Felizes

Foto de Carmen Lúcia

Novos tempos

A tempestade passou...
Porém as marcas ficaram...
Retalhos, ocupando espaços,
Demarcando territórios vazios,
Não ancorados no cais,
Fáceis de se carregar...

Árvores secas apelam às raízes
Seiva para recomeçar.
O retorno da paz...tempos felizes...
Folhas caídas entopem bueiros,
Danificam canteiros...
Bloqueiam calhas, produzem goteiras,
Impedem passagens, emoções verdadeiras,
Que lutam por se libertar
E de novo contagiar
Almas doentias, realidade de estações sombrias...

Passou a tempestade, ficou o temor...
Abalando a fé, ironizando a dor,
Desestabilizando a eterna verdade
Provando que tudo muda, transmuta,
E nada se conclui;verdade não é única.

É preciso um recomeço,
Partir a cada dia, rumo à harmonia...
Vencer a tempestade, sonhar felicidade.
Almas sobreviventes, carentes
De luz e calor, de amor...
Emergentes do naufrágio da vida,
Pedintes de afeto, de acolhida,
A olhar para o céu, comovidas,
Na esperança da ave a anunciar
O fim do dilúvio...
E novos tempos a recomeçar!

(Carmen Lúcia)

Foto de ANACAROLINALOIRAMAR

SER FELIZ



♣.."SER FELIZ!"..

Ser feliz, é estarmos em primeiro lugar de bem com nós mesmo.
É acordar e ver um belo dia de sol.
É ver um sorriso de uma criança.
E não reclamar das lutas, mas sim ter coragem de enfrentá-las.

Ser feliz é traçar um objeto para nossas vidas,
Não ficar se queixando e procurar a solução para não ter queixa.
Aprender amar ao próximo, e ajudando-o sempre que preciso,
Sem ficar esperando que haja recompensa.

Ser feliz é aprender defender nossas idéia e metas,
Não permitir que alguém nos humilhe, temos que sermos nós!
Ser feliz é saber ganhar e perder...na vida temos altos e baixos.
Mas nem por isso vamos desistir.

Ser feliz é aproveitar tudo e todas as oportunidades
Que a vida nos oferece.
Ser feliz e chorar e sorrir.
Fazer o bem seja a quem for.

Ser feliz é ter um grande amor,
Para nos dar a veracidade de um leão
Para a vida.
Para sermos felizes, não precisamos de dinheiro
a felicidade não se compra, se conquista.

Ser feliz é não passar por cima de ninguém,
E estar ao lado de alguém.
Ser feliz é a gloria de a estarmos vivos.

*-*Anna ( A FLOR DE LIS)

Foto de Sirlei Passolongo

Alma e carne

Quem dera
a dor da espera
Se transformasse
em sorriso
A saudade
fosse levada
A cada tic-tac
do relógio
As horas
fossem felizes
E não eternos
gemidos...
O sonho fosse real
Unindo
alma e carne
a boca
salivasse o néctar
e não o gosto do sal.

(Sirlei L. Passolongo)

Direitos Reservados a Autora

Foto de ANACAROLINALOIRAMAR

VIAGEM AO DESCONHECIDO




Acabo de vir de uma longa viagem,
Viagem que não sonhei, nem pedi
Nem planejei fazê-la.
Quando vi, já estava eu nesta estranha viagem.

Um lugar sem nome, sem cor, sem vida
Sem os raios de sol, sem o brilho do luar
Sem ninguém.
Em minha volta, só o estranho o diferente.

Uma viagem que parecia não ter fim
Onde eu gritava e não se ouvia ecos.
Onde eu chamava por socorro, ´
e ninguém a me ouvir

Porém eu sim ouvia o suplico de
Uma voz me chamando para voltar,
Aquilo me angustiava,
Porque também era forte
Minha necessidade que alguém
Ouvisse minha voz

O mais estranho desta viagem
É que vi flash is da minha vida.
Cheguei ver o momento em que
Nasci, fui vendo pouco a pouco
Etapas da vida que um dia vivi,
Como se fosse um filme.

DERREPENTE...

Vi uma luz em minha direção,
Peguei-me acordada em um leito
Sem entender o porquê de estar ali,
Parecia que tinha saído de um pesadelo,
Mas era a pura realidade.
Mas mesmo assim foi uma das melhores
Sensações já vividas,
Como se eu estivesse nascendo mais uma vez.

Quando olhei para o lado
vi pessoas que me esperavam ansiosamente
Desta viagem.
Assim como eu, pessoas ao meu redor
Felizes, eufóricas... Parecia uma festa minha volta.

Cheguei a uma conclusão:
Fui para um lugar desconhecido
Onde muitos foram, ...muitos...
Não foram,... E muitos irão.

Um lugar desconhecido, diferente
Um lugar frio sem sentido, sem vida.
Um lugar onde ao menos podemos
Ver a necessidade de viver
E dar valor as coisas e pessoas
Que amamos que são importantes
Em nossas vidas.

Com essa viagem,
Pude sentir o gosto do desconhecido
De querer voltar onde estou
E o mais importante,
Não voltar a fazer
Essa viagem desconhecida.

Viagem desconhecida.....

Esse conteúdo eu fiz em homenagem a minha avó, que passou por essa história verídica fato ocorrido com ela. Quem tem sensibilidade
a vida aos sentimentos.entenderá o que esse conteúdo significa. O que ele quer nos transmitir

ANNA A FLOR DE LIS.

Foto de Eric

Ainda esta aqui...

As vezes me pego a pensar no passado...relembrando as emoçoens, me perdendo nos sonhos guardados comigo em segredo, eu queria imaginar uma possibilidade de viver esse sonho, há se eu fosse capaz de apagar um passado e escreve uma nóva História.
A vida,o tempo, a solidão me encinaram muitas coisas, mas nada se compara o que aprendi com você... foi dificel acorda do meu sonho, Eu queria que em algum lugar você podésse senti um décimo do que existe no meu coração.
É dificel escreve até mesmo lembrar eu queria esquecer, queria dormir e alcansar a paz... meu coração não se acalma, ja se fazem 3 anos que não a vejo, só deus sabe como tem sido dificel suportar o amor rasgando o peito, a noite... eu me sinto só, na multidão eu me sinto só, e oque me resta ? apenas o Vazio...As vezes eu me pergunto por quanto tempo... Rézo e péço a Deus forçãs.
Meu anjo... hoje eu não a tenho,não a toco,não a vejo... Mais aonde queira deus ... que esteja,saiba eu te amo, no esquecimento do seu coração, na esperança ,em cada segundo... A dor existe sim, mais numca em dia algum vou consegui deseja mal a você, "Pequena" espéro que as suas escolhas sejam felizes, e que encontre alguém que a ame assim como eu...
Eu me lembro da pessoas que falavam isso logo acaba... Infelizmente não acaba, o meu amor não se acabou, ja se fazem 8 anos...
É dificel seguir o caminhO , perdido em meus passos... Queria eu que o amor fosse fonte de alegria ... Os dias mais tristes da minha vida, é quando você Faz anivesário, A saudade bate, a vontade de está ao seu lado, dos momentos mais felizes da minha vida.

Essa letras perdidas em meio de tantos sentimentos são apenas um desabafo do amor, e esse dizer toca meu coração, me fere na alma, por que eu numca senti tanto...
A mim hoje só me resta aceitar o destino, aceitar que não me ama e encarar a vida, junta o restinhO de mim e seguir olhando para o distante desejando esquecer, quem saiba esse amor se acabe algum dia,eu queria Gritar... eu queria vira Ar... sumi ao distante ,ser apagado como um letra errada, até onde ... não sei, apenas sei que vai continuar doendo muito.
" Quem sabe um dia em uma Manhã eu póssa sonhar com seu amor, acordando dia após dia ao seu lado, sonhar e viver, em um sonho mesmo que seja no fim do caminhO"
Para sempre vai permanecer a Ultima frase que você disse antes do Fim... "Sonho que se Sonha Só é apenas Sonho, Sonho que se sonha junto é real". éla permanece nos pesadelos porque cada vez que relembro me vejo a sonhar com alguêm que ja não existe, mais está aqui dentro de mim em uma marca profunda, onde o amor vive a beira da morte, sem direção, sem um caminhO a seguir...
"Nóssa musica está tocando e sinto seu cheiro, em algum lugar"

Foto de like_a_stone

Sonhos

Fugiu..
nao sei ainda o porque...
da cor azul do céu
dos sonhos cor de rosa
do rodar do mundo
do meu coraçao
que está pintado numa tela
em tons de pastel

hoje conto
as estrelas
como se fossem pintas
deixadas por um pintor
que nao soube
que derramou o frasco
que continha as mais simples gotas
de amor

espalhao-se os sonhos
os pesadelos
fica a vida real repleta de amargura
tristeza
e avareza

reinam os que semeiam o medo
os que destroiem pensamentos felizes
daqueles
que outrora foram felizes

longe de tudo
vem a estrada
do reino encantado
o lugar para recomeçar uma nova historia
de encantar

segue o coraçao
repleto de emoçao
deixa-te levar
apenas pelo sopro
que um dia
te trará a maior da razao.

quero sorrir
quero viver
quero contar um dia
a historia que prometi

pois será
apenas mais uma fábula
de mistérios
na qual o tempo tudo cura
e eu serei eternamente feliz

Foto de Teresa Cordioli

Teu primeiro Olhar...DUETO (Suely)

Teresa Cordioli (quartetos)
Suely Ribella (tercetos)
.

.
Teu primeiro Olhar...

O teu primeiro olhar em meus olhos,
Desvendou aos teus, os meus segredos,
Fazendo deles, uma colcha de retalhos,
Nesse momento, perdi os meus medos.

Troquei contigo naquele breve olhar,
O sentimento mais puro e mais bonito:
Teus olhos nos meus fizeram aflorar,
Todo amor que em mim estava prescrito!

Tu eras o meu eleito antes de nascer
e essa luz dos teus olhos me orientava
a seguir em tua direção, sem nem saber...

Seguimos felizes todos os caminhos,
o amor crescia quanto mais te olhava,
hoje não sei viver sem teus carinhos...

=================================================
Obrigada Su, ficou lindíssimo, amei, amei....
...AMEIIIIIIIIIIII!!!

Foto de Carmen Lúcia

Trégua

Demos uma trégua!
Que cessem os tambores de guerra,
Ouçamos acordes de melodias
Entre gritos de dor e almas vazias...
Salvemos os sonhos das noites de orgia,
Que voltem a pulsar sãos de monotonia...
Brindemos, da vida, as doces lembranças,
As que se revelam num sorriso franco,
Ou no olhar fagueiro ao velho realejo
Brincando com a sorte, apontando o norte...
Cacemos palavras inversas em versos
Dos quebra-cabeças da vã filosofia...
Mudemos os fatos... Façamos um pacto com a poesia...
Alcemos nova bandeira, resgatemos suas cores,
Por ora mesclada de branco do lírio e ódio vermelho,
A tremular incrédula entre falsos amores e velhos rancores...
Façamos apologia ao novo dia,
Vibremos de esperança no amanhã...
Calemos nossas dores, sejamos matizes
A colorir de amor novos tempos felizes.

Carmen Lúcia

Foto de Gideon

A Arte de Gabriela

Estou envolto em um mundo de pensamentos. Aqueles que nos assaltam parecendo ninjas insurgentes da escuridão. Livros, um após o outro, um junto ao outro, um por cima do outro. Estava lendo Exegese Bíblica, um livro maravilhoso e profundo sobre interpretação bíblica, mais ainda, sobre a interpretação do Cristianismo. De repente após o almoço, caminhando incertamente pelo Centro do meu maravilhoso Rio de Janeiro com a intenção de fazer a digestão do almoço, encaminhei-me para a charmosa Livraria Imperial, no Paço Imperial. Entrei e vaguei de um lado para o outro observando os livros sem pretensão e disposição financeira de comprar qualquer um deles, os quais eu olhava displicentemente. Como sempre faço, caminhei para a estante de Artes para ver alguma coisa sobre música e pintura. Deparei-me, então, com dois imensos, pesados e envelhecidos volumes de Arte em perfeito estado de conservação. Dois "tomos" com pinturas famosas desde a Renascença até a publicação dos livros, que se deu em 1932. O texto, com aquele português antigo e regra de acentuação diferentes da atual, me cativou profundamente. As pinturas são coladas nas páginas conforme aqueles álbuns de fotografias da época de nossos avós. Meus olhos brilharam. Me apressei e comprei os dois volumes. No caminho para o caixa, casualmente olhei para o lado e vi um outro livro: "Eu, mulher da vida" de Gabriela Silva leite. Alcancei-o instintivamente e folheei-o rapidamente. Resolvi também comprá-lo. Cheguei ao caixa, paguei-os e os enfiei em duas sacolas grandes. Saí saí e apressei os passos de volta para o trabalho.

Imediatamente quando cheguei em casa, comecei a ler os livros. Ora, eu iniciei este escrito falando dos diferentes livros lidos ao mesmo tempo, lembram-se! Pois é, assuntos contradizentes, conflitantes, etc. Mas não é assim a nossa imaginação, o nosso pensamento? Náo é tudo misturado mesmo? Nossos pensamentos parecem preemptivos e compartilhados. Folheei com atenção e curiosidade os livros de Arte. Realmente muito bonitos. As obras são fotografias autênticas, ou seja algumas tiradas pelo autor e outras reunidas e organizadas por ele diretamente de onde estavam expostas. O livro inicia com obras do século XIII. Para cada pintura o autor descreve as situações que as envolvem etc. Vou usá-los para decorar a minha sala e o meu quarto no futuro. Ficarão expostos, abertos ao acaso... Bem, mas o que me impressionou muitíssimo mesmo foi a Gabriela. Isso mesmo. O tal livro que veio como de brinde junto aos de Arte. Trata-se de uma prostituta que se tornou líder de todas as outras prostituas. Ela hoje deve ter uns 54 anos, mas na época em que escreveu o livro tinha 40. O livro foi editado em 1992. Devorei-o em 3 dias, dando descanso para o de Exegese.

(...) O Lula estava no palanque com o Gabeira, que fez questão que eu
falasse...
Não tive dúvida quando me deram a palavra. Contei a história,
dizendo mais ou menos assim: "Ao conhecer pessoalmente o cara que eu via de
longe falando em São Bernardo do Campo, como sindicalista, a sensação que
eu tive foi uma baita raiva porque ele me molhou de suor quando me abraçou. É
que isso me fazia lembrar dos homens na zona, no verão, e uma coisa que eu
detestava era quando eles iam transar com o corpo suado e ficavam pingando o
suor em cima de mim.
Senti que o povo se assustou um pouco, os
políticos mais ainda ( a não ser o Gabeira, que dava um sorrisinho
cúmplice), aí acrescentei: "Depois que a raiva passou, eu fiquei pensando.
Então, ele é um homem igual aos outros, porque ele também sua. É igual aos
homens que iam na zona e transavam comigo nas tardes de
verão."

Continua ela:

Quando desci do palanque, tinha um
monte de gente chorando, querendo me abraçar. Era gente comum, que eu nunca
havia visto na vida. Mas vieram também meus companheiros católicos do PT, (...),
esbravejando comigo, que aquilo não era discurso para se fazer em comício. (...)
Quando foi à noite, estava ainda bastante confusa, achando que no fundo tinha
feito mesmo algo errado. Envergonhada do meu discurso, fui à Churrascaria
Majórica, no centro de Friburgo.
Ainda na porta, o Lula me chamou meio de
lado, e me disse com aquele vozeirão rouco:
“Gabriela, eu queria fazer uma
perguntinha a você. Minha mulher sempre me disse para eu usar desodorante, mas
eu não gosto. Ela diz que eu transpiro demais e que meu suor fede. E hoje você
falou disso no seu discurso. Me fala com sinceridade, não precisa mentir: eu
estava fedendo muito naquele dia? Foi por isso que você ficou com
raiva?”

Imaginem que este livro foi escrito muito antes do Lula ganhar as eleições presidenciais.
O mais interessante do livro é uma coisa que ficou clara para mim. A Gabriela era prostituta e não queria deixar de sê-la. As pessoas e instituições que tentaram ajudá-la o faziam com a intenção de que ela deixasse a sua vida indigna. Ela sempre afirmou que gostava de ser prostituta e mesmo assim ser útil para a sociedade e para as outras pessoas que precisassem dela. Por aí vai o livro.

É uma visão realmente chocante. Confesso que me chocou também. São os nossos preconceitos que são revolucionados com situações que ela conta no livro. Achei bom ler este livro. De fato fez-me ver um pouco o outro lado da moeda, apesar de achar que existem formas de vida muito mais saudáveis e que nos fazem infinitamente mais felizes que a que ela optou, ou seja, a prostituição. A felicidade da família é algo inigualável.
Impossível não associar o estilo de vida de Gabriela com uma obra de Arte. Seria a Arte da Vida? Os lugares que ela freqüentou, as pessoas que ela conheceu em situações e momentos singulares parecem todos tons das tintas de uma palheta de aquarela. Eu aqui, lendo o seu livro e paralelamente pintando na imaginação um quadro!

No início achei Gabriela meio grosseira, mas a medida em que fui passando as páginas fui descobrindo uma erudição espontânea e, talvez, inconsciente. A erudição de Gabriela é especial por não permitir que a sua narrativa tome forma clássica e torne-se comum. Ela pincela, vez outra, doses de “grosseria” na linguagem coloquial que nos faz lembrar a sua origem e forma de vida. Isso é deliberado e me fascinou na leitura, pela sutileza e inteligência que ela demonstrou.

A Arte, pelo menos no meu ponto de vista, não tem de ser necessariamente materializada. Tem de ser sentida. Que seja por uma só pessoa, e isto, de alguma forma é uma característica da Arte, de nos dar a liberdade de subjetivamente vivê-la, experimentá-la. O livro de Gabriela fechado, é como uma partitura na estante. Lido, torna-se uma música executada, com todas as suas componentes, melodia, harmonia e ritmo. Ou seja, a sua Arte somente é sentida quando entramos em seu mundo, quando a ouvimos, quando nos chocamos com a sua firmeza em ser chamada de prostituta. Talvez pelo seu deboche da sociedade careta e hipócrita, como ela repetidamente declara.. Desesperadamente procuro referências nas formas de Arte existentes, como a música, a pintura, para decifrar Gabriela. Mas deveria? Ou seria a prostituição a própria Arte de Gabriela? Gabriela não é prostituta. Gabriela é artista! Não, com certeza, ela gritaria ao ler essa abominação à sua maneira de viver:

- Mais um idiota tentando me redimir para o seu mundo!

E assim segue Gabriela, pintando na vida a arte da prostituição, e com isto me chocando e fazendo-me mais sensível à Arte, a mãe de todas as Artes. A vida!.

Enfim, vou voltar para o meu livro de Exegese que por sua vez está também mexendo profundamente com a minha maneira de encarar o Cristianismo.

É a leitura, os livros, transformando-nos. Viva aos livros! Viva às pessoas!

Foto de Gideon

O Theatro da minha vida

Domingo, 2 de outubro de 2005

Na sexta-feira passei em frente ao Theatro Municipal do Rio de Janeiro, na Cinelândia. Estava iluminado. Era noite. Tinha um enorme cartaz, que já estava lá há tempo anunciando espetáculos a preço popular.
Meu coração pulava pela ânsia da arte. Tenho fome de arte, todo o tipo dela. A cada dia reconheço que deveria ter estudado Arte, não Economia e Informática. Às vezes penso que ainda há tempo para estudá-la. Tavez entrar em uma faculdade de Artes, enfim. Aliás, estou amadurecendo a idéia de fazer faculdade de Violino. Tenho estudado arduamente, diariamente. O cartaz do Theatro Municipal estava chamativo. Pensei rápido: Meus filhos, vou trazê-los aqui!.

Cheguei em casa e liguei para a Idailza avisando-a de que no Domingo eu levaria o Jean ao Theatro Municipal. Ela passou o telefone para ele e então ouvi um “Oba!” feliz.
Liguei para a Irani, irmã de Idailza e que é mãe da Priscila e de duas gêmeas de 8 anos, lindas: Paloma e Paola.
No domingo levantei-me às 6:30. Ageitei-me e camihei para apanhar o Jean, Paloma e Paola. A Paola é apaixonada por Violino. Diz ela que quer aprender este instrumento ainda na infância. Elas duas já estavam agitadas quando eu
e o Jean chegamos lá. Enfiei todo mundo no Pálio, passamos na Nete, outra irmã de Idailza, para convidar a Dayane, sua filhinha, mas ela não pode ir.

O Theatro Municipal do Rio de Janeiro é lindo por fora e por dentro. Deslubrante mesmo. As crianças quase ficaram com o pescoço duro de tanto olharem para o alto. A Paola disse:

- Tio, aqui está cheio de mulheres peladas.

Onze horas em ponto a orquestra estava a postos e entrou o maestro. Para a minha surpresa agradável era o grande e conhecidíssimo Isaac Karabtchevsky. Meu coração disparou a mil por hora. Confesso uma coisa aqui. Também foi a primeira vez em que entrei no Theatro Municipal. Desde garoto sonhava ir lá. Sempre ouvia meus colegas na banda de música falarem sobre o Municipal. Quando cresci e passava em frente a este monumento, sempre via a classe rica descendo de seus carros com seus chofés e então concocluía que aquilo não seria para mim.

Ainda menino quando eu solava o Prelúdio La Traviata de Verdi no clarinete junto com a orquestra me imaginava em uma grande orquestra no Teatro Municipal com o corpo de balé se movimentando ao som da música que eu tocava. Bem, isto ficou somente na imaginação mesmo, pois jamais toquei no Municipal.

Enfim, voltando ao espetáculo. O maestro, após a verificação da afinação feita pelo spala, dirigiu-se ao público de forma muito simpática e passou a explicar situações de ensaios etc. Pois é, o espetáculo seria iniciado, como foi, com o Hino Nacional. Isaac Karabtchevsky fez uma brincadeira com o público lançando um desafio para ver quem conseguiria cantar o Hino Nacional inteiro sem errar. Deu chance para três pessoas mas ninguém conseguiu. Todos rimos muito e finalmente, ao seu comando, todos se levantaram para cantarem o nosso Hino Nacional. Foi um momento de muita emoção. A orquestra iniciou a apresentação e pude sentir aquele espírito da arte passeando pelas galerias do Theatro. Todos em silencio com a atenção direcionada para o palco. A Paola fez carinha de choro de emoção e todos rimos um pouco dela. Ainda bem que não notaram a minha cara de choro também, pois não resisto a concertos sem chorar. Claro que disfarço o quanto posso, mas nem sempre consigo. Enfim, o espetáculo acabou e voltamos todos felizes para a casa. Antes, tive de passar no Mc Donald com as crianças. Enfim, visitei o Theatro Municipal do Rio de Janeiro que tanto visitou as minhas ânsias musicais.

Todos rimos. Ela se referia aos afrescos e vitrais com os painéis do Theatro. Chegamos cedo e compramos quatro ingressos na galeria nobre. Entramos na nave do Theatro, nos sentamos e ficamos observando os músicos afinarem os seus instrumentos. O Theatro estava lotado. As crianças não paravam de olhar os vitriais e as obras de arte.

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