quando eu cedo aos meus desejos
De ter o máximo de ti enterrado sobre mim
De sentir tua penetração findando minhas orgias
E instituindo novas levianas sacanagens
Me depravo contigo sobre minha cama macia
Pronunciando nomes feios e versos inacabados
Deleitando-nos do nosso sexo, em nossos orgasmos
Me despeço fechando os olhos e dormindo molhada!

Jessik Vlinder

Foto de Li galrao guelli

Posicionamento na vida...

Somos felizes a medida que somos capazes de mudar o foco de nossos pensamentos e observações em relação ao próximo e a nós mesmos observando o melhor intrínseco do ser. Li Galrão Guelli

Foto de Carmen Vervloet

Rostos que Falam

Em silêncio vivo, fala o corpo...
Uma mão agitada, um sorriso morto
fala o que a boca não diz...
Medo, dor, angústia ou saborosa felicidade
nas esquinas, vielas, mansões ou bares da cidade!
O âmago expressado no rosto
deixa o sentimento exposto!
A índole revela-se humilde, alegre, bondosa
com perfume de rosa
ou arrogante, torturadora, mafiosa
carqueja amargosa, planta espinhosa...
Rostos que tocam
como o do Papa João Paulo Segundo
um rosto humilde, sorriso amoroso,
um olhar doce e profundo...
Mas os que me tocam mais no fundo
são rostos de crianças, enjeitadas, nas ruas
com seus gritos mudos, expressões tão suas...
E o eco destes gritos que se perde
aos ouvidos surdos...
O inquiridor olhar à crueldade do mundo!
Outros rostos assustam pela indiferença
rostos duros, frios, estigma do caráter hediondo
ferozes marimbondos
cegos para a dor dos que estão à sua frente
de egoísmo, doentes... lentes sem grau!
Foco... apenas o próximo degrau...
Insensíveis às mazelas e procelas,
sentimentos embotados,
interesses próprios escancarados...

Os rostos são esculturas vivas!
As mais reais e precisas
talhadas pelas almas que os animam
avaliadas pelos corações que os examinam...
Os rostos falam... E como falam...
Basta olhar para o rosto dos enamorados!

Carmen Vervloet

Foto de Graciele Gessner

O Despertador da Vida. (Graciele_Gessner)

Para: Alguém que me despertou!

Você deve estar se perguntando, quem me mandou esta carta? Pois bem, leia até o fim.

Não te conhecia, esbarrávamos pela casualidade ou por mera coincidência dos horários que permitia ficarmos frente a frente. Por fim, você tomou coragem e falou do seu interesse por mim. Fiquei surpresa e assustada! Tenho receio dos homens “corajosos” demais. Um ano você insistiu, um ano tentando chegar perto de mim.

Admito, jamais consegui confiar em suas verdadeiras intenções. Nunca aceitei seus convites para sair. Por isso levamos tanto tempo para uma aproximação. Sabe? Foi melhor assim, não era para acontecer antes.

Palavras e mais palavras, este é o meu mundo imaginário, escrevo tudo que vem a mente. Desta vez, tento escrever esta carta - já sinto dificuldade, porque preciso manter a realidade em cada letra escrita (digitada), não posso fugir do foco principal, nós.

Eu fugia de você, evitava-o. Mudei muitas vezes os meus trajetos, percorri novos caminhos. Tentei de todas as formas, mas você sempre conseguia me cercar. Adiantou tomar estas precauções? Não!

Até que um dia, uma fatalidade abalou todas as estruturas da minha vida. Lá estava você me socorrendo, aceitasse a missão quase impossível. A partir dali, te conheci. Conheci a pessoa humanitária e incrível.

Depois de uma semana, aceitei sair contigo. Sol, calor, verão! Uma aventura, sem noção da perigosa armadilha. Mas para eu me envolver preciso além da atração, preciso de sentimentos. Resumindo, eu estava encantada por ti, mesmo que você tenha me dado o alerta geral “não se apaixone por mim”.

Ainda bem que o encanto logo se quebrou. Você foi um cristal fino e frágil que se estilhaçou pelo chão. Tentei te socorrer da queda e acabei me ferindo. Você estava em muitos pedaços, revelando a sua verdadeira face.

A partir dali, mudei a minha visão sobre você. Aprendi que preciso ser menos emoção e mais fria com as minhas ações. Não posso ser muito carinhosa, porque posso me apaixonar. Não quero me envolver se você não pode sentir o mesmo por mim. É medo? Não! Uma forma segura e não dolorida para quem não deseja se envolver.

Obrigada, por ter me despertado para a vida!

Sou aquela que aprendeu a dizer não friamente, lembrou de mim?!

10.03.2010

Escrito por Graciele Gessner.

*Se copiar, favor mencionar a devida autoria. Obrigada!

Foto de Lou Poulit

UM INCENTIVO À REFLEXÃO DE TODOS OS PROSADORES TÍMIDOS

Continuando uma conversa, esquecida noutro lugar...

Dei-me conta de um outro conceito integrante do curso, que também tem tudo a ver com essa reflexão sobre os nossos personagens na vida. E avança sobre fazer arte, sobre percorrer um trajeto evolutivo, lucidamente. O que inclui escrever prosa (a arte da palavra fluída) de modo mais artisticamente pretensioso, e não exatamente presunçoso...

Depois de entrar no ateliê, com a coragem e a desenvoltura de quem entrasse no castelo de Drácula, e tentar compreender alguma coisa da parafernália que havia ali, que equivalia a uma avalanche de informações visuais e olfativas nem sempre esperada, pinturas e esculturas por toda a parte, rascunhos espalhados como que por alguma ventania, uma infinidade de miudezas, coisas difíceis de imaginar e fáceis de fazer perguntar "pra que serve isso?"... O aluno iniciante dizia, como se ainda procurasse reencaixar a própria língua: eu não sei desenhar nada, sou uma negação, um zero à esquerda, nem sei direito o que estou fazendo aqui...

Eu tentava ser simpático, e sorria sem caninos, para provar que não era o Drácula. Depois pedia ao rapaz espinhento (convenhamos que o fosse neste momento) que desenhasse aquilo que melhor soubesse desenhar, entregando-lhe uma prancha em formato A2 e um lápis. A velha senhora (agora convenhamos assim) procurava uma mesa como se houvesse esquecido a sua bússula, e a muito custo conseguia fazer a maior flor que já fizera, de uns 15 cm numa prancha daquele tamanhão, e muito distante do centro da prancha. Claro, eu não conseguia evitar de interromper, se deixasse ela passaria a tarde toda ali improdutivamente. Aquele desenho já era o bastante para que eu pudesse explicar o que pretendia.

O executivo que arrancara o paletó e a gravata para a primeira aula, depois do expediente, com a gana de quem subiria num ringue para enfrentar um Mike Tison no maior barato e cheio de sangue no álcool, olhava pra mim, a interrompê-lo, como quem implorasse deixá-lo continuar! Queria mostrar talvez que eu deveria investir nele, que estava disposto a tudo, e que ele estava ali para que eu fizesse com ele o que bem quisesse. E eu finalmente explicava: não é necessário, já vi que você pode fazer. Me diga, quantas vezes você estima que já tenha desenhado esse mesmo Homem-Aranha que acabou de rascunhar?... Ah, não contei, mestre... Claro que não, mas talvez possa fazer uma estimativa, em ordem de grandeza. Uma vez? Uma dezena? Uma centena? Mil vezes?...

O velhote, com jeitão de militar reformado, pôs a mão no queixo. Mas em vez de estar fazendo alguma conta para responder, na verdade tentava avaliar (com a astúcia que custa tantos cabelos brancos) que imagem a sua resposta produziria, na cabeça do jovem mestre. Afastou as pernas uma da outra e naquele momento eu pensei que ele pretendia bater continência para mim, mas não, aquilo era um código comportamental. Sempre fui antimilitarista, mas procurei entender o seu personagem íntimo. Afinal, ele resolveu arriscar: Mais para mil vezes... Alguém poderia acreditar nisso – perguntei a mim mesmo? Se o velhote houvesse desenhado Marilyn Monroe, vá lá que fosse. Ou a bandeira do Brasil, um obuz, uma bomba atômica, ao menos um pequeno porém honroso canivete suíço!... Mas não. Um militar que estimava ter desenhado quase mil vezes o Papa-Léguas – antigo personagem de quadrinhos e desenhos de televisão – ou tinha algum grave desvio (talvez culpa do canivete) ou estava construindo naquele momento um personagem específico para a sua insegurança, o que mais convinha deduzir. Antes que ele dissesse “Bip-bip” e tentasse correr pelo ateliê, eu tratei de prosseguir com a minha aula.

Mas qualquer que fosse o aluno, eu pedia então que sentasse nas almofadas que ficavam pelos cantos do espaço, e em seguida me sentava no chão, sem almofada. E perguntava: você já ouviu falar no Maurício de Souza, o “pai” da Mônica?... Sim, das revistas... Isso mesmo. Sabe que ele é capaz de desenhar a Mônica (mas talvez não outro dos vários personagens que assina) de olhos vendados?... O aluno tentava refletir, mas eu não esperava pela resposta. Garanto a você que ele faz isso. Sabe por que?... Acho que não, assim de surpres... Por um motivo muito simples e óbvio: ele já fez tantos desenhos semelhantes, que não precisa mais se preocupar em construir nenhuma imagem do desenhista que ele é. Muito menos com o desenho que vai fazer.

Eu não estou pretendendo estabelecer nenhuma comparação com a sua pessoa, mas somente adiantando para você uma espécie de chave para quase todas as perguntas inerentes a aprendizados. Você pode achar até que é um zero à esquerda, quer diga isso ou não. Não é. Mas a sua memória técnica é. E essa seria a principal razão de você achar que não sabe desenhar, ou não ser capaz de ver-se como artista. Todo mundo nasce com alguma sensibilidade, percepção para o belo, capacidade de fazer associações psíquicas, afetivas, emocionais e tal. Isso tudo é inato, intrínseco à natureza humana. Contudo para transpor o que está dentro de você (imaterial) para fora, de modo que outros, além de você próprio, possam compreender através de alguma sensorialidade, é preciso usar um meio físico, também chamado de veículo. Para fazer essa materialização você terá que lançar mão de uma técnica, e a técnica não é inata (salvo em raros casos).

Essa é razão mais elementar pela qual está me pagando. Mas eu não fabrico desenhistas. Apenas, com base na minha própria experiência e na minha memória técnica, vou traçar um atalho para você chegar ao que definiu como suas preferências, na nossa conversa inicial. Bastará que você faça apenas algumas coisas simples, mas que podem exigir alguma disciplina: que não faça os exercícios como faria um robô, que preste atenção com intuito de memorizar o que vou lhe dizer (como se fôsse um robô!) e que não jogue fora nem mesmo o pior dos seus resultados, pelo menos até que termine o curso. Os seus resultados de exercício, em ordem cronológica ou pelo menos lógica, por mais que pareça entulhar a sua vida, serão como os frames de um filme que só existe na sua memória, e que serve para estruturar a sua memória sensorial. Será a mais eficiente forma de avaliar o processo de aprendizado, e poderá estar sempre disponível para reavaliações.

Sua verdadeira obra, será construir um arcabouço de informações técnicas. Muito naturalmente e sem começar pelo fim ou pelo meio, você irá armazenando o conjunto da sua sensorialidade ao exercitar. Não irá memorizar tão somente o desenho em si, mas a interação entre os materiais, os sons, o cheiro, a impressão tátil de manusear e pressionar, enfim, tudo será memorizado, e a partir de certo ponto, além de saber, você estará compreendendo o que faz. Contudo, não tem que esperar o fim do curso para estabelecer uma relação mais madura consigo próprio, enquanto artista. Poderá começar a amadurecer (e reorientar) desde logo o seu foco preferencial, a sua linguagem e estilo próprios, seus conceitos e o seu próprio personagem de artista...

Isso mesmo, o artista, seja pintor, músico ou escritor, tem um personagem próprio. Para as pessoas que só podem conhecer a sua arte a partir do veículo e não a sua pessoa, será inevitável eleger atributos para agregar referencialmente ao seu nome, ou para humanizar o seu nome, e torná-lo mais compreensível. As pessoas “tocam” o produto artístico como se tocassem a pessoa do artista subconscientemente. Por isso, se você não quiser criar lucidamente o seu personagem e torná-lo compreensível para eles, os admiradores da sua arte o farão instintivamente e você só saberá depois, ou talvez passe pela vida sem saber como é visto, ou pior ainda, imaginando o que não corresponda nem de longe à realidade.

Não importa muito a linguagem artística que se escolhe. O processo evolutivo é muito semelhante. E todo aquele que reluta em mostrar seu trabalho e predispor-se a um julgamento que não se submete ao seu próprio, apenas retarda a sua própria evolução.

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