Filhos

Foto de Dirceu Marcelino

ENIGMA DAS ROSAS

Das flores sói a rainha, a mais bela das rosas.
Nasces em quaisquer lugares. Em belo jardim.
Na vida sói Mãe e mulheres maravilhosas
Dão luz a muitas vidas, nos lábios têm carmim!

Nos olhos o reflexo d’almas mui esplendorosas,
Nos seios lacto que transmites de si a mim,
O mel dos desejos e as forças poderosas
Dos filhos que geramos em ti. Nasce anjo serafim,

Alguns se desenvolvem de forma gloriosa.
Sucumbem outros na busca do poder sem fim
E nessa luta inexplicável e tormentosa

Muitos são esquecidos pelas ruas enfim.
“Ninas”, Meninos a procura de caridosas
Musas, como sóis. Ó Rosas deste jardim.

Foto de ivaneti

Filhos da Terra

Os Filhos da Terra

A noite agarrada ao travesseiro adormeceu chorando!
A terra ouviu o grito de dor no coração da floresta
O dia veio raiando trazendo na cara o sorriso dos pássaros
Enquanto a chuva se escondia atrás de uma nova vida.

Nas matas apenas gemidos de um velho calejado carregando seu cajado
A perversidade dos homens a cada dia aumenta mais na tua ira contra os rios
Matando em teu leito o que mais lhe dá vida! Que vida sentida!
É o fim das nascente com tanto desmatamento sem fim, não faz sentido!

Na terra a raça humana disputa espaço com a raça animal!
Sem saber qual delas é a irracional, não vê o presente!
Muito menos o futuro, mata sem saber que esta se matando!
Não tem endereço nem fonte de saber só o instinto animal

È sábio muitas vezes mais lhe falta a única sabedoria que é viver
O aprendizado não lhe chega a alma, conseguiu chegar a lua
Mais não atravessou o arco íris para saber que um dia seca tudo!
Não teremos água natural e a artificial ainda não foi inventada!

È assim o fim de tudo, de um homem que nasceu para ser o rei
Pai da inteligência! e só conseguiu acabar com a natureza!

Foto de Rafael .R. Cardoso

Para que serve?

Para que serve os pais sem os filhos?
Para que serve o chão sem as pernas?
Para que serve a peteca sem as mãos?
Para que serve o amor sem a pessoa amada?
Para que sirvo sem você?

OBS: Amor: Dádiva de DEUS
Querer: Capricho dos homens
Saber: Curiosidade desnecessária
Eu: Criado para amar você.

originado por: Rafael .R. Cardoso.

dedicado a: Tatiana minha musa inspiradora

Foto de Osmar Fernandes

De bem com a vida

Hoje fiz uma retrospectiva da minha vida.
Entrei no meu passado sem medo, sem pedir licença...
Descobri que foi nos momentos mais simples que fui feliz.
Percebi que Deus sempre marcou presença.
Senti muita falta de pessoas queridas que já foram morar no céu.
Senti alegria porque só me deixaram recordações maravilhosas.
Meu passado não ficou esquecido, nem ao léu.
Reencontrei-me com as minhas rimas e prosas...
Hoje percebo que aquele presente alcançou o almejado futuro.
Estou de bem com a vida, eu juro!
Plantei árvores, escrevi livros e tenho adoráveis filhos.
Também conquistei o sonho dos meus sonhos - meu amor.
O ontem foi o presente que o futuro virou saudade.
O hoje é o presente de sonhos futuros.
O amanhã é o sonho de dias melhores.
Assim vou levando a vida...
Acreditando, lutando e feliz.
Só posso agradecer a todos que fizeram e fazem parte do meu memorial.
Afinal, não teria graça nehuma se eu não tivesse essa história.
A felicidade sempre veio calma, na plenitude normal.
Hoje estou feliz, estou de bem com a vida.
Obrigado meu Deus por tudo que fez e faz por mim.

Foto de Sonia Dias de Freitas

LAR COM MUITO AMOR

Nasci em uma casa, com portas e janelas brancas...
Mamãe e papai trabalhavam muito...
Mas sempre com tempo para nós...
Lembro-me do padre Quirano...
Era o padre da igreja do bairro...
Sempre fui muito feliz...
Nunca soube o que era desamor em família...

Cresci e conheci a hipocrisia...
A falsidade entre seres humanos...
Mas meu caráter já formado... Nunca mudei meu jeito de ser...
Afinal caráter se trás de berço...
Hoje já madura ensinei meus filhos tudo que aprendi...
E acho... Que me sai muito bem...
Hoje os vejo, passarem para meus netos...
Tudo que aprenderam, seus valores...
Aprenderam que acima de tudo, prevalece o AMOR.

SoniaDias

Foto de psicomelissa

bolsa feminina ...

BOLSA FEMININA E SEUS MISTÉRIOS

As mulheres têm a fama de carregarem consigo quase tudo, dentro de sua bolsa, como se fosse aquela mala do “gato Felix”. Essa observação foi feita pelo Sr. Café a Duda sua estimada amiga.

Vejam:

Da onde vem esta fama não tem como eu comprovar, porém observamos que quando são jovens e inconseqüentes as moças carregam consigo, celular, maquiagem, chave de casa, documentos e uns trocados para possíveis necessidades (faixa de 12 – 17 anos).

No entanto já as moças de 18 anos, carregam consigo além do que as adolescentes colocam em suas bolsas, carteira de motorista e tem cartões de credito e talvez proteção caso conheça ou acabe saindo com um cara bacana e interessante, sem esquecer jamais do halls preto e / ou chiclete de hortelã para sempre estar pronta para laçar um rapaz.

Depois dos 20 anos as mulheres começam a financeiramente terem mais estabilidade, o que não facilita sua vida quanto o que devem ou não carregar consigo em sua bolsa. Além do que as adolescentes e as moças de 18 anos, as mulheres de 20 anos, em geral têm junto de si, lápis ou caneta, papel para possível troca de telefones, escova de dentes - pasta e sabonete (nunca se sabe), uma maquiagem de noite caso apareça um programa de última hora, perfume, tudo o que for necessário para se tornar uma mulher fatal (repentinamente).

A mulher de 30 anos, caso está mulher seja solteira, terá em sua bolsa, tudo o que foi descrito acima além de cigarro, uma possível troca de lingerie, e se for uma mulher independente e ousada provavelmente terá consigo um livro que esteja lendo no momento, por que provavelmente abomina perder tempo, ou seja, ficar de bobeira, um mp3 – radio óculos escuros, caso seja imprescindível dormir fora de casa.

Depois dos 40 anos, as mulheres se tornam mais praticas e objetivas e sem duvida mais intolerante, ou as coisas funcionam como espera e/ ou deseja ou nada feito.

Uma pequena observação, se a mulher for mãe, pode acrescentar possíveis objetos que seu (s) filhos venham a precisar, se está mulher já faz uso dos seus instintos maternos ela provavelmente carregue consigo objetos que sejam fundamentais para seu filho, como pequenos brinquedos, troca de roupa, agasalho, alimentação (depende da faixa etária que tenha seu filhote), alguns remédios como ASS, tilenol e afins.

Foto de psicomelissa

oh vida ...

CRITICAR OS OUTROS PARECE UM VÍCIO

Hoje ao ligar os noticiários poderão ver violência, crimes, e infelizmente temos também sempre alguém querendo sair como “vencedor”sobre outro. Como os antigos diriam: sempre tem uma pessoa querendo passar a perna em alguém.

Ora porque um conseguiu a promoção tão almejada, ora porque falar mal da vida alheia é algo prazeroso, vemos que existe um habito muito inadequado como zelar da vida alheia.

Isso deixa Maria Eduarda profundamente irritada principalmente se acaba sendo alvo de pessoas como as que foram descritas acima. Que Duda classifica como pessoas desocupadas e que sua vida é tão sem graça, que para que a vida venha a ter sentido e / ou significado se faz necessário cuidar da vida do outro.

Sendo assim a vida destes ditos “fofoqueiros de plantão” consiste pura e simplesmente em cuidar do que o outro faz ou deixa de fazer, e depois ainda ter a audácia de opinar sobre a vida que não é a sua (e nem de seus filhos) dizendo:

- só falo isso porque quero o seu bem...

Mas o que torna essas pessoas intoleráveis e insuportáveis, além de deixar Maria Eduarda muito aborrecida é indignada com como tem gente que consegue passar ávida não fazendo nada de produtivo.

Curioso que estes palpiteiros e desocupados não constroem nada na vida e o pouco de alegria e realização que possuem é as custas da tortura psíquica numa outra pessoa que está quieta na dela.

Sr. Café e Duda parecem que possuem o dom ou têm um imã, pois estes malas sempre gostam de cuidar da vida deles, interessante porque são pessoas que ficam se intrometendo na vida destes amigos.

Estas pessoas possuem um prazer descomunal de comentar e se meter na vida destes amigos. Isso tudo por conta da inveja, e este habito de maldizer a pessoas.

Foto de Lou Poulit

LASO, Cia. de Dança Contemporânea

UMA EXPERIÊNCIA LINDA

O bailarino/coreógrafo/ator/professor CARLOS LAERTE, seus intérpretes e assessores, foram uma das mais felizes surpresas da minha vida.

Estava expondo minhas pinturas no Corredor Cultural do Largo da Carioca. Derrepente chegam um mulatinho e uma mulher, ambos lá pelos trinta. Perguntam quanto tempo eu levava para pintar uma daquelas telas (série Bailarinos Elementais). Descrente, respondo que dependia do grau de elaboração, uma hora... um dia... Eles se entreolham e depois o mulatinho pergunta se me interessava por apresentar meu trabalho num espetáculo de dança contemporânea e quanto cobraria. Confesso: além de não acreditar, na hora também não entendi. Nunca soube que espetáculos de dança apresentassem pintores trabalhando ao vivo!

Acertamos cachê, marcamos data e hora. Me pegariam de van em Copacabana, onde tinha ateliê, e estaria embarcando para Campos, cidade aqui do estado conhecida pelas muquecas e peixadas, onde faríamos uma apresentação no dia seguinte. Só acreditei quando a van chegou, trazendo uma penca de bailarinas tímidas e a tal mulher, que parecia saber todas as respostas mas não era a deusa. O deus era o tal mulatinho, bem quetinho no canto dele.

Pois bem, a gente nasce com dois olhos e ainda assim é muito pouco. Íamos fazer um ensaio técnico de véspera e estava prestes a conhecer um trabalho artístico maravilhoso, seríssimo e cativante. Fizemos aquela apresentação no Teatro Municipal de Campos, depois fui novamente convidado e fizemos outras, no Espaço Sérgio Porto, no Centro Coreográfico da Tijuca... A cada dia tinha a impressão de reencontrar uma aura registrada no meu sangue e da qual não me lembrava mais. Explico para que entendam: minha avó paterna, Nair Pereira, fora bailarina no tempo do teatro de revistas. E dessa história só restava, até há pouco tempo, a madrinha de batismo de meu pai, hoje falecida, Henriqueta Brieba. Também pelo lado paterno, meu bisavô que não conheci em vida, Antônio "Paca" Oliveira, fora homem de circo: o maluco (me perdoe o linguajar moderno) foi o primeiro homem-bala do Brasil, num tempo em que se fazia isso para matar a fome. Só podia ser! E sem seguro?! Em troca de meia-dúzia de cobres e o aplauso de meia-dúzia.

Na hora da apresentação ficava pintando no palco e de costas para o balé, mas durante os ensaios aquela gente me impressionava. Assim descobri o talento inequívoco do coreógrafo Carlos Laerte, a sua memória fantástica de um trabalho artístico que usa vários recursos simultaneamente, e ainda tem registrados todos os pequenos erros das últimas apresentações para que não se repitam. Até eu, que estava ali assim, como vira-lata caído do caminhão, também mereci uma crítica para melhorar o desempenho!

Os intérpretes estimulavam a minha adimiração. Carol, Simone, Yara, Bianca e Rodolfo, o espírito da arte habita, com certeza, todos eles. Não se pode compreender aquela gente de outra forma. Repetem infinitas vezes seus movimentos, perseguindo pequenas eficiências. Tornam-se íntimos do cançasso e, não é exagero dizer, da dor física. Controlam o próprio ego para que o coreógrafo corrija a interpretação de outro bailarino, já que precisam estar sincronizados, e isso é uma espécie de ginástica psíquica. Outra deve ser a nacessidade de por temporariamente na gaveta os problemas de casa, filhos, maridos/namorados, para não perder a concentração.

E tudo em troca de cerca de cinqüenta minutos. Esse é o seu tempo. O tempo em que os intérpretes são os senhores do momento, da luz que explode em seus corpos húmidos, da linguagem do movimento, do ritmo do qual nem o cosmo pode prescindir, enfim, da emoção que paira sobre e em todos, profissionais e expectadores, como uma hóstia artística que paira sobre o cálice do sacrifício e da adoração. Nessa hora a arte é a deusa e o espetáculo me parece uma grande comunhão, porque nos faz comuns uns aos outros, porque amamos isso e nos oferecemos para construir e transmitir a emoção. Incrível isso, eles constróem sua arte complexa em muitas horas de dureza. Ao final é como o velho exercício de imagens feitas de areia colorida nos mosteiros do Tibet, como alusão à transitoriedade da vida humana: o mestre passa a mão na imagem pronta, perde o momento, e nos liberta dela para que possamos recomeçar, com o mesmo amor, a reconstrução do nosso próximo momento. Uma pintura minha pode ser feita por dias consecutivos e depois guardar aquela emoção por décadas, talvez um século. Por isso me parece tão menor do que a arte que esse pessoal faz.

O espetáculo "Caminhos" fala exatamente disso: reconstruir sempre. Recomendaria aos expectadores de primeira viagem que se vistam condignamente. Aos homens que não deixem de fazer a barba e se pentear. Às mulheres que não usem saias demasiadamente curtas, pintem-se com sabedoria, cuidem do andar e do falar. Porque talvez estejam indo na direção de um grande e insuspeito amor. Se em minhas palavras houver poesia, não há mentira. No meu caso particular, como no de muitos outros, esse amor atravessou várias gerações".

Foto de Paulo Gondim

A fila do leite

A FILA DO LEITE
(Paulo Gondim)

Num sonho, vi pobres mulheres
Com surradas sacolas de supermercados.
Sacolas plásticas e pequenas,
Porque pequenas também eram suas poucas compras.

Enfileiravam-se de forma sinuosa,
Olhares “compridos” por sobre os ombros das outras,
Como se esperassem um pequeno milagre.
Milagre este que se resumia em dois saquinhos de leite.

Vinham tristes, caladas e de semblante fechado,
Como se fecharam também seus corações
Pela brutalidade de maridos pobres,
Que lhes geraram muitos filhos (ainda mais pobres).

E saíam da mesma maneira que chegavam...
Sem um sorriso, com a roupa humilde, o olhar perdido;
A esperança desfeita, os sonhos castrados
De pessoas que pouco têm e tudo lhes faltam.

E no sonho eu via suas dores diárias,
A rotina de fome, o ciclo de miséria.
E voltavam na mesma fila do pequeno milagre.
Olhavam-se caladas e saíam caladas
Prá viverem mais um dia de escassez,
Que a injusta pobreza lhes reservara.

E do sonho acordei e me assustei,
Quando vi, do outro lado da rua,
A mesma fila de mulheres sofridas,
Mal alimentadas e mal vestidas
Com suas pequenas sacolas de supermercado
(Aquelas que pensava só existirem nos sonhos)
E pegavam um litro de leite quase mendigado.

Foto de Antonio Marcos Dias Alves

UM DIA VOLTAREI, E UM DIA ESTAREI NO SEU AMOR

Um dia eu volto nao sei quando ainda, mas sentirei saudades de todas as conversas jogadas fora, as descobertas que fizemos, dos sonhos que tivemos, dos tantos risos e momentos que compartilhamos, até dos momentos de lágrima, da angústia, dos nossos problemas, enfim...do companheirismo vivido. Sempre pensei que as amizades continuassem para sempre, mas hoje não tenho mais tanta certeza disso. Em breve cada um vai pra seu lado, segue a sua vida, talvez continuemos a nos encontrar quem sabe..nos e-mails trocados ou msn. Podemos nos telefonar conversar algumas bobagens...Aí os dias vão passar, meses...anos...até este contato tornar-se cada vez mais raro. Vamos nos perder no tempo... Um dia nossos filhos verão aquelas fotografias e perguntarão? Quem são aquelas pessoas? Diremos...Que eram nossos amigos. E..isso vai doer tanto!
Foram meus amigos, foi com eles que vivi os melhores anos de minha vida! Então é preciso cultivar a amizade dia a dia, mas vou sim infelizmente vou, a vida nos proporciona poucos momentos de alegrias e esses pouco tempo sempre devemos o cultiva-los e com vc frases e palavras foram ditas e explicas ao amor, ao carinho, mas aqui fico aqui termino e um dia voltarei expressando o motivos dessas palavras no amor que inclui em nossos corações!!!.

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