Experiência

Foto de carlosmustang

QUANDO LÁ CHEGAR...

Quando ficar velho
Quero continuar de cabeça nova
Mas não de se por a toda prova
Tentando ser um jovem novamente
E sim um velho feliz e contente
E também ter orgulho dos meus cabelos brancos
Causando um frisson, um encanto
De admiração pelo meu charme, experiência
Como sempre eu fui, desde a adolêcencia
E sempre ter a cabeça boa
Afinal cheguei aqui, não foi atôa
E ser um exemplo de dignidade
De amor e sensibilidade
Sem ser um velho ignorânte e chato
Não tendo compreensão pelos mais jovens
Ensina-los sem embaraço
Que caminhos errados,sempre doem
E orgulhar se de um dia ser velho também!

Foto de Lou Poulit

LASO, Cia. de Dança Contemporânea

UMA EXPERIÊNCIA LINDA

O bailarino/coreógrafo/ator/professor CARLOS LAERTE, seus intérpretes e assessores, foram uma das mais felizes surpresas da minha vida.

Estava expondo minhas pinturas no Corredor Cultural do Largo da Carioca. Derrepente chegam um mulatinho e uma mulher, ambos lá pelos trinta. Perguntam quanto tempo eu levava para pintar uma daquelas telas (série Bailarinos Elementais). Descrente, respondo que dependia do grau de elaboração, uma hora... um dia... Eles se entreolham e depois o mulatinho pergunta se me interessava por apresentar meu trabalho num espetáculo de dança contemporânea e quanto cobraria. Confesso: além de não acreditar, na hora também não entendi. Nunca soube que espetáculos de dança apresentassem pintores trabalhando ao vivo!

Acertamos cachê, marcamos data e hora. Me pegariam de van em Copacabana, onde tinha ateliê, e estaria embarcando para Campos, cidade aqui do estado conhecida pelas muquecas e peixadas, onde faríamos uma apresentação no dia seguinte. Só acreditei quando a van chegou, trazendo uma penca de bailarinas tímidas e a tal mulher, que parecia saber todas as respostas mas não era a deusa. O deus era o tal mulatinho, bem quetinho no canto dele.

Pois bem, a gente nasce com dois olhos e ainda assim é muito pouco. Íamos fazer um ensaio técnico de véspera e estava prestes a conhecer um trabalho artístico maravilhoso, seríssimo e cativante. Fizemos aquela apresentação no Teatro Municipal de Campos, depois fui novamente convidado e fizemos outras, no Espaço Sérgio Porto, no Centro Coreográfico da Tijuca... A cada dia tinha a impressão de reencontrar uma aura registrada no meu sangue e da qual não me lembrava mais. Explico para que entendam: minha avó paterna, Nair Pereira, fora bailarina no tempo do teatro de revistas. E dessa história só restava, até há pouco tempo, a madrinha de batismo de meu pai, hoje falecida, Henriqueta Brieba. Também pelo lado paterno, meu bisavô que não conheci em vida, Antônio "Paca" Oliveira, fora homem de circo: o maluco (me perdoe o linguajar moderno) foi o primeiro homem-bala do Brasil, num tempo em que se fazia isso para matar a fome. Só podia ser! E sem seguro?! Em troca de meia-dúzia de cobres e o aplauso de meia-dúzia.

Na hora da apresentação ficava pintando no palco e de costas para o balé, mas durante os ensaios aquela gente me impressionava. Assim descobri o talento inequívoco do coreógrafo Carlos Laerte, a sua memória fantástica de um trabalho artístico que usa vários recursos simultaneamente, e ainda tem registrados todos os pequenos erros das últimas apresentações para que não se repitam. Até eu, que estava ali assim, como vira-lata caído do caminhão, também mereci uma crítica para melhorar o desempenho!

Os intérpretes estimulavam a minha adimiração. Carol, Simone, Yara, Bianca e Rodolfo, o espírito da arte habita, com certeza, todos eles. Não se pode compreender aquela gente de outra forma. Repetem infinitas vezes seus movimentos, perseguindo pequenas eficiências. Tornam-se íntimos do cançasso e, não é exagero dizer, da dor física. Controlam o próprio ego para que o coreógrafo corrija a interpretação de outro bailarino, já que precisam estar sincronizados, e isso é uma espécie de ginástica psíquica. Outra deve ser a nacessidade de por temporariamente na gaveta os problemas de casa, filhos, maridos/namorados, para não perder a concentração.

E tudo em troca de cerca de cinqüenta minutos. Esse é o seu tempo. O tempo em que os intérpretes são os senhores do momento, da luz que explode em seus corpos húmidos, da linguagem do movimento, do ritmo do qual nem o cosmo pode prescindir, enfim, da emoção que paira sobre e em todos, profissionais e expectadores, como uma hóstia artística que paira sobre o cálice do sacrifício e da adoração. Nessa hora a arte é a deusa e o espetáculo me parece uma grande comunhão, porque nos faz comuns uns aos outros, porque amamos isso e nos oferecemos para construir e transmitir a emoção. Incrível isso, eles constróem sua arte complexa em muitas horas de dureza. Ao final é como o velho exercício de imagens feitas de areia colorida nos mosteiros do Tibet, como alusão à transitoriedade da vida humana: o mestre passa a mão na imagem pronta, perde o momento, e nos liberta dela para que possamos recomeçar, com o mesmo amor, a reconstrução do nosso próximo momento. Uma pintura minha pode ser feita por dias consecutivos e depois guardar aquela emoção por décadas, talvez um século. Por isso me parece tão menor do que a arte que esse pessoal faz.

O espetáculo "Caminhos" fala exatamente disso: reconstruir sempre. Recomendaria aos expectadores de primeira viagem que se vistam condignamente. Aos homens que não deixem de fazer a barba e se pentear. Às mulheres que não usem saias demasiadamente curtas, pintem-se com sabedoria, cuidem do andar e do falar. Porque talvez estejam indo na direção de um grande e insuspeito amor. Se em minhas palavras houver poesia, não há mentira. No meu caso particular, como no de muitos outros, esse amor atravessou várias gerações".

Foto de Civana

Série Meus Ídolos: Luz que Descortina...

O ídolo homenageado da vez é Taiguara, que ainda hoje, consegue transmitir tão lindamente tudo que sinto!

Pena que tantas coisas desagradáveis aconteceram em sua vida na época da ditadura militar, e entre censura (que chegou ao absurdo de proibir onze músicas de um mesmo disco), cancelamento de show e constantes perseguições, foi obrigado a deixar o país se exilando em vários países. Uma dessas "viagens" foi logo após seu primeiro casamento. Embarcou para Londres e só retornou um ano e meio após. Mas trouxe na bagagem mais experiência em estudos e gravações com músicos ingleses, além da maravilhosa notícia que seria pai. Com isso nasceria o disco "Imyra, Tayra, Ipy", em parceria com Hermeto Pascoal.
Imyra foi o nome que Taiguara deu a sua linda filha, uma criança doce e de personalidade.

Taiguara cantava o "amor": carnal, sensual, assim como por toda a humanidade. Com isso se via nitidamente a influência do socialismo em sua vida, onde o cantado "Cavaleiro da Esperança" era com certeza Luís Carlos Prestes.

Minha homenagem com os títulos de canções preferidas:

"Hoje" acordei com "gotas" de orvalho na pele, rolando pelo corpo, real, "carne e osso" que você tanto amou! "O velho e o novo" se confundem nas "luzes" da "Rua dos Ingleses", "gente humilde" passeia alegremente, "piano e viola" inebriam minha mente com a mesma "modinha", e na alma apenas o desejo de dançar, dançar, dançar...
E ver que "teu sonho não acabou", "que as crianças cantem livres" e o amor se transforme em paz.
Mas o ser humano falha, é humano. O "momento do amor" pode se apagar da lembrança, se transformar em dor, tocar na alma como uma "serenata do adeus".
"Amanda", "Marcela", "Helena", nomes ao vento... Poderia ser Maria, Fernanda, Joana, não importa, a dor é a mesma.
Estou "esquecendo você", fazendo uma verdadeira "viagem" pra dentro de mim, só assim eu posso esquecer que meu "universo (é) no teu corpo" e encontrar a "paz do meu amor".
"Castigo"? Não, "fim de caso"!"

(Civana)

Vejam a versão original com música no blog:
http://civana.spaceblog.com.br/85120/Luz-que-Descortina/

Foto de MartinhaAdoradora

Tú Es Tudo

Amar Es Olhar para Dentro de Si mesmo e dizer: -Te Quero,
Es viver Intensamente, Es Sonhar com uma Gota de Realidade,
E Realizar Uma Gota de Seu Sonho, é Esta Presente em lá Ausência,
Amar é ter em quem Pensar,
E estar Só com Alguém que jamais deseja estar Só,
É Pensar em Ti tão alto á ponto de Tú escutares,
Amar é vencer a Morte, é despertar para realidade de um Sonho,
É vencer a algum em silêncio,
Amar é Perdoar o coração,Es Sonhar o Sonho de quem Sonha contigo
Amar é estranhar-te, es andar a cerca da distância, es andar a busca do teu encontro,
Amar es a Firmeza de uma Realização, es quando os momentos são Eternos,
Amar é Ser Grande e Sentir-se como um menino, é Viver a Vida em versos e aos reversos,
Es Amar Grande Experiência de um Nome....
Pelo mais que tudo Amar é Crer em Deus porque Deus é Amor ....
E Tú, Tu Ès Tudo que pedi para Mim!!!!

Helon y Edimilson

Foto de Poeta Desastrado

já fiz

Eu já ri até a barriga doer,
Já nadei até perder o fôlego,
Já dormi nu,
Já tive uma borboleta pousada na minha mão...
Já fiz cocegas na minha irmã só pra ela parar de chorar,
Já me queimei brincando com velas,
Já fiz bola de chiclete e sujei todo o rosto
Já conversei com o espelho,
Já quis ser astronauta, medico, mágico, caçador e professor.
Já chorei até dormir e acordei com o rosto desfigurado,
Já me escondi atrás da cortina e esqueci os pés pra fora.
Já passei seca por telefone,
Já quis ser uma ave e voar bem alto para longe...
Já tomei banho de chuva,
Já fiz confissões antes de dormir num quarto escuro para ela que não me quis
Já confundi sentimentos,
Já peguei atalhoss errado e continuo andando pelo desconhecido...
Já raspei o fundo da panela de arroz...
Já me cortei a fazer a barba apressado,
Já chorei por dentro ouvindo música no autocarro... (tanta vez!!!)
Já tentei esquecer algumas pessoas,
mas descobri que essas são as mais difíceis de se esquecer. (como eu concordo!)
Já tentei pegar estrelas,
Já caí da escada de cu..
Já conheci a morte de perto e agora anseio por viver cada dia...
Já fiz juras eternas, (que acabam por durar pouco tempo...)
Já escrevi no muro da escola, nas carteiras, no chão... (é mau exemplo mas já...)
Já chorei sentado no chão do banheiro,
Já fugi de casa pra sempre e voltei no outro instante...
Já saí pra caminhar sem rumo, sem nada na cabeça, ouvindo estrelas...
Já corri pra não deixar alguém chorando,
Já fiquei sozinho no meio de mil pessoas sentindo falta de uma só...
E isso sempre acontece...
Já vi pôr-do-sol cor-de-rosa e alaranjado,
Já me atirei na piscina sem vontade de voltar,
Já bebi uísque até sentir dormentes os meus lábios, (n foi wisky...)
Já olhei a cidade de cima e mesmo assim não encontrei meu lugar...
Já senti medo do escuro,
Já tremi de nervoso,
Já quase morri de amor, mas renasci novamente pra ver o sorriso de alguém especial.
Já acordei no meio da noite e fiquei com medo de levantar.
Já apostei em correr descalço na rua,
Já gritei de felicidade,
Já roubei rosas num enorme jardim.
Já me apaixonei e achei que era para sempre, mas sempre era um 'para sempre' pela metade... ( a culpa é daqueles cabronnes dos homens!!!!)
Já deitei na grama de madrugada e vi a Lua virar Sol,
JÁ CHOREI AO VER AMIGOS PARTINDO...
Já descobri que a vida é mesmo um ir e vir sem razão.
Foram tantas coisas feitas, momentos fotografados pelas lentes da emoção,
guardados num baú, chamado coração...
E agora um formulário me interroga,
me encosta na parede e grita:
'- Qual sua experiência?'
Essa pergunta ecoa no meu cérebro:
' Experiência... experiência..' Será que ser 'plantador de sorrisos' é uma boa experiência?
Não???
Talvez eles ainda não saibam colher sonhos...

(autor desconhecido)

Foto de Edson Milton Ribeiro Paes

"CABELOS BRANCOS"

CABELOS BRANCOS

No auge da experiência
Com os cabelos já grisalhos
É que vem a consciência
De que já estou ficando velho

Com a carteirinha na mão
E uma fila pra encarar
Não vejo mais solução
Por que é que fui aposentar

Na conversa com companheiros
É que você se da conta
O assunto é só remédios
E o descaso te afronta.

Para que servimos nós idosos
Se nem podemos trabalhar
Somos jogados pros cantos
E ninguém pra nos respeitar.

Mas há de chegar o dia
Que vão nos redescobrir
Levantar nossa auto-estima
E quem sabe nos readmitir.

Somos todos competentes
Cada um em sua área
Voltar trabalhar nos deixara contentes
A ociosidade é que nos atrapalha.

Foto de Edson Milton Ribeiro Paes

"LIBERDADE"

LIBERDADE

E o coração só falta pular do peito
Nada me impede de ser feliz
Agora já posso fazer tudo do meu jeito
Poder viver do modo que sempre quis.

Quero esquecer o tempo da clausura
Quero viver novos dias
Esquecer daquelas velhas amarguras
E fazer tudo como queria.

Andar descalço pelos campos
Ver o por do sol sentado embaixo de uma arvore
Poder dormir em qualquer canto
E ter o céu como cúmplice.

Essa é a vida que eu gostaria
Mas eu sei que tudo não e possível
Um pouco só já me daria alegria
Viver é uma experiência incrível.

Foto de Edson Milton Ribeiro Paes

"CAMINHOS"

CAMINHOS

No portal da historia...
Nas fendas da gloria...
Vou seguindo!!!

E em todo sistema...
Existe um dilema...
Anacrônico!!!

Nos sinais da essência...
Persiste a experiência...
Divina!!!

E na transmutação...
É que vem o perdão...
Cósmico!!!

Foto de carlosmustang

"PRESTAÇÃO DE CONTAS"

Vamos falar de coisas bonitas
Vamos falar de amor!
Vamos falar da alegria
De mais um final de ano que chegou!

Pode ser que as coisas não terminaram
Como a gente queria
Mas algumas coisas boas ficaram
Como experiência de vida!

Não adianta reclamar!
A vida é evolução
E se temos que passar nessa estrada
Que passamos então!

Mas sempre com alegria
Do presente da VIDA
Que é bonita
Até a mais sofrida!

A felicidade de graça
Não é tão valorizada
Quanto a conquistada
Na sabedoria DA GRAÇA!

Então, resta agradecer
Oque conseguimos obter
Mesmo que um pouquinho
Com verdade e carinho!

Meu DEUS, OBRIGADO pelo DIA de HOJE VIVIDO!

Foto de Sonia Delsin

ESTRADAS RASGADAS

ESTRADAS RASGADAS

Picadas.
Estradas rasgadas.
Rasgam-se céus.
Rasgam-se mares.
Rasgam-se lares.
Nesta vida de hortas e pomares.
De bares.
De sonhares.
Neste mundo de estradas.
De viradas.
De ciladas.
De freadas.
Neste mundo de facadas.
Neste mundo de tanta violência se chega sem nenhuma experiência.
E o rio do tempo vai trazendo um pouco de tudo.
Um pouco de dor, de alegria.
Vai trazendo melancolia.
E acima de tudo vai trazendo sempre um outro e novo dia...
Traz piadas, risadas, gargalhadas...
Traz aquilo que convém, mesmo quando não se entende bem.

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